Um demônio e uma demiana[1]; um demônio e uma flor-do-mato. Quem poderia dizer que daria certo, a não ser os que sabiam dos planos do Trovão? Eram, de longe, as ligações mais improváveis e mais estranhas. Um demônio que havia torturado e matado um arcanjo; uma demiana enviada para caçá-lo; um demônio, descendente de um demônio muito antigo; e uma flor-do-mato, independente e aguerrida, que lutara quase até a morte contra poderes que não podia explicar. Mas, era a vontade do Trovão, e das próprias criaturas, buscarem a redenção a que sabiam terem o direito.
Este livro é baseado na vida desses dois casais de guerreiros formidáveis, que se estranharam muito no início, até verem que um tinha parte da alma do outro.
No início, quase ao mesmo tempo do surgimento dos anjos, surgiram os demônios, uma dissidência dos anjos que queriam levar a experiência a um outro nível de dificuldade. Mercator é, juntamente com Trevas e Escuridão, a expressão máxima dessa linha. Éfrera, por outro lado, é uma demiana caída, arregimentada e incumbida de dar caça a Mercator. Já Uivo e Allenda surgem no início da oitava era, quase sem expressão alguma para qualquer estória, que vão se encorpando com o correr do tempo, principalmente quando Uivo descobre ser o descendente de um terrível demônio.
O foco ocorre na oitava era, precisamente em seu final, na guerra fimdeera, que trouxe para esta dimensão a possibilidade de surgimento da era dos homens, finalizando com a era dos anjos, demônios e pessoas e nefelins.
Muitos dos acontecimentos deste livro estão contidos, também, na série de livros OS DANATUÁS, quase que de forma exata. Quase porque, como é um relato, e não em primeira pessoa, mas a estória de um observador atemporal, falas podem estar diferentes e os locais podem não ser exatamente como em OS DANATUÁS. No entanto, em essência são os mesmos.
Como eles ainda continuarão a agir nessa dimensão, mesmo durante a era dos homens, pois que para isso se voluntariaram, se houver autorização por parte dos relacionados, outro, ou outros livros poderão ser escritos.
Então, que se enamorem deles, como deles me enamorei, pelas estórias incríveis que viveram.
Akindará,
Mikael Lenyer
[1] Demiana é o feminino de demônio, conforme ANEXO, ao final deste livro.