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Chapter 3 - Em Coma!

Chegando onde Vitor e a figura de preto estavam, ou deveriam estar, Spike olha em volta mas não vê ninguém. Com a respiração ofegante e o coração um pouco acelerado ele olha em volta e por fim dirige deu olhar ao chão.

Olhando para o chão, Spike vê algumas gotas de sangue, seguindo-as, Spike vai bosque a dentro. Spike caminha 50 metros até finalmente ver algo, poucos metros de sua localização, havia um volume no chão, parecendo um cachorro deitado, como estava um pouco escuro, Spike não conseguiu identificar o que exatamente era. Chegando ao lado da coisa que estava largada lá, Spike toma um susto e seu coração acelera. Era Vitor, ou melhor, o corpo dele. No local, ensanguentado, sem uma perna, um braço e com a cabeça decepada, Vitor estava estirado enquanto o resto de seu sangue vazava de seu corpo.

Spike agacha em frente ao corpo, olhando para aquela cena brutal e assustadora, Spike fica paralizado.

Ele nunca pensou que veria algo assim, muito menos sendo seu melhor amigo. Um... Dois... Três... Quase 10 segundos depois, Mike fialmente reage. Apoiando as mão no chão, Spike vomita um bocado.

De repente, Spike sente uma dor latejante em sua cabeça, agarrando-a com força Spike rola pelo chão de um lado para o outro enquanto grita com todas suas forças.

"AAHHH! AHHHHHH! AGHHH!"

Sentido um dor incomparável em seu crânio, Spike logo desmaia.

***

No topo de uma colina, em uma enorme e magnífica floresta. Um homem de longos cabelos e olhos brancos, estava sentado em uma rocha, contemplando a bela visão.

'Que homem imponente!' Spike pensa.

De repente, o Homem desconhecido Olha em sua direção. Sentido um pressão esmagadora, Spike não consegue ficar em pé e se ajoelha.

'Meu deus! Que pressão é essa?' Spike fica chocado com a pressão e profundidade do olhar do homem de olhos vermelhos.

"Quanto tempo pretende perder? Até quando continuará dormindo? Já se passaram 2 anos" De repente, o Homem imponente pergunta a Spike.

'O que? Dormindo? Do que esse cara está falando?' Spike, aterrorizado com o olhar do homem se pergunta.

O Homem estala os dedos e então tudo fica escuro...

***

'Pesado... Muito pesado' Spike tem a sensação que há uma montanha em cima de si.

Usando todas suas forças, Spike tenta abrir os olhos. Abrindo apena um pouco, uma dor percorre o fundo de seus olhos quando a luz entra em contato com os mesmos, Spike tenta abrir os olhos mais algumas vezes e então desiste. Algumas horas depois, Spike se sente um pouco mais forte e então, novamente, tenta abrir os olhos vagarosamente, desta vez conseguindo.

'Hmm? Onde estou? Olhando em volta Spike percebe que está em uma cama de hospital, ao seu lado havia algumas flores murchas.

Alguns minutos depois, ouvindo um barulho na porta, Spike se vira. Uma bela enfermeira com olhos castanhos, cabelos negros e com um jaleco branco entra de repente. Em sua mão esquerda há um jarro com algumas flores.

"Ah!" Pah!! Assustada com o olhar de Spike, a enfermeira deixa o jarro de flores cair, que logo se espatifa no chão. A enfermeira se vira e sai rapidamente do cômodo, não dando tempo de Spike falar nada.

Alguns segundos depois a enfermeira volta com um doutor velho. O homem tinha algumas rugas e cabelos brancos, ele era bastante feio.

"Viu! Doutor! Não disse que ele tinha despertado?!" A enfermeira fala.

"Realmente..." O doutor acena com a cabeça em concordância.

"Garoto. Eu me chamo Dr. Adhemar, me chame apenas de Doutor" O velho se aproxima e se apresenta olhando nos olhos de Spike.

Spike estica a mão para o cumprimentar, mas nesse momento o movimento e interrompido no meio do caminho, sentido algo gelado em seu pulso, Spike dirige seu olhar para onde está sentindo a sensação. Olhando para o local, Spike percebe que está algemado a cama do Hospital.

'Oque? Porque estou algemado?'

Com um olhar estranho a enfermeira diz: "Oi, me chamo Milena. Já sou responsável por cuidar de você por pelo menos 2 anos".

"O QUE?!?! DOIS ANOS?" Spike grita chocado.

'Merda!! E Vitor?' Nesse momento Spike se lembra do que aconteceu nos limites da cidade Sol antes de entrar em coma.

'Espere... Dois anos!? Já se passaram dois anos?? Então... Vitor está realmente morto? Spike sente seu coração tremer, parece que tudo foi apenas um sonho, mas não era, realmente aconteceu, Vitor está morto e já se passaram dois anos.

Em um turbilhão de sentimentos complexos Spike começa a chorar.

"Merda, é minha culp- Sniff... É minha culpa... que Vitor morreu, se eu nã-"

"Então realmente foi você!" Milena interrompe Spike e exclama.

"O que ? É por isso que estou algemado? Vocês acham que eu matei o Vitor?" Spike pergunta.

O Doutor olha profundamente para Spike e diz: sim! Garoto, é por isso que está algemado. Você é o suspeito número 1 do assassinato do jovem Vitor, que aconteceu a dois anos".

'Isso não pode estar acontecendo!!' Spike pensa.

"Não fui eu, não tem como ter sido eu. Vitor era meu melhor amigo eu nunc-"

Nesse momento a porta se abre novamente e dois homens fardados entram no cômodo.

'A polícia!' Spike exclama em pensamentos.

Os dois policiais entram e olham friamente para Spike. O policial da esquerda era alto, com aproximadamente 1,90 de altura, tinha cabelos pretos e olhos azuis. Já o outro era baixinho, aproximadamente 1,55 com cabelos loiros e óculos escuros.

Os dois se aproximam de Spike e o policial mais alto diz:"Garoto! Você finalmente acordou. Eu me chamo Sparks e esse se chama Leonardo. Somos da área investigativa da polícia, estamos aqui para te interrogar sobre o assassinato de Vitor Andrade".

Então ele se vira encara a enfermeira e o Doutor, ensino ando que eles falam e deixem os três a sós. Milena e o Dr. Adhemar se encaram por um segundo antes de sairem, deixando apenas Spike e os dois policiais.

"Então, sem mais enrolação garoto. Já investigamos sobre você e sabemos que vive nas ruas a alguns anos, e que é amigo de longa data do falecido Vitor Andrade" O policial alto, Sparks, fala enquanto olha para Spike.

"fale-me sobre você. Conte detalhadamente sobre sua vida" O oficial baixo diz olhando de forma inexpressiva.

Spike respira fundo por alguns segundos, tentando acalmar seu coração, e então, diz: "Como os senhores já devem saber, eu, Spike, moro em um barraco nos subúrbio da cidade Sol. Não tenho pais e vivia em um orfanato. Eu não gostava de viver lá, as mulheres que cuidavam das crianças eram cruéis e frias, elas não ligavam para mim ou para as outras crianças, não podíamos desobedecer uma regra se quer, caso fizéssemos, seríamos praticamente espancados, ou ficávamos passando fome, não que nas ruas fosse muito diferente, mas pelo menos eu podia fazer o que quiser, então eu decidi fugir daquele lugar quando ia completar 6 anos.... Conheci Vitor naquele ano. Na época, estava andando sem rumo pela cidade Sol enquanto observava as crianças brincando no parque com seus pais".

"No mesmo dia, um garoto de aproximadamente um ano mais velho que eu, corria pelo parque enquanto soltava pipa, era Vitor, meu futuro melhor amigo".

"Melhor amigo?" O policial questiona.

"Sim, nós éramos melhores amigos antes de Vitor ser assassinado" Spike responde.

Sparks faz uma cara estranha enquanto gesticula para que Spike continue a narrar.

"Na quele momento, distraído, enquanto observava as outras crianças e suas famílias, não percebi a aproximação rápida de Vitor, que por acaso, olhava para a pipa nos céus. Nós nos esbarramos e caímos juntos no gramado do parque. Foi assim que nos conhecemos, daquele dia em diante viramos amigos".

"Quando passei a confiar um pouco mais nele, contei para Vitor que morava no bosque da Cidade Sol e que havia fugido de um orfanato, no início tinha um pouco de vergonha, por conta da minha vida, não tomava banho e passava fome frequentemente, mas Vitor não se importava muito com isso, na verdade ele me ajudou bastante...

Quando estava com fome e não conseguia esmolas para comer ou beber, Vitor sempre roubava comida de sua casa para mim, já na época das chuvas, Vitor me ajudou a construir o barraco que moro até os dias de hoje".

"Eu comecei a entender melhor como as ruas funcionavam, encontrei os melhores locais para pedir esmolas, mas sempre me manti longe de confusão desnecessária, como drogas ou o crime em si, apesar de morar nas ruas, nunca cometi nenhum crime, pelo menos não propositalmente..."

"Os pais de Vitor não gostavam de mim pelo fato de ser pobre e viver nas ruas, mas isso não nos impediu de nos aproximarmos"

"Alguns anos se passaram, eu e Vitor nos tornamos melhores amigos. Apesar de minha condição financeira ser realmente fraca, Vitor nunca se importou e sempre me ajudou nos momentos difíceis" Spike continuou narrando sua vida até o dia do assassinato.

***

"Depois de esperar Vitor sair do colégio, fomos jogar bola, no bosque, nos limites da cidade Sol. Jogamos um pouco e depois fomos a minha casa, comemos alguns salgadinhos enquanto conversávamos. Foi quando resolvemos ir ao bar comprar algumas bebidas, na casa de Vitor estava em falta".

"Naquele dia indo em direção ao Bar, percebemos que a cidade estava muito movimentada, então decidimos pegar um atalho e ir pelos bosques, onde poderíamos contornar os comércios e pessoas, assim chegando ao bar mais rápido".

"Porém, algum tempo depois de caminharmos pelo bosque fomos atacados por uma figura de preto, toda encapuzada. O Homem desconhecido estava armado com uma faca..."

Spike contou detalhadamente sua vida até o dia do assassinato. Os oficiais escutaram até o final, praticamente sem falar nada ou demostrar expressões faciais. Seis horas de interrogação mais tarde os policiais sparks e Leonardo finalmente se foram.

***

'Ah Vitor, como isso foi acontecer? Mas não se preocupe, cedo ou tarde, eu, Spike, vou te vingar'.

Tentando se acostumar com a mudança abrupta de acontecimentos, Spike adormece.