Algumas semanas mais tarde.
Spike já estava quase totalmente recuperado, deitado em uma maca no quarto do hospital, estava ele, dormindo tranquilamente.
A porta se abre e a enfermeira, Milena, entra e acorda Spike: "Jovem Spike... Jovem Spike... Depois de chamar duas vezes e lhe dar algumas cutucadas Spike desperta.
"Desculpe, estou com alguns problemas para pegar no sono ultimamente" Spike diz a Milena.
"Entendo... estresse pós traumático pode causar insônia, é provável que seja isso. Pegue, é um calmante, vai ser bom para você" Milena entrega um comprimido a Spike e se retira.
'Então... Amanhã é o dia. Será que serei julgado como culpado ou inocente?'
'Com certeza serei inocentado, afinal, quem não deve não teme'.
Alguns dias após dar seu depoimento as autoridades, Spike recebeu uma visita do investigador Sparks, que foi ao Hospital para lhe informar que, assim que Spike tivesse alta ele deveria ser escoltado ao seu julgamento, que com base nas investigações Policiais, Spike, seria julgado como culpado ou inocente do assassinato de Vitor.
No próximo dia, as 7:00 da manhã, Milena foi ao quarto hospitalar de Spike.
"Jovem Spike, seu julgamento será daqui uma hora. Levante-se e ponha essa roupa" Milena ajuda Spike a se levantar e trocar de roupas. As roupas eram: uma blusa e um short, totalmente brancos.
Após se vestir, Spike foi escoltado até um veículo por um oficial. O veículo era na verdade... Uma viatura. Spike teve a sensação de que já havia sido condenado. 15 minutos depois, Spike chega ao tribunal acompanhado pela escolta.
O tribunal era enorme, com pelo menos 30 metros de altura e 70 metros de comprimento, era parcialmente feito de concreto, pintado em marrom com as portas das entradas feitas de vidro.
Após entrar no tribunal, Spike foi escoltado para um grande salão. Dentro do cômodo, Spike se senta em uma cadeira na parte frontal do mesmo. Olhando em volta, Spike vê varias figuras desconhecidas bem como algumas conhecidas, como a mãe de Vitor, que o olhava com ódio extremo.
'Será que ela pensa que fui eu?' Spike pensa, mas logo seus pensamentos são confirmados. Jogando uma maçã que estava em suas mãos em direção a Spike, a mãe de Vitor fala chorando e gritando: "Desgraçado que matou meu filho! Aberração! Você não merece vive-".
"SENHORA! Por favor, comporte-se, aqui é um tribunal e não sua casa, mostre o devido respeito" De repente, o Júri, um homem alto e moreno, interrompendo a histeria da senhora Andrade, mãe de Vitor, e olhando para mim, então fala: "Bem! Vamos começar... Eu me chamo Oliver e irei julgar o suspeito: Spike, com a Idade de 12 anos. Acusado por assassinar e tentar ocultar o cadáver de Vitor Andrade, um bom e jovem garoto" o júri dá alguns detalhes sobre Spike e então começa o julgamento.
"Spike, Acusado de assassinar Vitor Andrade, de 11 anos, em uma terça feira, no dia 15 de janeiro de 2040. Segundo as acusações, Spike, "melhor amigo" de Vitor, o coagiu a sair da cidade para posteriormente o assassinar com múltiplas facadas em seu abdômen, costas e cabeça. E por fim, esquartejar e tentar ocultar o cadáver. Spike, o que tem a dizer em sua defesa?" O júri pergunta.
"Então... Como eu havia dito em meu depoimento, Vitor e eu eramos melhores amigos. Eu, Spike, não teria motivos para cometer tal ato brutal. Além de que... Já deixei bem claro que Vitor e eu estávamos sendo perseguidos por uma figura encapuzada pouco tempo após entrarmos no bosque!" Spike faz sua defesa e depois calmamente se senta.
O júri então o olha profundamente e diz: "Spike, segundo as investigações, não havia rastros de uma terceira pessoa na cena do crime. Além de que, quando você e o corpo de Vitor foram encontrados, Spike, você estava segurando a faca utilizada para matar Vitor. Segundo algumas perícias, não havia nenhuma digital além da sua na arma do crime. Sem mencionar que, segundo a enfermeira Milena e o Doutor Adhemar, a primeira coisa que disse após acordar de seu coma foi: É minha culpa. Por culpa minha, Vitor morreu!" Parando por aí, o júri olha para Spike, esperando alguma resposta.
"O que? Não é possível! A faca... Na minha mão?! Como?" Spike grita em desespero.
"No hospital... Eu... Eu falei que a culpa era minha porque eu fugi e deixei Vitor para trás, e não porque eu havia o matado!" Spike grita.
"Jovem, por favor contenha-se" após falar isso, o júri diz: "preciso de argumentos e fatos. Se não os tem... Então você será considerado culpado"
"Por exemplo: A arma utilizada no crime foi encontrada em suas mãos, isso é um fato. Suas digitais estavam na arma, isso é um fato. Após acordar você disse com suas próprias palavras, *é minha culpa que Vitor está morto*, isso também é um fato. Entende? Se tem algo a acrescentar em sua defesa, fale agora!"
"Nã... Não. Não fui eu! NAO FUI EU!! VOCES NÃO PODEM FAZER ISSO COMIG-" Spike grita, mas é interrompido pelo júri.
"CHEGA! Se não tem mais nada a acrescentar em seu defesa, fique calado. Agora irei rever o caso e declarar meu julgamento" O júri diz, caminha até uma porta que estava a alguns metros de seu acento e retirasse.
Alguns minutos depois ele retorna, e se senta em sua cadeira. Olhando para Spike ele diz: "Segundo os fatos apresentados pelas investigações e após a defesa de Spike, eu declaro meu julgamento"
"Spike, Acusado de assassinato, e ocultação de cadáver, eu, o Júri Oliver da suprema corte da Cidade Sol... O declaro culpado".
Ao ouvir aquelas palavras, Spike congela, ele não tinha o que fazer, não tinha mais nada para acrescentar em sua defesa e nem dinheiro para contratar um bom advogado. Nos dias de hoje alguém como ele não poderia fazer nada, tudo o que Spike podia fazer era ficar a mercê do outros e ter sua vida e liberdade controlada e julgada injustamente. Seu melhor amigo, Vitor, foi assassinato e Spike não pode fazer nada, e para piorar foi condenado a prisão perpétua, por supostamente assassina-lo.
***
"Jovem, você deve saber, mas vou repetir: Nós dias atuais, Assassinato em nossa cidade Sol, é punida com a morte! Mas como você é jovem e ainda tem 12 anos, vai ser mandado para a detenção juvenil, até os 17 anos, você ficará lá, após completar 18, será mandado para a Prisão Estadual da Chama, para uma prisão perpétua!" O júri dá a última sentença e sai do salão.
Spike não reage, fica parado olhando para o teto, como se estivesse em transe.
'Detenção juvenil... Prisão da Chama... Não pode ser real, isso não pode estar acontecendo'.
Os guardas do local se aproximam e agarram o braço de Spike, em quanto é levado para uma cela temporária no tribunal ele olha em volta. Tudo o que ele vai eram olhares de ódio e repulsa dirigidos a ele. Alguns dias depois, Spike é escoltado para uma viatura, que o leva para a detenção juvenil da cidade Sol.
Em frente ao edifício da detenção juvenil, Spike para e olha para o local onde ficará pelos próximos 5 anos e meio.