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Chapter 16 - Capítulo 18: Ainda quero você

Faz uma semana que o caso do Dr. Bo foi encerrado, agora Ma Young-Nam tem dois convites para entregar um para Ma Hui Ying e outro para mãe do menino, haveria um grande evento em família que seu pai realizará, o aniversário de Ma Young-Nam. Ele estava nervoso, mas ele sabia que seu primo iria, já que sua mãe também vai. 

"Ma Young-Nam?" dizia a senhora Ma. 

"Tia"

"Qual o prazer da sua visita?" 

"Convite para meu aniversário." Ergue a mão mostrando os dois envelopes. 

"O ano passou tão rápido, nem acredito que seja seu aniversário novamente." Ma Young-Nam expressa um sorriso doce. "Quer entrar?" Convida ela.

"Não, tenho que ir para hospital só vim para deixar esses convites." 

"Ok então, bom trabalho." Eles se despedem e o jovem entra em seu carro. O dia está perfeito com poucas nuvens, seu telefone toca, quando ele ver quem é seu rosto se torna sombrio.

"Fala" 

"Como prometido, o tal médico ainda está vivo meus homens o mantém protegido mas não quer dizer que se vê livre das surras…" diz rindo no final.

"O importante é deixar ele vivo, não importa o meio que usem, se ele sofrer o problema não é  meu."  Ele para no sinal vermelho. "Enquanto a família dele?" 

"Pelas minhas últimas informações, estão tentando apagar seus rastro, a vadia da mulher dele voltou para sua antiga aldeia e arranjou um emprego no motel como recepcionista, seu filho mais velho em um pequeno grupo de advocacia onde lida com pequenos casos, já o mais novo… saiu da faculdade e anda se prostituindo a noite." Essa é uma notícia e tanta, ele sabia que o escândalo do Dr. Bo não ia facilitar para que sua família não se erguesse novamente e ele espera que vivesse assim pelo resto da vida. 

"Que dia vai atender as chamadas do velho, tio" a última frase foi jorrada como ironia. 

"Vou desligar." Ele escuta um riso do outro lado, então desliga.  

Ele não queria se envolver mais que está envolvido, ele sabia que se desse brecha aquele velho ia dar um jeito dele entrar na organização e ele nesse momento só que viver de forma pacífica junto com seu verdadeiro pai que lhe salvou desse destino cruel. Mas apesar de todo carinho e amor que seu pai deu, ele é uma semente maldita já que o que reside dentro de si é macabro, porém para manter esse monstro calado ele faria de tudo, não só pelo seu pai mas também por Ma Hui Ying. 

*****

Ma Hui Ying voltava para sua casa em sua bicicleta motorizada, essa foi seu segundo melhor presente que ganhará mesmo não querendo admitir, mesmo a cor seja berrante demais ele aprendeu a não dar atenção. Agora Quon Jin chegava e ia embora com Koji, graças a isso ganhou apelido de Perséfone a esposa de Hades, assim nenhum valentão ousava implicar com Quon Jin que amava a situação. Ele chega em casa e estaciona a bicicleta, dentro sua mãe já está fazendo a comida.

"Cheguei mãe " 

"Vai tomar um banho e vem comer"

"Sim." 

Ma Hui Ying sai do choveiro e vestiu uma roupa mais fresca, com seu celular visitou as páginas sociais e viu que seu primo, depois de muito tempo postou uma foto de si, parou e pensou em deixar alguma opinião mas ficou temeroso e o orgulho é maior passando assim direto e clicou na foto do seu amigo que mostrou sua nova base coreana, vira e mexe seu amigo fazia uma propaganda gratuita de alguma maquiagem, amava as marcas coreanas por serem menos pesadas do que as ocidentais, ele deixa um comentário positivo que rapidamente é respondido. No wechat, Quon Jin convida seu amigo para ver sua nova coleção de maquiagem, e ver o enorme salto alto branco que comprou pela internet. Desde de cedo ele sempre amou roupas femininas, principalmente os saltos nos quais fazia coleção, eram no total quatro pares, uma bota e três saltos agulhas, mas nenhum deles teve a coragem de usar na rua e sim dentro de casa. Ma Hui Ying disse que uma outra hora, sua mãe chama para jantar ele desce as escadas. Lá ele senta e na tigela começa a beliscar cada porção das comidas, então sua mãe começa a falar.

"Haverá um evento na casa do seu tio neste sábado" seu filho não diz nada, e ela prossegue. " É nós iremos" 

"Mas mãe, esses eventos costumam sempre ser chatos, ninguém da família do papai gosta da gente. Eles apenas nos aturam."

" Do que você está falando? Tem seu tio, ele nunca nos tratou mal e nem nos olhou com olhos maldosos."

" Grande coisa. Mas tirando meu tio, o resto são um bando de falsos interesseiros." O resto da janta foi feita em silêncio, Ma Hui Ying pensa no seu terno que terá que desenterrar novamente para encarar essas pessoas, e lá estará seu primo o centro de toda atenção.

****

" Faz um bom tempo que não vejo seu primo", dizia Zheng Yu no tom de zombaria. " Será que ele criou alguma curvas? Pois lembro que da última vez ele era mais reto que uma rampa reta."

"Isso não lhe diz respeito." Indaga Ma Young-Nam. 

"Sério cara, não entendo seu gosto, tantos homens e mulheres com apetrechos bem interessantes e foi logo fascinado por ele? Claro, devo admitir que ele tem um rosto muito bonito, pele branca e com certeza deve ser macio ao toque, mas devo admitir que ele é reto. " diz passando a mão pelo peitoral. 

Ambos estavam jantando no restaurante, que seria pago por Zheng Yu, claro depois de muita insistência Ma Young-Nam aceitou mas ele odiava o fato de tem que ficar ouvindo ele falar mal de seu amado. 

"Fala o que tem pra falar." diz sem paciência. Zheng Yu bloqueou um risinho ele sabia mexer no ponto fraco de seu amigo e gostava disso, mas ele sabia que não podia fazer por muito tempo. 

"Desde que aquele velho foi preso, não pude agradecer, agora minha família voltou ao status de principal fabricante de medicamento no hospital e nada melhor que um jantar para comemorar."

"Acha que sou idiota? Sei que esse não é o motivo."

"...Bem, haverá uma social amanhã e estará cheio de gatinhas só que elas pedem sua presença. Então pensei, que tal não irmos como bons amigos?" Zheng Yu usa o total esforço para tentar implora de forma amigável para com seu amigo. Já Ma Young-Nam ouviu tudo que ele tinha que falar, não interrompeu mesmo sabendo qual seria sua resposta.

"Não" disse decidido.

"Você só poderia ir, fingir e ignorar as cantadas como sempre."

"Não estamos mais no colegial ou na faculdade,  tenho outros objetivos e não quero desfocar."

"Sei que é por causa dele, mas muitas das garotas estarão lá por você. Por favor vá" ele olha para o rosto de Ma Young-Nam que não muda, a resposta seria a mesma. Zheng Yu sabe que não adiantaria lutar deixando de lado essa questão. Os dois terminam de comer e ele encerra a conta. 

****

No sábado a noite os fogos de artifício eram soltos dando cor no céu noturno, quando Ma Hui Ying e sua mãe chegaram no portão principal, foram recepcionados por uma mulher que usava máscara e um vestido preto simples. O tema é baile de máscaras e era obrigatório o uso de máscaras. Ma Hui Ying usa seu famoso terno e uma máscara branca que tampava seu rosto todo só dava para ver seus olhos na cor branca enquanto sua mãe uma máscara na cor roxa que combina com seu vestido. 

Quando os dois entram na enorme mansão se deparam para decoração luxuosa, parecia que estava em uma festa parisiense, o salão claro com lustres espalhado pelo salão, Ma Hui Ying ficou surpreso já que fazia um ano que não vem nesta casa então seu tio deve ter mudado de decoração. Ele viu seus parentes, e alguns outros convidados que o jovem não conhecia que devia ser do convívio de seu tio, tudo estava rolando como deve ser quando seu primo aparece. A aura dele é magnético atraindo todos a atenção, ele usava um smoking e sua máscara cobria seu rosto só que metade era branca e outra preta, ao mesmo tempo muitas mães e suas filhas o cercaram era uma cena icônica de se ver.

"Feliz aniversário Ma Young-Nam, é uma honra ter nós convidados, essa aqui é minha filha mais velha se já não conhece." Dizia uma mulher colocando sua filha na frente. Muitas das mulheres fazia a mesma coisa atropelando umas às outras para mostrar suas filhas. Ma Hui Ying olha a situação com graça, ele não queria está na pele de seu primo com toda aquela atenção, essas mulheres com certeza procuram um bom futuro para suas filhas e nada melhor que Ma Young-Nam como bilhete de ida para tal destino. 

Ma Hui Ying ficou tão desligado olhando a cena que não notou que alguém se aproximava. 

"Ma Hui Ying? " O jovem olha para o lado e vê que um homem alto de máscara azul turquesa chamava sua atenção.

"Sim?"

"Eu sou Zheng Yu, amigo de Ma Young-Nam" ele tira a máscara por alguns segundos para mostrar seu rosto e depois coloca de volta. "Quanto tempo, você cresceu." Diz com um largo sorriso. Fazia muitos anos que não via ele, quase não lembrava de seu rosto mas pelo que vê ele se tornou bonito e cresceu mais um pouco.

"Lembro de você, vivia com meu primo." Dizia Ma Hui Ying.

"Ainda somos amigos, e somos internos no mesmo hospital então convivemos juntos." 

"A tá. E por que veio falar comigo?" Zheng Yu começa a rir, como se fosse uma doce piada, deixando o jovem ao seu lado desconcertado. 

"Eu achei que não ia vim já que é aniversário dele." Ele aponta para Ma Young-Nam que conversava com uma das muitas mulheres que o cercam. 

"Aniversário de quem?" 

"Você não sabia?" Zheng Yu faz uma interpretação de surpresa colocando a mão no peito. "É aniversário de Ma Young-Nam." A pupila do jovem ao lado expande e seu rosto toma forma de incredulidade. 

"Droga, fui enganado." Dizia baixo somente para si mesmo ouvir. Mas ele não sentia raiva ou indignação, ele olha para o lado e vê sua mãe conversando de forma harmoniosa como a muito tempo não fazia que poderia deixar isso passar. 

"Para mim tanto faz." Ma Hui Ying vira e sai da casa indo em direção ao jardim deixando Zheng Yu sozinho. Lá ele caminha pela grama baixa e bem aparada respirando o ar do lado de fora, após andar um pouco ele ver o portão de ferro que dava acesso ao jardim de rosas fazia muito tempo que não ia ele costumava brincar muito com seu primo quando era mais novo, ele abre o portão e se depara com a bela imagem. Havia rosas vermelhas e brancas, ele descansa em um banco de madeira, e tira sua máscara colocando de lado ao olhar o céu estrelado o faz lembrar de tantas coisas imagens positivas invade sua mente fazendo sorri.

"Você fica mais bonito sorrindo desse jeito." Ma Hui Ying olha para o lado e vê a poucos metros seu primo, o semblante desmancha.

"Pensei que estava ocupado demais com aquelas mulheres te cercando." 

"Eu consegui dar meu jeito de sair dessa armadilha." Ma Hui Ying rir novamente.

"Você deveria está acostumado com isso, quando não é uma festa em família esses urubus sempre vão te cercar." 

"É verdade." Confirma. "Está angustiado?"

"Como assim?" Pergunta Ma Hui Ying confuso. 

"É que quando se encontra assim você sempre foge para cá." Ma Young-Nam olha diretamente nos olhos de seu primo e vê sua pele atingir um leve vermelho. Já para Ma Hui Ying, não tinha o que não admitir, ele ficou perturbado minutos antes e toda vez era assim, fugia para esse lugar que remete paz e tranquilidade. 

"Aqui é um lugar muito pacífico, mesmo tendo más lembranças as boas consegue sobressair e causar nostalgia." 

"Lembra que passávamos bom tempo nesse jardim?" Ma Young-Nam tenta buscar na lembrança a parte da sua infância que passou com seu primo.

"Como eu ia esquecer? Você lia sempre para mim, brincávamos, sempre foi gentil e paciente comigo." Foi uma frase espontânea depois que notou que disse ficando corado."Bem mas já foi o passado." 

"Sim, sabe, queria ter conhecido a esposa do meu pai. Só sei de relato e por fotos." 

"Não tenho lembrança dela já que era muito pequeno quando ela morreu. Mas minha mãe sempre falou que ela era uma mulher incrível sem por ou tirar defeitos." Ambos ficam em silêncio depois dessa frase, o leve vento faz com que o perfume das rosas invada suas narinas. Ma Young-Nam agradecia aos deuses por essa conversa tão pacífica com ele, não havia rancor apenas duas pessoas batendo papo de forma harmoniosa.

"Sinto sua falta." Dizia sem pudor Ma Young-Nam, ele queria mesmo reatar com ele o passado que se foi perdido.

"Devíamos seguir em frente, deixar para trás o que passou. " Ma Hui Ying não sabia o porquê dizia aquelas palavras, se era por orgulho ou por tristeza já que a hora deles já tinham passado. 

"Como posso esquecer se minha vida está entrelaçada com a sua? Fiz uma promessa que prometo concluir, e não vejo a gente separado." 

"Não é o bastante para ficarmos juntos, somos primos." Ma Hui Ying vê que sua convicção é fraca e repreende por ter dito aquilo. Ma Young-Nam rir do que ouve como que isso pudesse impedir de conseguir o que quer, ele percebe a insegurança de seu primo, ele põe a sua mão em cima da dele fechando prendendo e sentindo o calor delas. 

"Eu te amo" Ma Young-Nam diz com todas as palavras do fundo do seu coração que logo lhe causou paz. 

"Eu.. eu … não sei" diz hesitante, o coração do jovem palpita a mil por hora todas as suas armaduras que blindada suas emoções caíram por terra com essa declaração realmente Ma Young-Nam tinha o poder sobre si enorme. 

"Eu sei, não precisa dizer agora quanto a isso, sempre vou esperar você." Diz calmamente.

"Por que?" Ambos continuam com as mãos envoltas uma na outra. 

"Porque pertencemos um ao outro e isso não mudará em nada." Depois de ouvir isso o jovem queria gritar que queria ainda ele, mas algo o prende talvez seja o medo, uma coisa boba que já se passará a muitos anos como seu amigo disse mas.... E havia também outro receio que o rondava, mesmo ele aceitando seu primo o futuro deles é incerto já que haveria uma avalanche de consequência que os afastariam. 

Ma Hui Ying levanta e seus dedos escapam das mãos de seu primo o afastando, mas ele é rápido e não deixaria escapar não agora que eles estão se dando tão bem.

"O que você está fazendo?" Pergunta Ma Hui Ying sem entender nada, quando ele percebe sua cintura é envolvida por braços musculosos, seu primo levanta, a mão dele pega no queixo erguendo e duas bocas se juntam. A pupila do jovem dilata em surpresa, o beijo é duro devido a surpresa mas logo amolece automaticamente Ma Hui Ying abre a boca recepcionado a língua do outro invadindo esse leve contato faz com que seu corpo relaxe como se estivesse recebendo morfina exagerada, aos poucos os dois iniciam a dança de suas línguas envolvendo e se emaranhados, e o barulho da sucção fazia ambos se excitarem, a qualidade do primeiro beijo era rústico e brusco esse por vez esse é  delicioso e quente como um dia de verão, não havia comparação era uma obra de arte.  Ma Hui Ying sente que está envolvido demais, seu cérebro enche de hormônio bom causando leveza não havia outra sensação que pudesse descrever o que estava sentido. 

Ao mesmo tempo que se separam, se junta ao mesmo instante deliciando o momento de muito tempo separados eles queriam preencher o que a anos foram tirados de si. 

"Ma Young-Nam! Ma Young-Nam!" Era voz de uma jovem.

"Ele não está aqui." Essa é de Zheng Yu. Ambos se afastam por ouvir a poucos metros as vozes, eles se olham e não dizem nada mas seus olhos puderam expressar a recíproca verdadeira do desânimo e chateação. A jovem mulher com seu vestido longo de cetim vermelho e máscara da mesma cor brilhoso entra no campo de visão dos dois ela mira diretamente no Ma Young-Nam que corre e agarra seu braço na maior intimidade. 

"Por que você foi embora, achava que estava nós dando tão bem." Dizia a mulher. Logo atrás aparece Zheng Yu que para ao ver a cena dos três ali, ele notou que estava em uma situação constrangedora. Ele coloca as duas mãos na cabeça e sua face é de arrependimento ele conseguiu controlar a maioria das meninas mas essa escapou de seu radar, ambos se olham Ma Young-Nam e Zheng Yu que lança um olhar de: eu tentei.

Ma Hui Ying vê tudo, e não expressa nada, ele não estava irritado ou rancoroso em seu coração apenas se instalou um cansaço, ele notou que para ter seu amor tinha que passar por cima dessas mulheres sedentas e isso fazia ter dor de cabeça.

"Vou para dentro." Diz em sua voz monótona. Ele segue passos para ir para dentro da mansão, passa por Zheng Yu e some. Alguns segundos após o sumiço de seu primo, Ma Young-Nam expressa seu lado que não mostra para ninguém, ele pega com força e rudes a mão que agarrava seu braço e joga a bela mulher no chão duro como papel, a jovem fica horrorizada com a cena por tamanho desprezo mas não fala nada já que o rosto do outro impede de fazer algo, ela apenas diz seu nome baixo e começa a chorar. Zheng Yu que odeia vê mulher chorando vai prestar cuidado com a jovem menina caída.

"Ma Young-Nam… por quê?" Dizia com suas poucas lágrimas que caiam de seu rosto claro, enquanto Zheng Yu ajuda a se levantar. 

Durante a festa nenhum dos dois voltaram a se falar, já que Ma Hui Ying manteve afastado sempre junto a mãe o tempo todo até o final.