Verão de sábado, final de semana no restaurante tailandês da senhora Kandamali Siriporn, vende iguarias culinárias de sua terra, funcionava todos os dias nos horários entre 6h à 18h, dividindo em café da manhã, almoço e petisco.
A movimentação é frequente, às vezes seis funcionários não é o suficiente principalmente em horário do café e almoço e finais de semana, seu filho Quon Jin ajuda porém devido os estudo só comparece sábado e domingo. Abandonada pelo seu marido em uma manhã chuvosa de domingo com um filho de 7 anos para cuidar, resolveu com as poucas economia guardada escondido iniciar seu negócio, o começo com algumas panelas hoje ela ocupa um lugar bom e a pouca renda no passado se desenvolveu lhe proporcionando uma ótima vida, onde se sente realizada. Ela ainda cozinha, junto com seu dois auxiliares, imigrantes, uma garota norte coreana chamada Sun hee e um indiano Badoor Dinesh ambos estão há dois anos trabalhando com ela, e fala muito pouco o idioma local porém são pessoas amáveis, respeitosos e leais a sra. Kandamali, pois foi graças a sua generosidade ambos pode sair de suas vidas conturbada e conseguiram o visto para trabalhar.
Quon Jin se divide no trabalho de caixa e garçom, a menina que estava trabalhando durante um mês na recepção checava as reservas feita com antecedência, confusa, sem querer colocou um casal que estava na fila de espera no lugar dos que tinha feito a reserva causando o caos na entrada, o homem furioso gritava incessavelmente enquanto a menina baixa (1,57cm) curva seu corpo até o pé pedindo desculpa, os olhos enchem de lágrimas, precisava do emprego e cometer um erro desses em tão pouco tempo temendo ser demitida no mesmo dia. O jovem vendo a confusão sai de sua respectiva função para solucionar o problema. Quando ela nota o adolescente vestindo uma blusa tradicional chinesa de cetim vermelho bordado com flores cerejeira, cabelo amarrado num rabo de cavalo e gloss vermelho nos lábios ela agradeceu aos céus, era o filho da proprietária, ele ajeita a postura da funcionária e segue em direção ao casal raivoso. Por mais que a maioria sabe da condição de Quon Jin, ainda havia pessoas a olharem tortos, ele apenas ignora, o assunto foi resolvido em instante, uma mesa foi desocupada e o casal ganhou uma gratificação devido ao transtorno.
" Desculpe, isso não acontecerá novamente." ela se curva para o menino pedindo perdão. Sua mãe sempre ensinou a ser compadecido e gentil com as pessoas, nunca trate ninguém mal, mesmo que ela cometa um erro.
" Levante esse corpo, você é uma mulher, não saia do salto mesmo que uma onda vier, erga e saia dela como uma diva." ele pega o rosto choroso dela erguendo dando-lhe um pouco de confiança. " e além do mais, tem muitos clientes a serem atendidos"
A garota volta para sua função com o sorriso maior que antes.
" Chefe! Dois Som Tam; três Pad Thai sendo dois com camarão e um com vegetais; e dois thai iced tea e arroz comum." disse o primeiro garçom.
" Chefe! Um Panaeng muú com carne de porco, pad see ew de frango...."
As folhas de pedidos aumentam onde outros são retirados, muitos pratos são feitos e decorados para serem serviços, local parece um inferno de quente, Badoor canta em sua língua toda vez que o movimento está alto para amenizar o clima, Sun Hee agiliza nas louças e na preparação dos pratos enquanto ida e vinda de garçons para servir aos clientes, Kandamali suspira enquanto vai de um lado para outro, ela diz a si mesmo em contratar mais uma pessoa para ajudar na cozinha porém a vida agitada faz esquecer isso e a carga de trabalho recai sobre os três coitados.
" Dessa vez prometo contratar mais uma pessoa para nos ajudar." diz enquanto mexe o arroz.
" Agilidoso, eficaz e eficiente." três palavras brutas sai da boca de seu sub chefe.
" Responsável, paciente e tolerante." diz a jovem garota enquanto confecciona um prato.
" O principal, que não seja homofóbico e nem xenofóbico" a dona assinala por fim.
" Difícil, difícil, mas não impossível!" o discurso inspirador de Badoor faz com que as duas mulheres caem na gargalhada.
Quon Jin anota o pedido de quatro meninas, todas alegres riem das piadas dele distribuindo vivacidade pelo ar até que, um certo cliente entra em seu campo de visão. As órbitas das pessoas ao redor crescem é um jovem muito bonito, de natureza feroz devido a estranheza e uma aura negativa o cercando ativando em cada criatura presente que um demônio acabará de chegar. Ele é a mistura do bom e mau; um metro e oitenta e seis, um pouco bronzeado, musculatura proeminente, rosto oval e o corte de cabelo undercut degradê onde o topete molhado puxado para trás oferecendo virilidade a sua feição juvenil. Olhos cerrados é acompanhado por duas olheiras de tonalidade quase roxa como se não dormisse por dias, o movimento diminui um pouco fazendo os funcionários respirarem melhor, contudo, ninguém se oferecia para atender aquela pessoa sentada perto da janela lendo algum livro de ficção científica, todos miram somente um rapaz e não precisava saber o motivo. Quon Jin conhece o estranho, não só conhecia como ele é colega de classe - bem distante-. Todos esperam a reação do garoto, e envia as indiretas para iniciar o trabalho, Quon Jin entende a mensagem e entrega o pedido para outra pessoa terminar e segue em direção a outra mesa, como uma oferenda ele para em frente ao seu colega de classe e um sorriso simpático pergunta sobre o pedido (mesmo sabendo que ele pede a mesma coisa sempre!).
" Quero Khao Soi com pedaços de porcos, Khao Pad de ovos, Curry Massaman de porco e a bebida é..."
" Cha Manao." termina surpreendendo o garoto, diferente do empregado a frente que oferece um sorriso apático.
Ele segue para cozinha e diz o pedido, ele não anotou nada porque decorou o que fora pedido.
" Tantos pratos e ele só pede os mesmo..." argumentou a jovem garota.
" Tem gente que gosta da rotina." falou Badoor.
" Pessoas assim são chatas." respondeu revirando os olhos, impaciente enquanto espera o pedido. Nem em sonhos se envolveria com um tipo assim, mesmo sendo lindo. Ele pega os pedidos e segue para mesa, ele põe tudo, depois de terminado lhe oferece outro sorriso forçado. Já o garoto mira Quon Jin de cima a baixo de forma inexpressivo como uma máquina de raio X, a boca curva sorriso maroto bem debochado, Quon Jin ver vermelho pela atitude do outro. "O que tem minha roupa? É chamativo? Feminino demais? Ou será a boca tingido de vermelho brilhoso tornando um palhaço" ... não importa, pois sempre é assim depois do atendimento.
" Esse panda! Não admira que seja um solitário!" Retruca internamente, e saí batendo a bandeja em seu quadril.
Ma Hui Ying entra pela porta da frente procurando seu amigo, carregando uma sacola plástica de pêssegos bem suculentas e um rosto retorcido chateado por esta fazendo um favor. Quon Jin devolve a bandeja de alumínio para um dos funcionários guardar e vai em direção a seu amigo.
" Que cara azeda é essa?"
" Nem fale, tenho que ir no hospital pegar uns exames para minha mãe e entregar isso para meu tio." Ele pega qualquer mesa vazia para sentar, o movimento diminuiu um pouco mais, pois alguns trabalhadores limpava as mesas, outras conversavam com o outro, o clima estável.
" Pêssegos! Eu amo!" Estica suas mãos para alcançar o recipiente. Ma Hui Ying retira a sacola da mesa e coloca em seu colo, evitando as unhas nervosas de seu amigo.
" De jeito nenhum! Isso não são para você, é para meu tio e já estão contados caso falte um levarei a culpa por comer."
"Cruel." Faz beicinho desapontado.
" Me serve algum chá gelado! Aquele que leva leite...."
" Cha yen. E pare de tratar como um assalariado sou o chefe nesse lugar!"
" Então por que o dono vive servindo mesas, anotando pedidos e no caixa recebendo dinheiro? Donos somos nós clientes!"
" Bicha não tem como ser menos cruel? Ou a sua língua ainda contém muito veneno?" Levanta amuado indo ao balcão fazer o pedido.
Ma Hui Ying observa a luz do sol entra pelo enorme vidro iluminando o lugar o ar condicionado ligado no máximo refresca o ambiente, uma ótima escapatória do inferno do lado de fora, a camiseta de tecido fino do jovem levemente molhada de suor por caminhar dez minutos depois de soltar do ônibus, como tomou o caminho contrário de seu destino original a caminhada é longa, ele ia pegar um táxi. A bebida e posta na mesa feita de madeira, na realidade todo lugar é feito desde material relembrando bares locais de praia. A dona do local pensou em criar uma ambientação típico de sua cidade natal, já que passou a maior parte morando em costa de belas praias.
" Não fazemos fiado."
" Vai se lascar com essa brincadeira."
Quon Jin solta seus cabelos que caem sob os ombros no corte bob simétrico. Após o acidente desagradável onde seu pai raspou os longos cabelos dele seu amigo nunca permitiu crescer abaixo dos ombros, tornando-se uma mistura entre garota e garoto.
" Então, sobre aquele assunto..."
" Não estou afim de falar." Encerra o discurso, Quon Jin também não quer provocar faz pouco tempo que eles brigaram, ele só pega sua bebida brincando com o canudo e o gelo.
" Aquele garoto não é o Hosokawa da nossa turma?"
Um riso reprimindo sai aos dentes de Quon Jin.
" Com certeza ele combina com o sobrenome."
" Sim sim, é nosso cliente habitual nos finais de semana."
" Mesmo usando roupa informal é assustador." Ma Hui Ying não deixa de observar o jovem que lê seu livro e bica sua comida.
" Ele só é um esquisitão solitário." Diz amargurado, fora o nome dele ser a junção do mais estranho seu comportamento é digno do status.
" Veja, se não fosse por essas olheiras, a aura demoníaca é um cara muito bonito."
" Ele não se compara a Qīn Wáng Ma. A beleza dele é pisado por seu gênio, presunçoso e debochado. Acredita que toda vez que o atendo ele lança um risinho menosprezando, orgulho de qualquer pessoa vai pra vala com esse homem."
" Alguém consegue arrancar sua crista? Não é dotado de auto estima?" Brinca Ma Hui Ying zombando de seu orgulho.
Quon Jin coloca um punhado de cabelo atrás da orelha e sua bebida está quase no fim, quase todos temia Hosokawa Koji, ninguém ousava falar algo com ele, por medo, muitos evitava.
Desconhecido, apenas duas informações fora dita sobre ele, rico e gostos por ficção científica o resto é especulação. A fama dele ficou pesada há três meses atrás quando um garoto do terceiro ano, considerado o terror envolvido com criminalidade local resolveu "investigar" sobre ele, e todos sabe quando há isso ou a pessoa era enviada para hospital ou fugia onde não possa localizar. Todavia no dia seguinte, Hosokawa voltará para escola sem ferimentos e o comportamento rotineiro, mas a notícia não fora boa para o oponente, ele se encontrava no hospital com o rosto deformado e fraturas expostas no braço e na coxa obra de uma besta sanguinário. Desde desse dia ninguém ousou encarar.
Quon Jin é uma rara exceção, não havia temor ou medo e sim ranço, era o único a olhar nos olhos dele e falar por cordialidade, sendo sempre enviado para tratar algum assunto quando envolvia o outro.
Enquanto os dois conversam distraídos, Hosokawa observa com olhos de águia o garçom que sempre atende, e o único fora de seu círculo que fala com ele. Os finais de semana a sua agenda é reservado para visitar uma pessoa, metódico e pontual sempre pede a mesma coisa sendo retribuído igual pela outra parte, não pode negar a atração que sente desde do primeiro dia que viu. Ele é segundo filho e herdeiro direto do bancário Hosokawa Kenjiro, caçula, sua mãe é chinesa de família rica tradicional do interior donos de fábricas de arrozal do país. Hosokawa ototo, resolveu fundar mais uma filial em Pequim, entre tantos espalhados pela Europa e América do norte ele queria que seu filho presenciasse a cultura de sua esposa já que fora criado no Japão, um desejo dela. Não é de espantar que Koji é virado para lua, abençoado pelos deuses, além da beleza é extremamente rico no entendo, não é só de maravilha a família Hosokawa carrega, no Japão, ela é conhecida não pela influência nos negócios também no ramo criminal já que a raiz pertence a Gokudo, sendo umas das respeitada no país fundado no final do período Edo. Atual chefe ainda comanda a família, que é o avô de Koji, Hosokawa Shishio, a forte semelhança física e personalidade entre avô e neto é inegável, o sinal embaixo dos olhos semelhante a olheiras é a marca registrada que liga ambos. Cogita que no testamento o velho Hosokawa deixará a liderança para seu neto. Para o jovem, tanto faz, amava seu avô e respeita suas decisões assim como a outra parte, Oyabun deixará seu neto livre das responsabilidades ligado ao clã optando seu segundo filho educar a sua maneira não se intrometendo, mas o código sanguíneo grita lhe oferecendo maior aproximação, o envolvimento natural com o clã acendeu no velho a chama adormecida sobre o verdadeiro sucessor.
Na China, Hosokawa Koji obrigou seus pais a não escolher a unidade de ensino que quisesse, os esforços da mãe em apresentar os melhores colégios foram rejeitados por fim, ele foi enviado para uma mediana onde tanto abastados e menos prestigiado frequenta causando uma miscigenação de classes sociais. O modo que as pessoas se comporta ao seu redor é o mesmo do que no outro, o diferencial que lá todos sabiam o peso do sobrenome, aqui é só um cara assustador e muito rico. Como não era começo de ano letivo ele foi apresentado habitual na frente de seus colega pelo professor, inquietação e medo mistura nos rostos dos alunos que se segura nas carteiras um mínimo movimento poderiam ser jogados para longe, silêncio, o jovem em pé sonda o ambiente procurando algo novo até que pausa no garoto da terceira fileira do canto a esquerda mascando chiclete alheio ao redor cutucando o celular escondido debaixo da mesa, é óbvio que o outro é extremamente afeminado o clássico bishōnen, mistura de traços tailandês e pele branca. Koji continua a fitar gravando a face dele no banco de memória, nunca interessou por ninguém, mas é a primeira vez que sentiu uma atração forte, magnetismo igual a gravidade de júpiter, esmagando a razão nesse momento pouco liga o sexualidade ele quer possuir a pessoa, ser somente dele, o lábios curva para lado esquerdo em satisfação e escolhe a carteira do meio onde a visão é ampla podendo observar o objeto de desejo.
Quatro meses se passaram e ele sabe tudo sobre a vida de Quon Jin, uma pasta dentro de sua gaveta no apartamento que alugou contém todas as informações recolhidas, desde de registros da conta bancária que pertence a Kandamali à cópias de registro civil, imobiliário, senhas das redes sociais... com tudo em suas mãos ele pode fazer o que quiser desde de beneficiar ou prejudicar, mas seu intuito é aproximar do jovem, é considerado um trabalho difícil já que ele não sabe lidar com a personalidade de Quon Jin, a vida inteira ele presenciou e lidou com homens assustadores e frios onde único ligamento é a lealdade ao clã, fora às companheiras de fodas. Esses sentimentos chamado "afeto" e "paixão" é desconhecido de natureza a iniciativa de visitar o ambiente de trabalho do garoto é um modo de interagir a conhecer um pouco além do que estava escrito no papel. As atitudes mau humorada expressadas por Quon Jin provoca graça, não esconde riso contido, para ele não é diferente de um pequeno chihuahua nervoso.
"Você não está atrasado enrolando conversando comigo?"
" Os olhos da minha mãe não se encontra aqui."
Ma Hui Ying termina o chá e segue em direção ao caixa, lá ele bate de frente com Hosokawa Koji, onda de adrenalina percorre o corpo e se arrepia do alto da cabeça aos dedos dos pés, a menina do caixa lança um sorriso de medo para o enorme jovem a sua frente e entrega o troco, ele vira e vê o baixinho amigo de Quon Jin e um leve sorriso em contraste com sua face perfeita fazendo qualquer um desmaiar em desejo, e sai passando bem do lado quase encostando no corpo do outro, a sensação é de um tigre avaliando uma presa.
" Por que tudo que aquele cara faz dá medo? Ele não pode ser normal." pensa Ma Hui Ying em receio.
O ar condicionado está no máximo porém tanto a caixa e ele suam após a cena anterior, ela se recompôs e esboça um sorriso natural cortez para o menino a frente e recebe o dinheiro. Quon Jin que observa a cena com as pernas cruzadas fita o belo moreno sair pela porta deixando um rastro inquietante dentro de si. Bem sabe que a atitude não foi espontânea e sim intencional já que os olhos mirava outro pessoa à um metro e meio de distância. Se Quon Jin fosse mais esperto entenderia como uma flertada e não uma provocação de mau gosto.