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Chapter 2 - A mesa de sinuca: Prólogo

Externa. noite. um casal conversa ao telefone. A frieza da comunicação por mensagens confundiria a percepção de algum improvável espectador. improvável para não dizer impossível. Afinal, quem poderia se desdobrar em mil e assistir com onipresença ou mesmo com pequenos intervalos o tique-taquear de dedos serelepes nas telas azul-vitrais de celulares separados por cidades de distância? Quem poderia observar com reparo e atenção dois lugares tão diferentes?

Paudalho e Olinda. O homem da meia-noite encontra em suas andanças à mais bela flor da mata. O simpático homem que mesmo vagando por tanto tempo, ano a ano conhecendo, não sabe como foi cultivada tal floração. E nem poderá saber. É de uma cultura diferente, em todos os sentidos da palavra. Uma monocultura que germinou a mais plural plantação. Mas o milho e o trigo ainda se encontram a latifúndios de distância. A tecnologia aproximou e aproxima.