Passeios matinais se tornaram comum para o novo Lorde das terras Vorlowkey. Arnold Vorlowkey cavalgava lentamente por suas terras, a quilômetros de sua propriedade no lado norte de Kingsherry. Ele herdara faz três anos após a morte do pai. Na sua residência no momento sua mãe viúva e empregados. Fora obrigada a voltar após receber a notícia da morte do conde Vansel. Vivia entocado num bordel chic na capital francesa. Seu bibelô predileto, Sarina K como era chamada pelos filhos de nobres condes. Amanhecia embriagado em seus braços, envolto de seu sensual corpo. Ele nunca esquecera o seu atraente rosto que era capaz de hipnotizar o mais imaculado dos homens. Porem ele não o era, nem mesmo por um botão de flor. Desceu do cavalo, que ganhara quando tinha apenas 8 anos de seu pai. Depois fora mandado para casa do tio Mansel em Londres. E lá fora educado. Aos 18 serviu as tropas inglesas. Ao se retirar após ficar doente, foi estudar em Paris. Onde não obteve nenhuma formação na verdade. Sua única formação fora jogatinas e mulheres de bordel. Devasso. O vento ligeiro trouxe-lhe sons de risadas. Estaria ouvindo coisas talvez. Haveria um bordel a distância daí? Não seria possível. Um lugar reservado e comportado como Kingsherry jamais admitiria um espaço tão impróprio para famílias conservadoras do bons costumes. Mas as risadas ficavam mais audíveis a cada passo que dava em direção a hilaridade. Prendeu seu cavalo numa arvore. Seguiu caminhando em meio a outras arvores. Parou quando pode avistar as donas dos risos, e um dono também. Ficou escondido observando. Numa distância que podia ver bem suas feições. Um rapaz sentado numa pedra brincando com um pequeno galho. Sua camiseta semi aberta e cabelo molhado indicava que acabara de sair da agua. Um lago enorme se apresentava a sua frente e duas belas ninfas. Uma de cabelo castanho escuro soltos aos vento. A outra. Oh a outra. Essa sim lhe impressionou. Seus cabelos claros como trigo dourado dos campos gregos. Encaracolados, secando ao sol das dez. seu corset intimo e calçola que mostravam parte de suas pernas alvas indicavam uma atitude incomum de uma moça. Parecia bem à vontade diante do rapaz. Era inacreditável esse tipo de comportamento numa família nobre. Moças não podiam se dá ao luxo de tomar banho com rapazes em plena luz do dia. Quando revelou sua face removendo as mexas longas de cabelos. Seu rosto lhe fez lembrar alguém. Uma mulher decerto. O sinal acima, próximo aos lábios era idêntico ao seu bibelô carnal em forma de mulher. Mas como... não, não... não seria possível tamanha similaridade. Era um sinal raríssimo em poucas mulheres, e só havia uma mulher com aquele mesmo sinal, ou melhor pinta. Uma pinta original, não aquelas falsas que as dançarinas cancã pintavam para impressionar. Era uma singular que impressionava de verdade. Que pintava a beleza feminina e voraz de Sarina K. uma combinação sedutora sem igual. O que lhe impressionou é que a mesma pinta estava implantada ali no belo rosto de ninfa daquela moça. Seus lábios cheios e olhos esmeralda o viram entre os galhos dobrados. O Lorde escorregou ao pisar em falso. Ela o viu. Apontou, indicando para que os outros dois olhassem. Ela riu desmedidamente do intruso.
- Um lorde Vorlowkey espiando atrás das arvores – comentou o rapaz.
- ora Klaydon, lordes também podem se prestar a isso – Clarissie disse em meio a risos.
- mas que inapropriado para um lorde não acha senhores – Kassie debochou imitando uma voz grossa de homem. Eles riram do escorregão do lorde que pareceu mais um homem comum. E mais ainda quando viram seu traseiro sujo de terra e folhagens. Aquilo foi a pior das afrontas que poderia passar, uma falta de respeito que merecia um castigo. Mas ele não poderia fazê-lo. Os jovens estavam protegidos por estarem em suas terras. O lago os pertencia. Os jovens irmãos Missiwildys ganharam a propriedade do pai, o lorde Levinson, que tambem havia morrido há 1 ano de turbeculose. Envergonhado pegou seu cavalo e saiu. Gostaria de te-los chicoteados. Daria o troco com certeza.