Capítulo 1
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Há centenas de anos atrás, houve uma guerra mundial entre muitas nações pelo mundo, e como muitas guerras, uma guerra sem sentido, cheia de Espadas, Armas, Gou, e principalmente, Sangue.
Durante esta guerra, ocorreu um dia incomum, o Sol não estava fazendo tal calor, o céu estava azul, limpo de todas as nuvens, e os ventos não estavam tão fortes.
Sobre o solo, apenas pessoas de várias nacionalidades diferentes, tirando e perdendo sangue uns dos outros, dispostos a sacrificarem de tudo para não perderem, e dispostos à fazerem de tudo para conseguirem saborear a vitória!
De repente, algo entra na atmosfera, o que parece ser um meteoro, caindo em alta velocidade. Ela não chama a atenção dos guerreiros desta guerra, pois seu foco em tirarem vidas inimigas, é mais importante do que olhar para o céu "sem motivo", até que o meteoro cair no meio deste massacre e criar um maior, destruindo até mesmo aqueles que estavam longe e sentirão a pressão de sua presença, e chamando a atenção dos que sobreviveram a sua chegada.
Quando a poeira abaixa, todos juntam coragem para observar este meteoro, e se surpreendem quando à sua frente está uma katana cravada no solo. Sua bainha era negra, com alguns cortes que brilhavam em vermelho, junto de alguns detalhes dourados em suas extremidades, e seu punho era completamente negro.
Uma pressão é criada nos arredores, tais guerreiros que se encontram no campo de batalha, nunca sentiram a tal espécie de energia que emana da katana, vendo isso, os guerreiros decidiram lutar entre si novamente, não só por sobrevivência e ganância, como para entrar no consenso de qual Nação portaria a Katana Misteriosa, que se rodeava de uma aura temível e do sangue de suas vítimas.
A Nação vitoriosa deste combate, foi a Nação Do Fogo!
O Ancião da Nação do Fogo se direcionou a tal katana que ainda se encontrava presa no chão, de frente para ela, segurou o seu punho e a desprendeu do chão. Com sua outra mão na bainha, ele decide puxa-la para ver a aparência de sua lâmina, mas só do pouco que puxou, ele sentia algo tentando dominar sua mente, fazendo com que ele a largasse no chão e se afastasse um pouco.
Após recuperar a postura, ele olhou para a Katana novamente, e viu que sua lâmina era vermelha em um tom sangue, próximo do punho, poucos e pequenos espinhos negros saltados na lâmina, junto de alguns sigilos que estranhamente brilham em um azul bem claro, como se fossem selos, selos contendo algo ali.
Então, o Ancião cuidadosamente se dirige á katana "supostamente" viva, ele usa uma técnica de selamento na katana, a rodeando completamente com fitas pretas, para que suprimisse seu poder e que fosse possível toca-la, sem nenhum efeito. Assim, a colocando em sua cintura, e partindo, junto de seu exército.
E desde então, a Nação Do Fogo tomou posse da Katana que caiu do céu.
Anos depois, centenas de tolos e ambiciosos das outras nações, tentaram roubar a katana, até mesmo pessoas de dentro de Askkadia tentaram tirá-la das mãos do Ancião. Como o esperado, elas não reagiram bem ao segura-lá em suas mãos, porém, em todas as vezes que isso ocorreu, seus olhos eram enegrecidos e sua íris se coloria em vermelho escarlate. Seus corpos eram dominados para dilacerar todos aqueles que estavam a sua frente, sem a menor excitação, mas quando esses tolos eram derrotados, foi descoberto que o caos que eles traziam pra Nação, não chegava perto do caos que acontecia em sua mente.
Todos recobravam sua consciência com efeitos colaterais severos e irreversíveis, cada um com seu próprio efeito, mas todos tinham algo em comum!
Todos aqueles que ainda eram capazes de dialogar, relatavam ter visto um ser semelhante a uma mulher, uma criatura inteligente e metamorfa.. quem sabe. Mas, não como se fizesse diferença, pois "todas", ou "ela", sempre faziam a mesma coisa, torturar aquele que embanhava a katana, como se tivesse criado um purgatório dentro de sua própria mente, sem fim e sem saída.
Isso não podia ser coincidência! O Ancião decidiu navegar por sua própria mente, através de meditação e Gou, e se encontrava em um lugar escuro e pouco iluminado, diferente de como sua mente costumava a ser. Ele não se abalou com isso, apenas olhou ao seu redor e exigiu para que está "mulher" aparecesse para ele. Após um longo tempo, ela apareceu para o Ancião, ele a questionou quem seria, e ela apenas respondeu que seu nome é "Kalila" e lhe ofendeu com xingamentos alheios, e da mesma forma repentina que apareceu, ela sumiu antes que o Ancião fizesse mais perguntas.
Então, ao passar dos séculos, a Katana que caiu do céu, continuou a condenar todos que ousavam lhe tocar, mas foi descoberto que existiam pessoas específicas que conseguiam herda-la, logo, podendo passar adiante o conhecimento que podiam obter sobre ela, começando a ser conhecida pelo mundo, como "Kalila".
Então, um dia, um dos muitos homens que herdou a Kalila, decidiu se casar e criar uma família, com isso, ele pediu para que um de seus filhos tentasse levantar a katana, e dito e feito, ele levantou com facilidade. Portanto, se tornou perceptivo que as pessoas que nascessem com o mesmo tipo sangue deste último que conseguiu herdar a Kalila, provavelmente conseguiriam levantar a katana com mais facilidade, assim, fazendo com que essa familia carregasse a Katana consigo, com a maior probabilidade de que nascessem pessoas capazes de erguer a Kalila nesta família, do que nas outras.
Assim fazendo com que Kalila, passasse de geração e geração, ao lado da Família Takeaki.
Em uma das muitas gerações, um dos Herdeiros de Kalila, Sakai Takeaki, tinha uma criança, seu filho, Shin Takeaki. A esposa de Sakai já havia morrido, os cabelos brancos de Sakai, cresciam cada vez mais e tudo que ele ainda almejava antes de morrer, era que seu filho conseguisse herdar sua Katana, Kalila.
Para o desgosto de Sakai, Shin não era capaz de erguer a Kalila, o que fez ele olhar com desgosto para seu filho. Para satisfazer o desejo de seu pai, Shin jurou ter um filho que conseguisse satisfazer seu desejo, não importasse como, seria um guerreiro perfeito e que conseguiria herdar a Kalila, como se não fosse nada. Sakai morreu com desgosto de seu filho, sem ao menos ligar ou acreditar em seu juramento.
Anos depois...
Novembro, Ano 2312.
Askkadia, Nação do Fogo.
Cidade Flamejante.
19:00PM.
É possível se ver um menino sozinho em uma sala, ele é branco, de olhos azuis claros e cabelos curtos e pretos, e veste roupas casuais, azuis e pretas. Ele se encontra no meio de seu quarto, brincando com o seu boneco samurai, logo, aparece uma menina jovem e mais velha!
Ela é branca, de olhos castanhos escuros, seus cabelos escuros são presos por um coque, deixados soltos atrás e cobrindo sua nuca, enquanto esconde sua testa com uma franja e duas mechas roxas. Suas roupas casuais são uma regata preta cheia de rabiscos vermelhos e uma calça branca harém, e uma sandália vermelha e simples.
Ao abrir a porta do quarto, ela olha para o menino e diz:
Fuyuki: Ei, Akechi! Tá na hora da Janta!
Akechi: Já vou, Mana Fuyuki!
Fuyuki: Vê se não demora, sabe que a mamãe gosta que a gente coma juntos!
Logo após dizer isso, Fuyuki sai, a espera da companhia do Akechi para a janta.
Akechi: Tá bom!!
Em seguida, Akechi sai de seu quarto e corre por um longo corredor até sala de jantar, passando por algumas estantes e fotografias de sua família.
Quando chega, se vê uma sala simples! Mais a esquerda tem uma televisão suspensa na parede, onde está passando um programa de culinária, mais a direita, na parede tem alguns quadros familiares, e de frente para o corredor, centralizado na sala tem a chabudai.
NT:Chabudai (mesa de jantar refeições oriental).
Onde nela se encontrar seu pai, mãe e irmã estão sentados o esperando, ele se aproxima, se senta em uma cadeira e logo questiona.
Akechi: O que tem para comer?
Mariko, sua mãe, é uma mulher negra de 37 anos, 1,75cm de altura, e olhos azuis, com cabelos curtos e morenos, com poucas mechas brancas.
Ao ouvir seu filho perguntar o que á pra comer, Mariko responde:
Mariko: Hoje terá tempurá, carne de porco, lamen e peixe.
Akechi: Eu quero peixe!
Mariko: Eu vou comer tempurá!
Fuyuki: E eu vou comer lamen!
Shin:...
Então Shin, seu pai, decide por último o que irá comer, e em silêncio, ele coloca em seu prato, carne de porco.
Shin, um homem de pavio curto e cara fechada.
Ele é um homem branco, de 42 anos, 1,80cm de altura, de olhos roxos, e cabelos brancos e presos por um rabo de cavalo, com poucas mechas castanhas, e ele veste roupas escuras.
Logo todos eles se sentam, fazem uma reza básica, antes de comer, e quando Akechi está para comer, ele escuta.
Fuyuki: O bundão, duvido comer mais rápido que eu!
Logo ela começa a encher sua boca de lamen, comendo o mais rápido que pode, chegando até a engasgar de vez em quando.
Akechi, surpreso e bravo com o desafio, aceita sem pensar.
Akechi: É claro que eu consigo! Presta atenção!
Logo os dois começam a comer muito rápido, se engasgando muitas vezes, sujando a si mesmos e a mesa.
Mariko: Parem com isso, estão sujando tudo!!!
Akechi: Foui la queum coueço!
"Foi ela quem começou", tentou dizer, bebendo água e apontando para Fuyuki.
Mariko: Eu não ligo para quem deu início a isso, vocês ficarão de castigo!!!!
Akechi e Fuyuki: Aaahh nãooo, mãe....
Mariko: Se.... Vocês não comerem mais rápido que eu!!!!!
Logo os três retornam a competir, concentrados em ganhar uns dos outros sem nem mesmo existir um tipo de premiação ou consequência por ganhar ou perder, até Shin bater sua mão contra a mesa, levantando seus pratos por 1 segundo, e chamando a atenção de todos.
Shin: É isso que vc quer ensinar para seus filhos? A serem bárbaros? - diz para Mariko - E vocês, voltem já para seus quartos. - para Akechi e Fuyuki.
Mariko:.....!!?
Surpresa com tal reação, Mariko olha para Fuyuki e Akechi e consente com a cabeça para que eles vão para seus quartos, e como mandado, eles vão.
Shin: Akechi!!!!
Akechi:...?!?!?! - ele para instantamente,
e Fuyuki também para ao seu lado.
Shin: Pegue o seu prato e termine de comer em seu quarto. Precisa estar forte para o treino de amanhã, não só isso, você tem que ficar forte e ser um Homem forte, para herdar a Kalila!
Um pouco assustado, Akechi se vira para o seu pai.
Akechi: Tá bom, Pai! - Ele pega seu prato e se dirige para seu quarto.
Fuyuki se manteve ali parada, mas ao ver Akechi indo para seu quarto, ela também se vira, e diz.
Fuyuki: Já que é assim.. - E vai em direção ao seu lamen, para levá-lo ao seu quarto, como Akechi fez.
Shin: Diferente de algumas pessoas... Você tem que concretizar um desejo meu, Akechi!
Com estas palavras obviamente direcionadas para ela, Fuyuki fica parada no corredor absorvendo suas palavras, ficando péssima e provavelmente ficará até o fim da noite, como seu pai desejava.
Fuyuki:...
Ela volta para seu quarto.
Mariko: Eu já te disse para não trata-la assim, ela também é sua filha!
Shin: E é isso que me dá desgosto.
Mariko: Tsk, sinceramente parece que você não vai crescer... - se levanta e vai jantar em seu quarto - Gostaria de ver sua cara se o Akechi também não conseguisse.
Sozinho, Shin segue comendo seu porco até o osso, respondendo sua esposa mesmo com ela já em seu quarto.
Shin: Confia em mim..... Você não gostaria.
5 anos depois...
2 de Novembro, Ano 2317.
Askkadia,
Centro da Nação do Fogo.
12:00PM
Akechi, com seus 10 anos, tem a idade e treinamento para empunhar a katana que seu pai tanto falava.
Continua uma criança, mas não deixoi de mudar bastante. Além de mais alto, os cabelos de Akechi estão terminando em seus ombros, e em sua camisa branca está estampada o símbolo de Askkadia em suas costas, junto de uma bermuda e um tênis preto.
Enquanto Shin, com um cigarro em sua boca, tem seus cabelos brancos e presos, veste uma versão preta da camisa de Akechi, e uma calça branca e sapatos pretos.
Akechi e seu pai se encontram num palco, onde centralizado no mesmo, tem uma katana, mantida de pé por alguns suportes, em cima de um pedestal.
Akechi: Que lindo!
Guarda: Ei garoto, você não pode entrar!
Akechi, é barrado por um Guarda.
Shin: Fica suave! Ele é meu filho, e vai conseguir erguer a katana.
Guarda: Ahhh entendi!!! Então desculpe o incômodo, Sr. Shin!!! Pode passar!!! - Sua postura de superioridade, se perdeu, instantamente.
Então, Akechi e Shin, entram na enorme fila, para erguer a katana.
Depois de minutos, de pessoas na fila ficando desgastadas ao empunhar a katana, enfim, a vez de Akechi.
Akechi se sente relutante, e igualmente, animado! Torce para conseguir empunhar a katana, orgulhar seu pai e ficar tudo bem. No entanto, teme não ser digno de empunha-la.
Logo após subir no palco e se dirigir ao pedestal, Akechi ajeita sua postura em direção a ele, e se prepara para encostar no punho da katana.
Assim que ele encosta no punho da katana, ele se vê em um lugar aparentemente infinito e completamente escuro. Uma coisa enorme se torna visível na sua frente.. é um palaquin suspenso por várias pessoas acorrentadas nela, olhando pra cima, é possível ver um templo que guarda um trono para si, ambos igualmente roxos com adornos dourados.
Sentada neste trono, está uma figura feminina, encarando Akechi com tamanha desdém, como se ele fosse e é inferior a sua presença. Então, ela diz.