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Chapter 4 - Posso ir ao baile?

— Mãe poderia me dizer que horas é o encontro sábado?  —Eu pergunto assim que chego em casa.

— Para quem não queria nem ir, tá bem empolgada. —Minha mãe dá uma risada.

— Sério me responde. 

— Como vamos ao nosso clube, marcamos às 14 para não ser muito tarde

— Ufa se chegar até as 18, dá tempo de chegar e me arrumar.  —Sem querer a minha felicidade fala mais alto.

— Espera aí, onde pensa que vai depois do encontro?

— A lugar nem um.  —Eu respondo com medo.

— Te conheço. Pode ir falando, vai.  

— Está bem, eu ia ao baile de verão.  

— E não ia me avisar nada, pretendia sair às escondidas?  

— Claro que não, quando chegasse a hora eu ia avisar. Posso ir, por favor? 

— Vai com suas amigas ou tem um par?  

— Pela primeira vez de verdade, eu tenho um par. —Respondo na inocência.

— Quem é ele, sabe que não pode se comprometer com ninguém?  

— Claro que eu sei, tenho um casamento arranjado, ele é apenas um amigo.  

— Eu conheço? 

— Sim, é o Thomas.  

— Ele é um cavalheiro, mas, acho melhor não ir.

— Mas mãe por favor, é o meu último baile.  

— Deixa a menina ir, é só um baile. —Meu pai, aparece todo alegre.

— Obrigado pai, isso é muito importante para mim.

— Querida pode subir para seu quarto? Preciso conversar com o seu pai.  —Ela diz com uma voz de medo e expressão de raiva.

— Claro, obrigada por me deixar ir. —Concordo toda feliz.

—Vou na casa da Paula, preciso contar para ela que a senhora me deixou ir ao baile. —Eu desço as escadas toda sorridente.

— Não demore, logo será servido o jantar.  

— Agora são 18h, então posso ficar até as 20h? 

— Pode, se prometer que não vai inventar algo para ficar até mais tarde. 

— Está bem estou indo.

Minha amiga mora a duas quadras lá de casa, enquanto ando pela rua acabo me esquecendo do meu misterioso encontro. Só penso em qual vestido irei usar, e como minhas amigas ficarão felizes de saber que poderei ir. Logo chego e bato na porta.

— Entre, qual é a novidade tão importante? —Paula fala abrindo a porta.

— Cadê a Stacy? —Eu pergunto.

— La em cima.

Eu avisto a mãe da Paula, na cozinha preparando um lindo bolo.

— Boa noite Tia Maria, faz tempo que não a vejo. A senhora está bem?

— Sempre muito educada, estou bem. Obrigado por perguntar, e sua mãe como vai?

— Ela está muito bem, animada para o evento de caridade.

— A quase ia me esquecendo, pode dizer a ela que tenho umas roupas para doar?

— Ela irá ficar muito feliz, como diz quanto mais melhor.

— Vamos subir, estou curiosa para saber a novidade.

Já no quarto de Paula, resolvo contar de uma vez. — Minha mãe me deixou ir ao baile.

—Aí que bom. —Eles correm me abrasar.

—Como é mesmo? —Stacy fala. —Somos grandes amigas.

—E sempre estaremos unidas, por ti eu darei a minha vida. Amigas unidas jamais serão vencidas. —Juntas falamos a nossa frase.

— Se ela não deixasse, iríamos roubar você pela janela. —Stacy fala animada.

— Vocês não teriam coragem.

— Depois de receber um convite do Thomas, iríamos levá-la até lá de qualquer jeito. —Paula sorri.

— Eu fiquei meio sem jeito, quando percebi que ele realmente estava me convidando para o baile. —Respondo com vergonha.

— Você foi muito bem, se fosse eu iria ter desmaiado. —Stacy diz.

— E eu não iria conseguir dizer nada.

— Precisamos ir às compras, pela primeira vez temos pares que vale a pena. —Eu digo animada.

— Também acho. —Paula concorda.

— Que tal sábado de tarde, antes do baile?

— Sábado não posso, meus pais só concordaram de me deixar ir se fosse com eles conhecer uns amigos.

— Porque sua presença é tão importante, eles sempre deixaram você faltar nesse tipo de coisa? —Paula me pergunta.

— Velhos amigos do meu pai, vem de outra cidade para uma festa. Eles têm dois filhos da minha idade, e minha mãe quer que eu mostre o clube para eles.

— Eles são gatinhos? —Stacy me olha com malicia.

Eu sei que deveria saber, mas não tenho ideia de como ele é. Só de lembrar que ele é meu futuro marido, fico vermelha. — Stacy eu não sei, nunca os vi. Devem ser uns riquinhos mimados.

— Você também é rica. —Paula fala para mim.

— Mas não sou mimada, e nem chata, ou sou?

— Claro que não, mas, você não conta. —Stacy fala.

— Verdade você é diferente.

— Vocês também são ricas, e eu as amo.

— Nem chegamos aos seus pés. —Paula ri.