— Mãe poderia me dizer que horas é o encontro sábado? —Eu pergunto assim que chego em casa.
— Para quem não queria nem ir, tá bem empolgada. —Minha mãe dá uma risada.
— Sério me responde.
— Como vamos ao nosso clube, marcamos às 14 para não ser muito tarde
— Ufa se chegar até as 18, dá tempo de chegar e me arrumar. —Sem querer a minha felicidade fala mais alto.
— Espera aí, onde pensa que vai depois do encontro?
— A lugar nem um. —Eu respondo com medo.
— Te conheço. Pode ir falando, vai.
— Está bem, eu ia ao baile de verão.
— E não ia me avisar nada, pretendia sair às escondidas?
— Claro que não, quando chegasse a hora eu ia avisar. Posso ir, por favor?
— Vai com suas amigas ou tem um par?
— Pela primeira vez de verdade, eu tenho um par. —Respondo na inocência.
— Quem é ele, sabe que não pode se comprometer com ninguém?
— Claro que eu sei, tenho um casamento arranjado, ele é apenas um amigo.
— Eu conheço?
— Sim, é o Thomas.
— Ele é um cavalheiro, mas, acho melhor não ir.
— Mas mãe por favor, é o meu último baile.
— Deixa a menina ir, é só um baile. —Meu pai, aparece todo alegre.
— Obrigado pai, isso é muito importante para mim.
— Querida pode subir para seu quarto? Preciso conversar com o seu pai. —Ela diz com uma voz de medo e expressão de raiva.
— Claro, obrigada por me deixar ir. —Concordo toda feliz.
—Vou na casa da Paula, preciso contar para ela que a senhora me deixou ir ao baile. —Eu desço as escadas toda sorridente.
— Não demore, logo será servido o jantar.
— Agora são 18h, então posso ficar até as 20h?
— Pode, se prometer que não vai inventar algo para ficar até mais tarde.
— Está bem estou indo.
Minha amiga mora a duas quadras lá de casa, enquanto ando pela rua acabo me esquecendo do meu misterioso encontro. Só penso em qual vestido irei usar, e como minhas amigas ficarão felizes de saber que poderei ir. Logo chego e bato na porta.
— Entre, qual é a novidade tão importante? —Paula fala abrindo a porta.
— Cadê a Stacy? —Eu pergunto.
— La em cima.
Eu avisto a mãe da Paula, na cozinha preparando um lindo bolo.
— Boa noite Tia Maria, faz tempo que não a vejo. A senhora está bem?
— Sempre muito educada, estou bem. Obrigado por perguntar, e sua mãe como vai?
— Ela está muito bem, animada para o evento de caridade.
— A quase ia me esquecendo, pode dizer a ela que tenho umas roupas para doar?
— Ela irá ficar muito feliz, como diz quanto mais melhor.
— Vamos subir, estou curiosa para saber a novidade.
Já no quarto de Paula, resolvo contar de uma vez. — Minha mãe me deixou ir ao baile.
—Aí que bom. —Eles correm me abrasar.
—Como é mesmo? —Stacy fala. —Somos grandes amigas.
—E sempre estaremos unidas, por ti eu darei a minha vida. Amigas unidas jamais serão vencidas. —Juntas falamos a nossa frase.
— Se ela não deixasse, iríamos roubar você pela janela. —Stacy fala animada.
— Vocês não teriam coragem.
— Depois de receber um convite do Thomas, iríamos levá-la até lá de qualquer jeito. —Paula sorri.
— Eu fiquei meio sem jeito, quando percebi que ele realmente estava me convidando para o baile. —Respondo com vergonha.
— Você foi muito bem, se fosse eu iria ter desmaiado. —Stacy diz.
— E eu não iria conseguir dizer nada.
— Precisamos ir às compras, pela primeira vez temos pares que vale a pena. —Eu digo animada.
— Também acho. —Paula concorda.
— Que tal sábado de tarde, antes do baile?
— Sábado não posso, meus pais só concordaram de me deixar ir se fosse com eles conhecer uns amigos.
— Porque sua presença é tão importante, eles sempre deixaram você faltar nesse tipo de coisa? —Paula me pergunta.
— Velhos amigos do meu pai, vem de outra cidade para uma festa. Eles têm dois filhos da minha idade, e minha mãe quer que eu mostre o clube para eles.
— Eles são gatinhos? —Stacy me olha com malicia.
Eu sei que deveria saber, mas não tenho ideia de como ele é. Só de lembrar que ele é meu futuro marido, fico vermelha. — Stacy eu não sei, nunca os vi. Devem ser uns riquinhos mimados.
— Você também é rica. —Paula fala para mim.
— Mas não sou mimada, e nem chata, ou sou?
— Claro que não, mas, você não conta. —Stacy fala.
— Verdade você é diferente.
— Vocês também são ricas, e eu as amo.
— Nem chegamos aos seus pés. —Paula ri.