Conforme ele ia se aproximando, ele via uma bela moça. Olhando as feições, viu que era Kate.
- Kate?
Ela se aproximou.
- Vi que você não consegue dormir.
- O que você fez?
- Simplesmente lhe trouxe para essa dimensão paralela.
- Como você fez isso?
- Eu sou uma pessoa que surge durante as guerras desse mundo.
- Não me diga que...
- Sim. Eu sou a deusa da invocação.
Giles começava a entender tudo agora. Ele não falou sobre já saber de André estar vivo.
- Então, por que você veio aqui sozinha? Você é o trunfo do reino.
- Eu lhe trouxe aqui para negociarmos.
Giles se sentou no que parecia ser um sofá branco naquele lugar luminoso.
- E me diga o que você quer?
- Eu quero que você pare a expansão contra o reino.
- E o que terei em troca?
- Você terá o poder de uma deusa.
- Hahaha! Você pode fazer outras coisas como a deusa da invocação?
- Transportar pessoas, invocar seres, coisas desse tipo.
- O que eu gostaria era do seu poder para acabar com o reino. Tudo isso é pelo que eles fizeram ao meu pai.
- Até hoje você não me falou o que eles fizeram.
- Isso é culpa do rei. Ele sabe de tudo o que está acontecendo e trata todos como meros peões. Isso também pode se dizer de você. Ou você acha que ele não saiba sobre você e que você veio sozinha até aqui. Ele queria isso.
- E por qual motivo?
- Ele não quer que o reino seja onipotente. Ele quer criar uma sombra. Pode ser um outro reino, pode ser uma ameaça interna. Ele vai mandar os seus guardas e soldados em uma missão suicida já sabendo que maior parte deles ou que ninguém vai retornar.
- Entendi. Esse foi o problema com o seu pai?
- Sim. Ele foi enviado com a guarda real em uma missão. Todos os detalhes da missão lhe foram passadas. O meu pai era lider de vários territórios e sabia do risco para ele e para os seus soldados sobre enfrentar aquela tribo. Mesmo assim, aquele rei infeliz o obrigou a subjulgar a tribo. Ele falou que se não o fizesse, eles não saberiam que o reino que manda em todo o continente. Passaram-se alguns dias e chegou um mensageiro em casa. Ele nos trouxe a espada do meu pai.
- O seu pai faleceu nessa batalha?
- Não só morreu, como foi em vão. Era uma batalha previsível e o numero de homens que foram enviados para aquela missão era pequena. Após isso, o rei mandou pessoas de outros territórios e com um número bem maior de pessoas. A tribo foi subjugada. Eu perguntei para o rei naquela época se ele sabia dos avisos, porque mandou só o meu pai e poucos soldados. Ele me disse que era um risco que todos teriam que correr pelo reino.
Giles estava tenso com aquela história antiga.