- Eu fiquei pacientemente aguardando que houvesse um novo furto. Eu vi uma vez um senhor fazendo isso e o repreendi. Ele correu para um beco e fui atrás dele. Falei com ele e o mesmo se desculpou. Falou que era por causa da sua família que passava necessidades e que não tinha dinheiro para sobreviver. Me falou que era uma pratica comum. Eu percebi que aquilo estava cravado na sociedade. Aquelas pessoas inventavam uma desculpa para fazer pequenos delitos e sugar de pessoas um pouco melhores. E isso acontecia em várias camadas da sociedade. Soube da guilda de ladrões e que teria um teste para o próximo herói. Haviam muitas pessoas naquele dia. Eu fui, não porque queria me tornar um ladrão, mas porque queria entender o motivo daquelas pessoas fazerem aquilo. Pessoas com pouco dinheiro até dá para entender. Mas e as pessoas que estavam acima da linha da pobreza eu queria saber qual era motivo.
- Entendi a parte do senhor ter roubado no negócio dos seus pais. Isso realmente acontece bastante nos arredores da capital. Mas também existir uma guilda de ladrões e também formar heróis, isso é algo complicado. Para que o reino colocaria um ladrão como um herói?
- Eu comecei a fazer o curso e mudei a minha visão. O reino precisaria de um ladino para espionar o outro reino, para fazer missões que exigissem furtividade e conhecimento de área amplo. A ladinagem nesse ponto de não se cometer o crime, mas usado em batalha era uma arte. Isso era diferente do que muitos dos poderosos faziam. Muitos eram trapaceiros, corruptos, comeriam fraudes, pegavam dinheiro dos mais pobres, faziam muitas coisas que poderiam ser associadas a guilda de ladrões. Isso era uma visão distante do que realmente era ser um herói. Essa visão dificilmente seria alterada da mente das pessoas que passavam por ali.
- Entendi. Para missões especiais seria mais fácil mandar um espião ou algum agente especialista em furtividade. E vocês tinham essas práticas durante o curso?
- Sim. Durante o curso aprendemos muitas técnicas de furtividade e negociação. Aprendi muito rapidamente. Estava acostumado a ver aquelas coisas na minha residência e comercio. Aquilo me ajudou a entender melhor por que os ladinos queriam tanto ser daquele jeito. Só não sabia que tinham tantas pessoas fazendo aquele curso com aquele propósito.
- E como foi o seu teste para se tornar um herói?
- Eu fiz um curso preparatório intensivo. Tive muitas coisas praticas também como andar furtivamente e negociação. O curso em si foi muito legal, mas eu tinha muitos concorrentes em diversas salas e teria que melhoras muito as minhas habilidades se quisesse me tornar um herói. Eu comecei a estudar bastante durante o tempo vago e usei também para praticar a ladinagem. Os meus pais sabiam no que eu havia me metido, mas não me reprovaram por causa disso. Em seguida, veio o teste. Seria algo bem complicado. Eles iriam testar as nossas habilidades fazendo uma infiltração e pegando um tal objeto.