- E que notícia seria essa?
O cavaleiro tomou mais um gole. Estava muito entusiasmado ao falar sobre aquela notícia. Estava tão feliz que o seu sorriso estava transparente a todos. Os outros mercenários estam sentados enquanto ele bebida. Estavam a postos para ouvir o que seria aquilo que ele queria falar com tanto orgulho. Deu um suspiro e continuou.
- Havia muitas pessoas procurando pelo culpado dentro do palácio. Porém também colocaram cartazes pela cidade a sua procura.
- Então eles são incapazes de localizar a pessoa que me matou, mas alguém de dentro do castelo já está a minha procura. Deve ser o próprio culpado que fez isso.
- Sim. Provavelmente ele virá atrás de você por toda a cidade. Todos dessa taverna sabem sobre isso. Eles também estão em busca da recompensa. Mas o que um herói poderia estar procurando por uma banda dessas? Estávamos nos perguntando. Eu queria saber mais sobre isso. Achei interessante a história que você falou. E todos aqui concordaram em não lhe atacar porque alguma coisa nisso estava errada.
- Entendi. Aqueles guardas do castelo são bem incompetentes. Terceirizaram a responsabilidade.
Eu dei mais um gole na cerveja. Estava bebendo feito um louco. Era mesmo um louco de ter que confiar em pessoas que acabei de conhecer. Mas não tem jeito, já que as pessoas que eu conhecia do castelo estavam atrás de mim e o culpado por ter me atacado estaria me esperando para me executar mais una vez. Que reinicio de vida mais complicado. Mesmo que estivesse quente, aquilo descia rasgando pelo meu pescoço de tal forma que eu ficava menos tenso, simplesmente pelo fato de que eu teria que me preocupar mais com a bebida do que com os proximos passos que teria que ter para não ser descoberto pelas pessoas do castelo. Estava uma noite bem quente e aquela situação de vida ou morte estava me deixando mais tenso. Procurava na bebida a chance de diminuir aquela tensão. Mas como todos sabem, inclusive eu, a bebida só serviu para me deixar mais bêbado. O álcool entrava pela minha boca e eu estava até que bem para alguém que acabou de renascer. Porém, não sabia se dentro daquela taverna e com todos aqueles olhares para mim, se poderia ter alguém do castelo ou se algum ou alguns daqueles mercenários estariam dispostos a me vender por um preço baixo só para ganhar alguma recompensa. Por que eu iria reconhecer a minha derrota tão facilmente? Eu acabei de os conhecer e a minha confiança ainda não era plena em todos ali. Todos os mercenários me olharam estranhamente. Estavam querendo saber mais alguma coisa de mim ou se eu iria falar mais alguma coisa do meu passado? Não saberia dizer já que a partir daquele ponto o interlocutor do assunto se tornou aquele cavaleiro que estava sentado ao meu lado.
- Mas você pode ser caçado se continuar aqui dentro da cidade. Mas tem um lugar aonde você pode ir e ninguém ousaria te procurar.
- E onde seria?