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Chapter 8 - Menace e o conselheiro

Menace vai para o salão real em busca do conselheiro. Ela precisava de uma autorização para entrar nos dormitórios reais. O conselheiro havia se despedido há pouco tempo do rei. Eles estavam tratando sobre as tropas que foram enviadas até a fronteira para fazer barricadas e conter os monstros. Vários vilarejos próximos foram dizimados e os heróis teriam que preparar algum tipo de estratégia juntos ao exército do reino para que pudessem lidar com os ataques. Muitos soldados já foram enviados e até aquele momento não se tinha nenhuma ideia de como se desenrolavam as batalhas nas fronteiras. O conselheiro buscava acalmar o rei. O rei voltou para a sala do trono e aguardava respostas. O conselheiro ainda estava arrumando o salão real e viu Menace chegando.

- Olá, senhor conselheiro!

- Sim.

- O pessoal da guarda está fazendo a busca nos dormitórios, mas estão encontrando algumas dificuldades para fazer a varredura. Um dos guardas pediu uma autorização para fazer a busca nos dormitórios reais. Como eles não podem acessar sem que seja autorizado, as buscas ficarão incompletas se isso não for feito.

- Entendi. Eles não encontraram nada até o momento?

- Até o momento eles ainda não acharam nada.

- Certo. Vou emitir a autorização. Você poderia me acompanhar?

- Sim. Claro!

O conselheiro deixou o salão real e junto com Menace se dirigiu até o seu escritório que ficava na ala oeste do castelo.

A sala era cheia de quadros do rei com a sua família. Havia uma estante de livros com uma grande quantidade de coleções. Era protegido com vidro e estava trancado. Tinha um tapete vermelho, uma cadeira estofada e uma mesa de madeira grande aonde ele costumava usar para fazer as documentações do reino.

- Por aqui, por favor!

Menace acompanhava o conselheiro enquanto o mesmo se dirigia para a mesa.

- O que você acha sobre tudo isso que está acontecendo?

- Sobre qual assunto?

- Sobre o assassinato de Batistlav e sobre o ataque de monstros aos vilarejos na fronteira do reino.

- Eu não acho que as duas coisas tenham alguma ligação.

- E por que você acha isso.

- O ataque na fronteira é feito por monstros. Esse ataque não parece ser feito de forma coordenada o que inviabiliza ser um ataque orquestrado por algum humano que esteja no comando dos monstros. Logo, dificilmente foi causado por um reino vizinho. O ataque ao arqueiro existe uma maior possibilidade de ter sido feito por um humano, visto que muitas pessoas o conheciam e a forma que ele vinha agindo já era estranho.

- Você acha que ele escondia algo?

- Teremos que interrogar as pessoas que estão no castelo e isso pode levar muito tempo. Dentre os heróis ele era o mais alegre e também o mais isolado. A única que o conhecia melhor era Kana, mas, mesmo assim, ela tinha um conhecimento muito superficial por não se aproximar muito.

- Por que será que ele era assim? Por que ele tinha esse jeito de ficar distante das pessoas?

- Eu não sei ao certo. Ele era uma pessoa alegre. Sempre se aproximava das pessoas com um grande sorriso do rosto, mas não costumava puxar muito assunto. Ele era muito estranho.

- Estranho até demais. Alguem do reino o conhecia melhor do que vocês? Vocês já tem alguma pista?

- Devem ter alguns moradores da cidade que trabalham aqui no castelo. Teremos que perguntar para eles.

O conselheiro estava escrevendo o documento da autorização enquanto Menace aguardava. Os quadros de pinturas na sala eram surreais. Somente de olhar para eles dava para ver que foram feitos por personalidades excêntricas. Menace olhava e tentava entender aquele gosto estranho do conselheiro.

- E o que você acha que pode ter acontecido?

Um barulho de disparo muito alto veio da sala ao lado.