ALEXANDRA
Entramos no carro e o Colin começa a dirigir até á nossa casa.
Vejo que ele foi o caminho todo com um sorriso de canto.
Ao chegarmos em casa vou logo em busca do meu precioso gelado de chocolate e menta e ao sentar me no sofá pergunto lhe:
- Esse sorriso é do quê? - Ele solta uma gargalhada
- Eu vi
- Viste o quê? - pergunto fazendo me de desentendida
- Mostrares o dedo prá recepcionista - rio
- Só protejo o que é meu - Sorrio convencida - Além de que sei que farias o mesmo, ou pior se fosse um recepcionista gostoso
- Então não sou gostoso?
- Não - Ele levanta as sobrancelhas
- Não?
- Não, não és gostoso. És o meu gostosão. - rimos alto - E se aquela puta voltar a despir te com os olhos vai ter que usar uma peruca pois vou arrancar aquele cagalhão da cabeça dela que ela chama de coque.
Ele senta me no seu colo.
- Minha ciumentinha - Ele beija me e eu retribuo sentindo a lingua dele e cedo a passagem.
Depois de uns minutos separamonos por falta de ar e ouço baterem na porta.
- Eu vou lá Dark. - Dou lhe um selinho e vou prá entrada
Abro a porta e deparo me com a minha irmã.
- O que tás aqui a fazer? - Olho pra ela com raiva.
- Olá maninha que bom que tás aqui eu já tava com saudades entra fica á vontade - ela fala imitando a minha voz
- Tu não mereces uma ponta de respeito Vanessa.
- Gatinha quem é? - Ouço o Colin falar da sala
- A vadia da minha irmã - Falo e ele vem á porta me abraçando por trás.
A Vanessa olha pra ele de cima a baixo e morde o lábio inferior.
Nesse momento dou lhe um tapa com tanta força que fica marcado na bochecha dela.
- Nem penses em fazer isso outra vez. O Michael e o Samuel não foram suficientes!?
- Por favor. O pinto deles é mais pequeno que uma ervilha. Não sei onde viste tamanho naquilo.
- Primeiro, eu não sou como tu que só liga ás partes baixas de um homem. Segundo, conhecendo te como conheço pra ficares satisfeita o pinto deles tinha que ter metro e meio.
Por um segundo ela olha pra mim com espanto pela minha reação mas logo recompõe a sua compostura.
"Sim sua vadia. Eu mudei bastante em dois anos."
Ela solta uma risadinha irritante.
- Aposto que esse feto asqueroso é do vizinho so lado e não do teu namoradinho. Tô admirada de ele não ter feito o mesmo que o Michael.
- NÃO TE ATREVAS A FALAR ASSIM DA MINHA FILHA SUA CABRA!
A seguro pelos cabelos e puxo os ao ponto de ficar com uma boa parte deles na mão. Até parece que ela fez transplante capilar.
Antes que eu caia nas lagrimas em frente ao sorriso convencido daquela vadia, fecho a porta me livrando dos braços do Colin e vou a correr pró quarto mesmo sabendo que não posso correr.
Caio na cama já com a vista desfocada por causa das lágrimas.
Flashback on
- Não... não pode ser... - falo em pânico olhando o resultado do exame de sangue que fiz - Não posso tar grávida... com 17 anos...
"O que o Michael irá fazer!?!?!?"
Nesse momento ele entra no quarto e vê me com os resultados do exame que ele nem sabe que fiz.
- O que é isso? - ele pergunta tirando o papel das minhas mãos e começando a ler.
Vejo a expressão do seu rosto mudar de neutra pra raiva.
- COMO ASSIM GRÁVIDA ALEXANDRA!? - Ele dá me um tapa com força - COMO ALEXANDRA!!!
Nesse momento eu já tava no chão sendo agredida entre murros e pontapés.
Eu já tinha sangue a sair da boca e tinha certeza que a minha cabeça tava aberta.
Depois disso só me lembro de acordar na UTI sem ninguém pra me ver, e foi aí que percebi que a minha familia ficou toda contra mim.
Flashback off