Em sincronia com a música: 'The Last Of The Real Ones', da banda 'Fall Out Boy', Audrey e Ema finalizaram o beijo e se afastaram, sorrindo uma para outra.
A Hamilton foi puxada pelo braço esquerdo da polinésia enlaçado em seu pescoço.
— Wow! — Ayla gritou, se já estava animada antes com a banda, imagine depois de ver suas amigas se beijando. — Agora foi, viado! Que beijão!
As duas não se importaram com o que pensavam ou falavam com elas, não quando estavam tendo o momento juntas.
— Você é muito ousada. — Ema brincou só para que a outra escutasse, atracando-se ao corpo negro.
— Você não gosta? — entrou no jogo da polinésia.
— Não posso negar que gosto. — respondeu, porém com desdenho salpicando em brincadeira. — Mas...
— Você não tem argumentos contra, cale-se logo. — Audrey devolveu a brincadeira.
— Me pegou. — Griffin riu, fingindo estar envergonhada e deu de ombros. — O que posso dizer...
— Gosto mais quando estamos caladas.
— Não aguenta não ser maliciosa. — Constatou. — Controle-se, Audrey Hamilton.
— Ei, vocês, podem nos dar atenção?! — Emeraude chamou, batendo palmas perto do rosto dos dois. — Merda! São mesmo um casal!
— Não, não somos. — Ema respondeu de imediato, com um sorriso, antes poderia ficar desanimada com a constatação de Emeraude. Talvez um dia iriam ser, tinha esperança afinal. — Foi só um espetáculo.
— Ema quer ser atriz, vocês não sabiam? — Audrey tentou ajudar a polinésia, mas não sem fazer a polinésia entender que sabia que isso era uma completa mentira.
Griffin engoliu em seco entendendo o recado da negra. Queria dizer que Audrey sabia que gostava dela? Ema estava muito nervosa.
— Nunca me disse isso! — Ayla apontou. — Por quê?
— É um sonho recente, Chancho. — Comprimiu os lábios depois de dizer, como se não fosse nada demais, o que realmente não era.
— Ah... Você só contou para Audrey antes mesmo... — Ayla fez seu drama e fingiu mágoa. — Tudo bem.
— Estou passando mais tempo com ela, por isso contei primeiro, desculpa.
— Ah, vão a merda vocês e essa coisa que estão tendo! — Emeraude fingiu se irritar. — Não enganem minha namorada, vadias!
— Amor, se acalme. — Ayla falou, levando a cena da namorada a sério. Realmente Torres tinha passado dos limites nas bebidas, estava até acreditando nas mentiras ditas e na má interpretação de sua garota.
— Meninas, acho que vou levar a Laa para casa. — Emeraude riu e apontou para sua namorada que tinha uma cara de idiota, a boca aberta e olhando para o nada. — Ela passou do ponto em algum momento...
— Está bem claro isso. — Audrey riu, ainda com Ema abraçando-a.
— O que está claro?
— Você está metida com droga, Ayla? — a polinésia brincou apenas para fazer Emeraude e Audrey rirem, já que a latina não achou graça.
*****
Audrey estava prestando atenção no comportamento de Ema já algum tempo. Notou que a polinésia mais tentava lhe ignorar do que se aproximar. E um exemplo desse comportamento foi dado na noite anterior, depois do show, quando chamou a loira para ficar em sua casa e o convite foi instantaneamente negado. Não espero um segundo para negar.
A negra estava pensando em como trazer Ema para sua casa, sem que ela pudesse negar. Era final de semana e não tinha nada mais para estudar, para usar como desculpa. Queria apenas assistir algo em sua companhia, quem sabe conseguir uns beijos e se fosse insistente suficiente até uns amasso com a loira.
— Toc-toc!
— Quem é? — Audrey brincou, sorriu imaginando ser Ayla ou Emeraude.
— É a gos! — reconheceu a voz brincalhona atrás da porta. Ema. Ela e o seu senso de humor.
— Que gos?
— A gostosa Jane! — a polinésia abriu a porta rindo. Estava com um boné preto virado para trás e uma trança frouxa. — Oi!
Tirou os tênis rapidamente e quando pulou na cama de Audrey, a blusa soltinha subiu. A Hamilton tentou não olhar, mas foi impossível, depois de ter a visão da pele polinésia, seu olhar desceu pelas coxas grossas no jeans cropped.
— Oi?! — Audrey mal conseguia pensar algo coerente com o cheiro da polinésia invadindo seu espaço de forma tão rápida. — Pensei... Hmm... Que não te veria tão cedo.
— E por que pensou isso? — Ema perguntou, jogando-se por cima da negra que sorriu. Beijou as bochechas da Hamilton, fazendo cócegas na mesma. — Hã?
— Você se negou a... — falou em meio aos risos, causados pela Griffin. — Dormir aqui ontem à noite.
— Oh! Isso? — a polinésia se surpreendeu com a fala de Audrey, deixou ela de lado, sentando-se na cama.
— Sim, isso.
— Eu sabia das suas más intenções comigo. — Sorriu, encarando a negra com um pouco de malícia.
— Eu não nego essas intenções. — Audrey não se fez de rogada, o que adiantaria fingir de desentendida? Nada. — Estamos indo com muita calma...
— Algum problema para você?
— Não... — Audrey pensou no que dizer, pois não queria deixar a polinésia desconfortável com o assunto. — Mas ao menos queria poder encostar em você... Sabe uns amassos...
— Amassos? — Ema ficou um pouco pensativa, a negra notou.
— Sim?! — não sabia se devia concordar ou não com o questionamento da polinésia.
Griffin pegou seu celular e digitou algo, concentrada.
— Amassos... Contacto indecoroso: chamego, intimidade, esfregação, sarro, carícia, bolinação, agarro. — Audrey arregalou os olhos, Griffin riu e não foi pouco. — Acho que podemos fazer isso. — Sorriu tão grande que poderia ocupar todo o espaço envolta.
Audrey colocou as mãos no peito:
— Já estava achando que era virgem. — Ema olhou para a negra, ficando calada. Hamilton se assustou, tapando sua boca com espanto. — O quê? Você é?
— Não, mas sua cara foi incrível!
— Idiota!