Cidade da Chama, clã Belmort, uma das famílias mais importantes não somente da cidade, mas do condado como um todo. O terreno da família fica bem no centro da cidade, cercado por muralhas e vista de cima apresenta uma construção monumental e luxuosa.
Esta construção é chamada de Cidadela Belmort, é o lugar que dá início ao estabelecimento da família Belmort e é seu cartão de visita. Passando pela Cidadela há uma rodovia gigantesca que corta as muralhas do clã. Na metade pode-se ver um alto de arquitetura antiga.
À frente do prédio, há vários caracteres que representam o centro médico. Hoje é um dia agitadíssimo no centro médico, podia se ver médicos e enfermeiras andando para lá e para cá, especialmente em um único andar.
Este andar é dividido por um corredor e vários quartos, ao lado de um quarto especialmente movimentado, um banco com duas pessoas sentadas, um homem com seus 30 anos, bonito, grande estatura, cabelo e olhos vermelhos rubis. Ao seu lado está sentado um garoto, por volta dos 7 anos, também de olhos e cabelos vermelhos, sua estatura é média e rosto bonito, porém está de olhos fechados e pernas cruzadas sobre o banco. Ambos estavam usando uma túnica vermelha com um símbolo de uma fênix bordado na parte esquerda do peito.
- Aman! Isso não é hora de cultivar, sua mãe está sofrendo para dar à luz, demonstre um pouco de respeito! – Disse o homem com uma expressão irritada, seu nome é Carlos Belmort, atual líder da família Belmort.
Após um minuto de silêncio, não houve nenhuma resposta do garoto, é como se ele não estivesse escutando.
- Seu pirralh...
- Você deveria seguir o exemplo do próprio filho e usar o tempo livre para cultivar, talvez você não estivesse em um gargalo na cultivação. – Disse um homem com aparência de um ancião que se aproximou da dupla pelo corredor. Ele também estava utilizando uma túnica vermelha, como os dois que estavam sentados.
- Vovô! – O garoto repentinamente abriu os olhos e correu para o ancião com um abraço.
- HAHAHA pirralho, já disse para não ficar me abraçando toda hora – Disse o ancião com um sorriso no rosto, esse ancião é o avô de Aman e pai de Carlos, Marx Belmort, antigo líder da família e o cultivador mais poderoso da região.
- Hump! Você o mima demais, ele irá crescer um bom pra nada. – Disse Carlos com um rosto sério olhando para seu pai.
- Eu não estou dizendo como você deve criar seu filho, mas não se esqueça que ele também é meu neto. – Disse Marx enquanto arrastava o garoto até o banco para sentar-se.
- Você terá mais duas crianças para criar, se nossos testes estiverem certos, eles serão gênios abençoados pelos céus. – Continuou ele enquanto encostava as costas na parede e o garoto em seu colo.
- Mas não se esqueça que talento não é tudo, Aman continua sendo seu filho primogênito... –
- Vovô, podemos brincar depois? – Aman interrompeu Marx, olhando para seu avô com seus olhos de rubi.
- Mas é claro que podemos, o que você quer fazer? – Disse o velho com um sorriso no rosto, quem negaria alguma coisa para a tamanha fofura?
- Vamos lutar vovô, quero que você me ensine um novo golpe! – Disse o garoto despertando completamente ao ouvir a resposta do seu avô.
- Ok! Iremos lutar, mas só depois que dermos uma olhada nos seus irmãos. – Finalizou o velho enquanto olhava para o seu filho que estava com uma expressão exasperada, fazendo o velho cerrar os olhos como resposta.
- Algum problema? – Retrucou Marx
- Nenhum problema é qu...
- Com licença mestres, mas as crianças nasceram! – Carlos foi interrompido por uma enfermeira que prontamente anunciou o nascimento dos gêmeos.
- HAHAHAHAHHA – Carlos riu e pulou do banco como uma gazela e atropelou a garota quando entrou no quarto.
- HEHEHE garoto, quer dar uma olhada nos seus irmãos? – Questionou o velho.
- Sim! – respondeu Aman pulando prontamente do colo de seu avô.
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Dentro do quarto, há várias enfermeiras fazendo diversas atividades, no meio há uma grande cama onde está sentada uma mulher também em seus 30 anos, com uma expressão cansada, mas nem mesmo com tal esforço do parto, foi possível remover sua beleza. Seus cabelos loiros e olhos azuis e rosto angelical eram características muitos marcantes. Seu nome é Eliane Belmort, esposa de Carlo e mãe de Aman.
- HAHAHAHA, olha isso pai, eles nasceram no reino do refinamento do corpo, nível avançado. Isso é um milagre! Nosso clã foi abençoado! – Exclamou Carlos com um grande sorriso no rosto, erguendo um dos bebês para o alto enquanto examinava.
Ambos os bebês também possuíam uma cabeça ceia de cabelos vermelhos e olhos rubis.
- Ok, você já falou isso duas vezes quando ergueu a garota, não precisa repetir. – comentou o velho com uma expressão entediada.
- Mas nem um mísero parabéns? – disse Carlos, com uma expressão um pouco ofendida no rosto.
- Por que eu iria lhe parabenizar por isso? Você não fez nada além de uns minutos de diversão! – retrucou o velho com uma expressão irritada.
- Ei! Há crianças na sala – Disse a mulher com uma expressão exasperada no rosto, mas sua expressão suavizou enquanto olhava para Aman.
Ambos os homens se afastaram da cama levando consigo um dos gêmeos.
- Ei garotinho, quer dar uma olhada na sua irmã – Continuou ela com uma expressão carinhosa no rosto.
- Sim – disse Aman balançando a cabeça enquanto se aproximava da sua mãe para olhar o bebê; um pensamento passou pela sua cabeça, tão pequena, ele sempre esteva acostumado com todos sendo muito maiores que ele..., mas agora existe alguém ainda menor.
- O que você achou? – perguntou ela, observando a expressão curiosa do garoto.
- Ela é forte! – Respondeu o garoto, sem mesmo ponderar.
Uma expressão estranha surgiu no rosto da mulher, ela não estava esperando esta resposta do garoto. Parece que ele está andando muito tempo com seu avô, talvez devêssemos diminuir o tempo em que os dois passam juntos, ponderou ela.
- O que você disse pirralho? – Gritou Marx do outro lado do quarto após um momento de silêncio no quarto.
- SHIIIIIIIIIII! Você vai assustar os bebês! – Retrucou Eliane
- Garoto repita o que você falou! – Continuo o velho sem dar crédito ao protesto da mulher.
- Eu... – disse o garoto gaguejando, como se estivesse sendo repreendido, repentinamente lagrimas começaram a surgir no rosto do garoto.
Uma expressão ainda mais esquisita surgiu no rosto de Eliane e Carlos, ninguém estava entendendo mais nada.
- Eu tenho que lhe ensinar uma lição, pirralho! – Exclamou o velho repentinamente enquanto agarrou o garoto e sumiu da visão de todo mundo.
- Mas é claro que ele fez isso, esse velho! – Disse Carlos com uma expressão irritada no rosto!
- Sobre o quê você está falando? – Perguntou Eliane confusa.
- Eu ia perguntar a ele para nomear um dos bebês, mas é claro que ele iria fugir.
- Mas por quê? – Confusão claramente tomando o rosto da mulher.
- Aquele velho é supersticioso quanto a nomes – Respondeu Carlos suspirando.
- Mas por quê?
- É uma longa história... – continuou ele.
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Em outra parte do clã, um velho e um garoto estão andando calmamente enquanto o garoto estava aos soluços.
- Pode parar de fingir pirralho, seus pais não estão mais por perto – Disse o velho em tom de desdenho.
O garoto rapidamente limpou o rosto com as mãos e um sorriso brilhante tomou lugar em seu rosto redondo, seus olhos não tinham mais expressão de choro.
- Como eu fui vovô? Eles acreditaram? – Respondeu o garoto, seus olhos vermelhos olhando para seu avô com expectativa.
O velho rapidamente levou a mão esquerda à sua barba com uma expressão de ponderação em seu rosto enrugado.
- Hum... você foi bem, mas precisa melhorar muito para atingir o nível desse velho! Você é muito novo e não sabe ler o ambiente. – Exclamou Marx enquanto olhava para o horizonte e exalava um ar de um verdadeiro ancião que alcançou a sabedoria elementar.
Não houve nenhuma resposta por parte do garoto, mas seus olhos rubis olhavam para seu avô com admiração.
Pouco tempo depois ambos chegaram em uma área aberta cheia de equipamentos e palcos de pedras. Essa era a área de treinamento marcial do clã Belmort, onde todos os membros podem ir para treinar suas artes e lutar entre si.
- Prepare-se garoto, nas próximas horar irei lhe ensinar o melhor golpe marcial que este velho já criou.
Os olhos do garoto brilharam com a expectativa enquanto ambos se dirigiam para uma área onde havia várias marionetes de tamanho de um ser humano.
O velho se posicionou em frente a uma delas enquanto o garoto distante o seguia com os olhos.
- Vamos começar!