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Chapter 42 - Último Capitulo

Alex

— A dor que sinto é tão grande — comento com o Humberto enquanto seguro a foto dos meus filhos.

— Meu amigo, vai dar tudo certo. Seus filhos estarão aqui em breve e a Renata será presa — ele fala e quero acreditar no que diz, mas é difícil.

— Cadê a Jackeline? — pergunto, procurando por ela e não encontrando.

— Ela falou que iria ia pegar água e nos encontraria — diz, levanto-me e saio atrás dela

— Jack... Jack... Jackeline? — Eu a chamo, não a vejo e começo a procurar pelo apartamento todo.

Entro no meu quarto e depois vou ao banheiro sempre a chamando, mas nem sinal dela. Desço, procuro-a nos outros cômodos, Humberto me ajuda, e nada.

— Não a encontro em lugar nenhum! — ouço Humberto falar.

— O cofre! — falo. Corro até meu escritório e o vejo aberto. — Não! Não! — grito.

— O que foi houve? — Humberto me pergunta e respondo alterado.

— Ela saiu! — Começo a andar de um lado para o outro. Apanho meu celular e tento ligar para ela. Humberto, sem entender nada, pergunta.

— Como assim, ela saiu? — ele pergunta surpreso.

— Sim, saiu. Estou tentando, ligar pra ela, mas não me atende. — Estou frustrado.

— Onde ela pode ter ido? — Humberto indaga.

— Atrás da Renata. Só pode ser isso! — Fico desesperado.

— Ela vai aparecer. Você vai ver! — ele diz, esperançoso.

— Espero que sim! — respondo querendo ter a esperança dele.

A campainha toca, corro na expectativa de ser Jackeline. Abro a porta e meu coração se parte. Eram os policiais Alves e Faria.

— Senhor Mendonça, como está? — a policial Faria pergunta.

— Nada bem! Estou preocupado com o desaparecimento dos meus filhos e agora também com o da minha namorada! — explodo nervoso, saio da porta e os deixo passar. Estou com muito medo do que possa vir a acontecer com eles.

— O senhor não sabe onde a senhorita Baptista se encontra?

— NÃO!!!!! — declaro e dou um soco na parede.

— Já tentou falar com ela? — a policial Faria pergunta.

— Sim, mas ela não me atende. Já liguei várias e várias vezes.

— Alex, será que a Jackeline não está no quartel? — pergunta o Humberto e olho para ele com esperança.

— Pode ser. Quando saímos da delegacia, ela estava falando com o chefe dela. Vou ligar agora para Rubens. — Pego o meu celular e faço a ligação.

— Alô, Alex! Tudo bem? — Rubens diz assim que me atende.

— Não. Nada está bem. Renata sequestrou meus filhos e Jackeline desapareceu. Ela não está com você? — pergunto com medo da resposta.

— Desculpa, não a vi e nem falei com ela hoje! — Ouço a sua resposta e fico em alerta.

— Rubens, isso é impossível. Eu estava do lado da Jack quando ela falou com você hoje — digo, desesperado. E todos na sala me olham sem entender nada.

— Não, Alex, impossível. Estive em reunião o dia inteiro — ele responde e fico sem entender o que aconteceu.

— Então, com quem que ela estava falando, se não era com você? — pergunto, confuso.

— Não faço ideia, Alex. Vou ver aqui se alguém falou com ela hoje e lhe retorno — ele avisa, agradeço e encerramos a ligação. Humberto me olha e pergunta.

— Então?

— Acho que a Jackeline estava falando com a Renata e não com o chefe dela — respondo e tento me lembrar se ouvi algo da conversa.

— E por que você acha que ela estava falando com a Renata? — o policial Alves pergunta curioso.

— Na hora que estávamos no estacionamento da delegacia, ela recebeu uma ligação. Vocês se lembram? — pergunto olhando para eles, que concordam comigo e continuo. — Só pode ter sido a Renata. Vou ligar novamente para Jackeline.

— Se ela foi se encontrar com a Renata, precisamos localizá-la — o policial Alves fala e olha para a amiga dele, que acena em concordância.

— Senhor Mendonça, preciso do número do telefone da senhorita Baptista — a policial Faria pede e passo o número do telefone dela. — Salvei aqui. Vou passar esse número para a central para que seja feito o rastreamento do celular dela.

— Ok! Precisam encontrar a Jackeline e também os meus filhos — peço para eles.

— E nós vamos encontrá-los — o policial Alves afirma. Vejo a policial Peres ligar na central e passar o número da Jackeline. Ela me olha e diz. — Senhor Mendonça, tenta ligar para ela agora. Vamos fazer o rastreamento.

— Ok! — tento ligar mais uma vez, esperando que ela atenda. — Vamos Jackeline, atenda, vai.

— Alô.— atende.

— Jackeline, pelo amor de Deus. Onde você está? — grito de alivio por finalmente ela ter me atendido.

— Eu estou no quartel.— ela mente. E tenho vontade de dar uns tapas nela.

— Mentira! Liguei para Rubens, e ele nem falou com você hoje.

— Alex... — ela me chama e sinto que algo não está certo.

— Jackeline, por favor. Onde você está? — pergunto novamente e olho para a policial Faria, que faz sinal para que eu continue a falar com ela.

— Eu estou... — ela gagueja.

— Por favor, não me diga que você está indo atrás da Renata. — pergunto, desacreditado.

—Eu não estou — ela mente. Meu Deus, essa mulher quer me matar do coração!

— Por favor, me fala onde você está? — peço mais uma vez.

— Eu não posso dizer.— Seu tom de voz me diz que algo não está certo.

— Não faz isso... — peço, desesperado.

— Me desculpa! — diz e encerra a chamada. Droga, Jackeline!!!!

— Conseguimos localizá-la! — a policial Faria diz. Fico aliviado. A policial Faria reúne sua equipe para ir até o local e eu digo.

— Por favor, posso ir junto? — pergunto ansioso.

— Desculpa, mas o senhor não pode ir — o policial Alves avisa.— Ela é a minha namorada e eles são os meus filhos! — eu os lembro.

— Sabemos disso, mas não queremos outra vida em risco. A senhorita Colunga está obcecada e não sabemos do que ela é capaz. — Faria responde. — PRECISO ir com vocês! — suplico. — Não. Sinto muito! — o policial Alves nega. — Vamos lá! — a policial Faria grita, toda a equipe que estava em minha casa sai com ela. E ficamos eu e Humberto no apartamento.

— Bruno, preciso descobrir onde estão a Jackeline e os meus filhos — falo.

— Você ouviu a policial, é melhor esperamos aqui! — Humberto lembra e eu dou de ombros.

— Eu não vou ficar aqui parado! Vou atrás deles! — aviso e começo a procurar minhas chaves.

— O que você está procurando? — Humberto me pergunta.

— Estou procurando as chaves do meu carro — respondo sem encontrá-las.

— Será que ela não levou? — Humberto pergunta.

— Ah, com certeza. Ela estava sem carro, e sem dúvida, levou o meu. Bruno você é o máximo!— digo e ele não entende nada. — Não entendo o motivo da alegria. — O carro tem GPS. Vou ligar agora para a seguradora e pedir a localização do veículo. Obrigado! — faço o que digo e consigo a localização. — Pronto. Já sei onde eles estão! — falo ao desligar o celular.

— Isso é bom! — Humberto fala em aprovação.

— Vou precisar do seu carro. Você vem junto? — pergunto.

— Claro, vamos!

Saímos no carro do Humberto em direção ao endereço que consegui. Chego ao local, vejo um prédio abandonado e vários carros de polícia. Desço e vou em direção ao prédio, mas avisto Caio e Valentina, que correm ao meu encontro. Eu os abraço forte e choro de emoção. Eles estão abalados e chorosos, verifico se estão feridos e digo.

— Se acalmem. Vocês estão bem? — pergunto sentindo um alívio ao ver que eles não tinham nenhum ferimento.

— Sim, papai. Estou bem! — Caio responde, abraçando-me.

— Eu também estou bem! — Valentina diz.

— Agora, falem para o papai, cadê a Jack? —peço. Meu medo maior é que ela não volte para mim e nem para os meus filhos.

— Ela está lá dentro com a Renata, papai! Ela está machucada! Não quero que ela morra igual à mamãe! — Caio fala chorando muito. Valentina também chora, e tento acalmá-los.

— Meus filhos, escutem o que vou dizer agora, ok? Eu quero que vocês fiquem com o tio Humberto, tudo bem? — rogo para cada um deles.

— Sim! — eles respondem e me abraçam.

— Vou buscar a Jack! — Corro para a entrada do prédio, mas sou barrado pelos policiais.

— Senhor Mendonça, o senhor não pode entrar! — a policial Faria fala.

— Eu vou entrar — deixo bem claro.

— Não. Não vai — agora quem fala, é o policial Alves.

— Eu vou tirar a minha namorada de lá — decido.

— A senhorita Colunga não deixa ninguém entrar. Ela só quer a sua namorada! — a policial Faria afirma, e eu a olho de maneira furiosa.

— Ela é louca, não vou deixar a minha namorada com ela! — falo, impetuoso.

— Senhor Mendonça, eu entendo — ela fala como se aquilo fosse me acalmar.

— Não, você não me entende, preciso entrar, e vou agora —esbravejo e, quando ia falar mais alguma coisa, ouço o barulho de um tiro. — Não... — grito.

Desvencilho-me deles e corro para dentro do prédio. Chamo pelo nome da Jackeline e não tenho resposta. Procuro por todos os cômodos por onde passo, e nada.

— Vamos amor, onde você está? — falo comigo mesmo. Subo correndo para o próximo andar gritando. — Jackeline, amor, cadê você?

— Aqui... — Ouço. Vou ao seu encontro e, quando a vejo, meu coração para. Eu a abraço e digo:

— Amor, te encontrei. Graça a Deus! — exclamo aliviado quando a encontro.

— Alex... os gêmeos estão bem? — ela pergunta balbuciando.

— Sim, querida. Eles estão bem! — respondo fazendo um carinho em seu rosto. Percebo que ela está ferida e fraca e fico com medo de perdê-la. — Jackeline, por favor, não me deixe...

— Me perdoa. Eu te amo muito! — ela fala, quase fechando os olhos e eu grito:

— Vamos querida, não me deixe. Por favor! — peço, acariciando seu rosto. Eu a coloco no colo e vou deixando o local. — Jackeline, vou te levar para o hospital. Aguenta!

— Alex... estou morrendo... — ela balbucia e vejo as suas lágrimas escorrendo.

— Não... você não vai me deixar! — Olho para a blusa dela e vejo a mancha de sangue, aumentar.

— Alex... Diga as crianças... que eu... as amo muito... — pede, fazendo carinho em meu rosto.

— Você mesma vai dizer isso! — falo para ela.

— Eu te amarei para sempre... meu ogrinho... gelinho... — ela sussurra e desmaia. Saio do prédio com Jackeline nos meus braços. Os policiais me olham e eu grito.

— Ela precisa ir para o hospital. Agora! — grito desesperado.

Os paramédicos ali presentes pegam Jackeline dos meus braços, prestam o primeiro atendimento e a colocam na ambulância, que segue para o hospital mais próximo. Entro no carro do Humberto com os meus filhos e seguimos para o hospital. Durante todo o percurso, eu rezo...