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Chapter 43 - Epílogo

Jack

— Agora somos eu e você! — Ouço Renata dizer assim que a encontro com os gêmeos.

— Sim, somos só nós! — concordo com ela.

— Espero que você tenha se despedido do meu Alex! — diz sorrindo.

— Renata, lembre-se do que você me prometeu. Libere os gêmeos. Esse era o nosso acordo! — eu lembro e ela começa a rir.

— Hmmm. Deixa-me pensar.... libero.... não libero..... Ah, não sei, se os libero ou não! — ela faz joguinho e ri feito uma hiena.

— Renata, libere as crianças! — peço novamente. Os gêmeos me olham com alegria e alívio, mas ainda choram muito. Dou uma piscada e um leve sorriso para tranquilizá-los.

— Ah, mas quero ficar com você e com eles também! — fala ainda rindo.

— Renata... — eu a alerto. Mas sinto medo de ela não libertar os gêmeos.

— Ok, ok! — ela cede. Vai até as crianças, que estão amarradas, e as soltam. Controlo-me para não chorar. Eles correm para o meu lado e eu digo:

— Agora eu quero que vocês, meus amores, vão lá para fora.

— Vem com a gente, Jack! — pede Valentina.

— Eu vou daqui a pouco. Primeiro, tenho que bater um papo com a Renata — aviso, eles choram muito. — Me deem um abraço — digo para acalmá-los. E antes que pudéssemos nos abraçar, Renata avisa:

— Não. Sem contato. Eles têm que sair agora, senão não os deixo irem!

— Renata, pelo amor de Deus! — grito e as crianças se assustam.

— Tá bom, tá bom. Eu vou deixar se despedirem de você, afinal, nunca mais vão te ver — ela diz cedendo, e rindo, dou um suspiro de alívio.

— Agora, venham aqui, meus amores! — eu abraço Caio e Valentina. — Vocês precisam sair daqui. Corram o mais rápido que puderem e saiam daqui! E não olhem pra trás, eu amo vocês.

— Nós também te amamos! — eles respondem juntos. Dou o meu celular para eles e falo:

— Agora vão! — Despeço-me dando vários beijinhos neles e entrego meu celular. Eles correm e não consigo conter as minhas lágrimas. Choro em silêncio.

— Ah, que linda cena! — Renata debocha e eu reviro os olhos para ela.

— Ok, agora chega de papo furado — falo para ela.

— Não quer se sentar? — Renata pergunta.

— Não acho que vou queira me sentar com você! — respondo com ironia.

— Nossa, Jackeline, assim você me magoa — ela debocha.

— Ah, vamos lá, Renata. Você não me queria tanto aqui?! — é a minha vez de debochar.

— É verdade, queria mesmo — ela concorda. —Eu vou te contar uma coisinha... — continua.

— Então me conta... — respondo com ironia.

— Você sabia que coloquei veneno em seu suco? — pergunta sorrindo.

— Sim, fiquei sabendo hoje, mas na realidade, já desconfiava de você. — Dou ombros, pois já estou cansada dessa história.

— O que você achou? — pergunta curiosa.

— Ah, entendi o que você quer saber! — falo para ela.

— Então... — responde.— Sabe o que eu acho que estou perdendo tempo. Quer saber, eu vou embora! — Dou as costas para ela e sigo em direção à porta. Começo a andar e sinto uma pancada na cabeça. E logo percebo o meu erro e fico zonza, a dor é alucinante, vejo tudo girar e desmaio.

— Hora de acordar, bela adormecida! — Ouço a voz da Renata e estou com uma bela dor de cabeça.

— Renata, o que você fez comigo? — sussurro, pois ainda estou meio grogue. Percebo que estou sentada e amarrada em uma cadeira.

— Dei uma coronhada em sua cabeça! — Dá de ombros.

— Vou acabar com você! — Tento me movimentar.

— Não... Não vai. Sabe por quê? — ela pergunta rindo e passando a arma em minha cabeça.

— E adianta dizer que não? — debocho, rindo dela.

— Isso. Vai debochando enquanto pode — ela diz, puta.

— Blá Blá Blá! — volto a debochar. Ela não gosta nem um pouco e me dá um soco. O impacto me faz ir para trás, virando a cadeira. — Doeu? — pergunta curiosa.

— Não doeu nada! — respondo mesmo sentindo muita dor.

— É, eu tenho que admitir que você é dura na queda! — responde.

— Parece que está admirada? — debocho mais um pouco.

— Pois é, estou mesmo! — ela concorda. — Agora vamos continuar com o nosso papo interessante.

— Nossa, você me cansa muito — respondo com ironia.

— Sabe que achei muito interessante a sua arma... — Renata me fala e eu reviro os olhos.

— Sim, ela é muito interessante mesmo! — concordo e sinto um alívio por ela estar apenas com uma das minhas armas.

— Então, me conta. Por que você veio armada? — ela pergunta.

— É sério? Você está mesmo me perguntando isso? — Olho para ela surpresa.

— Sim, é muito sério. Estou curiosa, o meu Alex sabe que você anda armada? — indaga.

— Sim, ele sabe. — respondo, cansada, sentindo o gosto do meu sangue na boca. Ah, essa vadia vai me pagar. Por tudo!

— Então... — Renata quer saber.

— Então. o quê? — pergunto.

— Não vai me contar por que você anda armada? — insiste.

— Ok, eu vou falar, sou segurança. Por isso ando armada. — eu cedo.

— Nossa! Estou admirada. Como uma gorda como você pode ser uma segurança? — debocha.

— Que bom que te deixo admirada! — ironizo. — Agora vamos mudar de assunto. — Estou ficando cansada.

— E se eu não quiser? A conversa está tão boa! — ela fala zombando.

— Já que está gostando tanto da nossa conversa, por que não me solta? Assim fico mais confortável para responder às suas perguntas — pergunto na tentativa de distraí-la.

— Você acha que sou trouxa? Vai ser mais interessante se te acharem amarrada e amordaçada.

— Renata, você não acha que a polícia atrás de você? — indago me mexendo e, sem ela perceber, alcanço o meu canivete que estava escondido. Mesmo de mal jeito, começo a cortar o fio que prende minhas mãos.

— Na verdade, não. E pouco me importo, pois já estou com passagem comprada e darei o fora daqui! — Sorri. — E o Alex? — eu a provoco.

— O que tem ele? — ela pergunta, curiosa.

— Você disse que é apaixonada por ele — eu lembro.

— E eu sou mesmo! — concorda.

— Então, você não vai atrás dele, quando eu, supostamente, morrer?

— Ah, bem que eu queria. — Dá de ombros. — Mas agora que ele sabe que tentei te matar, nunca vai querer nada comigo!

— Nisso concordamos. — Consigo me soltar com a ajuda do canivete, mas aguardo um pouco antes de surpreendê-la.

— Eu sei disso. Ele ficou horrorizado? — Ela não demonstra nenhum arrependimento. — Imagino que sim. Afinal, como uma pessoa que trabalha com você há anos tem coragem de fazer isso.

— Verdade. Ele não acreditou que você era a culpada em primeiro momento.

— Imaginei que ele não acreditaria. Esse homem me ama tanto! — Renata diz, sorrindo.

— Realmente, você não bate bem da cabeça — comento.

— Não bato mesmo. Confesso que sofro de transtorno obsessivo-compulsivo — conta despretensiosamente.

— Você precisa de tratamento! — contesto. .

— Não, preciso apenas que você morra — declara.

— Por que me odeia tanto assim, a ponto de querer me ver morta? — quero saber.

— Sabe há quanto tempo quero conquistar o Alex? — questiona.

— Sinceramente, não tenho mínima ideia — eu a provoco.

— Desde que fui contratada pelo Alex e aquela moribunda da ex dele — ela responde. E a forma que ela se refere a Sarah me deixa enojada.

— Mais respeito pelas pessoas falecidas, Renata! — eu a critico e a puta ri.

— Aquela moribunda da Sarah se achava tão perfeita! — ela diz irônica.

— Não conheci a Sarah, mas sei que foi uma pessoa muito especial — respondo, sincera.

— Especial? Ela era uma morta-viva que não ia durar muito tempo! — responde com ar de satisfação.

— Sei que a Sarah tinha problemas cardíacos e foi disso que ela faleceu. — eu lembro.

— E você acha mesmo que ela morreu só por causa dos problemas cardíacos? — pergunta rindo e nesse momento o meu coração gela.

— Renata... — alerto.

— O que você acha? — Ela sorri como se eu não tivesse falado nada. — Meu Deus, vocês são muitos lentos.

— Você matou a Sarah? — pergunto, chocada.

— Adivinhou... — Renata ri.

— Mas como? — pergunto sem entender nada.

— Muito simples. Envenenei-a da mesma forma que você! — ela diz e fico ainda mais chocada.

— Por que você fez isso? A Sarah tinha problemas de saúde e você ajudou a piorar a situação dela! — comento, enojada.

— Sim... — ela diz sorrindo. — Ela merecia morrer.

— Você é louca demais! — contrasto.

— Sim, sou louca e agora chega de falar sobre esse passado. —Ri.

— E se eu não quiser? — eu a provoco.

— Você não tem o que querer, eu não quero mais falar sobre a moribunda perfeita! — ela diz sorrindo. — Cansei de você e vamos acabar com isso logo!

Observo Renata pegar uma fita grossa, no mínimo, é para colocar na minha boca.

— O que você pretende fazer comigo? — pergunto curiosa e deixo o canivete parado.

— Vou te amordaçar, e usarei a sua arma ao invés da minha. — Ela vem em minha direção, apontando a sua arma.

— Você lembra que te disse que acabaria com você? — recordo.

— Sério, e como vai ser? Já que estou segurando uma arma e você está amarrada? — Renata ri.

Ajeito-me no chão e, quando Renata se aproxima de mim com a arma, dou-lhe um chute, ela cai, passo o canivete em seu rosto e ela larga a arma. Consigo cortar as amarras do meu pé e me levanto.

— Assim, desse jeito! — Dou um pulo na cadeira e passo o canivete no rosto dela, fazendo a arma cair no chão.

— Sua puta! Você me machucou! — ela grita e vem para meu lado, na tentativa de me socar, desvio e a acerto. Ela cai novamente no chão e eu digo.

— E vou te machucar mais! — ameaço.

— Então, vamos começar! — ela diz e vem para a briga. Ela tenta me socar, chutar, puxar meus cabelos, mas a pego de surpresa a cada golpe. Puxo seu cabelo com força e ela grita.

— Sim, vamos começar! — Puxo os seus cabelos com força e ela grita:

— Sua puta, está doendo!

Ela conseguiu dar alguns pontapés, socos e até jogou minha cabeça contra a parede, mas, mesmo machucada, ela estava levando a pior. Dou um soco em sua boca com gosto e ouço seu maxilar quebrar.

— É pelos gêmeos! —soco com gosto, ouvindo um barulho. No mínimo, quebrei o maxilar dela e quebro com gosto.

— Você sabe o que vou fazer com aqueles pestinhas? — ameaça, tentando se levantar do chão.

— Nada, porque não vou deixar! — eu a aviso e a vejo pegar a arma.

— Eu vou largá-los em um internato! — ela diz e eu fico puta.

— Ninguém mexe com os meus meninos! — declaro indo em sua direção. Ela se levanta e aponta a arma para mim. — Abaixe a essa arma e luta como uma mulher! — eu a provoco.

— Lutar como uma mulher com certeza, agora baixe a arma... Nem pensar! — ela declara e atira.

Sinto uma dor alucinante, jogo-me contra ela, fazendo-a cair e bater a cabeça na parede. Ela desmaia. Começa a sair sangue de minha boca, preciso de ajuda, mas começo a me sentir fraca. Arrasto-me para a saída e ouço a voz do Alex:

— Agora você vai ser presa, sua louca! — grito, limpando o sangue da minha boca e, quando estou indo para porta, eu a ouço me chamar.

— Ah, Jackeline! — Ela está de pé, bem perto de mim, segurando a arma, vejo ódio estampado em seu rosto. Eu me iludi pensando que essa porra estava desmaiada.

— O que é? — não quero ficar um minuto sequer perto dela.

— Você vai para inferno! — ela fala e volta a atirar, sinto novamente uma dor alucinante. E, mesmo sabendo que tinha sido baleada, tomada pela adrenalina, dou-lhe um soco tão grande, deixando-a desmaiada.

— Eu posso ir para o inferno e você vai para a cadeia — eu a aviso saindo de perto dela e ouço um barulho de porta estourando e também a voz de Alex, quando dou um suspiro de alívio.

— Jackeline, amor, cadê você?

— Aqui... — respondo com dificuldade. Ouço barulho vindo da escada, arrasto-me mais um pouco, mas Alex já meu ouviu e corre ao meu encontro.

— Amor, te encontrei. Graça a Deus! — ele diz, feliz. — Meu deus, você esta ferida!

—Não se preocupa eu vou ficar bem! — minto pra ele.

—Você precisa de um hospital, agora! — ele avisa.

— Alex... os gêmeos estão bem? — pergunto balbuciando, já estou perdendo os sentidos. Alex vê meu estado e diz:

— Sim, querida. Eles estão bem! — ele faz um carinho em meu rosto. — Vamos, querida, não me deixe. Por favor! — Alex pede e me pega no colo. — Jackeline, estou te levando para hospital.

— Alex... estou morrendo... — Lágrimas escorrem do meu rosto. Alex me coloca em seu colo.

— Não... você não vai me deixar! — Alex fala olhando para mim.

— Alex... diga às crianças.... que eu... as amo muito... — peço e faço carinho em seu rosto.

— Você mesma vai dizer isso! — ele fala enquanto me tira daquele lugar.

— Eu te amarei para sempre... meu ogrinho... gelinho... — sussurro.

Vejo uma luz e sinto que é hora de partir. Dou meu último suspiro aliviada, pois sei que Renata, nunca mais fará mal aquela família.

Dois dias depois...

— Jack, acorda! — Ouço a voz do Caio. Começo a abrir os olhos e ouço a voz da Valentina:

— Ela está acordando! — A claridade me faz fechar os olhos novamente.

— Meus filhos, deixem a Jackeline descansar. — Ouço a voz do meu Alex e sorrio. Ele fecha a cortina e diz. — Pode abrir os olhos marrentinha.

— Alex... — sussurro e começo a chorar.

— Hei... Não chora, amor, está tudo bem! — ele me tranquiliza e seca as minhas lágrimas.

— É, Jack, não chora não! — Caio pede. Abro um sorriso e digo.

— Pode deixar, amor, eu não vou chorar! — eu o tranquilizo.

— Você está bem, Jack? — Valentina pergunta.

—Sim, estou bem, querida — eu a acalmo também.

— Agora, que tal vocês irem até a máquina de doces para comprar algo para Jackeline? — Alex pede e as crianças respondem aos berros, ele lhes pede para que não gritem.

— Desculpa! — eles falam e vejo Alex dando o dinheiro a eles. Eles saem do quarto, Alex se vira para mim e diz:

— Você me deu um baita susto! — avisa como se estivesse me dando bronca.

— Me desculpe! — respondo sem graça.

— Eu sei que você não fez por mal, amor, mas o susto que levei foi grande demais. — É a vez de ele ficar sem graça.

— Fiquei quanto tempo apagada? — indago curiosa enquanto observo o meu gelinho se sentando meu lado.

— Dois longos dias... — Alex responde e noto que ele está tranquilo.

— Dois dias. Caramba! — exclamo, chocada, tento me sentar e acabo gemendo.

— Hei... Se acalme e não se levante — ele diz, ajeitando-me na cama

— Nossa, estou toda dolorida — digo para ele ainda gemendo de dor.

— Você levou dois tiros, fraturou as costelas, teve o lábio cortado, rosto inchado... — ele começa.

— Nossa, aquela puta acabou mesmo comigo! — resmungo.

— Ah, querida, ela também ficou bem acabada! — ele fala e fico mais animada.

— Então, me conta. Ela ainda está viva? — brinco com ele.

— Sim, mas ela teve o nariz, o maxilar quebrado, braço deslocado, rosto cortado e um pouco de cabelo arrancado — ele conclui e dou risada.

— Acabei com ela! — declaro rindo triunfante.

— Sim, você acabou com ela — ele responde, sorrindo.

— E o que vai acontecer com ela? — pergunto curiosa.

— Ela vai responder por tentativa de homicídio, cárcere privado, sequestro, posse ilegal de veneno e também por homicídio doloso, com qualificações. — Alex diz.

— E você soube? — questiono e noto em seu olhar que ele já sabia da Sarah.

— Sim. Quando eu soube que a morte de Sarah foi causada também por envenenamento, tive vontade de ir ao seu quarto, no hospital, e matá-la — confessa e sinto a sua dor. — Ela vai pegar muitos anos de prisão, Alex! — eu o conforto. — A perpétua já está garantida. Talvez ela seja condenada à pena de morte, tudo depende do juiz.

— O bom que ela nunca mais vai fazer mal a mais ninguém —respondo, fazendo carinho nele.

— Sim, ela não vai! — ele responde, retribuindo o carinho.

— E você como está? — pergunto.

— Eu estou bem. Senti muito a sua falta! — ele fala.

— Agora não vai mais sentir — brinco com ele.

— Não mesmo. Até porque você não vai mais sair do meu lado! — ele diz bem possessivo e sorrio.

— Não vou mesmo! — concordo com ele.

— Alex, e a Estrelinha? — indago.

— Ela está bem, em casa e dormindo em nossa cama. — Ela ri e acabo sorrindo também.

— Estou com saudades dela! — digo.

— Eu sei que está! O pessoal do quartel também está com saudades de você — ele fala.

— Eu também estou com saudades deles. — Alex se levanta um pouco, me dá um beijo de leve e fala.

— Estava com saudades de te beijar!

— Eu também! — Dou outro beijo nele.

— Daqui a pouco você sairá do hospital e irá direto para nosso apartamento! — Alex fala.

— E a minha casa? — eu o provoco.

— Você pode alugar ou vender — Alex comenta.

— É verdade. Então, quer dizer que vamos morar juntos? — brinco com ele.

— Sim, vamos. Como marido e mulher! — ele declara e sorrio.

— Isso é uma proposta?! — pergunto, surpresa.

— Sim. Você aceita ser a minha esposa? — Alex me propõe

— Sim! Eu aceito me casar com você! — falo e selamos o nosso enlace com um grande beijo.

Um mês depois...

— Jack, você está tão linda! — Valentina diz, admirada.

— Obrigada, querida. Você também está muito linda como minha dama de honra — respondo sorrindo e nos abraçamos. Caio entra no recinto usando um lindo terno, e diz.

— Nossa, Jack. Você parece uma princesa! — ele fala com sinceridade.

— Obrigada, querido. Você está lindo! — eu o chamo e também o abraço.

— Tio Bruno falou que o papai está andando de um lado para o outro — Caio fala e dou risada.

As crianças decidiram ficar comigo, enquanto Alex e Bruno seguiram para igreja. Tínhamos decidido fazer uma cerimônia simples numa igreja pequena e convidamos para a celebração algumas pessoas mais próximas.

— Está pronto, Jack? — pergunta Rafa ao entrar no quarto e assobia. E eu dou risada.

— Sim, estou! — respondo e pego o buquê de flores.

— Vamos? Porque não aguento mais o Alex no meu pé — ele fala com ironia e sorrio.

— Não fala assim do meu ogrinho — brinco com ele.

— Eu não acredito que acabei juntando vocês.

— Na verdade, quem nos juntou foi o elevador! — eu o lembro.

— Bendito elevador! Que isso te sirva de lição e você pare com esse seu medo bobo de elevador — ele brinca e caímos na risada.

Rafa me dá o braço e saímos do quarto em direção ao estacionamento do prédio. As crianças estão tão ansiosas pelo grande momento que já nos aguardam na porta do elevador. Rafa é um cavalheiro e, quando chegamos à garagem, ele abre a porta do carro para mim e seguimos para a igreja.

— Eu também, não sei! Só sei que deve ser algo sem explicação — respondo, dando os ombros.

—Você já ficou presa em um elevador? — questiona-me enquanto estamos entramos em um.

— Sim, com o Alex! E antes que você pergunte, sem traumas de infâncias nem adolescência, está satisfeito — eu o provoco.

— Sim, eu estou satisfeito! Agora vou te levar para igreja e te entregar para seu ogrinho e ele receberá a sua marrentinha.

Meia hora depois...

A igreja que escolhemos é linda e a decoração a deixou perfeita. A marcha nupcial começa a tocar e Rafa é quem me leva até o altar. Alex me aguarda e está lindo! Caio é o pajem e Valentina, a daminha. Ela joga pétalas por todo o tapete e Caio carrega as alianças. Estou quase chegando ao altar.

— Ainda dá tempo de desistir — ele brinca e eu disfarçadamente dou um soco nele. Ele resmunga.

Chegamos ao altar. O meu ogrinho vem em minha direção, ficamos frente a frente. O padre começa a celebração. E cada palavra que ele diz me faz chorar. Alex seca as minhas lágrimas com o maior carinho e, finalmente, o padre diz.

— Jackeline Baptista, você aceita se casar com o Alexandre Mendonça?

— Sim, aceito! — respondo, sorrindo.

— Alexandre Mendonça, você aceita se casar com a Jackeline Baptista?

— Sim, eu aceito! — respondo

— Com o poder a mim deferido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — o padre fala.

Alex não se faz de rogado e me beija, assim selando o nosso momento. Ouvimos gritos e assobios enquanto ainda nos beijávamos. Depois que terminamos, pego o meu buquê de noiva e começamos a sair. Ao passarmos pelo corredor, vejo vários rostos conhecidos: meu chefe, Humberto, Thiago, o pessoal da agência e também do quartel. Após a cerimônia na igreja, seguimos para o salão do apartamento, que também estava impecável. Contratamos um buffet maravilhoso e fomos curtir a festa. Foi tudo perfeito.

A festa acabou e fomos para o apartamento, pois minha lua de mel, começará no dia seguinte. Planejamos uma viagem, com nossos filhos. Sim, nossos filhos, afinal, Caio e Valentina são meus filhos do coração. Coloco-os para dormir e a cada abraço recebido meu coração transborda de alegria. Como é bom sentir o amor deles. Estrelinha agora dorme no quarto dos gêmeos. Passo e faço carinho nela, deixo a porta entreaberta e vou para meu quarto. Abro a porta do quarto e vejo o Alex ali deitado nu e a minha boca se enche de agua e digo:

— Demorei? Espero não ter demorado muito! — eu o provoco e ele sorri, deslizando a sua mão pelo seu corpo e parando bem ali no seu pau.

— Marrentinha, espero por você o tempo que for... — Ele pisca e me dá um sorriso bem safado. Fecho a porta do quarto com chave pra não correr, o risco das crianças entrar e corro direto pro braços do meu ex- viúvo irresistível.

Dois anos depois...

Alex

Dois anos de pura felicidade. Desde que nos casamos, somos felizes. Minha marrentinha engravidou e tivemos uma linda menina. Seu nome é Sarah, em homenagem à minha falecida esposa.

Aconteceu muita coisa durante os dois anos. Renata foi condenada à prisão perpétua e nunca mais soubemos nada sobre ela. Rafael, Humberto e Thiago conheceram suas namoradas e tenho certeza absoluta de que muito em breve teremos casório. Jackeline se afastou do quartel por causa da gravidez. O babaca do Michael foi transferido e nunca mais nos incomodou.

Ouço pequenos passos e avisto uma pequena miniatura da minha marrentinha vindo em minha direção. Fico emocionado ao vê-la. Ela sorri e eu sinto um orgulho tão grande da família que tenho agora.

— Minha linda, Sarah, como está minha filha? — pergunto.

— Meu Deus, segura essa menina. — Ouço o grito da minha marrentinha. Dou risada da situação, mas sei como a mini marretinha dá trabalho.

— O que a minha garotinha está aprontando? — pergunto, pegando-a no colo e a enchendo de beijinhos.

— A menina tem muita energia — a minha marrentinha diz, cansada.

— Eu que diga! — falo ao dar um beijo na minha esposa.

— Ela ainda não dormiu! — Jackeline reclama revirando os olhos pra mim e sorrio. Sabendo muito bem que a Sarah estava morrendo de sono e não iria demorar muito pra dormir.

— Por que a bebê do papai ainda não dormiu, hein? — pergunto e Sarah rir e bate palminha.

— Você acredita que ela brincou com o Caio e com a Valentina, os deixou cansados, eu estou cansada e ela não dorme! — Jackeline comenta, rindo.

— Ela estava esperando pelo papai, né, amor? — brinco dando um beijo nela.

— Ah, com certeza ela estava — minha marrentinha responde. Vai até a cozinha, pega a mamadeira e me entrega.

— Aqui está, minha bezerrinha! — falo, a pequena se aconchega em meus braços e começa a mamar com muita vontade.

Vou até a varanda com a Sarah no colo e a minha linda esposa ao meu lado. Olho para ela, que está serena e digo:

— Você sente falta de trabalhar como segurança?

— Às vezes, sim, outras vezes, não! — responde dando ombros.

— Eu adoro ver você armada! — eu a provoco.

— Eu adoro ver sua cara de animação — ela responde rindo de mim.

— Não é só o meu rosto que fica animado quando você está armada! — A provoco. Me lembrando de como ela usou as algemas em mim e meu pau logo se anima com a lembrança.

— Você é um pervertido! — Jackeline diz, rindo olhando pra mim e seus olhos desce e noto um brilho nos seus olhos ao ver que eu estava com pau duro mostrando.

— Sim, eu sou e você também é marrentinha! — A lembro que dá um sorriso misterioso e não vejo a hora da Sarah dormir logo.

— Alex... Larga de ser um babaca irresistível? — Ela provoca piscando olho, sabendo ou melhor imaginando o que eu estava pensando.

— Lagar? Nunca! Eu sempre vou ser, o seu babaca irresistível! — digo e, mesmo com Sarah no colo, inclino-me para beijar Jackeline. Ela desvia do meu rosto e diz no meu ouvido:

— Ah é? Então além de ser o meu babaca? Você é também o meu ogro e o Gelo irresistível! — fala piscando, inclina-se , me dá um grande beijo e vivemos felizes para sempre!