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Chapter 93 - Especial de Páscoa

{Notas do Autor}

Sei que prometi só voltar quando o final do Volume 1 estivesse completo, mas fui intimida- não poderia deixar a Páscoa passar e não ter um capítulo especial.

Então aproveitem!

Ah, e fiquem tranquilos, já estou fazendo o último capítulo do Volume 1.

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[16/04/2017] - [16:17:38]

[Belo Horizonte - MG - Brasil]

[Selene POV]

Estava no apartamento do Lúcio, assistindo um filme de sessão da tarde, comendo rapas de chocolate de uma panela com uma colher de madeira. Ao meu lado, encontrava-se Lúcio com cabeça enfaixada, tomando chá com leite.

Ah, pequeno detalhe: o prédio tava pegando fogo bicho! Sem falar numa infestação de... Ehrmmm... O que eram aquelas coisas mesmo...

...

...

Bem, acho melhor contar tudo desde o começo...

...

Minha família não poderia vir para a Páscoa, então combinei com Lúcio para comemorarmos o feriado no meu apartamento. Em parte porque, modéstia separada, o meu era melhor e maior, e em parte porque era um lugar BEEEEEEEM mais adequado para um almoço de Páscoa que a oficina arcana-steampunk dele.

Não é porque eu queria ter um encon- almoço com ele na minha casa...

*pigarreando* E mesmo se eu quisesse, não seria possível, pois Ana, San Lang e Sofia viriam também...

WREEE!

Selene: "Droga, amassei outra faca... Será possível que Ricardo só faça facas fracas para mim? Meeh, isso é só azar. Adeus, faca trinta e oito... E olá trinta e nove."

Terminei a salada de ovos que preparava, e antes de colocá-la numa travessa bonita, a campainha tocou. Lúcio chegou, trazendo duas assadeiras com bacalhau e batatas, cobertos por creme de queijo minas e mussarela gratinado. A melhor parte: ele mesmo era o queijeiro!

Sério, o cheiro daquilo tava bão dimais!

Lúcio pode não ser o melhor alquimista da Área Central, mas certamente dominou a grande alquimia mineira, vulgo queijin da roça! Pelo menos ele pode se orgulhar como queijeiro.

Após alguns cumprimentos e troca de gozações, Lúcio me ajudou a arrumar a mesa. Mais alguns minutos e os outros três convidados chegaram.

Ana trouxe uma torta de maçã com cobertura de sorvete, receita da avó dela; San Lang trouxe duas garrafas de vinho safra 1900 e patotinha, e Sofia veio com o arroz mesmo.

Mais uma troca de cumprimentos e finalmente sentamos para o almoço. Fizemos uma oração, afinal, era uma data importante para os cristãos. San Lang, como sempre, ficou de fora, mas manteve a compostura. Normalmente ele é totalmente averso aos seres divinos. Quando perguntei o motivo da calmaria, sua resposta me surpreendeu. Segundo ele, nosso Deus era bom demais para ser um entidade similar aos outros deuses.

Bem, considerando a personalidade e o comportamento deles, essa resposta era compreensível...

Tudo ia bem. Conversas pra cá e pra lá, acompanhadas pela comida maravilhosa. Arroz, salada, bacalhau, batatas e o vinho harmonizaram-se perfeitamente. Após o almoço, chegou a vez da sobremesa.

Foi aí que tudo desandou...

Lúcio: "*ponderando, enquanto termina a primeira fatia de torta* Um pedaço ou dois? Eis a questão."

Ana: "Nananinanão, senhor! E a sua diabetes?"

Lúcio: "Dois pedaços de torta nunca me deixaram doente."

Ana: "Eu sei, mas e os ovos de Páscoa?"

Lúcio: "*revirando os olhos* Pra que se preocupar com isso, se eu nem compro mesmo..."

Ana: "*estupefata* Você não, mas eu sim. E tô com raiva porque fiquei sem dinheiro essa semana porque tive gastos extras com cascas de ovos de wyrm e cinzas de fênix."

Lúcio: "PUTA MERDA GAROTA! MAS O QUE DIABOS VOCÊ TÁ PREPARANDO PARA GASTAR ESSAS COISAS DE LUXO??!?!!?"

Ana: "Haha, isso é um segredo. *com olhos chorosos* Mas a realidade é que não voou poder comprar ovos da Cacau Wow ou do Billy Wonka."

{Notas do Autor: Vocês já sabem: eu não vou fazer propaganda dessas marcas se elas não me pagarem um cachê aceitável.}

TOMP!

Todos foram atraídos pelo barulho. San Lang havia batido na mesa, e tinha um brilho escarlate sinistro nos olhos. Era o brilho de determinação. Mas quando o San Lang se empolgava...

AÍ O CAOS REINAVA...

San Lang: "*levantando-se, com um olhar feroz* Tu quer ovo? Eu levo meia dúzia pro cê.

*pondo a mão direita sobre o peito e reverenciando Ana* PORQUE EU SOU SEU AMANTE!

*com um tom solene e um rosto brilhante* E é isso que os amantes fazem.

*AINDA MAIS SOLENE E BRILHANTE* COMPRAM OVO!

*virando-se para o lado e mostrando o dedo do meio para o teto * Carro de telemensagem do Hermes é o caralho!

*empolgadíssimo* Vou chegar aqui com o carro do ovo e gritando!"

Ana: "*atrapalhada* E-eu só queria seis... Mas eu te amo, obrigada-"

San Lang: "*colocando óculos escuros e cruzando os braços, esbravejando* MULHER MINHA NÃO FICA SEM OVO!"

Para falar a verdade, eu já estava acostumada com as brincadeiras e pegadinhas do Lúcio, MAS AQUILO ERA OUTRO NÍVEL!

Às vezes, principalmente durante esses surtos, não dava para acreditar que aquele era o mesmo San Lang sério e um tanto assustador. Ele sempre virava um namorado babão-

HOOOOOOOOLD UP!!! WAAAIT A MINUTE!

ELE NÃO DISSE ESPOSA NEM MULHER, ELE DISSE AMANTE, NÃO DISSE?

Sim, ele disse amante...

OU SEJA: é alguém que ama muito alguma coisa! EEEE ele também falou que amantes compram ovos para as amadas!

Selene: *virando-se e olhando para Lúcio*

Lúcio: *olhando para San Lang do outro lado*

Selene: *olhando para Lúcio*

Lúcio: *bebendo vinho*

Selene: *olhando fixamente para Lúcio*

Lúcio: *comendo outro pedaço de torta*

Selene: *mantendo o olhar fixo, devagar e silenciosamente se aproximando de Lúcio*

Sofia: *desconfortável, desviando o olhar*

Ana: *acalmando San Lang com um abraço e um beijo*

San Lang: "Tá bom, nesse caso eu só vou comprar um caminhão- EM NOME DE DIANXIA, O QUE É ISSO?!?!!!??"

Lúcio: *se virando*

*dando de cara com os olhos esbugalhados e apreensivos de Selene*

*infartando, literalmente*

Selene: "*com olhos ainda mais esbugalhados e apreensivos, quase saltando* NUM MORRA NÃO... TU AINDA NÃO ME RESPONDEU..."

Lúcio: "*rapidamente bebendo uma poção de Ana, mas ainda fatigado* N-não respondi o-o-o que?"

Selene: "*com olhos de filhote* Vai comprar ou não?"

Lúcio: "*fraco* Comprar? Mas comprar o que?"

Selene: "Ovos. OVOS DE PÁSCOA."

Lúcio: "Ah, isso. Nah, isso aí é bobagem do comércio para vender chocolate caro."

Selene: *chocada*

"Então... Não há alguma chance de você comprar algum?"

Lúcio: "Nope."

...

...

*se quebrando, em preto e branco*

Será possível...

Será possível que ficarei desamparada?

Poxa... Eu só queria um ovinho... Nem que fosse um daqueles de 6,99, que você compra no mercadinho do Carlos...

Selene: "*segurando o choro* Tá bom então, eu não queria essas bobagens mesmo..."

Lúcio: "Calma aí, o que-"

TURURU, TURURU!

TURURU, TURURU!

TURU-

San Lang: "Alô?

...

Sim, é ele.

...

O que?

...

...

C-calma aí, eu não pedi...

...

...

...

*aborrecido* Ah claro, tinha que ter dedo daquela velha nessa história...

...

Está bem, já vou descer até aí.

Bem, minha princesa, parece que seus ovos já chegaram."

Ana: "Oi??? Você já comprou?"

San Lang: "Não exatamente, eu explico no caminho..."

Ana levantou-se e o casal saiu. Claro, nós fomos logo atrás. A curiosidade pode até ter matado o gato, mas o gato morreu sem ficar no cliffhanger. Assim que nos aproximamos, San Lang se virou e ficou olhando, principalmente para mim.

Por que ele tava fazendo aquela cara? Não era como se eu fosse roubar um dos ovos. Até porque não ia ter a mesma importância se o Lúcio não tivesse planos para... Bem...

Segundo San Lang, quem fez o pedido foi, pasme só, a avó dele. Ficamos espantados ao saber que ele tinha uma avó. Ele explicou que na verdade ela não era avó dele, mas uma parente distante que cuidou quando o mesmo passou por tempos difíceis. Mesmo assim ele sempre a chamou de avó (mas sendo o San Lang, ele também devia chamá-la de velha, maluca, gagá, ou algo parecido), devido sua idade avançada.

...

Chegamos na portaria e fomos para a garagem. Lá, encontramos um Fiorino e ao lado da porta traseira seu motorista, um cara baixinho- Não, ele era um goblin! O boné dele quase me confundiu. Gordinho, uniforme largo, botina de bico redonda e bem humorado, algo até incomum entre os goblins durante o expediente.

Goblin: "Olá chefia! Eu trouxe os ovos!"

San Lang: "*sério* Mmm. Abra a traseira."

Ele então abriu a porta, revelando o compartimento abarrotado por caixas grandes. O goblin ainda estava bem humorado. San Lang, porém, franziu a testa, pegou uma caixa e levantou as abas dela, abrindo-a.

De fato, haviam ovos dentro da caixa.

Mas não eram ovos de chocolate.

E infelizmente...

Não eram ovos de galinha...

Os ovos possuíam 40 cm de altura e tinham uma casca enrugada branca como neve. Haviam quatro desses ovos na caixa.

San Lang: "Você sabe o que é isso?"

Goblin: "Claro chefia! São ovos de coedragão!"

...

...

Eu não ouvi o que eu ouvi, ouvi?

San Lang: "Argh, aquela velha... *fechando a caixa* Coloque essa caixa de volta, tranque a porta-"

CRACK, CRACK!

Ana: "Ah não, não me diga..."

Sofia: "Ah sim. O ovo tá chocando."

A caixa começou a mexer, e as abas novamente se abriram, pois quatro cabecinhas peludas de coelho forçaram passagem. Mas esses coelhos tinhas caudas compridas, asas e dentes afiados.

Coedragões são dragões com algumas características dos coelhos: orelhas compridas e são cobertos por pelo branco e macio. Mas possuem asas, dentes e garras afiados, como qualquer dragão. E como qualquer dragão, eles têm um PÉSSIMO TEMPERAMENTO.

Lúcio: "*tentando segurar o riso* San Lang... Eu não fazia ideia que sua avó era traficante de animais..."

San Lang: "*tentando conter o aborrecimento* Seu... Se tem tempo para brincadeiras, me ajude-"

CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK, CRACK!

A cacofonia dos ovos chocando foi o anúncio da catástrofe. As caixas se mexeram e mais algumas cabecinhas peludas surgiram. Mas, como um raio, San Lang correu, fechou a porta e trancou.

San Lang: "*quase berrando* Lúcio, Selene, selem logo essa coisa!"

Inconscientemente lançamos selos, talismãs, magias e artefatos para prender as criaturinhas dentro. Enquanto fazíamos isso, os filhotes continuaram a mover e quase arrebentaram a lataria (apesar de se parecerem com coelhos adultos, eles ainda eram filhotes de dragão.)

E mesmo com todas essas medidas, os filhotes não acalmaram e continuaram a bater na lataria. Se um único selo ou talismã saísse do lugar, eles conseguiriam fugir.

Sofia: "Ufa, foi quase-"

Kyu!

Kyu! Kyu! Kyu!

OH DROGA...

NÓS TÍNHAMOS NOS ESQUECIDO DOS QUATRO PRIMEIROS...

Os pestinhas já estavam saltando ao redor do veículo. Um deles até tentou voar. Seria uma cena fofa se não estivessem do lado do Fiorino bomba-relógio.

Ana: "*falando baixo* Vamos pegá-los com calma. Cinco pessoas e quatro filhotes. Temos vantagem numérica-"

VRASH!

CRACK!

E lá se foi a vantagem numérica...

Um dos filhotes rasgou um dos selos de couro. Outro mordeu e engoliu um talismã de pedra. Pois é, eles deviam comer de tudo para crescerem fortes e saudáveis-

ISSO NÃO ERA O IMPORTANTE NAQUELE MOMENTO!

Lúcio: "Merda..."

CRASS! PHHHFFFFFF!!!

Os selos, talismãs, magias e artefatos se desfizeram.

Sofia: "SE ABAIXEM!"

No mesmo instante, uma onda branca e peluda escapou do Fiorino, agora arrebentado. A horda de filhotes espalhou pela garagem. Não fosse o grito de Sofia, seríamos arrastados pelas criaturas sabe-se-lá-pra-onde.

Ficamos bem, exceto Lúcio. De alguma forma a cabeça dele estava sangrando. Bem, Lúcio sempre foi nossa donzela em perigo.

Lúcio: "*levantando* E agora?"

Sofia: "Pegamos eles, uai!"

Selene: "Ah, Lúcio! A barreira de emergência do prédio! Não podemos deixar eles saírem daqui!"

Lúcio assentiu, então tiramos dois artefatos, parecidos com controles de garagem, que tinham um grande botão verm- azul em cada.

Lúcio: "Pronto."

Selene: "No três. 1, 2, 3!"

Quando os dois botões eram pressionados, uma barreira oval envolveria o prédio, impedindo que alguém entrasse ou saísse. Claro, existem barreiras mais poderosas (essa só podia aguentar uns tiros de tanque, mas se um arquimago aparecesse, aí seria um problema), mas era o suficiente para prender bandidos e, nesse caso, os filhotes fujões.

Mesmo não sendo tão forte, ainda era uma barreira complexa, que não poderia ser ativada como um simples alarme de incêndio. Por isso, apenas o porteiro, com autorização do síndico, poderia ativá-la. Mas, hehe, já que Lúcio e eu fizemos a barreira, tínhamos essa pequena porta dos fundos. Claro, o síndico sabia disso (mas só porque ele era um enxerido).

Selene: "Pronto, agora eles não vão fugir."

Lúcio: "Mas como iremos pegá-los?"

Sofia: "Eu acho que tenho algumas iscas-"

???: "Olá pessoal! Como vocês estão? Ah, é mesmo, feliz Páscoa para vocês! Eu já estava saindo para fazer uma caminhada."

Nos viramos, atraídos pela dona da voz encantadora. Era Joana, uma das moradoras do prédio, e uma ninfa.

Joana: "Gente, mas porque essas caras? Aconteceu alguma coisa?"

Lúcio então fez um sinal para mim e eu resolvi contar tudo. Joana se aproximou e ficou à minha frente, com Ana, Sofia e San Lang atrás dela. Eles ficaram preocupadíssimos, pois aqueles filhotes no prédio significavam que foram capturados ilegalmente. Em suma, crime ambiental.

Mas o real problema não era o crime à natureza propriamente dito, e sim a reação das divindades guardiãs da natureza (como uma certa ninfa Joana) ao saber disso.

ACREDITE, VOCÊ NÃO QUER VER UMA NINFA IRRITADA...

Ana e Sofia empalideceram, talvez esperando a própria morte. E San Lang... Acho que ele iria matar alguém...

Quando terminei de contar a história, Joana ainda estava quieta (quando uma ninfa fica quieta, É O PRIMEIRO SINAL QUE MERDA ESTÁ POR VIR), e sem expressão (ESSE É O SEGUNDO CARTÃO AMARELO).

Joana: "*franzindo a testa em raiva* Seus... Como puderam... Por que vocês não me chamaram logo? Belos amigos vocês são, hein? Sabem que eu não resisto a essas fofurinhas e aí querem ficar com elas sem falar nada? Tô decepcionada."

Ana e Sofia ficaram confusas. Acho que até San Lang não estava entendendo essa conversa dela.

Bem, é o seguinte: se fosse qualquer outra ninfa, nós seríamos aprisionados em vinhas e passaríamos o resto das nossas poucas horas de vida como comida de árvores. Mas Joana era diferente. Ela amava coisas fofas, e aqueles filhotes pareciam fofos o bastante para ela pegá-los e... Não faço ideia o que ela faria com eles...

Ainda bem que Lúcio Maracutaia lembrou-se disso.

Joana: "Já que é assim, eu ajudo vocês a pegar essas coisinhas! Mas só se eu puder ficar com alguns."

Ana: "Fechado! Aliás, pode ficar com todos os... Ermmm... São quantos mesmo?"

Goblin: "Espere, vou olhar na nota fiscal...

Mmm, eram 240 ovos, então são 240 filhotes."

Sofia: "Mas como diabos couberam tantos ovos num Fiorino minúsculo?"

Lúcio e Goblin: "Mágica."

Joana: "*alegre* Haha, que maravilha! Isso é perfeito! Podem deixar comigo, vou pegar todos eles! E já que hoje é Páscoa, vocês podem ir e descansar."

San Lang: "Se é assim, estou indo para o supermercado. Ei, Sofia, melhor vir também se não quiser perder a carona."

Os três se despediram e foram embora na Lamborghini vermelha de San Lang.

Joana: "Então eu também vou indo. Ah, Lúcio, é melhor tratar essa ferida na sua cabeça, ok?"

Ela disse com um sorriso, depois iniciou sua caça- busca pelos filhotes de coedragão. Lúcio e eu também decidimos voltar para o apartamento, e conversamos enquanto caminhávamos.

Selene: "Impressão minha, ou o San Lang decidiu sair mais cedo só para não precisar lavar a louça?"

Lúcio: "Nah, e se for isso... *com um sorriso perverso* Hehehe... Ele não vai poder sair mesmo."

Selene: "Ah, é mesmo! Mas não vai adiantar. San Lang pode abrir a barreira com um dos artefatos insanos dele."

Lúcio: *olhos arregalados e suando frio*

Selene: "Lúcio?"

Lúcio: "*assustado* Vamos voltar logo para o apartamento..."

Selene: "Por que? Espera... Essa sua cara... Vai, desembucha."

Lúcio: "Talvez eu tenha colocado uma formação extra na barreira que é ativada quando alguém força a desativação da barreira..."

Selene: ...

...

"Que tipo de formação?"

Lúcio: "Uma que deixa a pessoa fedendo pra caralho, rosto inchado e cabelos arrepiados..."

Selene: "*chocada* Você... Tá se referindo à formação Guarda-roupa do Capitão Peidorreiro?"

Lúcio: *concorda*

Selene: ...

Lúcio: ...

Selene e Lúcio: "HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHA!!!!"

Selene: "*chorando de rir* Você é muito louco! Mas é um gênio!"

Lúcio: "*rindo* Modéstia à parte, essa é minha especialidade."

Selene: "*rindo* Eu sei! Temos os Irmãos Peladura, seus artefatos de choque, as bombas de pimenta e cebola, tudo isso tá de prova!"

Lúcio: "*sorrindo* Poxa, falando assim, eu até me sinto como algum vilão barato. Mas não acho ruim não, viu. Parece divertido."

Assim que entramos no prédio, percebemos que tudo estava molhado. Soubemos, no dia seguinte, que os filhotes tinham botado fogo em tudo. Bem, eles eram dragões, né?

Para evitar acidentes, fomos pelas escadas. Felizmente tínhamos uma barreira anti-chuva, e pudemos chegar sequinhos no meu apartamento. Então começamos a arrumar as coisas. Antes, é claro, fiz um curativo no Lúcio, que precisou enfaixar a cabeça. Só então comecei a lavar as vasilhas.

Lúcio: "Vamos fazer assim: eu lavo, e você seca e guarda, ok?"

Selene: "Tá bom."

Continuamos com esse serviço doméstico. Lúcio, ficou o tempo todo calado, pensativo. Depois que terminamos, ele se despediu e já estava saindo.

Lúcio: *para em frente à porta*

"Eu sei que eu disse que esse negócio de ovo de chocolate é bobagem. Eu ainda acho. Pra mim, isso não passa de uma estratégia do comércio para lucrar. Ainda mais numa época que deveria ser lembrada pela ressurreição do Senhor. Mas eu percebi que você gosta dos ovos... Aí então... Erm... Então... Bem... Eu... Ahn... Ehhh...

E-eu tenho algumas barras de chocolate e as formas de ovos da minha mãe. A-aí e-eu queria t-te convidar para ir la-lá pra c-casa e fazer alguns ovos...

T-tudo bem?"

...

*suspira, sorri* Poxa, como é que eu vou ficar brava com você, Luc? Você é um chato que sempre usa esses truques sujos comigo... Esse seu jeito atrapalhado e egoísta de resolver a situação...

Eu amo isso em você...

Selene: "*como um sorriso agradável* Claro! Poderia ser agora?"

Lúcio: "*empolgado* Com certeza!"

...

E foi assim que nós dois fomos fazer ovos de Páscoa no apartamento dele, assistimos um filme e até jantamos, enquanto o prédio pegava fogo, vizinhos faziam um alvoroço, carros da imprensa filmavam a cena, e filhotes de coedragão corriam soltos, com uma ninfa insana atrás deles.

Sim, foi uma Páscoa maravilhosa.

No dia seguinte, soubemos que Ana desativou o Guarda-roupa do Capitão Peidorreiro antes que San Lang fizesse merda... *pigarreando*

Soubemos também que na mesma noite, fábricas da Cacau Wow e do Billy Wonka foram atacadas e tiveram seus estoques saqueados por uma entidade desconhecida...

Mas isso é uma história para outro dia.

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{Notas do Autor}

FELIZ PÁSCOA, COMEDORES DE CHOCOLATE!

Brincadeiras a parte, Lúcio tem razão: esse negócio só passa de estratégia do comércio para lucrar. Então não se esqueçam do significado dessa data só por umas gramas de chocolate.

E se você não é cristão, não tem problema. Como já dizia o Sábio Seilá Queim: celebre a vida!

Ah, ia me esquecendo: a ideia para este capítulo veio de um meme feito pela minha prima. Um meme que originou um capítulo inteiro.

ENFIM, NÓS DOIS SOMOS AUTORES, E PRINCIPALMENTE NOIADOS...

Uma feliz Páscoa proceis, e até a próxima, galera!