Mostra o Leo andando por um corredor com uma expressão séria em seu rosto. Pensamento lembrança
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Leo na praça
-Eles… Sumiram.
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Os soldados ficam olhando em volta buscando pelos dois.
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Leo
-É inútil, eles já não estão mais entre nós.
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Um soldado
-Mas, isso quer dizer que…
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Leo
-Sim, nós falhamos.
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Todos ficam em silêncio
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Leo
-Se acalmem, eu mesmo vou reportar nossa falha ao rei e assumir toda culpa, continuem as buscas pelos dois até segunda ordem.
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Os soldados
-S-sim, senhor!
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Um soldado fica encarando o Leo
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Leo
-O que foi?
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Soldado
-L-leo, digo, senhor, general… O seu, peito.
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Leo
-Hum?
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Ele olha e vê a ponta de lança fincada no peitoral da armadura, ele solta ela e a joga no chão.
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Leo sai em silêncio.
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Soldado (outro)
-Ele esqueceu que aquilo estava cravado no peito?
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Mostra a ponta de lança no chão com um pouco de sangue em sua ponta.
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De volta ao presente
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Leo
-Eu falhei, não estava preparado para aquela aparição repentina, nem que Caelum fosse tomar alguma atitude, se bem que ela foi criada pelo velho...
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Leo fica de frente a uma porta enorme e imponente.
-Mas tenho que me concentrar…
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Ele coloca as mãos contra a porta a empurrando, ela começa a se abrir.
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Leo
-A honra da minha família está em jogo.
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A porta abre.
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Mostra um enorme tribunal cheio de pessoas.
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Na direção oposta à entrada, há quatro tronos, sendo que apenas três deles estão sendo ocupados e um vazio, o local vazio tratava-se do assento que Leo deveria ocupar, normalmente.
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Uma das pessoas sentadas no trono era Luscinia, uma mulher de cabelo curto e liso levemente ondulado. Ela fala.
-Leo, sua chegada era aguardada por todos.
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Outra pessoa sentada em um dos tronos era Apis, que permanecia de olhos fechados e possuía um cabelo liso penteado para trás, ela fala.
-Bastante aguardada eu diria. Seu atraso nos fez perder muito tempo.
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A última pessoa, Salus, um homem de longos cabelos desgrenhados e com um olhar gentil, fala.
-Mas, aquele que deveria ser julgado não está contigo…
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Apis
-Qual o significado disso, Leo?
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Leo fica em silêncio.
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Murmúrios enchem o tribunal.
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Mostra parte da face de uma pessoa sem mostrar o rosto inteiro, um homem jovem sentado em um trono acima de todos. Ele fala.
-Silêncio...
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A discussão no tribunal continua, mas Luscinia percebe a voz em meio às outras e olha em sua direção assustada.
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Ele repete, desta vez em alto e bom tom.
-Silêncio!
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Todos se calam.
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Luscinia o olha preocupadamente. Apis sorri, e Salus apenas encara Leo com um olhar de pena.
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Mostra a pessoa que gritou, um jovem sentado em um trono com adornos de ouro.
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Leo se ajoelha quase que imediatamente
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O jovem fala
-General Leo, como um dos quatro Cavaleiros da Salvação, você deve estar bem ciente das consequências de manchar a imagem do mesmo com uma falha.
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Leo
-Vossa majestade, eu sei perfeitamente as consequências de falhar como o Guardião da Paz, mas, não havia nada que eu pudesse fazer dadas as circunstâncias.
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Apis
-Então, o grande general falhou em capturar um ser inferior que sequer é capaz de voar.
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Luscinia
-Agora não é o momento para isso, Apis.
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Leo
-Eu falhei em levar Caelum até seu julgamento devido a intromissão inesperada de um certo ser, a entidade da profecia.
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Todos ficam quietos
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Apis começa a rir
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Salus
-Eu nunca esperei ouvir uma desculpa tão ridícula neste tribunal, e vinda logo de ti Leo.
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Luscinia
-Leo, você vem até a presença de vossa majestade apenas para contar uma mentira desse nível?
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Leo fica de cabeça baixa em silêncio ajoelhado no centro do tribunal
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Basilius
-Como era a entidade?
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Apis
-Hã? Vossa majestade, você está acreditando em tais palavras?
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Basilius
-Eu escolhi pessoalmente vocês quatro como os meus cavaleiros e tenho todos na mais alta estima, então, se qualquer um de vocês me informar algo, mesmo que seja absurdo eu irei considerar suas palavras como a mais pura verdade até que se prove o contrário.
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Salus
-Como esperado do nosso rei.
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Luscinia para si mesma enquanto sorri.
-Basilius...
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Leo
-Ele caiu do céu na fonte da praça dourada enquanto escoltávamos Caelum até o seu julgamento, ele não tinha asas e usava vestes diferentes de tudo que já vi e mais importante, possuía um artefato em seu pulso capaz de cortar qualquer coisa e fazer corpos inteiros desaparecerem diante de nossos olhos, muitas testemunhas tanto civis quanto soldados estavam no local e podem comprovar isso.
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Basilius
-Como era este artefato?
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Leo
-Se minha memória não me falha, era um bracelete com um cristal.
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Basilius
-Um cristal?
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Leo
-Sim, eu iria lhe perguntar sobre isso agora mesmo, vossa majestade… existem cristais do poder além do cristal do Firmamento?
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Todos no tribunal ficam em choque
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Basilius
-Sim, aparentemente, mas eu só fui informado sobre a existência deles nesse instante.
Leo
-Entendo...
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Basilius
-Assim sendo devemos colocar todas as nossas forças em perseguição a esse indivíduo, se esse cristal tiver um poder próximo ao do Firmamento...
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Salus
-Meu rei, acredito que ele seja apenas um ser inferior que tem em suas posses um poderoso artefato, não há razão para acreditarmos que se trata de uma entidade.
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Luscinia
-Realmente, a profecia dizia sobre um poder capaz de destruir nossa civilização inteira, não acho que Leo e seus homens sobreviveriam a um confronto contra tal força.
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Basilius responde aos seus cavaleiros.
-De fato, mas o que realmente interessa agora é que devemos impedi-lo, seja ele uma entidade ou um reles inferior.
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Basilius se dirige a Leo novamente.
-Não temos tempo a perder, Leo você já pode começar a liderar as buscas na capital.
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Leo fala para Basilius
-Rei, gostaria de pedir permissão para liderar uma pequena tropa em perseguição a Caelum e a entidade, tenho uma ideia de para onde estão fugindo.
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Basilius
-Pois bem, mas que não me falhe novamente, Leo.
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Leo
-Agradeço a segunda chance, vossa majestade.
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Leo se levanta e sai em silêncio do tribunal.
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Basilius
-Apis, você tomará a frente nas buscas pela cidade.
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Apis
-Eu? Mas não tenho experiência com questões de segurança como essa, além do que...
Basilius
-É uma ordem.
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Apis fala
-Entendido, como quiser. Vossa majestade...
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Logo após sua fala, Apis se retira dando uma saudação a Basilius
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Basilius fala enquanto se levanta.
-Salus, Luscinia, cuidem da segurança do castelo.
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Salus fala junto de Luscinia.
-Como vossa majestade ordenar.
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Basilius fala antes de se retirar.
-O julgamento será adiado até a captura do réu, Caelum Somnium Volare, dispensados!
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FIM DO QUARTO CAPÍTULO