Segurando sua varinha com tanta força que sentiu as folhas e flores em alto relevo de sua varinha gravadas em suas palmas, Eun Ha se virou.
Mas, mais uma vez, não havia nada para ser visto.
"..!"
Por que seu coração estava batendo tão rápido?
Abruptamente, ela se virou novamente, para enfrentar o espelho, e apenas de relance ela sentiu, mais do que viu, a sombra de uma mulher, nada como ela. O espelho apenas a refletia, porém, parecendo assustada como o inferno. 'EU?! Eu mesma? Que diabos?!'
Eun Ha se sentiu absolutamente sufocada, sem fôlego de puro pavor, e estendeu a mão para a porta. Ela saiu correndo, com a mente em pane e sentindo como se os cães do inferno a estivessem perseguindo.
Suas pernas eestavam moles macias como geléia, era como se ela não pudesse se mover tão rápido quanto desejava. Ao mesmo tempo, teve a sensação pungente de ser observada, de cima ... Mas não teve coragem de olhar para o teto.
Sair do banheiro foi bastante aliviante, ela percebeu. Mesmo na meia luz daquele canto, ela viu algo que entendeu instintivamente ser importante. O Confeiteiro Lee entregou um molho de chaves para o Sr. Kim. A atenção da fada foi para o rosto dos dois, atraída como um magneto. O Sr. Kim deu um sorriso de canto, enquanto olhava o molho de chaves em suas mãos, como quem fica satisfeito com um trato.
Já o olhar do Confeiteiro Lee estava no rosto do Sr. Kim, e seus olhos apenas refletiam uma assustadora expressão de rancor e satisfação.
Eun Ha piscou, já que a atenção de todos foi chamada pelo casal, que queria pagar para ir embora. O confeiteiro foi para o caixa, e o Sr. Kim deu as costas e apenas saiu do café, sem se despedir.
A fada sabia que tinha algo estranho, e agora achava que sabia onde. Era melhor avisar o Caçador. Ela saiu discretamente pela porta, enquanto o Confeiteiro cobrava o casal, correndo para o outro lado da rua cobrindo os cabelos para protege-los da garoa fina. Ela viu o Sr. Kim subir em uma bicicleta e partir na noite gelada.
"Sr. Shin, digo, Professor Shin! O senhor está certo! Tem algo lá. Tem algo lá no banheiro!"
Ele deu um sorriso de canto. "Você viu algo?"
"E também… Aquele homem que saiu. Ele os estava chantageando! O Confeiteiro...Parece bastante estranho, mas…"
"Você fez o que tinha que fazer? Já posso entrar lá?" era nítido pelo tom do Caçador, que ele intuía que ela não tinha feito nada do que ele tinha mandado. "O casal de clientes saiu. Tem alguém mais lá com eles?" Shin mostrou com o queixo o casal que saía do café. Logo a seguir, como canto de olho ela percebeu que o confeiteiro surgiu atrás deles, e parou na porta, nitidamente procurando pela cliente que saiu sem pagar. E logo os avistou ali.
"Já estou voltando, ajusshi! Só um momento!" ela acenou antes que ele chamasse por ela ou viesse ali. "O que eu devo fazer? Eu pensei em causar um acidente no banheiro, mas eu acho que a coisa está no banheiro. O que fazer, o que fazer?"
"Aigoo, como você é aborrecida, Jung!" ele enfiou a mão no bolso, e tirou de lá um objeto estranho, que estendeu para ela. Ela pegou, e ao examinar em sua própria mão, viu que era um monóculo com lente azul.
"O que é isso?"
"Um objeto para o qual você vai emprestar um pouco de mágica. Portanto, se empenhe. Use sua varinha e transfira um pouco de mágica para ele."
"É tudo o que eu devo fazer?" ela admirou-se, e ele falou.
"Esse objeto já é preparado para isso. Mas não vai durar muito, apenas alguns minutos, provavelmente. Apenas deixe os porquês para outro dia, agora temos pressa."
Eun Ha também pensava assim, e usou sua mágica da mesma maneira que fez mais cedo. Sentiu a energia fluir, ainda mais forte, em direção a ponta da varinha, e para o objeto. O monóculo emitiu uma leve luz, mas logo voltou ao normal.
"Funcionou?" ela perguntou, erguendo a mão para olhar se havia alguma diferença perceptível no objeto ou se algo tinha dado errado.
"Use e veja se funcionou. Agora venha." Ele apenas deu um aceno para que ela o seguisse, e atravessou a rua com passos largos em direção ao café. Eun Ha piscou, atordoada, e tentou equilibrar o monóculo no nariz. Ergueu o olhar assim que conseguiu isso, e olhou para a direção do café.
"Omo!"
A fachada do café parecia ter uma mancha escura de limo que se espalhava de maneira ramificada a partir da porta. A atmosfera depressiva parecia manchar os vidros da vitrine com um vapor estranho.
Ela deu um pulo quando algo tocou sua mão, e olhou para o lado. Era o caçador, que a pegava pela mão, e a levava em direção ao lugar decrépito e apavorante.
"Não!" Ela tentou empacar, mas ele deu um safanão que a fez dar dois passos involuntários para frente.
"Eu não quero entrar aí!"
Eles pararam no meio da rua, e o caçador Shin olhou em seus olhos:
"Você vai. Porque eu preciso de você lá." Na mínima hesitação de Eun Ha, ele a puxou, e chegaram na calçada. De relance, pela vitrine, ela viu com o olho do monóculo a Confeiteira olhando para ela… Exceto que ela não tinha olhos nem boca. Mas antes que gritasse, já estava sendo arrastada para dentro do café pelo Caçador.