Era de madrugada e eu estava ajoelhada na sala, de olhos fechados, orando pela avó doente de uma colega. Repentinamente, surge uma imagem dentro da minha cabeça: era de uma entidade vermelha, com chifres e rabo longo; estava encostada na parede, de braços cruzados e sorrindo para mim sarcasticamente...
Era como se eu estivesse sonhando acordada. Comecei a rir, pois era bizarro: a figura clássica do capeta! Eu estava orando e ele aparece?! Como assim?! Será que orei errado?
Ele começou a balançar a ponta do rabo, na altura da cabeça:
- Você pode me ver! – avisa-me.
- Posso te ver?! – respondi surpresa.
Balançava a ponta do rabo mais rápido, como se estivesse acenando e repetiu:
- Você pode me ver!
Ele parecia estar divertindo-se, e, eu continuava rindo da cena.
Não ouvi com os ouvidos e nem vi com os olhos, vi e ouvi com a mente. Tive a minha primeira visão: uma projeção involuntária dentro da minha cabeça.
E por que, ele próprio, o inimigo, veio me avisar disso? Indignada levanto e vou deitar, ainda tenho algumas horas para dormir antes de ir trabalhar.