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Chapter 12 - Uma bela rosa

Ember caiu no chão com força, rolando pela poeira enquanto o impacto de Davi a salvava do ataque fatal. O coração dela disparou e seus olhos arregalaram ao notar o que estava acontecendo diante de si. 

Então ela viu uma cena do inferno, tal qual uma chama destrutiva envolvia completamente o garoto que não podia fazer nada para reagir. E como podia ela se defendeu do calor que a atacava de forma intensa.

E quando o inferno finalmente passou, ela ergueu os olhos, ainda atordoada, apenas para ver Davi, agora enegrecido e de joelhos. Seu corpo parecia um pedaço de carvão, queimado e imóvel, com a pele escurecida. A cena fez o estômago de Ember revirar.

Por que? Mesmo que ela tivesse sido imprudente e ela sozinha tivesse se colocado em perigo, por que ele ainda a salvou? Ela não conseguia entender, mas um desespero a tomou tal qual ela temia que o garoto tivesse morrido.

"Não... Davi..." murmurou, um nó se formando em sua garganta. Ela sentia o desespero crescer ao ver a condição deplorável de seu parceiro.

Então ela tentou correr para salvá-lo, mas seu corpo simplesmente não tinha se movia. Todos os seus músculos doíam, tal qual o desespero de sua primeira batalha de vida ou morte, a fazia ficar inútil.

Ao mesmo tempo um milagre acontecia. Com grande dificuldade, Davi tentou se levantar. Seus músculos tremeram, e ele mal conseguiu apoiar-se nos joelhos, os dentes rangendo de dor. A cada tentativa de movimento, ele parecia à beira de colapsar, mas o olhar firme em seus olhos denunciava sua determinação.

Contudo o golem, como sempre implacável, voltou a preparar seu ataque final. Seu núcleo mais uma vez foi exposto e começou a brilhar para disparar uma rajada devastadora de fogo. Ember, ainda em choque, sentiu o tempo desacelerar enquanto tentava forçar seu corpo a se mover para salvar aquele garoto.

O brilho intenso do golem iluminava toda a arena, quando, de repente, Davi mostrou um sorriso confiante que parecia completamente fora de lugar. Então, com suas últimas forças, ele ergueu a pistola que estivera carregando por todo aquele tempo. 

Com um grito de gutural de alguém que se esforçava até o limite, ele mirou diretamente no núcleo exposto e apertou o gatilho. 

Ele disparou rapidamente, então…

Uma explosão de energia saiu da arma, um disparo concentrado de mana que atravessou o ar como um raio. O tiro atingiu o núcleo do golem com precisão perfeita, causando uma explosão interna que ecoou pela arena. E o núcleo do golem foi desintegrado.

O brilho dos olhos da criatura se apagou, e o colosso de pedra começou a se despedaçar, colapsando sob o próprio peso enquanto caía lentamente, derrotado.

Ember assistiu, incrédula, ao ver o golem ruir em uma pilha de rochas, mas seu olhar logo se voltou para Davi. Ele deixou a pistola cair ao chão, seus olhos semicerrados. Um leve sorriso cansado se formou em seu rosto antes de desmaiar completamente.

Seu corpo finalmente sucumbiu à exaustão e aos ferimentos.

"Davi!" Ember gritou, correndo até ele com o coração pesado, ainda sentindo o aperto no peito. Ela se ajoelhou ao seu lado, seu corpo tenso, segurando o braço de Davi, que parecia tão frágil naquele momento. 

Ela imediatamente usou sua pedra de recuperação nele. Ember pressionou a pedra contra o peito de Davi, canalizando o mana de cura com urgência. O objeto brilhou em um tom suave, suas energias restauradoras começando a agir. 

O corpo de Davi ainda estava imóvel, mas seu peito finalmente começou a bater novamente, tal qual sua respiração voltava a ser sentida. No entanto, ele permanecia em estado absolutamente crítico.

A ruiva, com as mãos trêmulas, tentou fazer os primeiros socorros como podia, verificando a respiração dele e os sinais de vida. Cada segundo parecia uma eternidade, e a cada instante o estado dele parecia piorar. Lágrimas começaram a rolar pelo rosto da garota desesperada, que começou a gritar ao nada:

"Por que ele fez isso?" Ela não conseguia se livrar da culpa que sentia ao saber que aquele garoto estava naquele estado pois tentou a salvar.

Tudo aquilo era culpa dela. E mais uma vez ela tinha falhado, pois ela era uma enorme falha. Mas esses pensamentos tiveram pouco tempo para desabrochar, afinal foram substituídos por surpresa e apreensão quando uma bela mulher surgiu diante dela.

"Estou impressionada." 

Ember levantou a cabeça de súbito, encarando a figura que se aproximava. A diretora, com seu semblante confiante e aquele sorriso enigmático, observava a cena com interesse. Ela parecia tranquila, como se tudo estivesse sob controle desde o início.

"Você mostrou muito potencial, Ember. Mas imagino que entenda que a sua imprudência é a razão de tudo isso." Com um estalar de dedos, a mulher fez Davi desaparecer dali.

"O que vai acontecer com ele?"

"Ele já está na enfermaria agora. Não se preocupe, ele vai se recuperar bem," afirmou a diretora com uma piscadela tranquila. "Mais uma coisa, acredito que eu deveria desfazer um certo mal-entendido que acabei causando."

Ela comentou, então contou que tinha sido ela quem enviou, por engano, o Davi para o banheiro naquele dia. E sem dar mais explicações, ela desapareceu depois dessas palavras.

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Algumas horas depois, Ember estava parada na frente da enfermaria, inquieta. Ela ainda não conseguia se livrar da imagem de Davi sendo consumido pelas chamas e de como ele usara suas últimas forças para salvá-la. 

Finalmente, ela entrou. Davi estava deitado na cama, ainda um pouco pálido, mas dormindo tranquilamente, ele parecia finalmente estar melhor.

E foi nesse momento que ela notou algo: o rosto dele, relaxado e sereno, a traia. Tal qual ela esquecia da vergonha de que ele a viu pelada e o observava com calma, ela notou que seu rosto lhe parecia bonito. Ainda mais quando ele estava tão vulnerável.

Ela não conseguia evitar de observar como os traços do rosto dele pareciam mais suaves, quase gentis. As queimaduras e machucados que ele havia sofrido já estavam praticamente curados, e o leve brilho da recuperação lhe dava um ar misterioso.

Ela se aproximou da cama, olhando de cima, como se tentasse encontrar alguma falha naquela imagem. Ainda assim, ela não conseguia encontrar nada que não fosse atraente para ela e isso a incomodava. Ela não queria reconhecer o sentimento que começava a crescer dentro de si.

E, por um instante, ela ficou ali, observando. Ele parecia tão encantador que seu coração acelerou e ela corou levemente. Talvez ela tenha se apaixonado por ele? Não! Ember balançou a cabeça, afastando o pensamento agressivamente.

Então ele finalmente abriu os olhos. Ela sentiu seu peito se aliviar, tal qual ficava genuinamente feliz de poder falar com aquele garoto, que basicamente era um estranho para ela.

"Finalmente acordou, pervertido?" Ainda assim, ela inconsistentemente foi um pouco agressiva ao falar com ele pela primeira vez.

"Desculpe por isso, mas eu já expliquei que o que aconteceu foi um…"

"Mal entendido," ela suspirou com um pouco de irritação. "Eu já sei, a diretora confirmou que foi ela quem te mandou lá por engano. Ainda assim você é um pervertido!" Ela gritou tal qual a vergonha a tomava, pois ela se lembrava do que aconteceu.

"Se entende isso, não poderia me perdoar por favor."

"Claro que não," disse a garota se fazendo de difícil, no fundo ela já tinha o perdoado. "Um verdadeiro cavalheiro teria se cegado para evitar qualquer chance de profanar uma dama inocente."

"Não acha que já está exagerando?"

"Nem um pouco. Além do mais você é claramente um pervertido!" Ela declarou apontando para o garoto, então ficou vermelha mais uma vez. "Acha que não notei como você estivesse devorando meu corpo nu com esses seus olhos i-i-indecentes!" 

"Bem, eu não tenho como evitar ver o que estava diante de mim. Além do mais eu não estava, eh…" Davi procurou desculpas para os seus atos, então finalmente chegou a uma conclusão. "Eu não estava te encarando de forma lasciva. É só que… como eu digo? Fiquei hipnotizada por sua beleza durante um instante, então não consegui desviar o olhar."

A resposta do garoto conseguiu deixar a garota ainda mais vermelha, mas foi uma péssima tentativa de defesa. E com isso, o júri o considerou culpado, condenado pelo crime de ser um pervertido. E a ruiva declarou que o chamaria de pervertido para sempre, porque ele era uma besta lasciva.

"Espera, não pode me perdoar, eu faço qualquer coisa!" Ele tentou suplicar mais uma vez.

"Entendo," A garota sorriu gentilmente, então pareceu pensar profundamente. Em seguida com um sorriso brincalhão ela disse, " Fiquei impressionada com sua bravura, por isso em deferência à sua bravura, perdoarei esse assunto se você fizer harakiri."

"Calma aí, isso já é demais!"

"Bem, a pena de morte não seria esperada depois de violar o corpo de uma princesa como eu, não concorda? Além do mais, você não disse que faria qualquer coisa?" Ela parecia estar realmente se divertindo.

"Qualquer coisa menos a morte!" Já Davi estava desesperado para que ela o perdoasse, ele precisava que os dois trabalhassem juntos, para que ele tivesse uma grande performance na próxima fase evitando sua punição.

"Ok, como você salvou minha vida e estou sendo extremamente benevolente, permitirei que se safe contanto que concorde em passar pela mesma humilhação a qual me submeteu." 

"Então quer me ver pelado?" O garoto perguntou sem entender a intenção da garota.

Ember, por sua vez, ficou como um tomate, depois que as coisas foram colocadas de forma tão direta. Ainda assim, ela envergonhada assentiu com a cabeça.

Sem hesitar mais, o garoto se levantou e rapidamente tirou suas roupas, revelando o seu corpo por completo. A ruiva inconscientemente foi fisgada pelos músculos do rapaz, e ver seu abdômen bem definido a fazia desejá-lo ainda mais.

Sua mente fervilhava com o desejo de tocar aqueles músculos, de admirá-lo mais de perto. E antes que ela pudesse se dar conta, já estava a menos de um mestre do garoto e sentia o desejo de se aproximar ainda mais.

Querendo disfarçar sua vergonha e justificar suas ações, ela comentou com uma voz arrogante e aguda.

"É tão pequenininho," ela sinalizou o tamanho com os dedos, e sorriu de forma provocativa. "Tive que me aproximar para encontrar."

Davi queria protestar, mas antes que tivesse a chance de fazê-lo, seu membro decidiu agir por conta própria, se erguendo firmemente e atingindo o rosto da garota que chegava ainda mais perto. 

Ember não pode evitar que o cheiro forte de um homem invadisse suas narinas e sua buceta se contraiu, tal qual um desejo queimava dentro dela.

Por um instante ela pensou no que fazer, enquanto se aproximava desejando tocá-lo.

"Jovens de hoje em dia são tão atrevidos," contudo uma voz fez com que os dois parassem tudo o que estavam fazendo.

Ao virar a atenção para a fonte da surpresa, notaram uma mulher com um sorriso imponente que tinha aparecido ali de repente.