Ember se viu envolta pelo cheiro forte que Davi exalava e seu desejo cresceu, tal qual ela admirava o pau vigoroso diante de si. Tomada momentaneamente pelo desejo, ela pensou em se aproximar, contudo uma voz fez com que os dois parassem tudo o que estavam fazendo. Era a diretora que tinha aparecido ali de repente.
O rosto da Ember ficou vermelho como um pimentão ao notar que alguém tinha visto o que ela tinha feito. Ela sequer conseguia formular uma resposta, mas a poupando de sua vergonha, a diretora estalou os dedos.
Davi viu roupas os envolvendo. Já a ruiva desapareceu, sendo enviada para o quarto onde as duplas deveriam ficar esperando pela próxima fase que seria no dia seguinte. Depois disso ela se virou para o garoto diante de si com quem queria falar a sós.
Ela começou se aproximando com um sorriso e seu tom estava anormalmente suave naquele dia:
"Sim, fiquei impressionada com a sua coragem." Mas seu sorriso leve logo se tornou assustador. "No entanto, há algo que não posso ignorar. O que pensa que estava fazendo usando protótipos desenvolvidos como pesquisa com o dinheiro dessa instituição? Eles são protótipos de pesquisa, não armas para estudantes."
Davi começou a suar frio, tal qual aquela mulher dizia que haviam regras contra o uso indevido de materiais de pesquisa. Em seguida ela ameaçou punir tanto o Davi quanto a Luna por quebrarem essas regras.
O garoto rapidamente implorou por perdão, o que fez a diretora sorrir, tal qual a conversa se encaminhava na direção que ela queria. E com um sorriso levemente sádico, ela disse:
"Como você me impressionou, te darei uma chance. Posso ignorar tudo o que vi, contanto que tenha mais uma performance impressionante amanhã."
Então ela estalou os dedos mais uma vez.
Enquanto isso, Ember que tinha chegado ao quarto encontrou apenas uma cama relativamente larga para solteiro. Ela imaginou que aquele fosse o quarto no qual esperaria para a próxima fase e se deitou na cama, ela também precisava descansar.
Contudo, ainda sentindo sua pele queimar de vergonha e também sentindo seu corpo se esquentar por outros motivos, era difícil relaxar.
Por alguma razão, ela não conseguia se esquecer dos músculos bem definidos daquele homem. Seu abdômen sarado, seu rosto sorridente e o seu… Ela não queria lembrar, mas por algum motivo ela continuava a pensar no penis dele.
"Bem, tenho certeza que aquele pervertido fa-fantasiou muitas coisas sobre mim," ela disse para si mesma envergonha.
E seguindo essa lógica, ela justificou para si mesma que também tinha o direito de fantasiar algumas coisas. Por isso ela se deitou na cama e seus dedos percorreram lentamente o seu corpo, tal qual ela se deixava levar por uma imaginação fertíl.
Contudo tal qual o primeiro gemido escapou dos seus lábios delicados, um homem surgiu diante dela.
"Êh…"Ele se surpreendeu com a cena diante de si e rapidamente abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido pelo grito da Ember.
"Se disser qualquer coisa eu te mato."
Ele ficou em silêncio. Ela apagou as luzes e até mesmo permitiu que o garoto deitasse na mesma cama que ela. Afinal aquela cama de casal era a única no quarto. Então os dois dormiram, enquanto Davi tentava fingir não ter visto nada.
Já a ruiva ficou morrendo de vergonha, enquanto desejava morrer. Talvez se ela fosse um pouco menos rica e soubesse que normalmente solteiros não dormiam em camas tão largas, ela teria adivinhado o que viria. Contudo ela genuinamente acreditava que aquele quarto e cama espaçosos seriam dedicados só a ela.
Claro, o motivo para eles terem sido enviados ao único quarto que tinha apenas uma cama, era mais uma coincidência da vida. E pensando nesse fato, uma certa mulher deveria estar rindo levemente nesse momento.
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"Luna isso…" Davi murmurou enquanto sonhava com algo maravilhoso.
Ao mesmo tempo, sua mão era agraciada por uma maciez que ele conhecia bem. A diferença é que nesse caso o tamanho parecia um pouco diferente, eram seios firmes que se encaixavam perfeitamente na palma da sua mão.
Claro, a dona daqueles peitos era Ember, que durante a noite acabou se aproximando do garoto inconscientemente, então aquela cena se encerrou.
Ainda dormindo, Davi começou a agarrar mais e mais a beldade diante de si, colocando seu joelho entre as pernas dela e apalpando firmemente os seus peitos, ao mesmo tempo que sua outra mão acariciava a sua bunda perfeita.
Isso naturalmente fez com que Ember acordasse, gemendo levemente ao ser tocada de forma tão intensa.
Por um instante ele cogitou fingir que estava apenas dormindo, mas rapidamente afastou essa ideia e disparou suas chamas querendo se livrar do garoto, enquanto a vergonha tingia seu rosto de vermelho.
E foi assim que os dois acordaram naquela manhã. Contudo eles não tiveram tempo para discutir, pois logo ouviram uma batida na porta.
Davi prontamente foi ver quem era e, ao abrir a porta, se deparou com uma linda mulher ruiva que por algum motivo vestia uma roupa de maid. Ela tinha uma expressão rígida e olhos afiados. Seu rosto era lindo, com lábios delicados e uma pequena pinta que lhe dava um charme especial
Era impossível não notar os chifres proeminentes que cresciam de sua cabeça, bem como as penas negras que adornavam suas asas demoníacas. E apesar da surpresa do Davi, ela não demonstrou a menor reação sequer, mantendo uma postura elegante com as costas perfeitamente retas.
Seus olhos com um brilho dourado único varreram todo o quarto, tal qual ela avaliava os dois. Então ela saudou de forma educada os dois, apresentando-se de forma elegante. Mas era impossível não achar estranhas as suas fantasias de empregada que parecia tirada diretamente de um anime.
"Sou a Morrigan, e atualmente exerço a função de secretária da senhorita Amélia. Vim lhes avisar que a segunda parte do teste se iniciará em breve, então estejam prontos. E, mais uma coisa, creio que não tenham recolhido a recompensa por derrotar o golem, correto?"
"Recompensa?" Davi perguntou.
"Sim," a mulher retirou do seu bolso 5 esferas coloridas e fez com que elas ficassem flutuando no ar. "Esses são os 5 núcleos elementares do golem. Eles são capazes de absorver qualquer tipo de habilidade elemental, então concentrá-las em um disparo."
Era justamente por possuir esse núcleo que aquele monstro conseguiu produzir aqueles disparos do inferno. Nesse sentido, aqueles núcleos se provariam extremamente valiosos.
"Você pode escolher um núcleo para manter consigo. Qual elemento prefere água, fogo, terra, vento ou raios?"
"Não existem mais habilidades elementais além dessas 5?"
"Ninguém foi capaz de sintetizar núcleos para outros elementos." A empregada explicou rapidamente. "Me desculpe por apressá-lo, mas preciso ir falar com todos os alunos que passaram no teste, poderia fazer sua escolha rapidamente?"
Davi pensou por um instante. A água era o elemento que mais lhes causaria problemas, pois representava a fraqueza da Ember. Por outro lado, o raio era o elemento mais raro entre eles, o que tornava ele o mais difícil lidar. Já o núcleo de fogo daria o maior potencial ofensivo para eles. Essa combinação de fatores o fez refletir sobre qual núcleo escolher.
Finalmente, o garoto decidiu pelo núcleo de Fogo. Como ele mesmo não possuía habilidades próprias, aquele item seria precioso. Em uma situação de emergência, ele poderia mantê-lo consigo e absorver parte da magia da Ember pegando seus oponentes de surpresa.
"Vou escolher o núcleo de fogo."
Morrigan não quis gastar mais tempo por ali e rapidamente desapareceu, deixando os dois para trás.
Clara pediu para ir tomar banho primeiro. Enquanto Davi aproveitou para analisar os equipamentos mágicos que ainda possuía. Sim, ele tinha tido problemas por causa disso, mas naquele ponto já não havia mais o que ser feito. Era como dizem, que está na chuva é para se molhar.
.A armadura que o Luna lhe dera estava basicamente destruída, e a arma já mostrava sinais de desgaste, parecendo capaz de realizar apenas um último disparo. Ou seja, restavam apenas os pequenos robôs de reconhecimento.
O garoto suspirou profundamente, enquanto sentia um frio na barriga pensando nos próximos desafios que viriam. Ele ainda era muito fraco e tinha poucas coisas com quais quais contar.
De qualquer forma, após Clara sair do banho, Davi também foi se arrumar. Com ambos prontos, eles decidiram conversar sobre suas habilidades e estratégias, aproveitando o tempo enquanto aguardavam o início da próxima fase.
Ember explicou que, resumidamente, podia controlar o fogo. Suas habilidades principais incluíam a "Tempestade de Fogo" e "Inceneração". Ambos os ataques eram de médio a curto alcance,
Além disso seu trunfo era uma habilidade chamada "Ifrit", que era do tipo transformação. Ela aumentava temporariamente todos os seus atributos, especialmente sua força, mas ela não podia usá-la com frequência.
Além disso, Clara era uma espadachim habilidosa, capaz de canalizar suas chamas através da espada. Ou seja, ela era alguém com imensas habilidades ofensivas, mas não era tão versátil, sem qualquer poder de suporte, sem ataques de longo alcance e, mais importante, sem habilidades de defesa.
Estava claro que como time eles estavam desequilibrados. E o principal motivo disso era o próprio garoto. Por causa da classe de "Escavador", ele não possuía habilidades úteis no combate. Embora pudesse usar um escudo simples, seu nível era tão baixo que dificilmente seria eficaz.
"Você está mentindo para mim, não está?" E depois de ouvir sobre todas as habilidades do Davi, a garota perguntou com um tom irritado.
"Não, a minha classe realmente é escavador, desculpa por ser um farto."
"Então porque a diretora te chamou para o escritório? E por que está fazendo um teste tão perigoso quando é tão fraco? Nada disso faz sentido e a única explicação é que você está escondendo algo de mim!" Ela disse com convicção, pressionando ainda mais o garoto.
Davi preferia não falar sobre a sua segunda classe, pois isso podia causar mal entendido, bem como outros problemas. Além disso, ele duvidava que aquilo seria muito útil. Além do mais, ele não acreditava que houvesse a menor chance da garota aceitar se juntar ao seu harem, por isso contar para ela seria inútil.
"A verdade é que eu tenho uma segunda classe, mas ela é um pouco especial."
Dito isso, aquela ruiva estava insistindo tanto que ele não tinha outra escolha. Então Davi contou tudo sobre os poderes que tinha destravado recentemente. E, obviamente, a reação dá Ember foi:
"Que absurdo é esse pervertido, pare de me contar mentiras idiotas!" Era impossível que alguém simplesmente acreditasse em uma classe tão absurda dessa forma.
Ainda assim, ao ver como Davi parecia sério sobre aquilo, ela não pode deixar de hesitar um pouco na sua condição. Será que ele realmente estava falando a verdade? Mas aquilo era simplesmente absurdo demais.
"Então prove que você tem essa classe!" Ela demandou.
"Bem, eu até provaria, mas…" ele encarou longamente os lábios da garota. "Eu não tenho nenhuma habilidade que posso usar sem te adicionar ao harem."
Novamente Ember foi tomada por vergonha, notando o erro que tinha cometido. Ao mesmo tempo, seu coração palpitou pensando que Davi a beijaria. Mas ela rapidamente afastou esses sentimentos de sua mente.
[A segunda parte terá início. O teste será uma luta em dupla.]
[A luta deve permanecer até o seu oponente desmaiar, ou desistir de lutar.]
[Nessa fase vocês podem escolher trabalhar juntos ou não. O último de pé escolhe duas pessoas que o acompanharão e uma pessoa para ser eliminada.]
Ao ouvir aquilo o coração do Davi imediatamente gelou. Ele sabia muito bem que era um peso morto, por isso a decisão natural seria deixá-lo para trás. Já para a ruiva, os avisos foram uma desculpa perfeita para mudar de assunto. Ela apenas se levantou e disse:
"Fique pronto e, não se preocupe, eu vou te levar comigo." Ela disse, acalmando o seu companheiro.
Então eles foram todos teletransportados para a mesma arena na qual enfrentaram o golem.
Ember ficou rígida ao ver quem formava a dupla adversária: uma mulher que parecia apavorada e uma pessoa que ela conhecia muito bem.
Era um homem alto, de postura imponente e cabelos ruivos como fogo. O brilho ardente nos seus olhos se encontraram com o da garota por um instante e ela sentiu todos os músculos do seu corpo ficarem mais tensos.
Ela deu um passo para trás, como se instintivamente buscasse distância daquela presença avassaladora. Sem conseguir desviar o olhar, murmurou com voz trêmula:
"Irmão…"