Ungara, é tudo que um reencarnado pode esperar encontrar de esperado na sua primeira viagem para outro mundo, o planeta é duas vezes maior que a Terra, e essa não é única diferença com o único planeta habitado que conhece, suas cores são muito diferentes, em vez do azul e verde, esse planeta tem um tom vermelho e rosado na vegetação, até mesmo seus mares, tem um tom diferente de verde forte, era belo, muito belo, e não tomado de construções tecnológicas como esperado de um mundo muito mais avançado e populoso, os Ungarans, parecem ter construído sua infraestrutura em conjunto com a natureza, como deveria ser.
As construções na terra são pensadas dessa forma, mas no espaço orbitando o planeta como satélites naturais, podemos ver duas estações espaciais gigantescas do tamanho de luas, essas estações estão sendo responsáveis por um fluxo intenso de naves entrando e saindo desse sistema, claro, que um lugar tão movimentado também teria uma boa segurança, Galateia, conseguiu sinais de armas de energia poderosas por meio dos sensores, não apenas nas estações, como também em satélites quase invisíveis espalhados pelo globo.
E como isso ainda fosse pouco, como este é o planeta natal do falecido Abin Sur, um dos maiores Lanternas Verdes dessa geração, o governo tem uma linha direta com a Tropa, que fica mais do que feliz e até mesmo honrada em poder ajudar o povo do seu grande herói caído.
Resumindo, é melhor não causar uma confusão aqui.
"Estamos chegando perto, qualquer momento agora…" Falou Dick, sentado do meu lado no lugar do piloto.
{A um pedido de comunicação, devo aceitar?} Perguntou Galateia, no seu lugar abaixo da nave.
"Claro." Falou Robin.
{**********, ***********, ***********!}
Segundos depois, a língua estranha soou pelos alto-falantes, e mais uma vez, não podemos entender absolutamente nada.
"Lamento, nossos tradutores universais foram destruídos após sermos acertados por uma tempestade solar, estamos nos aproximando do planeta com intenção de visitar a Organização dos Caçadores de Recompensas." Dick, falou lentamente temendo um erro de tradução, o que não vai acontecer.
Quanto a mentira dos tradutores, é mais por orgulho, ninguém gosta de ser visto como um caipira numa terra nova, afinal, tradutores são itens mais do que comuns, até mesmo crianças e bebes os possuem.
{**********,**********!} Respondeu uma voz feminina em seguida.
{Dio, eles estão tentando escanear a nave.}
"Deixe eles fazerem Galateia, não temos nada oque esconder." Falei, não percebendo nada de diferente acontecendo.
Como estamos indo para o planeta, e não uma de suas estações espaciais, as medidas de segurança que vamos passar são maiores.
Depois de dez minutos voando por meio de apenas impulso na direção do planeta, recebemos o tudo bem deles na forma de uma mensagem quase universal, uma luz verde piscando surgiu na nossa tela, assim como um caminho, mostrando claramente aonde devemos pousar, bem próximo do nosso destino também.
"Obrigado." Agradeceu Dick, para logo depois levantar.
"Isso foi até fácil." Cementei.
"Ao ter tecnologia para saber qualquer coisa escondida na nossa nave num nível molecular, qualquer outra medida de segurança não faz sentido." Comentou Dick, entrando na parte de trás aonde ficam as poltronas.
Ele está certo, na Terra, temos os sensores de metal e os raios-x, mas eles não são tão amplos, por isso temos cachorros treinados e agentes, e mesmo assim, muita coisa ilegal entra escondida, tudo isso desapareceria se apenas um desses sensores fossem colocados em prática, não, isso não é verdade, o "mal", em algum momento também evoluiria, é difícil, mas garanto que deve haver formas de contrabando acontecendo mesmo com defesas como essa.
"Não acredito que finalmente vou poder voar!" Falou Kori, muito animada, tomando seu lugar do meu lado, já aumentando a velocidade do Javalin, de forma brusca.
Kori, também moveu os controles nos levando para a rota, Ungara, só tem dois continentes, nosso destino é aquele que é maior que nossa pangeia, estamos indo para uma cidade puramente comercial, aonde noventa e cinco por cento de todo comercio interestelar acontece.
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Assim que atingimos atmosfera, fomos acertados por um raio-trator, que de acordo a Galateia, não é nada menos que um campo de força projetado que manipulava as forças gravitacionais para empurrar ou puxar objetos, eles então guiaram a nave de forma rápida na direção da cidade, e isso é uma medida que também faz sentido, afinal, havia centenas de naves ao nosso redor entrando no planeta, dos mais variados tipos e tamanhos, dessa forma, eles evitam acidentes e também colocam um pouco de ordem no ar.
Demorou então apenas dois minutos para podemos ver a cidade comercial, e ela imensa, e digo isso sendo alguém que viveu anos em Nova York.
A construção, como dito, era toda feita com imponentes prédios de cor predominantemente vermelha, com detalhes rosas, verdes ou azuis, e ao redor dessas construções ou no seu interior havia vegetação, crescendo de uma forma que se parecia selvagem, mas vendo bem, pode se dizer que elas foram guiadas a crescer daquela forma.
Não conseguimos ver o chão, acima dele, na metade da altura dos prédios que passam os cem andares, uma infinidade de naves pequenas e carros voadores estão voando para todos os lados, uma cena tirada diretamente de Coruscant, e tudo isso bem iluminado sobre as luzes vibrantes dos letreiros holográficos.
"Totó, tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas." Brincou Dick, ele estava atrás de nós dois com a Ravena, do seu lado, também olhando para essa cena espetacular.
"Por que estaríamos no Kansas? E quem é esse Totó?" Perguntou Kori, confusa, não entendendo a referência.
"Minha aula sobre as culturas terrestres falhou com você Kori, vamos assistir o Mágico de Oz, assim que tivermos tempo, o original é claro."
Kori, ainda não entendeu, mas deixou as perguntas para mais tarde, estamos próximos à zona de pouso designada.
Sobre um controle preciso do raio-trator, o Javalin, pousou sem nem mesmo fazer barulho ou tremer em cima de um edifício enorme, grande o bastante para abrigar várias outras naves de pequeno porte estacionadas uma do lado da outra.
"Bem, é isso." Falei me levantando, estou com um sorriso enorme no rosto, tão grande, que posso sentir minha boca se alargando, não posso evitar, é meu primeiro mundo alienígena, e mesmo já tendo viajado para outras dimensões, ainda a uma certa expectativa sobre isso sendo um grande fan de ficção científica.
{Estou pronta para sair também!} Falou Galateia, também bastante animada para por as mãos em tecnologia de outro mundo.
Todos nos andamos vestidos com nossos trajes até a porta de abertura do Javelin, no seu centro.
"Dio, você esqueceu da Kori." Falou Dick, apontando para minha amiga.
"Sim, desculpe por isso, só estou animado demais." Falei parando e ficando de frente para Kori, no meio do corredor.
A cabeça da Kori, vale muito, muito mesmo, então ela é bastante conhecida no momento, não podemos deixar que eles a vejam conosco para evitar problemas, mas ela também é a única com experiência em viagens desse tipo, então o que podemos fazer é usar um feitiço de ilusão simples.
"Pronta?" Perguntei para minha amiga.
"Posso ser azul? Sempre quis ser azul." Perguntou ela animada.
Estiquei minha mão com a palma aberta na horizontal um pouco acima dos meus olhos, e depois abaixei minha mão lentamente passando por cima dos meus olhos e pelo rosto animado da Kori, assim quem minha mão passou pelo rosto dela, sua bela pele laranja, ficou completamente azul, como um Kree, da Marvel, seu cabelo longo vermelho ficou curto e verde, não mudei seu rosto ou olhos.
"O que acha?" Perguntei depois de conjurar um espelho e dar para ela, que quase arrancou da minha mão o pegando.
Kori, após olhar cada detalhe seu movendo o espelho desesperadamente, se virou para Dick, que estava atrás dela.
"Você não devia ter escutado ela, é como dar açúcar para uma criança." Falou Ravena, na minha frente, com os braços cruzados.
"Vale a pena." Responde.
Essa é a primeira vez que a vejo agir tão alegremente desde que toda essa confusão começou.
"Estou bonita?" Perguntou Kori, para Dick.
"Eh...." Dick, como um menino esperto que é, sendo um fan de ficção cientifica também, começou a babar, uma reação perfeita que toda mulher gostaria como resposta para tal pergunta.
"Estou pronta!" Falou Galateia, aparecendo na parte da frente da nave, aonde ficam as escadas e a cozinha.
Dei mais um olhar naqueles que vão participar disso, já estamos prontos, vestidos com nossas trajes heroicos, que não vão ser nada estranhos no meio de tanta diversidade, todos menos o Dick, que está usando roupas casuais humanas de óculos escuros, bem normal, fora o cinto de utilidades.
"Então, vamos com isso." Apertei o botão do lado da porta, que se abriu para frente, e do chão da porta, uma escada começou a se estender até tocar o chão.
No momento que a porta se abriu, fui acertado pela primeira vez pelo cheiro avassalador do planeta, muitos aromas familiares, mas muitos novos também, se eu fosse dizer qual é o aroma mais presente, responderia canela, e o lugar também é muito mais bonito visto dessa forma do que de cima, as cores são magnificas e vibrantes.
"Como combinado, a Ravena, vai ficar na nave, caso algo de errado." Falou Dick.
Caso algo de errado, vamos precisar de uma extração rápida, e a Ravena, pode levar todo o Javelin, sem precisar voar com ele, escapando assim das medidas de segurança posta nesse porto, que tem controle total sobre as naves pousadas nele.
"Só vai ser essa vez, amiga Ravena, e por pouco tempo, vamos ter outros mundos." Comentou Kori, parecendo agora um pouco incomodada por deixar sua amiga, fora dessa aventura.
"Está tudo bem Kori." Respondeu Ravena, parecendo nem um pouco chateada por ser deixada para trás, afinal ela viveu a maioria de sua vida em outra dimensão mágica, cheia de várias raças não humanas.
Depois de mais algumas despedidas e algum choro por parte da Kori, finalmente andamos em solo alienígena no meio dos corredores entre as naves estacionadas por um caminho iluminado com luzes no chão, que nós levou até portas duplas que se abriram quando chegamos perto, era um elevador sem vidros, só um disco prateado com capacidade para receber dez pessoas, quando digo que não havia vidros ao redor ou acima, quero dizer que não havia nada a vista, mas quando levei minha mão para frente do meu corpo, toquei num campo de força.
"Térreo." Falou Dick, em voz alta.
As portas se fecharam, e o disco começou a descer numa velocidade constante.
"Até o maldito elevador, tem um tradutor universal." Comentei, me sentido um dinossauro tecnológico.
Todos os presentes sentiram o mesmo que eu depois desse comentário, a pior foi a Kori, que perdeu o seu durante o cativeiro.
Sobre a organização dessa cidade, vamos dizer que ela é um distrito comercial, é bem explicativo o que isso significa, vamos conseguir nossos tradutores e depois ir para nosso destino, que está bem próximo, mas vale a pena dizer que quando dizemos distrito comercial, não estou falando aqui de uma ou duas ruas cheias de vendedores ambulantes e lojas, estou falando da cidade inteira. Sim, os Ungarans, construíram uma cidade inteira para comércio, dessa forma eles impedem o grande fluxo de pessoas desconhecidas pelas suas cidades, evitando muita confusão, e deu certo, já que a maioria dos visitantes quer vender, trocar o comprar algo.
Então o elevador nos levou para o térreo, e de lá, atravessamos um longo corredor sem quase nada de cor vermelho e rosa, ignorando a abundância de pessoas ao nosso redor até sairmos na rua atravessando a porta dupla.
Quase fomos acertados pela maré de pessoas correndo de um lado para o outro no fluxo do movimento de uma grande cidade, até andarmos alguns passos para esquerda e colocarmos nossas costas contra a parede, tive que fazer isso para vislumbrar a diversidade.
O universo da DC, é rico em vida inteligente alienígena, a tantos tipos, que muitas raças nunca foram nomeadas, elas foram desenhadas apenas para causar diversidade nas imagens, isso era bem legal quando eu lia os quadrinhos, mas isso é realidade agora, quer dizer que todas essas raças, realmente existem, e estavam bem na minha frente agora.
Por conseguir nomear algumas das raças passando na minha frente, encontrei alguma segurança na nossa missão, até agora identifiquei os almeracianos, raça parecida com a humana, mas com atributos físicos muito superiores, vi quatro deles andando juntos, vestidos com roupas de guerreiros coladas ao seu corpo. Os Ungarans, senhores desse mundo, também eram humanoides, mas sua pele era de um tom forte de vermelho, fora isso, não havia diferença entre eles e os humanos e almeracianos, assim como os dois Thanagarianos machos, com suas belas asas fechadas vestidos sem nada na parte de cima dos seus corpos, apenas dois pedaços de pano vermelho passando pelo tronco deles formando um X, os dois estavam é claro, usando elmos negros parecidos com a cabeça de gaviões, deixando apenas a boca e queixo amostra.
Fora esses, era uma salada de frutas, de seres humanoides parecidos com peixes a águas-vivas flutuantes transparentes, você pode imaginar qualquer forma ou cor, havia um aqui.
Graças aos deuses que não havia trafego nas ruas, mas olhando para cima, a uma fila enorme de carros voadores e motos, fazendo seu percurso.
"Sim, com certeza, não é mais o Kansas." Não pude evitar dizer.
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Tentamos encontrar uma pequena loja de eletrônicos, não demorou muito para achar, mas ela não era pequena, e sim um pequeno shopping apenas focado em tecnologia, ou, pelo menos, foi isso que pensamos. No final, encontramos uma pequena loja que parecia bem variada em seus itens dez minutos depois do início da nossa aventura.
O vendedor no balcão, é um alien que se parece com um polvo azul vestindo uma roupa branca que parecia um uniforma de trabalho.
"Precisamos de cinco tradutores universais." Pedi para ele.
No mesmo momento, cinco tentáculos foram para a parte de baixo da bancada cheia de objetos estranhos, tirando cinco pequenas coisas as colocando em cima do balcão.
"*******." Falou o Vendedor, talvez o preço.
Dick, veio de trás de mim, colocando um pequeno objeto do tamanho e formato de um cartão de crédito, só que um pouco mais grosso, em cima do balcão.
"Pode ficar com o troco." Falou ele.
O vendedor agarrou o cartão com seus tentáculos vibrando de alegria, enquanto peguei os tradutores de todos.
O sistema monetário espacial é uma bagunça, todos têm sua própria moeda, que são chamados de créditos, há várias formas de trocar dinheiro, sendo a rede universal a mais usada, mas havia alguns tipos de crédito que eram quase o dólar americano, aceito por quase todos, a moeda Thanagariana, por exemplo, era uma delas, quando aos créditos em si, eles são moeda digital, mas esses cartões também são bem utilizados, são quase como Hds, guardando o código do dinheiro que pode ser movido com facilidade para rede ou guardados para caso uma eventual falta de acesso as contas.
Quanto ao porquê o Dick, tem dinheiro espacial mesmo nunca vindo ao espaço, perguntei isso para ele, e sua resposta foi:
{Batman, dava aulas todas as sextas a cada duas semanas sobre economia galática.}
Bruce Wayne, é rico até mesmo no espaço.
Quanto a mim, não sou.
Diamantes, ouro ou rubis, não valiam muita coisa fora da Terra, a não ser é claro se você encontrasse um povo especifico que gosta-se dessas coisas, o valor é subjetivo, vai ver tem uma raça que acha o vidro, mais valioso que diamantes.
Assim que saímos da loja e encontramos um lugar mais calmo, dei um tradutor para cada um dos meus amigos, guardando um para mim e para Ravena.
"Galateia, o que você acha?" Perguntei para minha bela criação, que já tinha absorvido o tradutor.
A robô feminina de preto e cinza, fechou seus olhos desde que paramos aqui, e sem os abrir, respondeu minha pergunta.
"É mais avançado do que tudo que encontrei até agora na Terra, ele funciona por meio de uma série de sutis…."
"Galateia, a versão para idiotas, por favor." A parei.
Ficamos bastantes tempo conversando sozinhos durante nossa viagem no Javalin, por isso sei muito bem quanto tempo essas conversas tecnológicas podem demorar, tenho uma memória perfeita, mas não faço ideia sobre noventa e nove por cento do que ela falou para mim.
"Vai funcionar, sem problemas, sem manipulações ou qualquer tipo de controle mental." Falou ela pausadamente, da forma que se ensina uma criança ou um pet.
Às vezes, me arrependo de não a deixar me chamar de mestre ou criador.
"É só colocar, porque vocês estão fazendo tanto por algo tão pequeno." Falou Kori, ela colocou o tradutor logo que o conseguiu.
Ela está certa sobre isso, então olhei para o pequeno adesivo transparente redondo na minha mão do tamanho de uma moeda, parece não ter nada, mas focando minha visão, posso ver muito bem os caminhos dos circuitos operando. Sem pensar muito, coloquei isso atrás do meu ouvido esquerdo, que grudou na pele e logo foi completamente absorvido.
Segundo depois, os anúncios no local de que estamos foram traduzidos.
{O ser responsável pela nave classe Star Thanagariana, por favor, vá até administração.}
As maravilhas de um mundo alienígena.
"Deu certo, então, o que vamos fazer agora?" Perguntei.
"Compras?" Sugeriu Kori.
"Aceito, adoraria mais tecnologia." Concordou Galateia.
"Chega de brincadeiras vocês três, temos que ir direto para ao nosso destino, tem muitos olhos sobre nós, não quero arriscar tudo numa ilusão ficando aqui por muito tempo." Comentou Dick.
Ele está certo, não sou de longe a única raça com poderes mágicos nessa cidade, a muitas raças que se desenvolveram por meio da magia em vez da ciência pura, e a magia, não é algo misterioso ou pouco conhecido no universo como na Terra, muito longe disso, na verdade.
"Mas, essa é a primeira vez que venho para esse mundo, queria fazer um pouco de compras." Pediu Kori, fazendo cara de charmosa pidona e tudo.
"Vamos ter tempo quando voltamos, ai você pode gastar todos meus créditos, que tal?" Contra-atacou o menino-prodígio.
O tradutor não funciona na escrita, é preciso de uma lente para isso, mas apenas falando o idioma traduzido, ficou fácil achar o que queríamos, só precisamos perguntar para o próprio sistema do lugar que nos guiou até a parte de fora do local onde estamos, nos fazendo andar não pela imensa rual principal, e sim pelos becos, que não eram tão movimentados a não ser pelos veículos, mesmo sendo incrivelmente amplos.
Chegamos então no que seira uma praça pequena só com alguns bancos de pedra e duas fontes estranhas, do outro lado da rua dessa praça, um prédio pequeno de um andar, diferente de todos os outros que passamos até agora, esse estava bem-acabado, com marcas de explosão, faltavam pedaços da própria construção e havia também queimaduras negras na sua pintura branca, estacionado na frente da entrada, algumas motos que pareciam bastante familiares a do Lobo, mas não tão tunadas e sem armas amostras.
"Ravena, achamos o lugar, estamos entrando agora." Relatou Dick, tocando seu ouvido.
{Tudo bem, qualquer problema estou pronta.} Falou Ravena, pelo comunicador.
"Parece um lugar bem legal." Falou Kori, ela não estava brincando sobre isso.
Então, assim que estávamos prestes a atravessar a praça em direção ao nosso destino tão aguardado, alguém nós para.
"Olha só o que achei, um bando de poozers!"
Era uma voz grave e forte, e vinha atrás de nós, como ele conseguiu se aproximar tanto de mim sem ser escutado? Não faço a menor ideia.
Todos se viraram na direção dele, para ver um humanoide masculino flutuando cinco metros acima do chão de braços cruzados.
A resposta do como ele chegou tão perto, foi respondida pelo seu anel verde e traje da Tropa dos Lanternas Verdes, do mesmo tipo que o John Stewart, só que não era um humano o vestindo dessa vez, agora estamos de frente para um tanque.
Medindo dois metros e meio com um corpo de puro músculo, largo com braços que se parecem toras de árvores, o Lanterna Verde, tinha pele rosa e um rosto um pouco assustador, suas orelhas acima da cabeça e nariz eram do mesmo tido que os suínos, sua mandíbula enorme parecia estar se voltando para trás do seu rosto, ele não tinha pelos, e seus olhos eram bem pequenos, brilhando em verde-esmeralda, a mesma cor envolvendo seu corpo saindo de um dos anéis da tropa num dos seus trés dedos na mão dierita deke.
"Lanterna Verde Kilowog, o que você está fazendo aqui?" Perguntou Dick, reconhecendo primeiro em voz alta um dos Lanternas, mais conhecidos da DC, o tanque do exército da Tropa.
"Estava fazendo o que não era da sua conta, até vir aqui e encontrar vocês, um bando de crianças poozers, que fugiram de casa!" Respondeu Kilowog, ainda de braços cruzados olhando para nós com um pouco de desdem, não, não era desdem, e sim reprovação talvez.
"Foi o John Stewart?" Perguntei.
"Ele mandou uma mensagem para todos da tropa ficarem de olho numa pequena ninhada de fugitivos que não faz ideia de como as coisas funcionam no universo, e vieram apenas encontrar confusão!"
Acho que subestimamos a reação da Liga, a nosso roubo/fuga, ninguém aqui pensou que o Lanterna Verde, fosse avisar seus amigos, e a rede da Tropa, é muito ampla, e demos a má sorte de encontrar esse cara.
"Alguma chance de esquecer que nós viu?" Tentei.
Kilowog, balançou a cabeça de um lado para o outro lentamente.
Ele não vai ser um inimigo fácil, nem de longe, mesmo sem o anel, um Bolovaxiano, é uma raça bastante robusta e forte, muito superior aos humanos, sendo a resistência seu maior fator, junte isso ao anel, a arma mais poderosa do universo, e você tem o tank dos tanks, ainda mais com esse cara, que sempre focou no lado físico da luta, raramente usando suas construções de forma tão ativa quanto os outros.
Pior ainda, tenho o maior respeito por esse cara. Nas HQs, quando seu mundo estava sendo destruído durante a Crise, ele conseguiu salvar bilhões por pura força de vontade juntando seus espíritos dentro do anel, isso ainda não aconteceu nessa realidade, ou talvez tenha?
De qualquer forma, ele é o herói que muitos querem e sonham se tornar.
"Então poozers, como vai ser?" Perguntou ele, descruzando os braços os colocando do lado do seu corpo.
Claro que o Stewart, também deu alguma informação sobre nós, por isso ele não nos tratou como moleques, envolvendo todo mundo numa bolha e nos puxando para casa, mas vencer um Lanterna? Não vai ser fácil, mesmo nunca tendo visto um lutar com tudo pessoalmente, pelo que vi pelos vídeos e sei pelas informações da Liga, eles são bastante poderosos nessa realidade.
A força varia para cada Lanterna, infelizmente, esse é um veterano responsável pelo treinamento básico de todos os recém-chegados, e não se chega nesse ponto sendo apenas mais ou menos no que se faz.
Vencer?
É possível lutando com tudo, estamos em maior número, mas não queremos ferir ele ou se algo ocorrer de muito ruim, o matar, isso colocaria um alvo gigante em nós, tão grande, que até a Liga, nos caçaria ativamente. Claro, não faríamos isso, nunca passou pela minha mente ir tão longe, mas coisas ruins acontecem durante uma luta, mesmo dando seu máximo para não acontecer.
{Dick e Kori, vocês dois vão na frente, resolvam o que tem que fazer o mais rápido possível, deixe ele para mim e a Galateia.} Mandei uma mensagem telepática para os dois, a Galateia, sendo quem é, não pode receber mensagens telepáticas dessa forma, sua mente é muito diferente.
"Tudo bem, vamos com você!" Falou Dick, sem dar nenhum sinal da minha mensagem, assim como Kori, que teve sua ilusão removida por mim, vai ser preciso para o próximo passo.
"Ah!, filhotes com uma boa cabeça, quem diria!" Brincou Kilowog, abaixando seu corpo lentamente até o chão.
Dick, avançou com um sorriso no rosto e assim que ficou na frente do gigante, moveu sua mão numa velocidade anormal para um humano, pegando com as pontas dos dedos algo pequeno no seu cinco de utilidades jogando no mesmo movimento no centro dos olhos do Kilowog, uma pequena esfera prateada.
"BUFFFFFFF!"
A esfera explodiu antes de atingir o Lanterna, bem no meio dos olhos com um poderoso flash de luz branca que deixou qualquer ser a vinte metros ao nosso redor cego por alguns segundos, sorte, que já estamos muito acostumados com os movimentos do Dick, por isso fechamos os olhos no momento certo, a Galateia, provavelmente não, mas ela não tem olhos, tecnicamente.
"O que vocês estão fazendo!" Gritou ele com as duas mãos cobrindo seus olhos.
Antes dele se recuperar, avancei abaixando meu corpo e desferindo um poderoso soco de baixo para cima acertando o queixo imenso do Bolovaxiano.
"BLAW!"
Ele girou no ar dando giros e mais giros se afastando de nós.
"Vão, logo!" Gritei para Dick e Kori, que não precisaram de um segundo grito, e já estavam correndo na direção do prédio do outro lado da praça.
"Galateia, conter ou atrasar!" Avisei para minha criação, antes de voar na direção do Bolovaxiano.
Ele não se afastou muito, apenas dois quilômetros, infelizmente, o efeito da explosão de luz acabou também.
"Esse foi quase um bom soco filhote." Comentou ele sem parecer ofendido pelo meu ataque surpresa, assim que parei na frente dele.
"Não precisamos brigar, já estamos indo embora desse mundo." Comentei, me preparando.
"Não precisamos brigar? Mas que ideia idiota é essa!?" Gritou Kilowog, apontando seu anel verde para meu corpo, e depois de um brilho forte também verde, fui acertado por um construto de luz da mesma cor transparente brilhante, quase como vidro, mas doeu, foi como ser acertado por um martelo gigante, que me jogou para longe.
Assim que voei dez metros para trás, Galateia, voando por meio de propulsores nos pés cuspindo chamas azuis, passou por mim indo na direção do inimigo, que disparou mais duas vezes, só que ela conseguiu desviar as duas vezes, chegando perto o bastante para tentar um soco, mas Kilowog, criou do seu anel quatro garras conectadas a ele, que se estenderam pelas duas direções como também acima e baixo.
Pensando rapido, Galateia, parou no meio do ar, ou pelo menos tentou, ela estava indo tão rápido que não conseguiu sair do caminho das garras, que iriam a prender, foi por isso que me teleportei para frente dela, e pouco antes das garras me atingirem, coloquei minhas duas mãos para frente do corpo criando um escudo cinza ou preto circular gigante.
"BLAWWW!"
Soou como metal acertando metal, o escudo improvisado aguentou, mas acabei acertando Galateia, com minhas costas, nos afastando um pouco do Lanterna Verde.
"Magia, odeio essa *****!" Gritou Kilowog, agora um pouco furioso, fazendo suas garras desaparecerem no ar, seu anel brilhou, aumentando o brilho ao redor do seu corpo, e dele, a construção de uma martelo verde de cabo longo foi criada e segurada pelas duas mãos dele.
Sim, estamos com problemas.