Chereads / DC: The Prince Of The Underworld (PT-BR) / Chapter 87 - Paraíso Recuperado (3/7).

Chapter 87 - Paraíso Recuperado (3/7).

"Ahh!"

A General Philippus, deu um pequeno grito quando um dos mortos caio sobre ela a derrubando no chão, com uma baioneta na mão, ele se levantou sobre ela só para ter seu crânio perfurado pela sua espada.

"TRUN!"

Ela jogou o corpo morto do seu lado e se levantou sobre a cidade em chamas e os gritos das suas irmãs no meio do pátio que leva até a zona que ficam os templos, um longo espaço aberto na forma retangular, esse lugar era uma praça a pouco, com uma pequena floresta ao redor dos bancos e fonte no centro, agora as árvores estão em chamas, e a fonte tem águas vermelhas tingidas com o sangue das suas irmãs mortas.

"BLAW!"

Um mosquete disparou e a bala esférica de chumbo atingiu o bracelete de metal da sua mão livre, ela não foi atrás do morto que disparou, ele está a dez metros dela, e como sua arma demora muito tempo para ser carregada, Philippus focou sua atenção nos seus arredores.

"Vamos recuar para a Baía da Rainha!" Gritou ela para suas irmãs, todas espalhadas pela praça lutando contra os mortos.

Mais quatro mortos apareceram na sua frente vestidos com armaduras romanas, com escudos longos todos lado a lado numa pequena formação tartaruga, algo que os romanos usaram com grande habilidade.

Os mortos são silenciosos, não apenas por não serem capazes de falar, mas também a forma que se movem, muitas das suas irmãs foram mortas de surpresa, principalmente durante a correria nos becos, por isso, seu exército organizado se separou por todos os lados da cidade, travando agora uma guerra de guerrilha, em vez de uma batalha organizada.

Isso não importa no momento, eles estão na sua frente, e ela tem que guiar o caminho para as outras, assim Philippus, levantou a espada e atacou.

"AHH!"

Foi um pequeno grito de dor que escapou num momento de surpresa, ela estava tão concentrada na batalha desde que começou, garantindo o recuar para não serem afogadas pela maré da morte, que nem mesmo percebeu que foi ferida, um corte longo no seu abdômen de trinta centímetros que está sangrando bastante.

Os mortos não ligaram para seu grito, também nem perceberam que ela estava ferida, apenas avançaram no seu ritmo, alguns passos à frente, eles estão de frente para ela, de trás dos seus longos escudos, suas gládios brilharam, espadas curtas muito mortais que atacaram como víboras, mirando o tronco dela. Com habilidade, ela desviou duas espadas e contra-atacou cortando duas cabeças antes da última lâmina inimiga acertar seu ombro.

Serrando os lábios para não gritar de dor, ela segurou o braço do esqueleto impedindo ele de puxar sua espada, e com mais dois golpes rápidos, deu cabo dos seus inimigos.

"Amazonas, comigo!" Gritou ela após retirar a espada do seu ombro sangrando.

Lentamente, ela andou ao redor da praça, acabando com as lutas de suas irmãs, e agora livres, elas se juntaram a Philippus, limpando organizadamente e reagrupando suas tropas, minutos depois, que pareceram horas para ela, cem amazonas estão marchando atrás dela, toda a praça está limpa.

"General, você precisa de cuidados."

Falou uma das ninfas, vestida com quase nada, mas segurando uma arma assim como as outras, o olhar dessa estava fixo na armadura da sua líder, vermelha com o sangue do seu ombro e abdome descendo até o chão.

"Estou bem." Negou Philippus, tirando sua espada do crânio de um soldado da guerra civil.

Ela percebeu como foi fácil limpar a praça, isso só foi possível por que a Zatanna, acabou de fechar as portas do Hades, e a General, mesmo não sabendo disso, notou a mudança, por isso ela não poderia parar agora, tenha que aproveitar essa chance.

"Vamos, para a Baía da Rainha!" Gritou ela avançando lentamente com o exército em formação atrás dela.

A Baía da Rainha, fica na parte esquerda da ilha, no ponto afastado ao mar, mas esse não era o verdadeiro destino, era apenas uma forma de dizer a direção que elas iriam avançar, limpando todo o lado esquerdo da ilha primeiro, usando então as ruas e lugares mais fácies de se defender e assim avançar depois pelo resto da ilha, foi um bom plano, que não deu certo.

O avanço das amazonas continuou pelas ruas, resgatando suas irmãs, que se juntaram a marcha, e matando os mortos, até que numa das ruas mais abertas que leva até o centro da cidade, os mortos atacaram com tudo, de todos os lados.

"Escudos!" Gritou Philippus.

A infantaria a frente quase não teve tempo de levantar seus escudos antes de serem acertadas por mosquetes, balas comuns e flechas. Quase toda a linha da frente foi completamente destruída num só segundo.

Em seguida, os mortos posicionados em cima das construções se jogaram caindo ao redor da formação causando caos dentro delas. Sem a sua cavalaria e com poucas arqueiras, os mortos usando armas brancas se chocaram de frente contra elas, as deixando com apenas duas opções, recuar ou lutar.

O motivo dessa concentração bem nesse local, é que todo o outro lado da ilha foi praticamente limpo de amazonas, e os mortos se juntaram nesse ponto, um local obrigatório sendo o único caminho para o outro lado da ilha, lado que o que sobrou das amazonas está.

Philippus, balançou sua espada para todos os lados quase que sem nem mesmo ver o que estava ao seu redor, ela não está com medo de acertar uma das suas irmãs, tudo ao redor dela está morto.

Enquanto balançava sua espada alguns metros na frente isolada das outras amazonas, sendo a última que sobrou das primeiras linhas da formação, ela está dando tudo de si, enquanto isso, a cada movimento da sua lâmina, sangue do seu corpo espirrava para todo lado, e seus golpes, ainda sendo bastante precisos, sempre mirando num ponto fraco se apoiando em anos de experiência e treino, estavam começando a perder a força.

Assim que ela partiu outro morto ao meio, outro apareceu usando uma longa lança que perfurou sua perna, e mais dois cortaram seu braço e ombro não ferido.

"General!" Gritou uma das amazonas atrás, desesperada assim como as outras próximas a ela em chegar onde está sua líder, mas mesmo que o mar de mortos tinha sido contido, as ondas continuam fortes, e muitas morreram por isso.

Philippus sabe que elas não podem continuar assim, as amazonas precisam de uma mudança, algo que quebre o ritmo do inimigo e o mude ao seu favor, mas ela não pode fazer nada agora a não ser balançar sua arma, agora muito mal, tudo que ela está fazendo agora é usar sua espada para se defender, enquanto as armas inimigas continuam tocando sua carne causando pequenos ferimentos, percebendo que não estava adiantando nada ficar na defensiva, ela focou tudo no ataque.

Mesmo sabendo que sua morte a espera, Philippus não hesitou em nenhum movimento, matando tudo ao seu redor. Contudo, mesmo sendo muito mais forte que um humano comum, seus órgãos ainda funcionam da mesma forma, e as amazonas também não tem uma cura acelerada, a perda de sangue minou cada vez mais sua força, até que enfim, após perfurar o peito de outro soldado morto, ela perdeu a força caindo sobre ele.

Quase desmaiando, com a visão turva e quase sem nenhuma força, ela conseguiu rolar seu corpo para esquerda bem a tempo de ver dois vultos acertando o local onde ela estava com longas lanças.

Assim, com o rosto olhando para as nuvens negras cuspindo raios, ela finalmente parou de se mover, completamente esgotada.

"Eu queria ver as estrelas…" Falou ela, vendo ao redor do seu corpo os mortos preparando suas armas.

"FLUNNNNNNNNNNNNNNN!"

Ela não foi cortada ou perfurada.

Em vez disso, um fluxo de chamas vermelhas que possuíam tal brilho que a forçou a fechar seus olhos, tomou conta de tudo acima da sua visão.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Etrigan, finalmente chegou ao maior campo de batalha após salvar, contra a sua vontade, alguns "vivos", como ordenado, no meio do caminho até aqui. Seu pensamento inicial foi de simplesmente tocar fogo em tudo na sua frente, transformando esses mortos-vivos em poeira, não era algo que o agradava, ele gosta de fazer o serviço com as mãos, sentir a carne rasgando pelas suas unhas e ossos quebrando ao seu toque, a também o cheiro de carne queimada, um cheiro que só pode ser apreciado ao seu máximo em curta distância, mas suas ordens eram claras, salvar e proteger os vivos, e a forma mais rápida de fazer isso era queimar num amplo movimento dando um pouco de espaço entre os dois exércitos.

Para a sorte dele, uma delas continua viva no meio dos mortos, caída no chão e sangrando, quase morrendo, mas seu coração batia, e isso foi a desculpa que ele queria para se aproximar e salvar aquela.

Cruzando a distância de cima de uma construção a esquerda com apenas um salto, ela caio perfeitamente alguns metros atrás daquela que está no chão. Seu corpo enorme literalmente amassou alguns mortos-vivos, e antes deles próximos conseguissem o atacar, Etrigan moveu suas duas mãos na frente do seu corpo jogando contra eles uma onda de chamas do inferno que se propagou no ar, deixando de fora aquela no chão, e só se expandindo por dez metros na forma de meia-lua na sua frente.

"Demônio!"

Ele escutou os gritos vindos daquelas ainda vivas em combate atrás dele.

"Tolos, tolos, venham!" Falou Etrigan rimando para os mortos-vivos.

Uma espada veio da sua esquerda, foi facilmente desviada e o crânio do atacante foi envolvido pela mão do demônio, que a esmagou com a facilidade que se apertar uma fruta, logo depois, ele abrir sua boca virando sua cabeça par a direita, cuspindo um bafo de chamas do inferno num pequeno grupo.

Etrigan, então avançou na direção da viva, ainda em risco no chão, destruindo cinco deles antes de chegar na mulher com suas próprias mãos, os partindo em pedaços. Alguns deles foram derrubados e destruídos pelos pés do demônio, que também gostou muito do barulho disso, era quase que calmante.

"BLAW!"

A sua esquerda, um morto-vivo segurando uma pistola, vestido com um uniforme antigo da cavalaria alemã, disparou sua arma antiga, acertando o lado esquerdo da bochecha de Etrigan, a bala, quicou ao entrar em contato com a pele dele, mas o demônio não gostava de ser atingido dessa forma.

Ele só não matou as arqueiras vivas, que acertaram até agora suas costas duas vezes, apenas por conta das ordens do sangue amaldiçoado.

"HAAAAAAAAAA!"

Cuspindo mais uma vez chamas com sua boca ele acertou aquele armado explodindo seu corpo com violência, as chamas continuaram em frente, como uma baforada de um dragão se alastrando pela esquerda e pelo chão também, criando um tapete de chamas que ficou para trás enquanto a onda de fogo continuava varrendo tudo no seu caminho, até atingir as construções de pedra.

"BLOMMMMMMM!"

Depois dessa explosão, o fluxo de fogo começou a ficar mais fraco, e num movimento subido, Etrigan cuspiu suas chamas finas contra suas mãos, que as moldou como se fosse argila.

Os mortos a sua direita aproveitaram sua parada avançando contra ele com espadas e lanças. Etrigan, moveu seu corpo na direção deles rápido como um raio, cortando todos ao meio, e assim que a parte de cima dos seus corpos caio no chão, as chamas já estavam os envolvendo.

Agora, Etrigan está segurando um sabre de puro fogo, que está vibrando e se torcendo ao vento, ele usou magia para moldar as suas chamas as deixando solidas, mas ainda mantendo o que elas são de verdade, o demônio tem um espada de chamas do inferno.

"Venham, venham, dancem, dancem, vamos seus ridículos e fracos seres amaldiçoados, venham encontrar a verdadeira morte!" Gritou ele cuspindo fogo de tanta emoção quando avançava contra o exército de mortos.

Ele finalmente passou a única viva no chão e limpou os inimigos ao seu redor, permitindo que as outras a carregassem para longe deixando tudo na frente dele livre para seu avanço. Etrigan, agora poderia muito bem convocar toda a força das chamas infernais para limpar todos de uma só vez, mas ele não queria mais fazer isso, estava muito divertido assim agora, por sorte, as ordens dadas não foram absolutas em seus detalhes, sim, o demônio gosta disso.

"BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!"

Ele passou a se mover como uma tempestade, descontrolado, sem rumo e sem piedade, atacando guiado apenas pelo seu instinto, e a cada ataque, ele deixou chamas infernais para trás na forma de pequenas explosões que deixavam crateras no chão aonde o fogo queimava iluminando o lugar.

"HaHaHaHaHaHaHaHa!"

Ele começou a rir como um louco cuspindo chamas pela boca, isso logo depois que um sortudo conseguiu perfurar o ombro do demônio com uma lança, o ferimento e o cheiro do seu próprio sangue só o fez ficar ainda mais animado. Ao balançar sua lâmina de puras chamas, sua forma parecia mudar, se alongando durante os arcos como um chicote cortando a frente, sua mão livre não estava desocupada, ele socava com força tudo que se aproximava demais dele, sua força joga tudo atingido pelo seu punho para longe, então no meio das chamas das crateras que agora se tornaram fogueiras, e dos restos cortados pela sua espada espalhados pelo chão também em chamas, seres eram jogando ao ar pelos socos.

Se não fosse seu contrato mágico, ele teria virado suas costas agora mesmo atacando as que ele foi ordenado a salvar, elas pareciam inimigas dignas da morte também, e mesmo gostando muito de se soltar dessa forma desde que o seu maldito hospedeiro retomou o controle do seu corpo, Etrigan sempre quer mais, nada deixa um demônio da batalha mais feliz que um grande massacre.

A luta continuou, e cada vez mais corpos caiam no chão.

Como um ser imortal, ele pode continuar essa luta para sempre, o cansaço nunca vai o parar, a única coisa que pode é o fim da ordem dada por aquele que o controla, ou uma ordem contraria.

Assim ele continuou.

Até que ele sentiu algo, e após girar sua espada num círculo ao redor do seu corpo cortando aqueles próximos abrindo algum espaço, ele olhou para o topo da montanha, o único lugar que não estava em chamas.

Algo está lá, algo grande e poderoso.

Sim, ele sabia do deus nessa cidade, seu olfato é poderoso, e não é a primeira vez que ele encontra com deuses, seu cheiros podem ser diferentes, mas eram sempre únicos, o cheiro que ele está sentindo não vem do deus, ele está lutando próximo, mas não era ele.

O quer que seja, cheira a fogo e fumaça.

Cheira a uma boa presa.

Infelizmente, a coisa estava longe, e ele tem uma missão aqui.

Enquanto fazia seu trabalho, Etrigan não parou de pedir como louco que sua presa descesse e se torna-se uma ameaça para as mortais atrás dele.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

O pequeno lago fervia soltando bolhas e fumaça para o alto que se juntava com a fumaça da cidade em chamas não muito distante deles se tornando uma grande coluna de fumaça que chegou até as nuvens, negras e tempestuosas.

No fundo desse mesmo lago, se percebe que ele é muito iluminado pela luz sendo emitida pela Starfire, dentro do abraço da górgona, que está aguentando essa tortura já alguns minutos, apertando cada vez mais o corpo da sua presa com uma força assustadora, não se importando o estado que sua calda está agora, apertando cada vez mais.

Enquanto isso, dentro do aperto, Starfire está quase não conseguindo mais prender a respiração enquanto libera tanta energia. Normalmente, ela poderia manter a respiração parada por mais tempo, só que a cauda está apertando tonto seu corpo, não há espaço nem mesmo para seus pulmões se expandirem durante uma respiração.

"crack!" "crack!"

Mesmo no fundo do lago escutando o borbulhar da água fervente ao seu redor, ela podia escutar claramente seus ossos quebrando, esse é o menor dos seus problemas, mesmo que seus ossos quebrados comecem a rasgar seu corpo por dentro, ela ainda conseguiria se manter viva por algum tempo até receber tratamento, mas se seus órgãos também forem afetados, era morte certa.

Ela queria durar mais um pouco, mas não conseguiu.

No fim, o aperto a venceu, e ela abriu sua boca deixando a água entrar.

Starfire, foi treinada pelos melhores do universo, e nesse anos de treinamento, ela aprendeu a controlar todas suas emoções durante situações como essa, situações desesperadoras, mas nenhum treinamento se mantêm ativo em todas as circunstâncias, há momentos que esse controle, escorrega. Nesse pequeno momento que ela entrou em desespero, seus poderes foram liberados de uma forma nunca vista antes.

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

O lago explodiu como um gêiser, suas águas ferventes chegaram na incrível altura de trinta metros no ar para depois cair sobre as árvores ao redor do lago apagando as chamas causadas um pouco antes pela luta delas, e o resto, foi atingido pelo vento, de qualquer forma, o lago foi quase que completamente esvaziado, só uma pequena poça foi deixada no meio do buraco.

"TRUMMM!"

Starfire, bateu contra uma árvore pequena e depois deslizou pelo seu tronco até cair de cara na grama molhada. Com muita dificuldade, ela se virou e conseguiu colocar suas costas contra o tronco, percebendo que estava agora a um quilómetro de onde fica o lago.

Ela estava prestes a pedir ajuda, sabendo muito bem o estado que seu corpo se encontra, mas se lembrou que seu comunicador foi destruído logo depois que ela foi pega de surpresa pelo Ares.

Sua visão começou a ficar vermelha, o sangue está vazando não apenas da sua boca como também dos olhos e ouvidos, ela mal pode se mover agora, e seu braço esquerdo está completamente destruído, virando em ângulos impossíveis como se tivessem torcido uma roupa velha, sua perna direita também não estava muito melhor que isso.

"X'Hal!"

"Cof, cof, cof!"

Depois de falar o nome da sua deusa depois de tantos anos, ela acabou vomitando sangue em cima do seu corpo.

Foi um pedido quase que inconsciente, sua fé sempre foi forte, até não ser mais, e acabou voltando para ela nesse outro pequeno momento de falta de controle.

"crack!"

Algo se aproxima se arrastando pelo chão, quebrando galhos e passando por cima de folhas secas.

Sim, seu inimigo está vivo e ainda pode se mover, mesmo com a visão em vermelho, ela pode ver muito bem ela saindo de trás de um tronco. Seu estado está um pouco melhor que o dela, mas mesmo assim é um estado precário.

A parte de baixo do seu corpo que a pouco estava envolvendo Starfire, recebeu a maioria do dano, tudo que sobrou do rabo grosso da mulher é uma bagunça sangrenta que quase não se move, deixando um rastro de sangue por onde anda, a cauda é inútil, a górgona está andando se arrastando no chão usando seus braços e não deslizando.

Um dos lados do seu tronco e cabeça está completamente queimado, as cobras vivas no topo do crânio dela também foram destruídas, e do outro lado do seu corpo, muitas escamas foram arrancadas durante explosão, e esses ferimentos estão sangrando muito.

Mesmo assim, a górgona está se arrastando no chão na direção dela com sua língua para fora cheirando o ar.

Quatro metros, três metros, dois metros, um metro de distância.

Starfire, durante esse pequeno espaço de tempo que teve para juntar forças, conseguiu levantar sua mão aberta apontando para ela, esse braço também estava quebrado, mas pelo menos seu ombro continua no lugar. Ela tentou disparar seu último starbolt do dia, mas nada saio, totalmente descarregada, ela sentiu isso, e mesmo assim tentou.

Então, ela deixou seu braço cair só lado do seu corpo. Não desistindo, e sim de alívio.

Da sua esquerda de trás do tronco que ela está encostada, a sombra parecia mais negra, escura demais comparada as outras ao seu redor. Da sombra, uma mulher usando roxo com um capuz cobrindo seu rosto saio com os olhos brilhando em negro puro.

Raven, deu uma olhada rápida na Starfire do seu lado, e depois olhou para a górgona, seus olhos brilhando com a energia negra mudaram para vermelho fogo.

O monstro se arrastando percebendo a nova presa aparecendo, e temendo um novo inimigo, deixou seu corpo tocar o chão, e com o máximo de força que ela podia gerar, empurrou seu corpo para cima se lançando na direção delas.

Nessa condição precária e sendo um monstro irracional, a górgona não era mais uma ameaça para alguém no seu auge, ainda mais a filha de Trigon.

Entre seus dois alvos e ela, um portal circular na vertical negro apareceu, sem controle do seu corpo, a górgona mergulhou dentro dele desparecendo, mas olhos bem treinados e espertos poderiam ter percebido que o portal fechou e voltou abrir no mesmo lugar quase que no mesmo momento, foi rápido, mas aconteceu.

Outro portal surgiu a dez metros de distância à esquerda das duas quatro metros acima do solo virado para baixo, de dentro dele, o corpo da górgona caio no chão fazendo um som de baque, do seu corpo, a cabeça rolou pelo chão para longe até parar.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Sem quase nenhum cuidado, joguei o corpo da Verônica, inconsciente na poltrona branca, a única ainda em condições na sala do iate. A coloquei num feitiço de sono profundo, mas só para garantir, amarrei suas mãos e pernas com cordas criadas do meu ectoplasma solido junto de um feitiço de rastreamento.

Ele vai esperar aqui até essa confusão acabar, e depois vai ser mandada para uma bela prisão após o julgamento, infelizmente, tudo que ela fez nessa ilha não é considerado um crime, já que não estamos no território dos Estados Unidos, e Themyscira não faz parte de nenhuma organização como as Nações Unidas, então, se ela for levada para casa, com certeza vai ficar livre, já que não vamos encontrar nenhuma prova que foi ela quem planejou o ataque ao casamento e a situação da Julia Kapatelis, apagar provas assim é a especialidade de CEOs, como o Lex Luthor.

Infelizmente para ela, Themyscira também tem leis, sistema judiciário e prisões, e só de pensar nelas, meu sorriso cresce.

Ela vai pagar pelo que fez, se não for pelas leis dessa ilha, vou dar um de vingador fazendo o que as amazonas deveriam fazer, não vou matar ela a sangue-frio, mas vou garantir que Verônica Cale, não machuque mais ninguém.

Meu pensamento é um pouco bruto, mas correto, e não tenho nenhuma pena da situação e dor dela.

Sim, descobrir qual é o pacto que ela tem com o Ares, assim como seu plano durante meu, interrogatório.

Libertar os Titãs do Tártaro por meio de uma passagem que está na ilha, e durante esse caos, tomar o lugar do meu pai como Deus do Submundo, obtendo controle sobre os mortos, os Titãs e outros monstros que odeiam os deuses, e acredite em mim, eles são muitos, e muitos deles tem razão na sua raiva, afinal, os deuses gregos estão longe de ser santos.

Quando isso acontecer, o contrato entre eles diz que Ares, nesse momento o Deus do Submundo, deve ressuscitar a filha perdida dela que morreu anos atrás de um raro tipo de câncer.

Verônica Cale, é uma mãe querendo sua filha de volta.

Mesmo assim, não é desculpa para o que ela está fazendo e o número de mortes causadas por ela nessa missão, mortes que não começaram em Themyscira, e sim há anos atrás em preparação para hoje.

Tendo dito isso, não foi agradável explicar para ela a mecânica das almas e dos deuses responsáveis pelos mortos, mesmo se o Ares, consiga roubar o poder do meu pai, ele não tem nenhum direito sobre alma da filha dela, que deve estar agora no domínio cristão, já que ela foi batizada.

Ter a colocado para dormir foi uma misericórdia, acreditando em mim, essa notícia a derrubou.

Isso também me deu a confirmação que a informação dada a mim antes, sua conta e senha de um banco de dados que contém todos os seus medicamentos criados por sua empresa, são verdadeiros.

Tudo que tenho que fazer agora é achar um rádio e enviar isso para casa. Depois dessa batalha, também vou ter um longa conversa com o Robin, sobre melhorar nossos comunicadores, eles não foram criados para resistir o nível das lutas que super-heróis fazem parte.

"Kírix!" Escutei Raven me chamando, não foi um grito, ela estava do lado de fora, mas a sua voz parecia tomada de preocupação.

"TRUMMMMMM!"

O grito da Raven, me pegou de surpresa, ela não é acostumada a mostrar muitas emoções, por isso quando momentos como esse acontecem, é melhor correr.

Voei para cima abrindo um buraco no teto, no ar, pude ver que Steve e seus amigos foram colocados deitados no iate a bombordo, um do lado do outro, e Raven, estava com a Starfire na areia da praia sentada do seu lado.

Não voei até elas, e sim me teleportei aparecendo do lado da Starfire, inconsciente no chão.

"O que aconteceu?" Perguntei olhando para os ferimentos.

"A górgona." Respondeu Raven, que está segurando a mão da sua amiga com carinho e cuidado, quase não tocando nos dedos dela para não os mover nem mesmo um centimetro.

Errei.

Deveria ter checado a situação em vez de só me guiar pelos seus batimentos, fiquei confiante demais nas habilidades dela que nem considerei a chance disso acontecer.

"Ela mal está respirando, use seu feitiço de cura!"

"Não posso Raven, a dor vai ser simplesmente insuportável durando também tempo demais." Neguei isso imediatamente.

Só com uma olhada rápida, tenho certeza que quase todos seus ossos foram quebrados, sua perna e braço estão num estado mais sério, seus órgãos também foram feridos, o sangue nos seus olhos, orelhas e nariz me dizem isso.

A dor de ter essas feridas curadas vai ser pura tortura.

"O que vamos fazer então!?"

Fechei meus olhos me concentrando, a Casa não está muito distante, e meu pedido é atendido.

Do meu lado na areia, uma caixa velha de medicamentos aparece.

Abro ela e ignoro todas as poções, nenhuma delas é forte o bastante para ser de grande ajuda agora, em vez disso, pego um pequeno pergaminho encardido, e o queimo nas minhas mãos.

Um portal vermelho, roxo e preto circular apareceu alguns metros na minha frente, e dele, uma mulher alta saio.

Essa mulher, está vestindo algo que é perfeitamente descrito como uniforme de enfermeira sexy sobre um corpo explosivamente lindo, a saia mal descia para suas pernas cobertas por uma cinta liga e longa meia calça preta, também sexy, no topo da sua cabeça, um pequeno chapéu roxo como o resto da sua roupa, mas com uma cruz virada de cabeça para baixo preta na frente.

Seu rosto era lindo, batom preto e sombra azul escura, cabelos curtos marrons na altura do seu queixo, e uma gargantilha de pano preto ao redor do seu pescoço.

"Você acabou de me chamar durante uma orgia com os centauros, então vamos logo com isso, quem devo curar?" Perguntou ela sem nenhuma vontade.

A Enfermeira do Pesadelo pode ser linda nessa forma humana, mas é um demônio e não age de acordo a sua aparência, não importa, ela pode salvar minha amiga.