"BLOMMMMMMMMMMMMM!"
"TRUN!"
Um homem vestido de preto com colete militar cheios de equipamentos e sangrando rolou para fora depois da pequena explosão que espalhou pedaços de madeira para todo o lado.
Quarenta minutos.
Fui até o homem no chão que tentou se levantar, só para ter seu pescoço agarrado pela minha mão, e sobre meu aperto, mesmo um soldado treinado como ele não pode fazer nada.
"Kírix, você vai acabar matando ele!" Diana, avisou atrás de mim.
Olhei para baixo, para o líder dos idiotas que ficaram no meu caminho, diferente dos outros, ele não estava usando mascara, um homem de pele negra sem cabelo com uma bela cicatriz descendo pela lateral esquerda por cima do seu olho.
Quarenta minutos, esse foi o tempo que fiquei preso no pequeno labirinto atrás de mim, quarenta minutos que minha irmã ficou dentro da sala na minha frente com dois homens, que podiam ter feito o que quiser com ela nesse tempo.
Tenho um bom controle da minha raiva, mas após quarenta minutos, até mesmo eu fraquejo um pouco.
Seria tão fácil apertar um pouco mais o pescoço dele me deixando levar pela raiva, mas esse não sou eu, quando for necessário tirar uma vida, farei sem hesitar, mas me recuso a deixar uma decisão como essa para minha raiva.
"TRUNN!"
Joguei o homem para minha esquerda com força, e seu corpo atravessou o caixote de madeira do tamanho de um carro, desaparecendo da minha vista.
Zatanna e a Diana, finalmente saíram do buraco que criei atrás de mim, as duas não estão feridas, mas seus trajes não estavam mais tão limpos, e posso até mesmo ver cansaço exposto no rosto molhado de suor da Zatanna, ela deve ter usado mais de quarenta frases até agora, fora então o ritmo louco da corrida e das acrobacias que ela teve que fazer para se defender, para aguentar tudo isso, ela mostrou ter um físico bem acima de um humano comum, um pouco abaixo do Batman.
Chegar até aqui não foi um passeio no parque, o maldito que estava comandado desse labirinto e teve todos os ossos quebrados a pouco, era bem competente, e bem equipado. Fomos atacados com tudo que se pode pensar, desde gases venenosos a minas terrestres, no final, houve até mesmo algum tipo de tecnologia que deu um choque tão forte na Diana, que tive que a salvar antes dela ser acertada por um sniper, usando munição anti-tanque.
Mesmo assim, continuamos indo em frente, até finalmente chegar no fim de tudo isso.
"Tenham cuidado, as defesas misticas aqui são mais poderosas." Avisou Zatanna.
Também posso sentir isso, a mana pulsando no ar.
As restrições mágicas ficaram mais poderosos no decorrer do caminho.
"Ainda gregas?" Perguntei.
"Sim." Concordou ela.
Sendo uma mestra na arte da feitiçaria, ela conseguiu reconhecer que tipo de feitiçaria estavam sendo usados aqui alguns momentos atrás, magia grega, um tipo bem antigo, poderoso e bastante livre, seria assim a melhor forma de o descrever, já que ela era bem hibrida nos seus tipos, de necromancia a transmutação, e por aí vai.
Ela não é muito usada hoje em dia, mas ainda a praticantes imortais por aí.
Infelizmente, saber isso não diminui a lista de suspeitos, Diana já se envolveu com vários monstros, bruxas e deuses gregos, e muitos deles poderiam fazer isso.
"Robin, estamos entrando." Aviso nosso guia depois de tocar meu comunicador.
Ele não me respondeu, nem sei se está escutando, as comunicações foram cortados poucos segundos depois de entrarmos no labirinto, ainda bem que ele escutou as regras dadas a nos pelo líder dessa bagunça, e não deixou ninguém entrar.
"Eu sou a mais rápida, vou na frente, se algo acontecer, vou tirar ela do caminho enquanto você pega a Zatanna." Diana falou se referindo as surpresas que vamos ter ao entrar na sala, e ela está certa, por isso não disse nada e a deixei passar.
Na nossa frente está o portão de ferro com dois metros de altura bem fechado e bem velho, com marcas de amassados e ferrugem, mesmo assim era uma porta bem solida.
Foi prometido nenhum dano a Vanessa, mas uma promessa feita por um mercenário tem muito pouco valor, e esse momento, um pouco antes da vitória e alivio, é o momento perfeito para pegar alguém com a guarda baixa, por isso mesmo a Diana, andou com cuidado e lentamente até a porta, segurando a barra de ferro presa na porta a puxando.
Assim que a porta abriu espaço o bastante para ela entrar, ela o fez, numa velocidade incrível.
"TRUN! "TRUN!
Avancei em seguida, arrancando um pedaço da porta da parede ao atingir sem querer ela abrindo passagem a força, do outro lado da sala muito mal iluminada, Diana, já tinha colocado para dormir os dois soldados que estão agora no chão.
"Vanessa!" Gritei indo até minha irmã presa no centro da sala.
A amarraram como um animal a sua cadeira, e enfiaram um pano sujo na sua boca, ela parece não ter sofrido nenhum ferimento, fora as lagrimas que derreteram sua maquiagem e seu cabelo bem selvagem, ela parecia estar bem.
Me abaixei até ficar na frente dela e gentilmente arranquei o pedaço do pano da sua boca.
"Cof!" "Cof!" "Cof!" "Cof!"
Tossindo ao ficar livre do pano sujo sobre sua boca, cortei suas amarras rapidamente.
"Dio!" Falou minha irmã em voz baixa pulando no meu peito, passando seus dois braços ao redor do meu pescoço, um abraço desesperado.
"Tá tudo bem, você está segura agora." Tentei confortar ela abraçando seu corpo magro e dando tapinhas nas suas costas.
"Não, ela….foi ela" Ela tentou dizer algo, mas seu chorro abafou tanto sua voz, que nem mesmo eu entendi.
Coloquei minha mão atrás da sua cabeça alisando seu cabelo e conjurei um pequeno feitiço em voz baixa, nada muito elaborado, um feitiço para acalmar um pouco seus nervos a permitindo se recuperar, pelo menos um pouco.
Parece ter funcionado, ela tirou a cabeça do meu peito e olhou para mim com um rosto que parecia a representação da pura tristeza encarnada.
"Foi minha mãe Dio, foi ela que atacou o Mal, ela está trabalhando com eles!"
Foi como um pequeno choque que congelou todos presentes, até mesmo a Diana, que estava se aproximando para tentar ajudar um pouco, ficou parada olhando para nós.
"O Mal? O que aconteceu com ele?" Perguntou ela em seguida.
"Ele está bem, sem nenhum ferimento, não se preocupe."
Ela relaxou um pouco, mas voltou a por sua cabeça no meu ombro.
"Temos quer ir, não quero ficar aqui muito tempo." Lembrou Zatanna, entrando na sala.
"TRUM!"
"Tic!"
A porta se fechou do nada, e se trancou sozinha.
Runas estranhas começaram aparecer brilhando em azul pelas paredes ao nosso redor e na porta, até mesmo no chão.
Foi aí que entende tudo.
Esse galpão não era a armadilha, foi apenas uma distração, a verdadeira armadilha e essa sala, caímos na coisa que estávamos tentando evitar a pouco, o momento antes da vitória.
Zatanna, virou seu corpo ficando de frente para a porta e apontou suas duas mãos para ela.
"TRUMMMMMMMMMMM!"
Dois feixes espessos de energia azuis acertaram ela.
As rajadas Eldritch dela eram tão poderosas, que sua energia escorreu pelas paredes ao lado cobrindo quase que todo o quarto ao nosso redor, não causando nenhum dano a ninguém aqui dentro, o controle para fazer algo assim, é com certeza algo muito acima do meu nível atual.
Em fim, ela parou abaixando suas mãos, e a porta velha de metal na sua frente nem mesmo ficou vermelha ou arranhada.
"É um cofre magico, uma armadilha bem perigosa." Explicou ela se virando para nós.
Em um cofre, não vamos poder fazer nenhum feitiço bem elaborado, a rajada Eldritch não conta, já que ela é apenas ação de disparar a mana contra algo.
"É impossível sair com magia, mas força bruta resolve o problema." Expliquei para a Diana, que acenou para mim e avançou na direção da porta.
"Shif!"
Antes dela ter sua chance, do chão ao nosso redor, saindo de pequenas aberturas nele, fumaça verde começou a ser liberada.
"Não, não mesmo!" Eu sabia muito bem que coisa era aquela, já tive contanto demais com o Vírus Maru, para reconhecer ele apenas pela sua cor e cheiro.
Ajudei a Vanessa a levantar, para depois me abaixar mais uma vez, colocando minha mão no chão, minha capa/golem, escorreu pelo meu corpo e dedos se alastrando pelo piso para depois se erguer, criando assim paredes ao nosso redor, isolando todo mundo dentro de um cubo negro que se tornou solido.
Ficou um pouco apertado, tive que fazer essa cubo no espaço que o vírus não tinha tocado.
"Agora, estamos presos." Comentou a Zatanna.
"Podemos prender a respiração." Sugeriu a Diana.
"Não, esse vírus foi alterado tantas vezes que podem ter conseguido fazer ele ser absorvido pela pele, não temos como saber." Vetei essa ideia imediatamente.
Abri meus dois braços com as palmas para baixo e liberei uma quantidade enorme de ectoplasma no chão, quase o triplo da quantidade que deveria ser o bastante para criar algo assim, a gaiola também está me afetando.
O ectoplasma cinza tomou a forma de um quadrado tocando o mesmo lugar que minha capa está, que voltou ao chão e depois para meu corpo, preciso de controle e resistência para o próximo movimento, duas coisa que a capa não possuiu, e a manter dessa forma é duas vezes mais cansativo que essa muralha.
O quadrado feito de energia cinza solidificada é a única coisa protegendo todos nós do gás mortal do lado de fora.
"Belo trabalho." Comentou Zatanna, logo após tocar uma das paredes com sua mão.
"Tem como você empurrar essas paredes?" Perguntou Diana.
Ela quer empurrar o gás também, e quando a parede de ectoplasma ficar próxima da nossa gaiola, ela pode sacar a vontade.
É um bom plano, mas.
"Já estou fazendo no meu limite mantendo isso em pé." Falei para ela em voz baixa, manter essa coisa está não só está exigindo muita energia como também concentração.
"O que vamos fazer?" Minha irmã, caio de volta na sua cadeira e começou a chorar mais uma vez, a ideia de não poder escarpar atingiu sua mente mais uma vez, e isso quebrou a pouca calma que ela tinha conquistado a pouco.
"TRUMM!"
Sem dizer nada a elas, levantei meu pé e pisei com força no chão, um pulso de energia saio do local que meu pé acertou, reduzindo o dano causado a gaiola, mesmo assim, dois centímetros do concreto foi afundado, deixando uma bela marca do meu pé nele.
"Vamos por baixo!"
Diana, foi a mulher que me ensinou a pensar fora da caixa em qualquer situação apertada, essa com certeza foi o maior ensinamento dela, e por ser uma mestra nisso, ela entendeu primeiro minhas intenções.
"Vai demorar, toda essa sala é a gaiola, o chão conta também." Falou Zatanna, ela já estava se preparando para ajudar.
"Vanessa, você poderia gravar o máximo dessas runas que você poder? Por favor?" Pedi para minha irmã.
"Por quê?" Perguntou ela, olhando para mim e deixando de chorar por um segundo.
Sobre o olhar da Zatanna, menti para ela.
"Posso tentar encontrar a pessoa que os escreveu quando sairmos daqui, essas runas não são feitas com um padrão, cada um tem seu estilo e modo de as utilizar." Expliquei, mentindo sobre a primeira parte, não há como encontrar a pessoa que fez essa gaiola, mesmo sendo verdade que cada pessoa tem sua forma de fazer as coisas, a sociedade magica é bem fechada com seus segredos, as runas que estamos vendo são nada mais que enfeites, a verdadeira magia está escondida nelas, e não temos dias para analisar cada simbolo.
"Claro, vou fazer isso." Minha irmã se animou, e finalmente se levantou da sua cadeira, olhando para a parede com grande atenção.
Menti para ela por que sei que no momento, ficar parado com seus pensamentos vai ser dez vezes pior para ela, em situações assim, se deve sempre ficar em movimento, é a única forma de evitar que sua mente caia ainda mais no abismo.
Zatanna, entendeu isso, e não falou nada para mim enquanto Diana, já estava "cavando".
Vai demorar, mas vamos sair daqui, só espero que as coisas não estejam tão ruins do lado de fora.
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"Estou com medo de perguntar, mas qual é o dano, hmmm!" Gemeu Etta no fim de sua frase, segurando seu ombro queimado e enfaixado agora, ao se sentar no que sobrou de um banco de pedra no que sobrou da parte de trás da casa de praia.
Na sua frente, estava Steve Trevor, o marido da Diana, que estava fora de contado, seu marido, por sorte estava dentro do jato que foi derrubado pelo Ares durante o ataque, e o único ferimento que ele sofreu foi um corte bem feio no seu braço esquerdo, o corte também já foi tratado e suturado.
"Perdemos vinte e cinco agentes e cinco prisioneiros, a Canario Negro está com os dois tímpanos perfurados e muitos ossos quebrados, o Lanterna Verde original conseguiu se defender do pior, mas quase todos os ossos do seu rosto foram destruídos, ainda não temos nenhuma notícia da Rainha, da Diana, ou do resto do pessoal." Explicou Steve, sentando no que sobrou de um pedaço de concreto solto no chão na frente da Etta.
"E tudo isso, em apenas dois minutos!" Gritou Etta abrindo os braços, enfatizando isso com a visão ao seu redor.
As chamas se apagaram logo depois que Ares foi embora, mas o dano já tinha sido feito, toda a parte de trás e metade da casa foram completamente destruídos, olhando para trás agora, só se pode ver metade de uma casa em boas condições, a outra está completamente negra carvão, só a estrutura, porque o resto desapareceu completamente, o mesmo pode ser dito do chão e de tudo que havia na parte de trás, as mesas, flores, cadeiras e outras coisas, tudo se foi.
E não parou ai, as chamas se alastraram também pelos lados, se espalhando e destruindo seis casas. Se houve vítimas ou não, os bombeiros vão ter que dizer ainda, mas estamos falando aqui de casas de praia em época de férias, é claro que a vitimas.
"Ainda não acredito que você sobreviveu a isso." Comentou Steve, olhando ao redor.
"Depois de tanto tempo sendo acertada por explosões magicas ou coisa do tipo, você meio que ganha um sexto sentido para isso, mas a verdade, é que acabei dando sorte de abaixar a tempo e de cair de cara na piscina, acho que gastei toda uma sorte de uma vida inteira nesses dois minutos."
"A sua sorte, então." Brincou ele.
"Vamos brindar a minha sorte morta mais tarde, temos que trabalhar."
"Etta, o que nos fazemos agora?" Perguntou Steve logo em seguida, realmente desesperado dessa vez.
Ele não só perde muitos bons homens hoje, como também a mãe da sua esposa, e pela primeira vez em muitos anos, ele não tem a menor ideia do que fazer agora, não é como se houvesse aula na academia militar de como rastrear um deus.
Etta entendeu seu amigo, e sabia que não poderia rastrear a mãe da sua melhor amigo indo por esse caminho, mas havia outro, um que não pode dar em nada.
"Vamos ir pela dica que o namorado da Vanessa nos deu, colocar cada recurso em ação para descobrir o que diabos está acontecendo na mente da mãe dela."
Mal teve sorte, o ataque não chegou aos quartos, e ele não foi ferido, assim como Charlie, que acabou de chegar.
"Já estou fazendo isso Etta, os Oddfellows, estão se movendo!" Avisou ele segurando seu ombro, parte da casa em chamas caio em cima dele no momento que ele estava carregando o Mal, para fora pela frente.
"Encontraram alguma coisa?" Perguntou Steve, esperançoso.
"Sim, acabamos de pegar a mãe da Vanessa, nas câmeras, ela está indo em direção do trabalho, e parece que a Raven, está a seguindo."
"Finalmente, boas notícias, onde eles estão indo?" Etta, perguntou se levantando, já pronta para se mover.
"Para uma das sedes das Indústrias Cale, do outro lado da cidade." Respondeu Charlie.
Imediatamente o nome Verônica Cale, veio a mente do Steve, a algum tempo atrás, Diana, sobre o pedido do Diomedes, prestou bastante atenção a Verônica, uma das mulheres mais ricas do mundo, depois de algum tempo soldando seus movimentos e negócios eles não encontraram nada mais que alguns indícios de manipulação de ações e contratos alterados, nada novo numa impressa desse tamanho, então eles pararam de prestar atenção, mesmo que o Dio, tenha os alertado mais de uma vez para ficar de olho nela.
"Ela trabalha nessa empresa a anos, e sabendo do seu amor pela sua pesquisa, ela deve estar indo pegar alguma coisa para depois fugir." Comentou Etta.
"Temos que ir até ela agora, não podemos mais esperar, ela é a nossa única pista de tudo que está acontecendo agora." Lembrou Steve.
"Não acho, isso é mais outra armadilha." Alertou Charlie.
"Como assim?" Pergunta Etta.
"A modos mais facies de se locomover pela cidade com os ativos que ela tem, e mesmo assim, ela escolheu um carro popular, enfrentando literalmente horas de trânsito."
Charlie está correto, todos sabiam disso, mas mesmo assim, eles precisam fazer alguma coisa, e ela continua sendo a única opção.
Steve finalmente se levantou tirando um celular do seu bolso.
"Vou chamar transporte aéreo, drones, robôs, jatos, e até mesmo aqueles malditos dirigíveis que nos temos, quero todo mundo nisso." Falou ele.
"TUN!" "TUN!"
No mesmo segundo, do alto mar, uma jato prateado padrão da A.R.G.U.S, veio voando na direção deles em alta velocidade.
"Reforços, finalmente!" Falou Etta.
Já que a maioria dos homens foram mortos, eles pediram reforços imediatamente, que demorou bastante.
"Algo está errado, onde estão os outros?" Perguntou Steve sem entender.
Eles pensaram que o motivo para a demora foi por que suas tropas estavam se organizando antes de vir em peso, mas o que veio agora só foi um jato, que parou bem no meio da praia, deu uma volta no ar e desceu lentamente com a parte de trás apontada para eles.
"Você acha que é ela?" Pergunto Etta, ficando do lado do Steve, junto do Charlie, todos estão olhando para as portas traseiras do jato se abrindo.
"E quem mais seria." Suspirou Steve, ele sabia que as coisas ficaram mais complicadas agora.
Da traseira do jato, apenas uma mulher escoltada por dois soldados de armadura saio, ela era afro-americana bem acima do peso usando um terno feminino rosa, brinco e colar de pérolas, e ela não parecia nada feliz.
A líder da A.R.G.U.S chegou.
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"TRUMMMMM!"
O chão explode cuspindo terra, pedra e concreto para o alto na forma de pequenas pedras que se espatifam ao acertar o chão, e desse buraco, Diana saio primeiro comigo logo atrás dela, seguido pela Zatanna e Vanessa.
Mais vinte minutos, foi o tempo que levamos para sair daquela maldita armadilha, metade dele só foi utilizado para quebrar a gaiola, o resto cavando, e acabamos por sair bem no meio do labirinto de caixas no galpão.
"Finalmente!" Exclamou Zatanna, com a mão em cima da boca para evitar respirar a poeira.
Cavar é um serviço sujo, ainda mais se você estiver fazendo isso com presa e sem feramentas, por isso todos nós estamos imundos dos pés a cabeça.
"sossoN sejart oãtse sopmil!" {Nossos trajes estão limpos!}
Uma nevoa azul apareceu nos meus pés e girou ao redor do meu corpo como uma cobra, desaparecendo assim que passou pelo meu rosto, deixando minha armadura brilhando como nova, assim como as roupas de todos.
"Muito melhor." Murmurou Zatanna, arrumando suas roupas.
"Aqui é a Mulher-Maravilha, qual é a situação?" Ela perguntou apertando o comunicador na sua orelha.
{Diana! Você está bem!?} Gritou a voz do Steve, do outro lado da linha parecendo bem desesperado no canal aberto para todos os comunicadores.
"Eu estou bem meu amor, pelo menos fisicamente, meu coração está sangrando com a traição de uma irmã."
{Diana, lamento dizer isso, mas as coisas pioraram muito desde que você saio.}
"O que aconteceu?" Perguntou ela, temendo algo pior do que a traição de uma amiga próxima.
{Foi o Ares, ele sequestro sua mãe.}
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De qualquer ameaça da realidade DC, as palavras ditas pelo Steve, mesmo que ainda estando nas opções de minha lista de problemas que poderiam acontecer, realmente me pegaram de surpresa.
Depois daquela frase, escutamos o relato de como aconteceu e o número de mortos e feridos, e não vou mentir, sabendo muito bem que a personalização da guerra apareceu na nossa casa, sei que os números foram muito bons, sendo alimentado pelo conflito, ele poderia acabar com a cidade inteira sozinho no tempo que estávamos presos.
Bem, não é bem assim, como o Deus da Guerra, Ares se alimenta do conflito gerado pelo choque entre duas partes, mas ele não pode ser uma dessas partes, por isso mesmo ele sempre empurrou a história para fazer as guerras acontecerem, e não participou de nenhum dos lados, claro que estou falando da sua alimentação, ele com certeza passou muito tempo destruindo exércitos apenas por diversão, não ganhando nada com isso.
Mesmo assim, não acho que ele precise se alimentar para acabar com uma cidade cheia de mortais sozinho.
"Vocês estão bem?" Raven, perguntou.
Estamos voando acima dos prédios, bem acima de um especifico, com a logo das indústrias Cale no topo dele.
Assim paramos aqui, um corvo de energia surgiu e despareceu rapidamente, deixando apenas a Raven, coberta por sua capa e capuz roxos bem na minha frente.
"Estamos todos bem, obrigado pela ajuda." Digo para ela.
"Raven, já faz um tempo, como você está?" Perguntou minha irmã, presa nas minhas costas, envolvendo suas duas pernas na minha cintura como um macaco, ela não gosta muito de lugares altos.
Dando um dos seus pequenos e raros sorrisos, ela não respondeu, mas seu sorriso para todos que a conhecem, e o bastante.
"Não sinto nenhuma proteção magica no local, tem certeza que ela entrou?" Perguntou Zatanna, do nosso lado, em pé em cima de uma plataforma transparente de energia, que a levou até aqui quase na mesma velocidade que nos dois.
Raven, quem estava seguindo a mãe da Vanessa, respondeu olhando para o prédio.
"Ela entrou pelo estacionamento e depois foi direto para o elevador, saindo no décimo andar, eu queria ir atrás dela escondida, mas fui parada pelos outros."
"Faz sentido ter cuidado, considerando quem temos como inimigo." Minha professora falou ainda olhando para o prédio, talvez usando cada pequeno truque que ela tenha para saber se vamos acabar em outra armadilha magica.
"Não vamos encontrar nada aqui fora, vamos entrar!" A face da Diana, estava de uma forma que só vi ela uma vez antes, durante nossa entrada no QG da A.R.G.U.S, logo depois do ataque químico com o vírus Maru, uma feição fria e lisa como o mármore, já seus olhos é uma questão muito diferente, eles estão em chamas.
A reação da Diana sobre as notícias atuais foi bastante controlada, levando em conta tudo que aconteceu.
Em menos de uma hora, ela teve seu casamento invadido, foi traída por uma amiga de longa data que ela amava como uma irmã, perdeu duas irmãs amazonas e teve sua mãe sequestrada. Ninguém a culparia se ela tivesse levantando um carro sobre sua cabeça e o jogado do outro lado da cidade.
Para a semideusa com fogo nos olhos, ninguém conseguiu dizer mais nada.
"Eu e Kírix vamos entrar juntos por baixo e cima ao mesmo tempo, vocês duas vêm pelas janelas, Zatanna, quero você pronta para dar o primeiro golpe, crie uma forte luz, como uma granada, logo depois disso, vamos entrar juntos."
Por sorte, não é a primeira vez dela em situações como essa, seu controle é algo realmente incrível.
"Kírix, acho melhor deixar a Vanessa, num telhado próximo daqui." Sugeriu Zatanna.
Minha irmã, apertou meu corpo com mais força, um gesto claro, ela não vai para lugar nenhum por vontade própria.
"Raven, você pode esconder ela na sua sombra? Assim ela pode ver tudo, e vai estar bastante segura." Perguntei para minha amiga.
Ela acenou para mim e abriu seu braço para esquerda, puxando sua capa a deixando meia aberto, e no meio dessa abertura, um pequeno buraco negro se formou.
"Espere! O que é isso?" Perguntou minha irmã confusa.
Sem tempo para explicar, tirei minha irmã das minhas costas com um movimento rápido e a joguei dentro do buraco que a sugou.
"Ela não está feliz." Falou Raven, fechando sua capa.
"Melhor do que amarrada num poste, essa era a única outra opção." Mesmo dentro da sombra, Vanessa pode ver e escutar tudo que está acontecendo do lado de fora se a Raven, permitir é claro.
"Vamos logo!" Diana, apressou todos nós, já voando para sua posição.
Mesmo o imenso controle dela tem um limite.
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{Por que dificultar tanto as coisas?} Perguntou Ares, sentando num trono branco olhando para sua cativa.
Hipólita, presa por correstes nos seus pulsos com os braços esticados para cima e sentada no chão com as costas na parede, não se deu o trabalho de dizer mais nada.
{É verdade, quanto tempo faz desde que você foi amarrada dessa forma?} Brincou Ares, descansando seu queixo em cima da sua mão no braço do trono.
Vendo que não conseguiria uma resposta simples, o Deus da Guerra apontou seu dedo indicador para o corpo dela, disparando dele uma rajada negra de energia que acertou seu peito.
"HAAAAAAAAAAAAA!"
A energia entrou no seu corpo o queimando, como se ela tivesse sido acertada por um raio, e um segundo depois, tudo parou, deixando o corpo da Rainha das Amazonas fumaçando. Até mesmo ela, abaixou a cabeça e começou a respirar pela boca, se esforçando para se manter firme.
{Podemos fazer isso o dia todo, não, a eternidade toda, nesse lugar, eu sou onipotente, e o tempo é meu para comandar!}
Ele apontou seu dedo mais uma vez para a Rainha, que se encolheu automaticamente para trás tentando se defender, mas não podia se mover muito por causa das curtas correntes de cor bronze a prendendo.
Tal postura, realmente, o deixou mais animado.
"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"
"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"
"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"
Foram três golpes dessa vez, todos aconteceram quase no mesmo momento.
{Por que resistir tanto? Você sabe que vou eventualmente conseguir o que quero, todos quebram, não a exceções a regra da tortura, ainda mais quando eu estou a realizando, acho que foi até mesmo eu quem a inventei!}
"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"
Ela perdeu a consciente não muito tempo depois, logo após o decimo terceiro golpe, voltando segundos depois, logo ao sentir a mão fria coberta pela luva negra segurar a parte de baixo do seu queixo o levantando lentamente para olhar para os olhos vermelhos brilhantes dele.
{Eu avisei Rainha, aqui sou onipotente, e tudo está sobre meu controle, até mesmo o momento da sua morte!}
"Não…." Falou ela lentamente, se esforçando muito para isso.
{Sim, diga.}
"Nem tudo está sobre seu controle!"
"Shif!"
Ela cuspiu no rosto dele.
Ares, soltou seu rosto e limpou o dele, para depois dar meia volta e sentar no seu trono, e como se nada tivesse acontecido, ele agora levantou não seu dedo, e sim a mão inteira.