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Chapter 4 - Capítulo 3 - Pequeno conflito

Os dias se passaram e Vantru continuou seu treinamento. Ele corria pela margem do rio por quilômetros, usava rochas como pesos, treinava com a lança, treinava suas técnicas e voltava para sua, agora, casa, que havia sido melhorada um pouco.

Durante um tempo Vantru havia feito diversos selos de ocultação formando uma matriz de restrição. Mesmo com isso ele sempre tinha a sensação de algo esta errado em seu entorno e com o isso mais um mês havia se passado de treinamento, refinamento e cultivação dedicada.

Vantru respirava profundamente deixando um ar pesado carregado de energia sair, seu corpo, já bastante reforçado, estava em volto em fios densos de Ji sangrento. Seus olhos se abriram lentamente e quando abertos uma vasta quantidade de energia se espalhou fazendo a água do rio se torna turbulenta, as folhas voarem, pedras e poeira serem afastadas dele.

(Isso! Finalmente atingir o nível primário é graças ao "Domínio do Abate" estou no 3* estagio!)

Ele apertou o punho deixando a energia fluir, criando uma aura vermelho sangue em seu corpo. Vantru se levantou e se moveu rapidamente até uma arvore próxima, socando-a e criando um buraco em seu tronco, fazendo a arvore tombar.

(Bom. Mas um alvo sem poder e imóvel não e de muita utilidade para ver meu poder atual. Outro problema e que eu não faço ideia do tipo de poder que existe nesse mundo, ao menos e um que tem energia fluindo livremente.)

Vantru agarrou a arvore tombada e arrastou para sua casa, ele o deixou próximo ao rio e deixou suas roupas encima dele. Estando agora apenas com um calção azul, seu pelo avermelhado e cabelo longo se esvoaçara, ele pegou a lança e entrou dentro do rio.

O rio em si não era muito fundo, mas era o suficiente para um homem adulto mergulha facilmente, la Vantru girou a lança formando um vórtice de água e com um pouco de sua energia fazendo os peixes ficarem presos e em seguida perfurando-os.

Cerca de três minutos depois ele estava fora do rio com uma duzia de peixes grandes, eles pareciam com um bagre, mas tinha longos apêndices em suas cabeças que deviam servir para acasalamento porque apenas alguns os tinham, tinham grandes olhos e barbatanas finas mais longas.

Vantru não podia deixar de pensar no que o velho Gui acharia do fato dele usar uma lança magnifica como ferramenta de pesca, mas deixando o pensamentos de lado ele notou algo estranho. De dentro de sua casa era possível ouvir barulhos como se algo estivesse sendo revirado.

Vantru largou os peixes no chão e parou a poucos metros da entrada de sua casa, não havia porta porque ele não se importava com isso e mantinha um varredura de energia quase o tempo todo assim como o uso da matriz, então não havia necessidade de perder tempo com uma porta.

Ele olhou para dentro e sua energia varreu o interior, deixando-o saber que existia uma criatura, quadrupede, em seu interior. Olhando para dentro ele não pode deixar de sentir uma pontada de emoção, já que esse seria seu primeiro embate nesse mundo, ele encarou a entrada e disse.

"E falta de educação entrar na casa de alguém se permissão, sabia!? Então por que não sai?!"

O barulho no interior havia parado, mas nada saiu de dentro, isso fez um sorriso aparecer de canto de boca nele. Dando um passo a frente da entrada ele liberou um pouco de sua sede de sangue deixando o ambiente pesado.

(Se não vai sair sozinho eu mesmo vou fazê-lo!)

Ele segurou a lança com a mão esquerda e se aproximou ainda mais da entrada, mas antes que entrasse a criatura saltou em um pote mortal, ou ao menos deveria. Como alguém pronto para batalha Vantru atacou com a lança assim que o ponto onde ela não poderia mais mudar sua trajetória de ataque fosse alcançado, atacando com uma estocada contra a criatura.

A criatura estava tão próxima e rápida que não poderia parar o ataque, mas contra o que ele esperava ela usou a calda para atingir a lança e mudar sua trajetória. A longa calda com sua parte final feita de ossos acertou a lança, mas antes que a criatura pudesse comemorar um chute acertou sua lateral esquerda a lançando contra o solo.

Ela caiu no chão mais em um instante estava de pé e agora completamente amostra. A criatura era semelhante a uma pantera de 1,80 metros de comprimento e cerca de 1 metro de altura, dento pelo acinzentado, olhos âmbar, uma calda que próxima ao final era coberta de uma camada óssea afiada e possuía duas das garras de cada extremidade mais longa em todas as patas.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa Vantru já havia se movido contra ela, desferindo uma estocada. Ela por sua vez criou uma barreira de rocha, mas para o seu azar não houve tempo para criar algo muito grande ou forte o bastante para aquentar um ataque que estava usando Ji.

A lança, imbuída de Ji, atravessou ela com se fosse apenas areia embilhada, porem a pantera mostrando sua agilidade e pesamento rápido saltou para trás assim que sua parede foi transpassada.

Mais Vantru não havia acabado, usando o impeto do movimento ele chutou o cabo da lança pouco antes de atingir o chão e esticando o braço esquerdo aumentando o alcanço do giro que ela faria. Com isso a lança subiu rapidamente cortando o peito da pantera e girando em semicírculo e agarrando com a mão esquerda para outra estocada ao dar mais um passo.

A pantera agora entendia que não podia subestimar o garoto em sua frente, vendo que não podia se dar ao luxo de recuar ela atacou. Dardos de pedra surgiram em seu entorno e disparam contra Vantra, que em uma distancia tão curta não poderia se proteger atempo, mas contra suas expectativas ele continuou o ataque erguendo a palma esquerda e liberando um pulso de energia.

As rochas se tornaram apenas pó ao se chocarem com a energia dele, A pantera não perdeu a chance vendo o braço dele tão exposto e usou desferiu um ataque com sua garras, as quais havia se tornado maiores por conta de uma camada de pedra afiada as cobrir agora. Notando o ataque ele apenas pode usar a parte de trás lança para retroceder seu avanço e esquivar do ataque, passando as centímetros dele.

A pantera não perdeu a chance e usou sua cauda para perfurar Vantru, mas ele rapidamente girou sua lança em meia lua no meio do ataque dela cortando metade de sua calda. A pantera gritou de dor, e sem perde essa chance ele investiu mais uma vez, rasgando a garganta dela com suas garras da mão direita imbuídas de Ji avermelhado.

A pantera cai no chão tentando se mover, mas a seriedade do dado era imensa, a perda de sangue a enfraquecia rapidamente. Mas, Vantru rapidamente enfincou suas garras esquerdas na garganta dela, não para salvá-la, mas para analisar.

Seu Ji se adentrou no corpo dela, ele viu que no centro do seu ser existia algo como um núcleo de energia do que parecia ser amarelo intenso. Mas em poucos instantes a pantera morreu e ele largou seu corpo retirando suas garras, agora encharcadas de sangue.

(Estranho… por que ela tinha um núcleo? E o que significava aquela cor?! Normalmente esse método, criação de núcleo interno, e usado para o estagio "Núcleo de Ji", mas em alguns mundos esse estagio sequer existe, então sua função e acumular energia para acelerar e aumentar o poder, chances para o próximo nível.)

Vantru pensou por alguns instantes enquanto olhava o corpo da pantera e notara que em seu peito havia sido levemente aparado elas garras dela. Depois de mais alguns instantes ele foi até o tronco aonde suas roupas estavam e as vestiu mais uma vez.

Ele ainda pensava em como ela poderia ter passado pelas restrições e exatamente como as energias funcionavam nesse mundo. Vantru agarrou o corpo, levou até sua casa e começou a fazer alguns selos.

(Espero que sua carne e sangue tenha alguma energia. Se ela tivesse lutado com tudo desde o inicio não seria tão fácil matá-la.)

Enquanto ele fazias os selos aparecerem no ar e usando a energia do cristal ele pode preservar o corpo ainda quente para comer depois. Logo após ele notou que a pele dela era relativamente mais dura do que esperava e suas garras e cauda muito afiados. O motivo dele ter vencido facilmente foi por conta da ação rápida dele, a surpresa dela, por ela o subestimá-lo e por ele não se conter durante a luta.

No incio ela se assustou pela sede de sangue dele, fazendo ela decidir esse atacaria ou fugiria, mas como ele usou pouco e por apenas um segundo o medo logo se tronou descrença é ela deve ter subestimado ele.

Vantru pegou um pouco do pelo dela e cheirou, memorizando-o e em seguida vasculhou o entorno de sua casa até encontra uma leve mutança no solo próxima arvores. Deduzindo que foi por ali que ela veio, inclusive pelo cheiro, mas ainda ficava a questão do porque sua matriz não ter dado o alerta.

(Talvez ela não possa distinguir ela se estiver envolta em outro elemento!? Ou talvez ela conseguiu ocultar sua presença por que nossos níveis de poder são próximos… eu realmente preciso entender as energias desse mundo…)

Ele deixou isso de lado balançando a lança para cobrir com terra e seguiu um leve cheiro da pantera seguindo em outra direção. Ele voltou rapidamente para deixar a pele e a carne secar, pegou um manta de pele se envolvendo nele e seguindo o cheiro pela floresta rapidamente.

Atravessando a floresta ele chegou em um pequeno descampado é decidiu se sentar em uma arvore, se envolvendo em seu manto e criando uma matriz rápida de restrições para se ocultar. Vantru agarrou a lança e esperou, esperou por varias horas, o sol já estava abaixando no horizonte quando ele já estava pensando em ir embora houve uma movimentação.

Do meio das arvores algumas panteras, cinco, saíram, cada uma vindo de uma direção e se unindo em um ponto ao lado de uma arvore mais afastada das outras.

(Elas realmente são boas em se ocultar, eu só pude sentir quando elas já haviam aparecido!)

Suas orelhas ficaram de pé e seus olhos se focaram nela, graças a sua cultivação seus sentidos estavam melhorados e por conta de sua saúde ter se tornado melhor seus sentidos reais haviam sido liberados. Sua audição, visão e olfato era muito superior a de um humano, mas por sempre ser fraco e doente ele nunca pode usufruir deles, até agora.

"Bom, todos estão aqui?!"

Uma pantera disse em um tom feminino enquanto olhava para as outras.

"Não! Aquin não veio ainda, acho que ele estava investigando as margem do rio."

Uma outra disse em tom masculino, o que surpreendeu Vantru era que existia uma disformidade nas palavras que soavam quase como rosnados. Mas ele entendeu rapidamente e não pode deixar de sorrir.

(Elas estão falando na língua bestial! Que bom que as feras usam isso mesmo nesse mundo e eu posso entender facilmente por ser parte fera, além das minhas memorias! Então aquele que me atacou era Aquin?! Isso vai complicar se eu tentar obter respostas…)

"Que droga! Eu disse para não fazer nada sem falar com todos antes! Ah, eu não devia ter deixado ele ir sozinho, ainda agindo como um filhote curioso."

"Não e sua culpa, desde a onda dos caídos todos perderam muita força, nós mesmo precisamos vasculhar muito território, além de que a floresta esta cheia de buracos de poder agora."

As panteras suspiravam em uníssono, as dificuldades na floresta haviam aumentado muito mesmo depois de mais de quatro meses após a onda de monstros. Mesmo essa sendo uma região mais isolada e de pouca importância ainda havia sofrido bastante, especialmente as feras.

"Não temos o que fazer nada sobre isso. Tran, você vai ficar aqui e esperar pelo filhote, caso ele não chegue até o ponto mais alto da lua nos nós encontraremos no próximo ponto!"

A pantera possuidora de uma listra cinzenta, beirando o prata, na cabeça acenou com em entendimento. Logo todas outras saíram deixando ela sozinha, mas ela logo se ocultou no solo, a terra se abriu e ela se moveu para baixo.

No galho de uma arvore Vantru olhava ela desaparecendo, finalizando uma de suas perguntas, e ele resolver esperar por mais algum tempo para não correr o risco das outras voltarem.

(Se eu tiver que lutar e melhor com uma do que com todas, isso se tontas são equivalentes aquela, acho que era… Aquin?! Que seja, basta eu saber como uma vai reagir a isso e depois tomarei minha decisão.)

Com o passar do tempo a lua surgiu no céu, ficando mais alta a cada momento. Quanto ele notou movimento nas arvores resolveu aparecer, mas não antes de se imbuir de Ji e fazer matrizes nas proximidade, se envolvendo no manto de pele ele saiu de trás das arvores e caminhou até que pudesse ser bem visível.

"Eu seu que você está aqui. Poderia sair para conversar?!"

Vantru ficou parado, totalmente coberto pelo manto, esperando uma resposta. Ele sentiu que ela estava olhando olhando para ele, mas sem se expor decidiu fazer seu movimento.

"Quem e você e o que quer?"

A voz na língua feral era baixa mais muito audível para ele. Ele varreu o lugar e se focou no lugar onde existia uma quase inexistente aura vital.

"Eu vivo próximo ao rio e gostaria de conseguir algumas informações de você. Além de entender porque uma fera invadiu minha casa e tentou me matar?!"

A pantera saiu das arvores mantendo uma boa distancia dele, mas aparentava seriedade em sua postura. Estando de modo alerta ela tentou analisar Vantru, mas ele não demonstrou nem uma reação.

"Você sabe falar nossa língua! Hmm, onde esta aquele que te atacou?"

"Ele esta morto."

Vantru observou atentamente a reação dela segurando a lança pronto para atacar, mas mesmo que sua face demonstrasse choque ela não transparecia raiva muito menos intenção assassina para com ele. Depois de alguns segundo seus olhos se focaram nele mais uma vez.

"Entendo… isso vai fazer as coisa ficarem difíceis. Tenho que falar com os outros sobre isso antes de fazer qualquer coisa..."

"Sem problema. Venham a casa na margem do rio quando estiverem prontos."

Vantru se virou e desapareceu na floresta antes que a pantera pudesse fazer qualquer outro coisa. Ele desfez suas matrizes com um aceno rápido e acelerou seu passo para chegar a sua casa o mais rápido possível e fazer suas defesas caso as coisas ficassem ruins.

Enquanto Vantru se preparava para caso precisa lutar a pantera, Tran, se movia para o ponto de encontro ainda pensativa em como eles deveriam agir a partir de agora. Ela não era próxima de Aqui, muito menos se importa com ele a ponto de arriscar sua vida, mas ele ainda fazia parte de seu grupo no qual existia alguém que realmente iria se importa com sua morte.

(Droga Aquin! Você devia ter fugido ou talvez conversado antes de atacar. Agora isso vai ficar muito ruim quando Ani saber, mesmo eles lutando um contra o outro não muda o fato de serem irmãos…)

Tran não podia sentir uma pontada de medo em relação a Vantru, isso vindo do fato dele ter matado Aqui que dentre eles era possivelmente o terceiro mais forte do grupo e o mais habilidoso em se ocultar e atacar sorrateiramente. Ela continuou correndo e pensando no que fazer, mas logo percebeu que havia se aproximado do ponto de encontro e sem perder tempo adentrou ao solo para chegar sem deixar rastros fáceis.

Assim que ela chegou pode ver os outros parando de conversar e olhando para ela, principalmente Ani e Crus, a nomeada líder por ser mais velha. Vendo ela aparecer sem Aquin deixou todos surpresos e até mesmo nervosos imaginando o que pode acontecer especialmente Ani, mas que falou primeiro fui sua líder.

"Você não encontrou ele!?"

"Não, mas pude saber o que houve com ele…"

Ela engoliu seco e sua expressão ficou tensa, mas sob o olhar inquisitivo da líder e o assassino de Ani ela continuou.

"E-ele foi morto…"

Todos ficaram assustados, mas alguém estava rosnando de raiva, enquanto isso a líder recobrou sua postura e percebeu que Tran tinha mais alguma coisa a dizer. Ela fez um sinal para todos ficarem quietos e que ela continuasse.

"Bem e que… eu soube disso por que me encontrei com quem o matou..."

Antes que qualquer um falasse qualquer coisa ou ela continuasse uma voz cheia de raiva gritou.

"Porque eu não vejo o corpo do desgraçado com você?! Porque não o matou sua inútil?!"

"Ani! Fiquei quieta e acalme suas emoções!"

A líder falou enquanto seus olhar afiado atacava Ani, que não teve escolha além de cerrar os dentes em frustração e raiva. Depois disso Tran pode continuar, ainda nervosa.

"Ele vive próximo a margem do rio norte, ao que parece ele e Aquin lutaram. Eu sentir o cheiro dele e de sangue então posso ao menos dizer que e verdade, mas a outra coisa e que ele quer nos encontrar lá para conversar."

Eles ficaram inicialmente sem entender o que aquilo poderia significar, mas logo eles começaram a ficar apreensivos. A líder ficou pensativa ignorando o rangido de raiva de Ani, ela pensava no que aquilo poderia decorrer e logo voltou para Tran.

"Ele disse que quer apenas conversar ou ele pediu algo mais?!"

"Não. Ele disse que queria informações e não queria lutar conosco, ele apenas ma- lutou com Aquin porque ele invadiu sua casa e o atacou."

Tran controlou o que falava porque temia que Ani atacasse ela, mas por sorte a lider estava mantendo ela de olho. A líder ouviu atentamente o que foi dito e não tinha como deixar as coisas assim.

(Não devia ter deixado ele ir sozinho. Não posso simplesmente deixar para lá, aquela e uma área que vasculhamos e com alguém cabaz de matar um dos nossos melhores e melhor ficarmos em bons termos. O problema e Ani, não posso deixa ela ir, mas ainda preciso dela…)

A líder não pode deixar ter uma dor de cabeça, mas tinha que tomar sua decisão. Depois de algumas conversas ela e Tran iriam, era melhor um rosto já conhecido do que um novo, enquanto os outros ficariam.

"Como você pode deixar as coisas assim ele era meu irmão, no-"

As palavras de Ani foram cortadas por um golpe pesado da cauda da líder em sua cabeça, que controlando sua energia desacordou ela fazendo seu corpo ciar no chão. Deixando os outros dois cuidarem dela ela e Tran saíram.