Por todo o lado, soldados procurando nós dois foram vistos, mas sem um bom retrato falado de nossos rostos, ou ideia de onde estávamos, eles devem desistir logo, mesmo assim passamos por maus bocados, fugindo dia e noite.
— Ha! Ha! Ha! Parece que finalmente conseguimos os despistar. — digo.
— Sim.
Estávamos no meio de uma floresta, ainda parecia faltar algumas horas antes do sol raiar. Olho em volta, então digo:
— Por enquanto vamos nos sentar e descansar um pouco, amanhã precisamos procurar algum lugar pra ficar.
— Tem certeza de que é seguro?
— Não, mas também não acho que nossas mente vão aguentar se manter alerta por ainda mais tempo.
— Suspiro! Entendo.
— Agora me diz, como raios escapou?
— Um guarda tentou brincar comigo, acabei matando ele, eu tinha visto onde guardar meus pertences, então me esgueirei para lá, depois de pegar minhas pistolas eu acabei colocando essa faquinhas de qualquer jeito, então matei todos os guardas, por sorte estava numa prisão improvisada, tinha pouco prisioneiro e vigias.
— Entendo e sobre sua roupa? — pergunto.
— Bem, eu estava numa prisão, então não conseguia tomar banho, ela acabou ficando imunda, por isso eu não queria mais ficar usando aquilo, como eu consegui isso lá resolvi usar. — Então ela está sem calsinha? No fim preferi não perguntar.
Depois disso não falamos sobre quase nada, estávamos muito cansados, apenas queríamos dormir um pouco, claro, não era tão simples, tivemos que nos revezar entre vigiar e tirar um cochilo, no fim não dormimos praticamente nada, mesmo assim um novo dia começou.
Saímos por aí procurando um lugar para ficar, mas as vilas próximas queriam forasteiros o mais longe possível, por causa das buscas dos soldados, ninguém queria o ´problema de ter um criminoso procurado dormindo na sua vila, mas como não tinham certeza da identidade dos tais criminosos, preferiam apenas evitar forasteiros.
— Se fechar completamente, apenas para não arriscar receber duas pessoas sem querer, isso não é muito exagerado? — Nozomi pergunta meio que reclamando.
— As vilas são auto suficientes no fim das contas, por isso eles já não ligam nem querem muito turistas num geral, imagine agora que isso pode se tornar um problema.
— Eu sei, mesmo assim… Que saco! Apenas quero tomar uma cama e banho logo.
— Haha! Posso te entender, mas ainda é meio dia, temos muito tempo para procurar e como a abordagem atual não está funcionando, que tal tentar outras coisa? — sugiro.
— Outras coisa?
— Você vai ver. — digo com um sorriso.
...
— Droga, droga, droga! Quem foi que sugeriu esse plano mesmo?
— Foi você, haha! — Nozomi disse enquanto ria.
No momento estou fedendo muito e gosmento, tudo para atrair uns monstros de merda, que saco! Mas não é como se eu tivesse uma opção melhor. Logo depois de reclamar, eu corri rapidamente, atrás de mim vinham bestas demoníacas, que na verdade eram só uns rinocerontes grandes.
Conforme avançava sai da floresta, em minha meu horizonte podia ver uma planície, um rio, logo construções humanas começaram a aparecer, então eu pulo no ar, uso magia para fazer minha pele ficar quente, assim consigo me livrar da gosma fedorenta, que usamos para atrair esse bixo idiotas.
Claro depois, por causa dum negócio chamado gravidade, eu caio em direção ao chão, mas consigo poucas em cima de um dos monstros o matando e logo depois fujo para longe de sua visão, as bestas sem saber o que fazer se dispersaram, a maioria, porém, vai em direção à vila, elas têm um instinto assassino afinal.
Os moradores vendo isso se desesperaram, a maioria tentou fugir de uma forma ou de outra, alguns pegaram qualquer arma aleatória para se defender. Pulo entre a manada e a vila, saco uma espada, logo o primeiro inimigo cai.
Pow! Nozomi inicia com um dispara, depois se junta a mim, sem problemas matamos a maioria dos monstros, "inevitavelmente" alguns fogem em direção a vila, destruindo algumas poucas casas, por "sorte" chegamos no momento exato, assim evitamos que haja vítimas e que o dano fosse ainda maior.
....
— Muito obrigado, vocês… — O chefe da vila começou a ns agradecer.
— Parece que deu certo, hehe!. — Nozomi sussurra para mim.
— Sim.
Depois disso nos apresentamos como aventureiros, nossos objetivos eram ajudar vilas, nos aprimorar, conhecer novas culturas e recrutar mais interessados, para entrar na nossa guilda e se aventurar por aí. Pode parecer estranho, mas nesse mundo de fantasia não existe um guilda de aventureiros, na verdade nem guildas temos, cada reino tem seus próprios sistemas e coisa do tipo.
Nessa historinha Nozomi seria a líder, o nome do grupo ficou definido como grupo Taka, eu passei a chamar a Nozomi desinchou, e os outros também, mesmo sem saber o significado e meu nome ficou como garoto, fda, né? Mas melhor que dar meu nome.
Preferimos evitar chamar atenção no início, mas mudei de estratégia, decidi que o melhor seria fazer isso, ganhar a maior popularidade possível com os locais, assim os usando para nossa proteção num futuro próximo, por isso...
— Uou! — Os pirralhos se empolgavam.
— Vamos, venha. — digo, enquanto aponto minhas espada na direção da Nozomi.
— Você já se empolgou, achei que seria apenas um treino leve, muito bem, estou indo.
Nozomi avança em minha direção, ela tem uma grande agilidade, mas consigo manter minhas defesa. Nossas espadas se chocavam sem parar. Pelas nossas regras não podíamos sair de dentro de uma pequena arena, nem usar as pernas para ataque, por isso o combate se resumiu numa troca com espadas, algo como Kendo.
— Eu ainda nem estou suando, o que aconteceu, Takashi, ficou mais fraco?
— Não abuse da sorte, estou só começando ainda.
Tenho que admitir, fazer isso como um esporte é bem divertido e relaxante, por isso começo a levar um pouco mais a sério, passamos a fazer movimentos cada vez mais perigosos, até que eu arranhei levemente o braço da Nozomi, na hora recuo.
— DEsculpa, eu…
— Tudo bem, — Ela lambe a ferida. — mas acho que já chega, senão vamos acabar exagerado, podemos considerar um empate.
— Não, não foi claramente minha vitória! — reclamo
— Mas pela regras não podemos nos machucar sabe — ela sussurra no meu ouvido. — Tecnicamente eu venci sabe, apenas aceite o embate.
Maldita víbora, eu claramente deveria ser o vencedor aqui, né? Enfim, não é como se importasse, mas os novatos parecem ficar animados com esse tipo de rivalidade, eles ficaram a partida toda torcendo animadamente.
Inclusive tiveram alguns que vieram me falar algo como: para mim você que ganhou, para a Nozomi foi a mesmas coisa.
— HA! Ha!
— Mais alto, mais rápido!!
Podia ouvir os gritos da Nozomi, no final das contas ela incorporou bem essa papel de líder e treinadora da nossa extremamente "legítima" guilda, ela parece até gostar um pouco disso.
Além disso graças a seu crisma conseguimos recrutar vários sonhadores, conforme passávamos pelas vilas ajudando com problemas relacionado a monstros e ganhando sua confiança. Principalmente órfãos, ou crianças em situações muito ruins, elas parecem ter muita vontade de se "aventurar" pelo mundo, ao se juntar ao nosso "grupo".
Enquanto estava perdido em pensamentos a Nozomi veio até o meu quarto, ela estava séria, imagino o que aconteceu.
— Parece que o país decidiu se mover. — ela diz.
— Entendo, foi mais rápido do que e esperava, eles não gostaram da ideia de formarmos um "exército" particular, mesmo depois de chamarmos de guilda dos aventureiros Taka.
— Não são idiotas afinal.
— Mas era um nome tão bom.
Digo brincando, logo depois, porém, me levanto e começo a me arrumar. A propósito Nozomi arrumou outra roupa, já que a anterior não seria muito útil, em combate é necessário uma armadura.
Ela usava uma espécie de vestido branco e azul, com um grande decote na região do peito e com uma saia espécie de saia. Ela tinha nos braços armaduras e em algumas regiões do ser torço eram fortificadas.
Ela usava um cinto na cintura, onde guardava algumas armas de arremesso, que ela gostava de usar, mas não são minha praia. Tinha uma espada na cintura, mas levava nas mão uma maça, como ela não teve muito tempo para treinar, Akeno treinou Nozomi principalmente em truques e força, por isso Nozomi prefere usar armas mais fáceis.
Além de usar proteção na canela, algo como uma caneleira, mas um pouco maior e feita de metal, assim a Nozomi poderia usar chutes e coisas do tipo.