Prov. Jay Torreto School
Treze anos depois...
Passei muitos anos me perguntando os motivos para os atos de Neyttan, mais na verdade nunca os encontrei.
Quando me encontraram, Neyttan havia apagado duas carteiras de cigarros em mim, sentia tanta dor, lembro de implorar para que parasse mais isso parecia divertir - lo, não me recordo de quando tempo durou aquilo, ele só parou quando perdi a consciência, quando a recuperei havia um homem tentando conversar comigo, podia ver em seus olhos a indignação, o horror e o estampado em seu rosto, ele me salvou daquele monstro.
Eu tive a sorte por ser adotado por ele, que eu considero meu pai, sim Luccas é meu pai, ganhei uma mãe extraordinária, Sarah nunca tratou um melhor que outro, sempre fomos criados iguais, nunca nós sentimos sozinhos.
Apesar do meu passado, me assombrar todas as noites, eu tento esquecer - lo constantemente mais não consigo.
Eu tenho uma memória fotográfica, não esqueço as coisas, tudo que eu aprendo decoro ou apenas ler para compreender, ás vezes isso parece uma merda, não esquecer, passar semanas com cardápio da lanchonete na cabeça.
Isso pode ser útil para muitas coisas, mais ás vezes isso me enlouquece, mais apreendi viver com essa dativa.
Escuto batidas em minha porta, saiu dos devaneios.
- Entra.
Vejo minha mãe entrar, ela está usando vestido longo branco florido.
- Mãe?
- Meu anjo é a hora do jantar, querido. - Ela sempre teve uma preocupação com minha alimentação, depois que descobriram que estava muito desnutrido para minha idade.
- Estou indo.
- Não demore.
Apenas aceno com cabeça, escuto trovoadas, vindo do lado de fora, isso me causa muitas lembranças, me levando caminho em direção a cozinha.
Encontro todos lá.
- Hey, pessoal. - Digo antes de me sentar.
Sabe meus irmãos sempre respeitaram meus limites, ainda não suporto que me toquem, eu posso até ficar com algumas garotas, mais nunca as deixo me tocarem.
Talvez um dia eu supere esse obstáculo.
- Jay! - Eu olho em direção da minha irmã. - Que bom que chegou, fala para papai, quem foi que começou a guerra de tinta ontem e detonaram com o carro da vizinha. - Crianças!
- Porque não diz você ou Jasper?
- Ninguém aqui tem uma memória fotográfica mano. - diz Meg.
- Nem é preciso ter Meg. Porque os três têm culpa.
- Cara era para nós ajuntar. - Eu escuto Jasper disser indignado, com certeza é uma criança. - Eu sou mais velho aqui.
- Jura? Pensei que era mais novo.
- Chega! Meninos. - Papai nós repreende. - Jay, esclareça.
- Enzo estava entediado, então Meg sugeriu brincarem de guerra de bexigas é o Jasper disse que participaria se fossem preenchidas com tintas coloridas, no decorrer da brincadeira perderam o controle e é aceitaram o carro da vizinha, sorte que era tinta guache. Então todos têm uma parcela de culpa.
- É você?
- Eu estava de saída, quando começaram a brincadeira.
- Onde foi?
- Acadêmia de luta. - Observo todos me olhando com espanto. - Comecei ontem, a fazer kickboxing.
- Entendo. - Papai volta olhar para meus irmãos. - Hey! Vocês três estão de castigo.
- Droga! - Esbraveja Jasper.
Estávamos todos jantando, depois de ouvirmos os protestos dos meus irmãos, acabo levanto um susto com trovoadas que se agitou lá fora, sem perceber minha mente me leva para vezes que cigarros foram apagados em mim, nem tinha notado que todos estavam me encarando.
Quando olho em volta, eu vejo que eles estão preocupados, só aí que eu notei que estou com meu corpo rígido.
- Desculpa! - Digo me levanto da mesa. - Mais eu não estou com fome.
- Jay!
Escuto meu pai me chamar mais não volto para ouvir o que ele queria, estou tão perdido, mesmo que tenha sorte ser criado por eles, ainda assim eu sinto um buraco dentro de mim, como se tivesse sede do conhecimento.
Pior parte era não saber por que era torturado, porque ele era meu pai, como podia me odiar tanto assim?
Ás vezes queria ir atrás dele, e é perguntar mais nunca me vi pronto para atal ação, parece que nunca vai curar essa dor que somente aumenta.
Caramba, eu tenho 17 anos, tenho tantos hormônios para lidar, posso até ter conseguindo ter algumas relações sexuais, mais não havia sentimento, era apenas físico, tão vazio quando minha alma oca, eu apenas as usei da maneira que eu queria, e depois as deixava sozinhas em suas camas ou motel.
Sei que eu fui um canalha com maioria das garotas, mais não consigo sentir nada, lógico que sempre tomei precauções para não gravidar ninguém, até porque isso me da pavor, eu não quero ter filhos para sofrerem com um pai problemático, devo ter um sangue ruim, como aquele monstro.
Por que eu não conseguir lidar com meus próprios demônios, acabei procurando refúgio na bebida, já cheguei tomar umas duas garrafas de wisk, ás vezes viro garrafa de Vodka, apenas para esquecer aquelas malditas imagens que correm a solta em minha mente.
Aos doze comecei a fumar cigarros, duas a três carteiras por dia, era uma forma de afogar meus hormônios enlouquecidos, logo veio a bebida, assim vivo até hoje.
Sei que meus pais desconfiam de algo, mais faço de tudo para esconder minhas falhas. Droga!
Eu deveria culpar aquele filho da puta, por ser tão quebrado dessa maneira.