Entro onde moça disse, eu bato na porta, e me surpreendo ao encontrar homem jovem deve ter 29 anos, alto, cabelos escuro, olhos cinzas, e está usando roupas informais que chama minha atenção, normalmente caras como ele são tipicamente caretas, pela sua postura aposto que serviu.
Dou uma olhada em sua sala, tudo de cores neutras, uma mesa, com computador, alguns retratos, um deles havia um grupo com uniformes do exercito que confirma minhas suspeitas, também havia dois sofás pequenos, um preto outro cinza, preferia uma praia que esse lugar, eu não gosto de contar meus problemas mesmo que seja para um estranho.
- Sargento? - Até tom da voz de Collin é autoritária.
- Dr. Marshan.
- Sente. - Me sento no sofá cinza
- Então, já que terei que vir aqui durante um mês, eu prefiro que apenas use Erick... Isso seria mais normal. - Droga! Isso vai ser complicado.
- Certo, então me chame de Collin, quando quiser pode começar falar... Que fique claro o que disser ficara sob sigilo ou seja nossa conversa é confidencial.
- Certo. - '' Porra! Nem sei por onde começar.'' - Para ser sincero não sei como começar... Quando eu estava no Iraque, não me importei com as vidas que tirei... Ah primeira vez que fiz isso estávamos em uma missão de reconhecimento, quando fomos enroscados por rebeldes. Não parei para analisar o que estava fazendo, foi como um instinto de sobrevivência... Puxei gatilho.
- Entendo, mais é agora que está de volta?
- Como assim?
'' Qual é? Você sabe o que ele está se referindo. Lembra que confidencial... Apenas diga.'' Porra!
- O que sentiu neste que chegou?
'' Que provavelmente estou enlouquecendo!''
- Collin! Cada ação que fiz... Durante oito malditos meses, estão vindo em minha mente de qualquer forma, principalmente em sonhos, eu cheguei ontem... Ainda escudo gritos daquelas pessoas. - solto ar que nem percebe que segurava. - Eu vejo rosto dos homens que matei, essa merda toda, nunca foi uma opção para mim... Não foi algo planejando... Era um jovem tolo que fazia e faço qualquer coisa para proteger aqueles que amo. Essas escolhas me levaram para este caminho.
Não me entenda mal, eu não me arrependo do que fiz... Só que são muitas coisas para assimilar em então pouco tempo. Porra, minha cabeça parece caos... Que não têm hora para terminar.
- Como são esses pesadelos?
- Assim que fico inconsciente... Me encontro no Iraque outra vez...Eu vejo destruição por toda parte, pessoas assustadas, como se estivesse assistindo tudo como espectador... Eu estou outra vez nas montanhas, observando a escola, conforme são minhas ordens, ninguém sabe que estou ali... Eu e Tom estamos mais dois meses apenas observando, recebemos informação que os refugiados estão escondido lá... Foi a primeira vez que os rebeldes apareceram, entraram retiram crianças e professora... Pelo meu rifle eu vi como eles agiam estavam revoltados por não encontrarem os refugiados, começaram agredir as mulheres... Começaram rasgar suas vestes... Então os matei... Não demorou muito para aparecer mais vinte dois homens, eu os matei também, ficamos por lá até amanhecer. Naquele dia foram 42 mortos. Então sou levado por todos os lados do que fiz... Pesadelo só termina quando estou de volta a fabrica abandonada, somos surpreendidos com granas que nós jogam longe... Meus ouvidos parecem com zumbidos, meus olhos são atingidos por um clarão. Quando me recupero, pego meu rifle, é encontro uma posição, começo a tirar deles, como eles fizeram com gente... Eu escuto Tom gritar... Ele foi atingindo na perna...Parece que artéria foi agida, perdeu muito sangue, eu volto minha atenção para Iraqueanos, na minha mira se encontra Abu Ramal... Nosso alvo durante dias. Confirmo meu alvo com Alex, desculpe, quero dizer com Capitão Johson e as ordem era para matar... Assim que psicopata cai morto, somos recebidos com uma enxurradas de balas...Troco meu lugar com Dean Swan...Converso com Dr. Darius que disse que Tom perdeu muito sangue, e os homens não podem doar, por conta algumas doenças que já tiveram ou outras coisas, mais eu nunca tive nem uma doença que me impede de doar, eu passei algumas horas fazendo transfusão, enquanto os soldados faziam a defesa. Meu pesadelo acaba com gritos agonia de Tom.
- Como saíram dessa?
- Tinhas duas granas... Idéia era simples, jogar pela janela do prédio... Eu tive uma discussão com Alex - Solto sorriso, com ironia do que vou disser - Por quem jogaria as granadas. Logicamente ganhei essa, logo quando estou voltando tudo explode... Nós voltamos ao acampamento...Tom fica de molho por alguns dias. Foi basicamente isso que aconteceu.
- Certo, eu de vejo manhã no mesmo horário.
- Certo, Aí Collin, fui um alivio desabafar com você, sem julgamentos apenas um ouvinte sem critica.
- Não sou santo para julgar ninguém.
Três dias depois...
Meus pesadelos param a dois dias atrás, eu continuo falando com Dr.Collin Marshan e agora posso lidar com meu trabalho melhor, não trazer a tona tudo que vimos e vivemos, falar sob o que vivi ou fiz naqueles oito meses, acabou me dado uma outra expectativa de ver as coisas.
Não somos inimigos, eles não são nossos inimigos, mais somos achados do caos, eles são vitimas das circunstâncias.
A questão todo que ninguém pediu isso, somos apenas sobreviventes.
Deste que voltei ando pensado em ter algo mais sério com Julian mais ah medida que penso nisso, meu corpo se arrepia todo, na realidade nunca na vida pensei nisso, mais neste que acordei a cada momento que passo ao lado de Julian, eu tenho certeza que ela é mulher da minha vida... Isso me leva a querer algo mais sério.
O fato é que não vejo casamento como todo mundo vê, para maioria das pessoas casamento como uma prova de amor, que os envolvidos passam a compartilhar suas vidas juntos, seus sonhos, seus ganhos e perdas, alegrias e tristeza, cada face da suas vidas em completo conjunto.
Mais têm aqueles que casam por uma gravidez indesejada ou apenas por interesse, são poucos que cassam pelos mesmos motivos, isso para mim totalmente confuso eu tenho Três exemplos disto:
O primeiro são meus avós, são casados 40 anos, ainda se possível são loucamente apaixonados um pelo outro, levaram ao pé da letra seus votos, tiveram muitas alegrias, mais também sofreram muito nesta vida. São um exemplo de superação.
Segundo são meus tios, são casados 22 anos, neste caso casaram muito jovens, cheios de sonhos, expectativas de uma vida, eram jovens sonhadores, e continuam com fogo da paixão, são cúmplices, parceiros, amigos e leais. São um exemplo de coragem e confiança.
O terceiro são meus pais foram casados nove anos, são pessoas totalmente diferentes um do outro, seu casamento não foi planejando, foram forçados pelas famílias, casaram por que minha mãe estava grávida de de mim, eram jovens idiotas que não tomaram as precaução devida. Mais com tempo construíram uma historia que não pode ser apagada, eram apaixonados mais descobriram mundo no qual nenhum dos dois estavam preparados. Houve uma época que havia confiança... O erro que nem um dos dois se conheciam suficientemente. O universo que criaram para virem com comigo, foi destruído pela ilusão, nem mesmo o tempo pode colocar as coisas no lugar, todos neste universo ficaram com marca da desilusão. São um exemplo que nem tudo é para sempre.
Esses exemplos me assustam por que não posso perder mulher que amo, por minha estupidez de seguir meus instintos, eu preciso de tempo para analisar minhas escolhas.
Meu celular vibra no bolso... Eu olho identificador de chamada.
- Tia? - Digo ainda longe com meus pensamentos... Eu estou olhando mar, som das ondas agidas, que saudade de surfar, eu preciso arranchar um tempo para isso... O mar sempre me ajudou tomar minhas decisões.
- Onde está?
- Estou perto do bar da Susana... Localização exata sentado na areia. - Digo ironicamente.
- Engraçadinho, querido falando sério você esqueceu que hoje temos uma reunião familiar com todos os membros da família.
Droga! Odeio esses jantares... Faz séculos que não sou obrigado a ir.
- Sim! Nem lembrava neste encontro.
- Vai trazer Julian? - Caramba, eu esquece de avisar.
- Sim, claro que eu vou, preciso desligar tia.
- Erick Capper Black. NÃO ACREDITO QUE ESQUECEU. - diz gritando comigo.
- Tia mais tarde... Sim, senhora já me disse isso... Até depois.
Porra! Tomara que ela não fique brava. Disco seu número no terceiro toque ela atende.
- Alô? - Essa não é voz da Julian.
- Gostaria de falar com Julian, aqui é o Erick.
- Claro, ela esta no banho - Se faz uma pausa - Ela está aqui em minha frente.
- Passe para ela. - Droga!
- Amor... Ah aconteceu algo?
- Sim, me desculpa por ser em cima da hora mais que estou com cabeça cheia, nem me liguei nas datas... Bom! Gostaria que você fosse para jantar tradicional na casa dos meus avos hoje... Faz muito tempo que eles não fazem isso, mais porque estraguei todos que eles planejaram... Na maioria das vezes eu simplesmente não aparecia. Então, toma ou não?
- Amor, você realmente fazia isso tudo - antes que eu pudesse dizer ela se responde - Claro que sim... Eu vou me arrumar me pega daqui uma hora.
- Perfeito, é amor, obrigado.- Eu desligo
Depois que eu termino de falar com Julian, vou para casa mais não a ninguém lá.
O que significa que estou atrasado, não que me importe com esses detalhes, eu subo assim que me encontro em meu quarto, começo a me despir jogo a roupa no cesto de roubas.
Tomo um banho rápido, me seco coloco toalha em volta da minha cintura, abro a gaveta encontro uma cueca box, pego minhas calças jeans escura, camiseta vermelha vinho, me sendo na cama visto a meia e um tênis da Nake, começo colar no meu bolso da calça meu celular e cadeira, dou uma olhada no espelho me sinto bem com o que estou vestido, nunca foi de escolher roupas é não vai ser hoje que vou começar, eu riu comigo mesmo, sempre gostei de manter meu cabelo em corte social, assim eu o deixo desarrumado.