Hytori: -aaar! – gritando. -o que esses pássaros tem?! – tentando cobrir a cabeça.
Yami: -devem ter gostado de você. – Acendendo um cachimbo.
Os pássaros que estavam na entrada do templo sobrevoam a cabeça de Hytori, o seguindo para todo lado, são pássaros de diversas cores e tamanhos, mas todos da mesma espécie...pintassilgos.
Hytori: -me deixa! – mexendo as mãos para cima.
Linot: -grrrr! – atrás de pegar um deles.
Yami: -como você faz barulho. – Olhando para Hytori correndo de um lado para o outro.
Hytori: -me ajuda velho Yami!
Yami: -não cabe a mim impedi-los. – Soltando fumaça pelas narinas.
Hytori: -então o que eu faço? – com uma feição de derrota.
Yami: -sente-se, espere e relaxe. – Com seu cachimbo em mãos.
Hytori: -o que? – sem acreditar no que ele disse.
Yami: -agora! – com um olhar sério.
Hytori: -tá bem! – sentando-se na grama ali do santuário.
Quando se senta no chão, Hytori ver alguém ao lado de Yami por um instante, era um ser vestindo roupas ninja na cor marrom, um chapéu que cobria parte de seu rosto e pouco antes de sumir ele faz um sinal de silencio com o dedo na boca para Hytori.
Hytori: -... – sem entender aquilo que acaba de ver.
Yami: -algo errado? – vendo a expressão dele.
Hytori: -não foi nada... – coçando os olhos.
Yami: -você tem que aprender a ter calma nas coisas que faz, garoto. – Fumando. -a sua histeria pode lhe causar danos irreparáveis, perder coisas que nunca mais vão voltar, um momento de descontrole pode ser o último, como já falei, isso é uma faca de dois gumes, garoto. – Soltando a fumaça.
Hytori: -eu tenho nome sabia? – passando a mão na barriga do Linot.
Yami: -veja os pássaros. – Soltando fumaça pelas narinas.
Hytori: -han? – olhando ao redor. -eles estão nas árvores. – Percebendo que tinham o deixado em paz.
Yami: -isso mesmo, um instante de calmaria e eles já foram cuidar de suas vidas. – Movimentando o cachimbo entre os dedos.
Hytori: -eu deixei eles exaltados? – olhando para o velho a sua frente.
Yami: -sim, sua mana estava aflorando tanto que eles queriam sentir esse poder de mais perto. – Segurado o cachimbo. -agora que esta quieto, sua mana acalmou-se e eles não necessitam está perto de você.
Hytori: -entendi...eu acho. – Olhando para um dos pássaros que comia uma fruta que caiu de um dos bonsais.
Yami: -já notou a diferença? – deixando o cachimbo de lado. -em seu corpo e mana?
Hytori: -como assim? – se volta para o velho.
Yami: -crie um golpe que mais use. – Limpando a sua barba que estava com cinzas.
Hytori: -tá bem, punho negro! – com seu punho na cor escura. -han? Punho negro! – com a mão negra.
Yami: -...
Hytori: -tem algo errado, não consigo criar os punhos negros, a massa negra não expande.
Yami: -você acha que a força que gera com o punho negro vem da forma que seu punho fica quando ativa essa técnica?
Hytori: -não tinha pensando nisso, mas sim, meu punho até triplica de tamanho me dando força nos braços.
Yami: -movimento: rocha viva!
Seu punho esquerdo brilha e logo em seguida soca o chão levantando do chão uma rocha de tamanho generoso ao lado de Hytori.
Hytori: -que me matar do coração?! – olhando aquela pedra que era 3 vezes o tamanho dele quando sentado.
Yami: -soque a pedra com a força que você achar necessária para quebrá-la.
Hytori: -é o que? – olhando para pedra. -vou arrebatar meu braço se eu fizer isso. – engolindo seco.
Yami: -você ainda dúvida muito de si próprio. – Encostando o braço a baixo do queixo. -soque a pedra, garoto.
Hytori: -se eu quebrar a culpa vai ser sua. – Mirando o soco na pedra. -lá vai, punho negro!
O punho negro de Hytori se encontra a face rochosa da pedra a destruindo imediatamente como se não fosse nada.
Hytori: -...!
Linot: -...!
Yami: -vendo.
Hytori: -como isso é possível? – sem acreditar no que acabou de fazer.
Yami: -antes sua mana se expandia para fora assim criando massa em vez de força, agora o controle de sua mana está voltada para equilíbrio entre força e resistência logo assim não precisa mais de volume para gerar potência, nessa forma você está com as habilidade que recebe ao se transformar na besta negra.
Hytori: -besta negra... – lembrando das vezes que ela surgiu.
Yami: -essa sua forma foi capaz de enfrentar Zeni na forma básica de igual para igual até que ele usou a transformação "eda" e assim lhe venceu.
Hytori: -no segundo teste eu irei ser capaz de usar essa transformação e vencer ele certo?
Yami: -errado, você estará empatado com ele.
Hytori: -hein? – sem entender. -mais do que adianta então? – se levantando.
Yami: -para derrotá-lo você terá que evoluir ainda mais, por isso o teste 3. – Olhando para cima e ver uma nuvem passar. -um teste que exigirá de você mais do que os outros 2.
Hytori: -e qual seria? – voltando a se sentar no chão.
Yami: -me enfrentar. – Olhando para ele.
Hytori: -o que? – se levantando novamente. -eu lutar contra você? Mas você levanta uma rocha só de tocar no chão.
Yami: -novamente se subestima garoto, mas isso não vem ao caso agora, vamos focar no teste número 2 por enquanto. – Se levantando.
Hytori: -espero que esse teste não me mate antes que você faça isso. – Suspirando fundo.
Yami: -o segundo teste é sobre seu eda, como deve saber cada mistério possui um eda, um ramo, um fragmento do caos, esse ramo, e esse eda tem uma forma física singular.
Hytori: -há...vou fingir que entendi.
Yami: -você já o viu. – Olhando para Hytori.
Hytori: -o que?
Yami: -o meu eda. – Olhando para Hytori. -ele se manifestou para você a pouco tempo.
Hytori: -aquilo...algo surgiu do nada e desapareceu. – Olhando para o velho.
Yami: -Grefelin, apareça.
Grefelin o eda de Yami surge ao lado do dele como antes, as mesmas roupas e formas.
Hytori: -...
Yami: -diferente de você, eu não consigo vê-lo.
Hytori: -o que? por quê? – olhando para o "eda materializado".
Yami: -nossos edas surgem para nós quando passamos pelo teste 2 e depois de o derrotarmos ele fica ao nosso lado mas não podemos vê-lo, por conta de não estamos no mesmo plano e fora de um templo do éter.
Hytori: -éter? Mesmo plano? – sem entender aquilo.
Yami: -sim, o templo número dois lhe levara para o éter ou limbo como desejar falar, o reino dos espíritos, um plano onde eles vivem.
Hytori: -fantasmas? – sentindo um arrepio subir pela espinha. -que isso...
Yami: -não misture as coisas.
Hytori: -mas eu consigo vê-lo...
Yami: -você é diferente do resto de nós. – Olhando para Hytori que ainda estava supresso com aquilo. -você é o mistério do plano astral, seu ramo lhe permite controlar bestas demônio do submundo.
Hytori: -besta demônio? – se lembra da luta na floresta negra contra Zeni quando aquelas criaturas surgiram no ar o salvando. -...
Yami: -resumindo, você enfrentara uma besta demônio para poder usar seu modo eda, após derrotar essa besta você estará apto ao terceiro teste.
Hytori: -então eu terei que enfrentar ela?
Yami: -j�� adianto que não será uma tarefa fácil, cada eda tem uma forma de agir, esteja atento ao seu redor, essas coisas são ardilosas.
Hytori: -certo. – Engolindo seco.
Yami: -bom. – olha para o lado onde está seu "eda". -vamos começar o teste 2, Grefelin leve ele ao pôs vida.
Hytori: -não fala assim, parece até que irei morrer.
Yami: -é uma hipótese.
Hytori: -você sabe usar bem palavras reconfortantes.
Yami: -Grefelin lhe guiara até o local, dessa vez não poderei entrar no templo, boa sorte garoto.
Hytori: -... – espantando com o que disse Yami. -eu vou conseguir! – fazendo um sinal de força com o punho a frente de seu peito.
Grefelin chama Hytroi para o templo central do santuário e logo em segunda adentra o templo sendo seguido por Hytori, assim os dois somem na escuridão do templo do éter.
Yami: -assim espero, garoto. – Olhando para Linot.
Os dois andam por um local sem fim por um tempo até que um som de guizos muda a forma daquele lugar para uma floresta cheia de cerejeiras.
Hytori: -que isso? – parado olhando para aquela maravilha.
As flores e pétalas de cerejeira voam por todo lado parecendo uma dança coreografada pelo vento que sopra uma brisa suave.
-é bonito, não é?
Hytori: -é sim... – se dando conta de algo. -quem disse isso?
Grefelin: -foi eu.
Hytori: -você fala?
Grefelin: -sim, todos nos falamos. – Subindo seu chapéu. -o motivo para me escutar antes é por que nesse mundo somos todos almas.
Hytori: -e que lugar é esse?
Grefelin: -esse é a passagem para mundo superior, é por aqui que as almas que deixaram seus corpos passam antes de ir para vinda após a morte.
Hytori: -isso tudo é muito novo para mim. – Suando frio.
Grefelin: -não se preocupe, ate Yami ficou assim quando veio aqui.
Hytori: -o velho Yami parece ter passado por muita coisa na vida.
Grefelin: -ele não te contou?
Hytori: -o que?
Grefelin: -quando chegar a hora saberá.
Hytori: -vocês dois são iguais, não falam nada com nada.
Grefelin: -nem tanto, bom Hytori é aqui que me despeço de você, após atravessar esse campo não tem mais volta, você deve derrotar seu eda e assim achar o caminho para o santuário, lhe esperarei junto de Yami.
Hytori: -tudo bem, agradeço por ter me trazido aqui...
Grefelin: mas uma coisa antes de ir, seus poderes serão minimizados no momento que encontrar o seu eda, tome cuidado estará muito vulnerável.
Hytori: -vulnerável? – olhando para trás. -ele sumiu...
As flores de cerejeira abrem caminho para que Hytori passe entre as cerejeiras que emanam um som suave ao ter as brisas atravessando suas folhas.
Hytori: -agora é comigo. – Caminhando pela passagem. -Aysa, Kamero e Yashina, me deem forças.
A visão de Hytroi é tomada por flores de cerejeira até que que ele chega a um local onde a um lago e uma árvore no meio desse lago sob uma ilha.
Hytori: -a paisagem mudou...
-é claro, esse é meu mundo.
Alguém fala através de ecos no local.
Hytori: -han? – tentando localizar o dono daquela voz.
-aqui em cima!
Hytori olha para o alto da árvore e ver algo deitado em um de seus galhos.
Hytori: -você é...
-isso mesmo, eu sou seu eda.
A criatura que ele ver começa a rir, aquele riso lhe era familiar, um riso que já tinha ouvido por diversas vezes desde que tinha ido para aquele mundo.
Hytori: -esse riso...
Lembrando da luta contra Eritrhes na cidade do rio, na luta contra as flores de lotus, e recentemente na noite que a súcubos tinha entrado em seu quarto.
-o que foi? Uma kitsune roubou sua língua? – descendo da árvore.
Hytori: -essa face, é mesma daquele dia.
O eda se mostra por completo, seu corpo era estranho e peludo, com pernas longas feitas para pular, braços logos com mãos grandes, uma face com um sorriso cheio de dentes afiados e orelha compridas como de raposas, seus olhos grandes eram de cor azul, a pelagem era laranja com detalhes em preto e um rabo longo e peludo, vestindo um manto de cor vermelha.
-muito prazer, meu nome é Ragen, eu sou um Kitsukao.
Hytori: -Kitsukao? – vendo-o se aproximar. -então é você que devo enfrentar... – sacando sua adaga.
Ragen: -que oportuno, eu iria mesmo falar sobre isso. – Apontando para a adaga. -relaxe Hytori, eu não sou seu inimigo, na verdade sou um aliado de longa data.
Hytori: -o que? – sem entender aquilo.
Ragen: -eu fui o primeiro a lhe ajudar quando precisou, lembra da cidade de Elvrin? Quando sua mão era ferida por golpes.
Hytori: -foi você que liberou aquele poder?
Ragen: -sim, eu sou o kitsukao das sombras da lâmina, diferente dos meus irmãos, eu sempre o ajudei.
Hytori: -irmãos? como assim? Eu to meio perdido agora. – Coçando a cabeça.
Ragen: -a 12 de nós, 12 kitsukao's ao todo.
Hytori: -12? De vocês...
Ragen: -sim, seu eda é dividido em 12 formas de kitsukao, cada uma originaria de algo que aconteceu em sua vida, fragmentos da sua história.
Hytori: -todos como você?
Ragen: -na aparecia sim, mas nem todos são amigáveis, sua tarefa será pragmática e para conseguir o controle completo terá que derrotar cada um de nós e saber o nome de todos assim o paio será incondicional.
Hytori: -nome? 12? – baixando a adaga. -eu não estou entendo mais é nada.
Ragen: -parece complicado não é.
Hytori: -mas por que está me dizendo isso?
Ragen: -como eu falei, sou amigável e não pretendo lutar com você.
Hytori: -han?
Ragen: -você já tem a minha confiança desde o dia que conheceu Yashina nesse mundo.
Hytori: -foi você que me ajudou todas aquelas vezes, não é? – lembrando de suas primeiras semanas no jogo.
Ragen: -sim, eu e mais alguns irmãos estamos lhe ajudando todo esse tempo, por isso estou aqui, o kitsukao número 01. – Mostrando o número em suas costas. -para lhe dizer o que precisa fazer para encontrar os caminhos que levam os outros 11 kitsukao's que existe dentro de você.
Hytori: -caminhos...
Ragen: -sua jornada só está começando Hytori, eu lhe ajudarei nela. – Chegando mais perto dele. -fale meu nome e assim me unirei a você de uma vez por todas. – Parado a frente de Hytori. -você confia em mim?
Hytori: -entendi, você sempre esteve comigo. – Após absorver todas aquelas informações. -eu confio em você, Ragen.
Ragen sorrir e logo seu corpo é absorvido pelo de Hytori assim a adaga que Hytori estava em mãos se modifica tornando-se uma espada do tipo Katana longa.
Hytori: -caramba... – olhando para sua Katana. -minha jornada só está começando. – olhando para frente. -12 Kitsukao, só faltam 11 agora. – Olhando um caminho que se abre naquela paisagem.
Hytori adentra o local para uma nova paisagem, o que parecia ser uma luta contra um eda se tornou um desafio maior, enfrentar 12 bestas demônio para saber seus nomes e assim conquistar o respeito delas.