Chapter 49 - A Floresta Escondida

Kamero: -vamos façam força. – tentando empurrar a estaca de gelo para quebrar as barras da sela onde estão.

Aysa: -esse negócio é mais pesado do que imaginei. – forçando a estava contra as barras de gelo.

Nicelle: -não nasci para isso. – toda suada.

Mimi: -Kamero, isso não está funcionando. – soltando à estaca.

Kamero: -droga, se pelos menos eu tivesse escolhido mais um homem no lugar dessas duas pervertidas sem utilidade.

Aysa: -calma Kamero, não preci... -sendo interrompida por Nicelle.

Nicelle: -cansei desse nerd me desvalorizando direto. – se irrita e pega Kamero pela jaqueta.

Kamero: -o que vai fazer? – olhando para ela fixamente. -vai matar usando essas suas unhas?

Aysa: -Nicelle... - segurando Nicelle para ela não fazer nada contra ele.

Mimi: -gente calma, por favor. – falando alto. -Nicelle, solta ele.

Nicelle: -não, cansei de ser maltratada.

Mimi: -por favor, estamos todos juntos nessa. – chegando perto deles. -sei que estamos estressados mas, não é hora para ficar se atacando.

Nicelle: -ta bem. – soltando ele e indo com Aysa até um canto da sela. -como você aguenta?

Aysa: -ele não faz por mal, com o tempo se costuma. – olhando para ela.

Kamero: -pelo menos alguém aqui tem juízo.

Mimi: -isso vale para você também Kamero.

Kamero: -aah...desculpa, agi de maneira errada. – ajeitando sua roupa.

Nicelle: -agora quer se desculpar haha. – rindo de forma sarcástica. -não aceito.

Kamero: -que seja. – se sentando no chão. – essa não, o dragão sumiu, perfeito.

Aysa: -o que?, será que vamos conseguir sair daqui algum dia?

Mimi: -vamos arranjar outro jeito de sair daqui, está bem, sei que vamos. – encostando na estaca de gelo que se quebra. -ai! – pulando assustada.

Aysa: -você não acham estranho?

Kamero: -o que?

Aysa: -estamos aqui todo esse tempo e nenhum guarda apareceu.

Mimi: -realmente.

Nicelle: -com sorte eles morreram nessa droga de inferno de gelo! – tacando suas unhas na parede fazendo um rangido alto.

-que barulheira infernal é essa?

Todos ficam parados ao ouvir alguém resmungar no outro lado do corredor de dentro de uma das selas.

-Não posso nem dormir em paz nessa droga de castelo.

Mimi: -q-quem está ai? – correndo até as grades.

-faz um favor, deixa eu dormir garota.

Aysa: -a quanto tempo está aqui? por favor diga que somente algumas horas. – na grade também.

-garota, eu já estou aqui a tanto tempo que nem sei mas a diferença entre dia e noite, agora deixa eu dormir, estou cansado de ficar acordado forjando materiais.

Nicelle: -Jesus apaga a luz, vamos ficar velhos aqui e rabugentos e ainda seremos forçados a trabalhar. – perplexa.

-bem-vinda ao meu mundo.

Kamero: -espera...forjando? – se levanta e vai até a grade. -qual seu nome?

-qual parte do "deixa eu dormir" não entenderam? – irritado.

Kamero: -seu nome é Ezek?

-han...quem quer saber?

Aysa: "-é ele?" – com duvidas

Kamero: -sou Kamero Hijikata, viemos de Seismet.

Ezek: -não pode ser... – pensativo. -como sabe meu nome?

Kamero: -Bartolomeu Hevergred nos contou sobre os fundadores.

Ezek: -Bartolomeu... – estranhando. -quem são vocês? – surgindo na luz que passa pela grade de sua sela. -e como chegaram aqui?

Um velho de longos cabelos loiros e uma barba longa loira, vestindo uma roupa surja e rasgada, mostrava uma baixa estatura o que indicava se tratar de um anão por suas feições corporais.

Kamero: -somos guerreiros que precisão de sua ajuda para consertar o barco voador que Bartolomeu nos deu, o cruzador dos céus.

Ezek: -o cruzador... – perplexo com aquelas informações.

Aysa: -Kamero, não querendo desmerecer o senhor, mas tem certeza que é esse daí? – apontando para ele. -não pode ser ele, está todo surjo e maltrapilho, nem parece um construtor com suas roupas pomposas.

Ezek: -não se deixe enganar por minha aparecia humana, eu sou Ezek de Bramidi, o anão ferreiro, membro fundador de Seismet. – ficando com cenho franzido.

Nicelle: -mas que você está decadente está. – com os braços cruzados.

Ezek: -não zombe de mim sua felina desprezível – se irrita. -eu mesmo construí o cruzados com minhas próprias mãos, sei cada centímetro daquele barco voador, minha obra prima.

Nicelle: -vê lá como fala comigo seu velho enrugado.

Mimi: -então é ele? – se aproximando de Kamero.

Kamero: -sim é ele. – sorrindo.

Ao oeste do local da prisão de gelo, Nizo consegue restabelecer suas funções motoras.

Nizo: -há, como é bom está de volta. – se alongando.

Ao fundo Yashina tenta consolar o filhote de gigante de gelo que está chorando muito depois que ela o assustou com seu tom de voz.

Yashina: -calma tá. – passando a mão nele para acalma-lo.

Nizo: -que belo jeito de fazer a criatura parar.

Yashina: -pelo visto já pode se mexer não é.

Nizo: -eu já disse que... – vendo que a criatura parou de chorar. -você leva jeito com ele.

Yudi: -e agora o que faremos com essa criatura?

Yuri: -ele pode servir para algo?

Nizo: -talvez ele saiba onde poderemos encontrar Ezek.

Yashina: -como assim?

Nizo: -essas criaturas costumam ser muito curiosas e tem uma boa memória.

Yashina: -tá mas como iremos descobrir isso?

Nizo: -usando magia – esticando sua mão na direção a criatura. -...

Yashina: -...

Nizo se concentra e olha fixamente para a criatura que também olha para ele como se fosse hipnotizado, o vento que soprava para de repente e o silencio toma conta do lugar.

Yudi: -isso foi estranho.

Yuri: -macabro.

Nizo: -ele sabe onde fica, ira nos levar até ele mais...

Yashina: -mas?

Nizo: -você terá que ir no ombro dele.

Yashina: -o que? Você está inventando isso.

Nizo: -não, a criatura assemelha você como sendo um parente dele e só acha seguro ir até esse lugar se você for com ele.

Yashina: -está bem... – vendo a criatura feliz.

Nizo: -se preparem a viajem vai ser longa.

Yashina: -e onde fica esse lugar?

A criatura pega Yashina e a coloca no ombro começando a andar subindo a montanha em direção a uma forte pressão de mana.

Nizo: -espero que isso de certo. – avistando algo se mexendo na neve próximo dali. -vamos!

Eles parte seguindo o gigante rumando por entre pedras e desfiladeiros até avistarem um castelo de gelo em ruinas que fica perto de um precipício sem fundo onde há uma grande movimentação.

Gigante: -huuur. – apontando para um castelo em ruinas com uma torre de gelo no centro.

Yashina: -o que são eles? - vendo algo perto do castelo.

Nizo: -são goblins de gelo.

Yudi: -glo...

Yuri: -...bins.

O castelo está cercado por vários goblins de gelo armados de punhal que se movimentam rapidamente como se procurassem por algo no gelo.

Na floresta Nibs o cerco feito por semi-humanos em volta de Hytori e os outros se prepara para atacar com suas espadas e machados bem gastos.

Guma: -isso não é bom.

Kyouka: -vamos acabar logo com isso.

Sarina: -não, não ataquem.

Hytori: -meu Deus mulher que deu em você?

Sarina: -confia em mim, eles não vão nos atingir.

Hytori: -aaaa, tá.

Guma: -espero que tenha razão, estressada.

Kyouka: -se eu morrer, eu volto dos mortos para lhe matar garota.

Mestre Ancião: -agora!

Os semi-humanos partem na direção deles com suas armas apontadas para eles desferindo golpes contra os 4 que estavam parado vendo sua aproximação e quando suas laminas iriam acertar os alvos eles param de repente sendo envoltos por ventos que impossibilitam seus movimentos.

Guma: -han?

Kyouka: -isso é magia?

Hytori: -Sarina...

Mestre Ancião: -esse poder...

Sarina: -nós não somos seus inimigos. – fortes ventos saem de seu corpo, seus cabelos verdes balançam seguindo o ritmo de seu poder, seus olhos brilham cintilante.

Mestre Ancião: -basta, já vimos o que queríamos ver. – erguendo seu cajado.

Sarina cancela seus ventos soltando os guerreiros que logo pegam suas armas e ficam em posição de guarda.

Sarina: -passamos no seu teste? – olhando para o arqueiro.

Bastile: -eles não são nosso inimigos!

Os habitantes antes assustados ficam felizes e convidativos.

Mestre Ancião: -vocês são bem vindos a vila Ervs. – olhando para Sarina.

Linot e Ciara despertam de seus selos.

Hytori: -linot...

Linot: -graaaaa – voando ao redor de Hytori.

Sarina: -você também Ciara.

Ciara: -friiiiii

Bastile: -criaturas magicas?

Hytori: -isso.

Guma: -são pets?

Sarina: -Pets?

Kyouka: -animais pequenos que servem como suporte.

Sarina: -acho que entendi.

Hytori: -por que eles resolveram sair do selos agora?

Bastile: -esse lugar é rico em mana.

Hytori: -só podia ser.

Sarina: -como tudo nessa região.

Bastile: -venham comigo. – indo em direção a uma mesa que fica perto da maior arvore daquele lugar.

A mesa esta cheia de comidas e varias bebidas, uma mesa farta realmente, sentando nela está o mestre ancião e alguns outros animanos vestindo capas.

Mestre Ancião: -se sentem, são meus convidados. – olhando para eles. -podem comer e beber a vontade.

Hytori: -que mudança... – se sentando a mesa.

Guma: -que bom, tô cagado de fome. – pegando algumas frutas.

Kyouka: -olha os modos. – batendo nas costas de Guma.

Bastile se senta à mesa também mas Sarina fica meio receosa com aquilo porem se senta com os demais.

Guma: -caramba isso ta bom demais.

Kyouka: -devo admitir, essa comida é muito boa.

Sarina: -por que nos trouxe aqui? – olhando para Bastile.

Bastile: -você é sempre direta.

Sarina: -é de família.

Hytori: -pode apostar que é. – com um pernil na boca.

Bastile: -como podem ver nossas condições não são as melhores.

Sarina: -mas vocês tem muita comida aqui.

Bastile: -não se engane, essa comida é fruto de vários dias caçando e roubando.

Hytori: -mas em...

Bastile: -para sobrevivermos estou roubando do castelo de lorde Breu mas tem ficado cada vez mais difícil sair de lar com suplementos, temo que logo ficaremos sem nada aqui.

Sarina: -entendo. – vendo algumas crianças brincando. – de volta ao assunto, por que estamos aqui? você disse que nos levar até nossos amigos.

Bastile: -estou cansado de ficar servindo aquele homem, há semanas estamos reunindo guerreiros para acabar com a ordem dele sobre essa montanha mas tudo em vão, ninguém que se aliar a nossas forças e somos muito poucos, então ele nos mandou, os 4 tenentes para acha-los e vi em vocês a oportunidade de vencer essa guerra.

Guma: -quer dizer que se não fôssemos fortes, estaríamos mortos?

Mestre Ancião: -não, estariam sendo escravos nas minas de lorde Breus.

Kyouka: -minas?

Bastile: -sim, o motivo dele ter vindo para cá é esse, pegar as pedras de Agazer nas profundezas da montanha por isso ele tornou esse lugar inabitável e inóspito.

Mestre Ancião: -mas esse lugar ficou escondido e fora de seu alcance e assim viemos para cá a muito tempo. – respira fundo. -está na hora de nos libertamos desse mal, já chega de sofrer por conta de homens sádicos e ambiciosos.

Sarina: -então iremos ajuda-los.

Hytori: -Sarina...

Guma: -é, pode contar com a gente, meus felinos iram acabar com esse tal lorde do gelo.

Kyouka: -temos que encontrar os outros primeiro.

Bastile: -minha fonte disse que um dos grupos foi capturado.

Hytori: -o que? – se levantando da mesa.

Kyouka: -quando pretendia falar isso para gente?

Bastile: -na hora certa.

Guma: -e que hora seria essa?

Hytori: -por que não salvou os outros também?

Sarina: -conte-nos tudo.

Bastile: -temos que ir ao castelo de Breus e destruir a torre dele, e assim libertar todos lá e precisava que alguns de vocês fossem capturados para ele pensar que estávamos atrás de vocês.

Mestre Ancião: -enviei um dos meus para lá, ele ira cuidar que seus amigos estejam bem.

-o outro grupo foi visto seguindo para o rumo do castelo. – um dos membros sentado à mesa.

Bastile: -então só falta a gente lá.

Sarina: -se esse é o caso, vamos. – olhando fixante para a entrada do lugar.

Um forte estrondo abala as estruturas do local, seguido de vários outros menores.

Mestre Ancião: -o que está acontecendo? – se levanta após cair da mesa devido aos tremores,

-mestre, mestre, é ele. – um guarda chega assustado.

Mestre Ancião: -não pode ser, ele nos achou.

Hytori: -quem?

Bastile: -lorde Breus...

La fora uma horda de guerreiros lançam bolas de gelo contra a montanha onde está localizada a vila Ervs, no centro do batalham um homem vestindo um manto escuro cintilante azul com suas mãos cruzando os dedos sobre um disco de gelo e ao seu lado uma lança.

Breus: -ponham a montanha a baixo se necessário.