Noctharion – A Canção das Ruínas Celestiais
Ele não era um simples ser.
Ele era a tempestade encarnada — a fúria antiga que nem deuses ousavam desafiar.
Filho de duas entidades conceituais além da existência,
Zar’Kael Umbryon, o Dragão do Caos Eterno, e Syl’Nareen Alvharya, a Raposa Celeste do Renascimento,
nasceu Raizhen Noctharion, o híbrido maldito, o único Velkharys — a Estrela da Calamidade.
Onde ele passava, o céu sangrava.
Onde pisava, mundos desmoronavam.
Mas ele cessou a destruição.
Por uma única e frágil razão: uma humana.
Ela foi a luz na sua escuridão, o único motivo para sua alma torturada se aquietar.
Até que ela morreu.
E quando a morte dela rasgou seu coração, o caos se despiu da máscara da razão.
Com impaciência voraz, Raizhen rasgou o Véu entre os vivos e os mortos, invadiu o domínio dos espíritos,
e com garras de desespero e sangue, quebrou o ciclo sagrado da reencarnação.
Sem piedade, arrancou a alma dela do fluxo eterno — uma luz brilhante agora selada e escondida, distante do toque do destino.
O mundo estremeceu.
Os próprios pilares da existência tremeram diante da fúria daquele que ousou desafiar a ordem eterna.
Em resposta, os Seres Supremos aprisionaram-no.
mas um fragmento de sua alma escapou, um clone manifestado no Primeiro Véu como prisão ilusória,
a sombra do único e verdadeiro Velkharys, que permanece aprisionado no Véu final.
Milênios se passaram em silêncio e trevas.
Até que uma jovem órfã, Liuyin, marcada por sonhos que são ecos de um passado sangrento, encontrou o túmulo esquecido no fim do mundo.
Seu toque libertou o caos aprisionado — o fragmento, a prisão manifestada.
Ela não sabe que é a reencarnação daquela que acalmou o caos, nem que seu toque destrancou o selo entre o tempo e a morte.
O monstro adormecido começa a despertar.
A memória aos poucos retorna.
O sangue chama.
E o mundo vai sentir novamente o peso da Estrela da Calamidade.
Porque o horror que ninguém podia apagar... está de volta.
E dessa vez, nada será poupado.