Ecos de um corpo imortal
Veylun é um deus antigo — do sonho, da vida, do silêncio entre as eras. Mas não é inviolável. Já foi clamor, já foi luz, já foi altar. E também já foi capturado, quebrado, esquecido. Sua essência, fragmentada por forças que temiam o poder do amor divino, permaneceu dormente por milênios… até ser novamente invocado.
Seu nome, por séculos profanado por reis em ruína, magos enlouquecidos e falsos devotos, finalmente ressurge nos lábios de alguém que não deseja seu poder — mas sua presença. Esse alguém é Arthur, um anjo marcado por sua própria tragédia, que outrora amou Veylun e foi arrancado de sua história.
Através da jornada de reencontro entre esses dois seres, Veylun emerge não como deus inatingível, mas como uma entidade rasgada por sentimentos tão profundos quanto o tempo. Ele carrega cicatrizes feitas não por aço, mas por devoção desviada, por ternura traída, por amor que se tornou sentença, mas que ainda emerge.