Certos jovens embarcaram em um avião com destino a Los Angeles. Nada poderia dar errado, certo? Alguns estavam tão animados que nem conseguiram dormir durante o voo, enquanto outros, cansados da longa espera no aeroporto, acabaram pegando no sono.
Minkyu era um dos que continuavam acordados. Diferente dos outros, ele não apenas aproveitava a viagem, mas também registrava tudo com sua câmera. Seu celular estava sempre em mãos, gravando cada detalhe.
Ao seu lado, Angel observava tudo sem entender. Ela já estava acostumada com o jeito do amigo, mas, ainda assim, não conseguia deixar de perguntar:
— Por que você grava tudo ao seu redor?
Minkyu revirou os olhos, como se a resposta fosse óbvia.
— Eu preciso ganhar mais fãs e agradar aqueles que já tenho. Não dá pra conseguir novos seguidores sem postar vídeos.
Angel soltou um pequeno resmungo antes de colocar os fones de ouvido, encerrando a conversa. Seus longos cabelos loiros com mechas rosas caíram sobre seus ombros enquanto ela desviava o olhar, seus olhos azuis brilhando sob a luz fraca da cabine.
Minkyu, por sua vez, não se importou. Ele só queria continuar gravando, afinal, para ele, conquistar seguidores era sua prioridade.
Ao redor deles, o clima no avião era uma mistura de excitação e tranquilidade. Alguns passageiros conversavam animadamente, enquanto outros já haviam se rendido ao cansaço da viagem.
Jack e Bonnie, sentados algumas fileiras atrás, dormiam profundamente. Jack, com seus cabelos castanho-claro, olhos de um marrom suave e pele bronzeada, descansava a cabeça contra o assento. Bonnie, com seus cabelos rosa claro e aparência delicada, cochilava com um sorriso calmo no rosto, parecendo sonhar com algo agradável.
Perto dali, Moon e Peter estavam imersos em uma conversa tranquila. Moon, com sua pele morena, cabelos cacheados com mechas azuis e olhos castanhos, falava animadamente sobre os lugares que gostaria de visitar assim que chegassem. Peter, de pele clara, cabelos castanhos e olhos escuros, a ouvia atentamente, ocasionalmente dando risada dos comentários dela.
Misuk, como sempre, preferia o silêncio. Com os fones de ouvido, observava a paisagem pela janela, os olhos quase negros perdidos nas nuvens lá fora. O mundo além do vidro parecia mais tranquilo do que o avião cheio de gente ao seu redor.
Ao seu lado, Noah mantinha a mesma serenidade. Seu cabelo escuro estava ligeiramente bagunçado, os olhos verdes atentos enquanto revisava mentalmente os planos para a viagem. Seu jeito estrategista não o deixava simplesmente relaxar—ele gostava de ter tudo sob controle.
Do outro lado do avião, Alec e Liam conversavam animadamente, suas vozes se misturando ao som constante do voo. Alec, com sua pele bronzeada, cabelos loiros e olhos verdes vibrantes, ria de alguma piada feita por Liam, que tinha a pele em um tom café com leite, cabelo castanho e olhos verdes claros. O surfista e o rapper trocavam ideias sobre as aventuras que esperavam viver em Los Angeles.
Enquanto isso, Stella e Thomas dormiam tranquilamente. Stella, sempre reservada, tinha os cabelos castanhos caídos sobre o rosto e os olhos fechados em um descanso tranquilo. Thomas, de pele negra, cabelos cacheados e olhos castanhos, apesar de seu jeito direto e amável, havia se rendido ao cansaço da viagem.
Luke, sentado à frente de Yuki, batucava os dedos no apoio de braço em um ritmo animado, como se acompanhasse uma melodia que só ele conseguia ouvir. Seus cabelos ruivos, os olhos azuis brilhantes e a pele rosada, salpicada de sardas, davam um ar ainda mais inquieto ao garoto.
Já Yuki, com seus cabelos tingidos de azul-marinho, olhos tão escuros quanto a noite e pele clara, observava tudo ao seu redor em silêncio, absorvendo a atmosfera do voo. Um leve sorriso brincava em seus lábios, como se apreciasse aquele momento à sua própria maneira.
O voo seguia tranquilo, dando a impressão de que aquela viagem seria apenas mais uma experiência inesquecível. Minkyu continuava a gravar, focado em capturar cada detalhe, enquanto Angel, mesmo demonstrando certa irritação, no fundo apreciava estar ao lado de seu melhor amigo.
Mal sabiam eles que aquela viagem se tornaria algo muito além de uma simples aventura em Los Angeles.
Após algumas horas de voo, o avião finalmente pousou. Aos poucos, os passageiros começaram a despertar, bocejando e se espreguiçando após o longo trajeto. Assim que as portas foram abertas, os jovens pegaram suas bagagens de mão e seguiram para fora da aeronave, prontos para explorar o que os aguardava.
Assim que Misuk desceu do avião com suas coisas e seus dois filhotes, sentiu um estranho silêncio ao seu redor. O aeroporto estava completamente vazio, sem filas de passageiros ou funcionários circulando como deveria ser em um lugar tão movimentado. As luzes frias iluminavam o enorme saguão abandonado, e o único som que ecoava era o barulho dos seus próprios passos contra o piso brilhante.
Com a testa franzida, ela continuou andando, seus olhos quase negros analisando cada canto ao redor. Algo estava muito errado.
— Por que não tem ninguém aqui? — murmurou para si mesma, sentindo um arrepio subir por sua espinha.
Ao atravessar as portas automáticas para o lado de fora, a sensação de inquietação só aumentou. As ruas estavam desertas, os enormes outdoors de Los Angeles brilhavam no alto dos prédios, mas não havia nenhum carro passando, nenhuma pessoa andando pelas calçadas.
— Aqui não é Los Angeles… — sussurrou, estreitando os olhos enquanto olhava ao redor, tentando encontrar qualquer sinal de vida.
De repente, um latido alto quebrou o silêncio. Faísca, um de seus filhotes, disparou à sua frente, correndo em direção a uma rua próxima.
— Faísca! — chamou, sentindo o coração acelerar.
Sem pensar duas vezes, ela agarrou a coleira de Show e correu atrás do outro cão, desaparecendo pelas ruas vazias daquela cidade estranha.
Depois de alguns minutos correndo, Misuk finalmente para ao ver que Faísca havia encontrado algo. Seu cachorro latia insistentemente para um cavalo preso sob uma grande pedra. O animal tentava se mover, mas parecia exausto e assustado.
Era um cavalo da raça Shire, imponente e forte, com uma pelagem preta brilhante que contrastava com as marcas brancas em suas pernas. Sua longa crina escura caía desarrumada sobre os olhos, que estavam arregalados de medo e dor.
Misuk não hesitou. Correu até ele e, com esforço, empurrou a pedra para o lado. Assim que o peso foi retirado, o cavalo se levantou rapidamente, sacudindo a cabeça e bufando, ainda agitado pelo susto.
Ela se afastou um pouco, observando-o com atenção. Mesmo assustado, o animal parecia grato, seus olhos escuros fixos nela por alguns segundos antes de desviar para os arredores desolados.
— Calma, garoto… — Misuk murmurou em um tom suave, aproximando-se com cautela. Seus olhos quase negros analisavam o cavalo atentamente enquanto ela estendia a mão, permitindo que ele sentisse sua presença antes de tocá-lo.
A crina longa e escura do animal caía sobre seu rosto, parcialmente escondendo seus olhos assustados. Foi então que ela percebeu um machucado em uma das pernas — provavelmente causado pela tentativa desesperada de se livrar da pedra.
— Tudo bem, eu vou te ajudar. Só fique quietinho… — continuou ela, sua voz carregada de gentileza. — Prometo que não vou te machucar.
O cavalo relinchou, ainda hesitante, mas ao sentir o toque suave de Misuk, sua respiração pesada começou a desacelerar. Seus músculos tensionados relaxaram pouco a pouco, como se compreendesse que ela não representava perigo. Faísca e Show, agora mais tranquilos, se aproximaram cautelosamente, observando a cena com curiosidade, enquanto o vento leve balançava a crina do animal.
Misuk franziu a testa, os olhos quase negros analisando a cena à sua frente. O silêncio ao redor tornava tudo ainda mais inquietante. Como um cavalo tão imponente poderia estar sozinho e machucado em um lugar que, teoricamente, deveria estar cheio de pessoas?
Ela olhou ao redor, procurando qualquer sinal de movimento, mas as ruas permaneciam desertas. O vento soprou levemente, fazendo com que alguns fios de seu cabelo curto caíssem sobre seus olhos.
— O que será que aconteceu aqui...? — murmurou para si mesma, um arrepio percorrendo sua espinha.
Nada fazia sentido.
Sem ter outra opção, Misuk decidiu que precisava encontrar um lugar seguro para descansar e cuidar do cavalo. Seus olhos percorreram a paisagem deserta até avistarem uma estrada solitária que se estendia além do horizonte, cercada por um silêncio inquietante. Respirando fundo, ela começou a caminhar, sentindo o peso da incerteza em seus passos. O cavalo a seguiu de perto, mancando levemente, sua perna ferida deixando rastros sutis no chão poeirento.
Snow e Faísca caminhavam ao lado do cavalo, como se entendessem a gravidade da situação. Misuk, embora confusa, sabia que precisava manter a calma. Algo estava claramente errado, e ela teria que descobrir onde estava e o que realmente havia acontecido.
Com o cavalo, os dois filhotes e uma sensação de incerteza no coração, Misuk seguiu em frente, determinada a protegê-los. Não importava o que estivesse por vir, ela encontraria um jeito de garantir a segurança de todos.O vento gelado soprava contra seu rosto, fazendo-a apertar o casaco ao redor do corpo. Ela não sabia o que a esperava, mas tinha certeza de que não podia parar agora.