Era uma tarde tranquila na casa do avô de Adiel. Os raios do sol filtravam-se pelas janelas de madeira, criando padrões dançantes no chão de tábuas. O ambiente estava repleto de histórias, cada objeto antigo guardando segredos do passado. Adiel, um jovem curioso e sonhador, sempre se sentiu atraído por aquele lugar misterioso.
Enquanto explorava os corredores sombreados, seus dedos deslizavam pelas paredes, sentindo a textura da madeira desgastada pelo tempo. Ele parou diante de um tapete vermelho desbotado que chamava sua atenção. Algo nele parecia diferente, como se escondesse um segredo.
Com um impulso de curiosidade, Adiel ajoelhou-se e começou a levantar o tapete. Para sua surpresa, uma pequena porta estava escondida sob ele. O coração acelerado e a mente repleta de perguntas, ele hesitou por um momento, mas a curiosidade venceu o medo. Com um leve puxar, a porta rangeu ao ser aberta, revelando um corredor escuro que parecia convidá-lo a entrar.
Quando Adiel cruzou o limiar daquela porta, uma luz intensa envolveu-o, e ele se viu em um lugar completamente diferente. As árvores eram mais altas do que qualquer coisa que já viu, suas folhas brilhavam em tons vibrantes de verde e dourado. Flores coloridas brotavam por todo o lado, exalando um perfume doce e encantador.
"Eu não estou mais na casa do meu avô", pensou Adiel, maravilhado com a beleza ao seu redor. Ele havia entrado em Eldoria, um mundo mágico que parecia ter saído de seus sonhos mais profundos.
Enquanto caminhava hesitante pela floresta encantada, Adiel percebeu que não estava sozinho. Um grupo de elfos o observava à distância, com olhares curiosos e intrigados. As criaturas tinham traços delicados e roupas elegantes que pareciam feitas das próprias folhas da floresta.
Um dos elfos se aproximou cautelosamente. Ela tinha cabelos longos e prateados que brilhavam à luz do sol. Sorriu gentilmente para Adiel e disse: "Você está perdido?"
Adiel engoliu em seco e respondeu: "Sim... Não sei como cheguei aqui."
"Bem-vindo ao Aurora," disse ela com seus olhos brilhantes de curiosidade gentil. "Eu sou Lara e você parece perdido. O que o trouxe até aqui?
"Prazer em conhecê-la, Lara! Eu sou Adiel."
"Vou contar como tudo aconteceu. Estava na casa do meu avô, um lugar cheio de histórias e segredos. Enquanto explorava os cômodos, algo peculiar chamou minha atenção: um tapete diferente, com padrões estranhos que brilhavam sob a luz. Minha curiosidade falou mais alto, e eu decidi levantar o tapete para ver o que havia embaixo.
Para minha surpresa, encontrei uma passagem secreta que levava ao porão da casa. Meu coração acelerou com a ideia de descobrir algo novo, então entrei na passagem. Quando me deparei com uma porta grande e antiga, fui abri-la, quando me deparei estava aqui.
"Hmm... isso é raro," Lara comentou pensativa. "Na maioria das vezes, as pessoas são reencarnadas ou convocadas pelo rei de um país."
"Mas você falou que abriu uma porta... Pera aí! Você viu alguma coisa antes de abrir a porta?"
"Eu lembro que a porta mudou de cor quando entrei... mas acho que foi só impressão minha."
"Qual era a cor da porta?" perguntou Lara.
"Se eu me lembro bem... era vermelha."
"Uma longa história..." ela disse enigmática.
"Então me diga!" pedi ansioso.
"Esse mundo tem uma lenda antiga."
"Que lenda é essa?" perguntei intrigado.
"Irei explicar... mas antes disso vamos para outro lugar; está ficando perigoso aqui à noite."
"Esse mundo tem monstros?" interrompi preocupado.
"Tem sim... e eles são muito perigosos."
"Vamos embora logo!" exclamando.
"Certo! Irei abrir um portal para outro lugar; entre!"
Entrei no portal e fui transportado para um novo local repleto de estátuas impressionantes.
"Onde estamos?" perguntei maravilhado.
"Estes foram os heróis do passado," respondeu Lara.
"Heróis? Eles vieram de outro mundo?" questionei curioso.
"Alguns sim; outros se tornaram heróis por si mesmos."
"Incrível!" pensei comigo mesmo: "Um dia ainda vou ser um!"
"Adiel," Lara chamou minha atenção novamente.
"Sim?"
"Podemos conversar sobre o que falei antes?"
"Claro!" respondi ansioso para ouvir mais.
"É uma lenda antiga," ela começou a explicar. "Diz-se que quando a porta da vida se abrir, o escolhido virá ao mundo para enfrentar o mal que está por vir."
"Calma aí! Como assim? Eu não sou escolhido! Como poderia eu ser escolhido se não tenho poder algum? Só quero voltar pra casa!"
"Aí Lara! Usa teu portal e me manda pra casa!"
"Não é possível."
"Aaaa! Quero voltar pra casa!"
"É possível... você pode voltar."
"Como?"
"Derrotando Bael."
"Bael? Quem é ele?"
"Irei explicar... então se acalme."
Bael era um semideus que não se sentia feliz ao ver seu criador feliz. Ele via as pessoas felizes e não gostava disso, e por isso ele quis tomar a felicidade dos outros para si. Então, ele roubou a essência da vida do seu próprio criador. Depois, ele a usou contra seus próprios irmãos para roubar e destruir a felicidade deles. Mas, antes que ele destruísse tudo, o criador lhe tirou o poder que tinha nas mãos, expulsou-o dos céus e selou-o neste mundo.
Mas Bael, vendo que esse mundo tem magia, drenou a mana de todos. Como nós só vivemos com magia, muitas pessoas morreram. Bael, depois de sugar a mana de milhares de pessoas, se libertou do selo e quis tomar o mundo. Então, o criador, vendo as coisas que Bael fez, escolheu 10 Guardiões Representando a Força, Coragem, Fé, Sabedoria, Lealdade, Resiliência, Determinação, Esperança, Empatia e Liberdade, as Guardiãs são os pilares que sustentam a vida. Elas foram escolhidas por Deus para proteger a essência do mundo.
Ao longo dos milênios, um escolhido é selecionado entre os mundos. O primeiro foi o Senhor Leo, que recebeu o poder divino e fez um selo poderoso. Esse selo durou milhares de anos, mas agora está prestes a se romper.
Você chegou a este momento crucial porque o selo de Bael está prestes a se romper. Juntas, com a sua ajuda, nós, as Guardiãs, estamos determinadas a finalmente derrotar Bael e restaurar a paz.