Nada como uma bela manhã, o dia mais doido e confuso que já tive; afinal de contas, não sabia como seria minha vida e da minha mãe a partir daquele ponto. O tempo se passava e, em um certo dia, apareceu em minha vida um homem negro que me observava brincar. Mas afinal, quem é esse? Um cara sorrindo para mim e indo comigo até minha casa. Minha mãe me apresentou a uma pessoa que até os dias de hoje eu respeito muito: o meu "pai". Soou meio estranho no primeiro momento, mas eu pensei: "Ah, legal." E nisso fui brincar. Nada aconteceu; apenas fiquei com aquilo na cabeça.
Do nada, no outro dia, estávamos mudando para a casa do "meu pai". Sei que parece confuso, mas naquele dia, por mais doido que parecia, estava com um ar de alegria e felicidade, como uma sinfonia de recomeço. As ruas de onde eu morava estavam bem movimentadas, com bandeirinhas verdes e amarelas. O Brasil havia chegado às finais e era o dia em que minha escola nos liberou mais cedo, já que o Brasil ia jogar. Durante os jogos, não teríamos aula, a não ser se perdesse. Nunca fui tão fluido no esporte na infância até ver esse tão falado jogo da nossa seleção. As ruas estavam coloridas: Ronaldinho, Ronaldo, Roberto Carlos, Kaká... era uma seleção de arrepiar!
Lembro-me de que as outras seleções falavam que "tentariam dar seu melhor para conseguir segurar o Brasil." Magicamente, o resultado foi de 4 a 0 para a nossa seleção, passando assim como um trator em cima da China.