Kent suspirou interiormente. Ele sabia que a mulher à sua frente seria difícil de convencer, mas isso não o desanimou. Se alguma coisa, ele entendia que ela só o rejeitaria se seu "Rizz" não estivesse à altura da tarefa. Afinal, ela precisava dele para completar uma missão para ela; ela não simplesmente o mataria.
Certo?
"Eu consegui... bem, parcialmente. Só preciso resolver algumas coisas antes que se abra completamente," Kent disse, evitando cuidadosamente o olhar penetrante dela.
"Bom. Então podemos prosseguir para a próxima tarefa, onde eu te darei o que tenho para você, agora que você possui a Torre," disse Vexthra.
Kent assentiu, mas sua mente voltou para a missão. Ele decidiu que era hora de fazer seu primeiro movimento. Ele tinha apenas dois dias e, com a velocidade que Vexthra estava tentando impor, ela poderia mandá-lo embora antes que ele percebesse.
Ele tem que agir rápido.
Afinal, ele nunca havia realmente vivido um momento como esse antes, mas ele havia escrito inúmeros roteiros para os filmes que produziu. Ele decidiu escrever outro roteiro premiado, desta vez, ele vai estrelar nele.
Ele se acalmou e perguntou...
"Antes disso, você mencionou que tem uma razão para querer me enviar para Sonox. Eu gostaria de ouvir... sua razão, isto é," Kent perguntou, testando sutilmente as águas.
"Sim, eu disse isso. Bem, foi onde eu nasci e cresci até que eu fosse forte o suficiente para ascender a um mundo superior. Eu já fui um Demônio de Fogo naquele mundo, mas agora, eu sou simplesmente a Deusa do Ódio e Ressentimento," Vexthra disse em um tom calmo.
Kent percebeu a mudança e decidiu prosseguir com seu próximo movimento. Calma e indiferença são emoções diferentes
"Deusa do Ódio, hein? Por quê isso?" ele perguntou.
"É o caminho que escolhi ao ascender ao divino, nada mais," Vexthra respondeu, seu tom firme e inalterado. Kent considerou isso um pequeno sinal de progresso, mas sabia melhor do que pressionar mais.
"Então... você pode me dizer como é ser a Deusa do Ódio e Ressentimento?" ele perguntou, dando um passo mais ousado.
Essa questão não era apenas casual; ele realmente queria entender o que o ódio e o ressentimento faziam com alguém tão bela quanto Vexthra.
O olhar de Vexthra se suavizou, apenas uma fração, enquanto as palavras de Kent pairavam no ar. Ele podia dizer que ela não estava acostumada a esse tipo de conversa — essa curiosidade genuína. Por um momento, seus olhos cintilaram, revelando um vislumbre de algo além de sua máscara estoica chamada Ódio.
Embora ela mantenha esse título, Kent sabia que, por baixo dele, tinha que haver um demônio que não era completamente sobre ódio.
"Ser a deusa do ódio e ressentimento...," ela começou devagar, sua voz calma, mas matizada com algo não dito. Ela queria se conter, mas algo a impelia a continuar
"Ser a deusa do ódio e ressentimento é carregar o peso de rancores intermináveis e memórias obscuras. É… vinculante.
"Você se torna o que muitos dependem quando odeiam algo ou alguém. Não há amor ou paz em minha natureza, apenas Ódio e Ressentimento. Nada menos, nada mais"
Kent inclinou a cabeça, uma leve carranca aparecendo em seus olhos enquanto ele olhava para a mulher que, apesar de let out such emotional words ainda parecia tão odiosa quanto antes "Isso soa solitário," ele murmurou, alto o suficiente para ela ouvir.
Vexthra piscou, seus olhos se estreitando levemente como se tentasse decifrar sua intenção. "Solitário?" ela repetiu, como se testasse a palavra em sua língua. Parecia estrangeiro.
Parece roubado, como se ela não devesse dizer isso.
"Sim," Kent disse, sua voz gentil. "Quero dizer, todos te conhecem como a poderosa deusa do ressentimento. Mas… quem te conhece pela pessoa que você é? A que você era antes de tudo isso?"
Pela primeira vez, Vexthra pareceu pega de surpresa. Uma leve ruga apareceu em sua testa, sua máscara de indiferença vacilando. "Essa pessoa não existe mais," ela respondeu, embora sua voz não fosse tão firme quanto antes.
Ela estava perdendo o controle e Kent podia sentir isso. Ele não havia sentido muito em seu passado, mas agora com um novo corpo, ele podia sentir, a Deusa do Ódio e Ressentimento estava quebrando.
Kent deu um pequeno passo para mais perto, mantendo seus movimentos lentos e respeitosos.
"Talvez não da mesma forma," ele concordou, "mas eu acho que partes dela ainda estão lá." Seu olhar suavizou. "Você não é apenas ódio e ressentimento. Há mais. Aos meus olhos, você é uma pessoa"
"Uma pessoa que deve outras emoções..."
Ela desviou o olhar, mas não se afastou dele. Ele podia ver sua luta interna, os leves lampejos de velhas memórias talvez, ou talvez apenas o peso de uma deusa que havia esquecido como era ser vista.
Kent queria fazê-la se sentir vista.
Kent escolheu suas próximas palavras cuidadosamente, mantendo sua voz baixa. "Então… o que você quer, Vexthra? Além de poder e controle. O que você quer?"
Os olhos dela voltaram a ele, e por um momento, ele viu algo cru e desprotegido. "Eu não pensei sobre isso há muito tempo," ela admitiu, quase num sussurro.
Ele ofereceu um pequeno sorriso. "Talvez seja hora de começar."
Eles ficaram em silêncio, a tensão entre eles mudando, tornando-se algo mais suave, menos vigiado. Lentamente, Kent estendeu a mão, sua mão pairando logo acima da dela.
"Você nunca saberá se não tentar, então vamos lá, segure minha mão e se você não sentir nada depois de alguns segundos, você pode soltar.
Vexthra hesitou, mas eventualmente, deixou sua mão encostar na de Kent. O calor de sua pele era estranho para ela.
Kent se inclinou, um pouco mais perto, seu olhar nunca deixando o dela. "Até deusas merecem ser vistas pelo que são," ele murmurou, sua voz mal mais que um sussurro.
"Então, se você quiser, eu posso ajudá-la a lembrar de algumas dessas memórias. Claro, você pode optar por ignorar essa oferta e continuar como estava," Kent disse, embora ambos soubessem que ele não estava inteiramente sincero.
E ainda assim, mesmo depois de esperar vários momentos, Vexthra nunca soltou sua mão. Isso disse a Kent que ela não era contrária à ideia; era apenas que ela não parecia ter a capacidade de sentir algo além do ódio.
"Você quer sentir outras coisas... outras emoções além do ódio?" Kent perguntou. Vexthra não respondeu verbalmente, mas seu olhar tinha um certo anseio. Ela queria isso; ela desejava isso, mas lhe faltava a vontade de buscá-lo.
Era como se uma parte fundamental de sua natureza a impedisse de avançar. Kent, enquanto isso, também enfrentava sua própria luta.
Ele havia vivido por 34 anos mas nunca havia experimentado a vida do Prazer. Como Vexthra, lhe faltava a vontade de se excitar. Mas agora, ele podia sentir uma mudança — seu sangue estava começando a ferver.
Os desejos que ele imaginava sentir quando via os corpos lascivos das atrizes através de sua lente, o sabor que ele queria experimentar quando olhava para suas bucetas rosadas, e a excitação que ele ansiava sentir enquanto começava a penetrar seus buracos — tudo isso, ele começou a sentir.
Ele e Vexthra não eram diferentes. Um era uma alma infeliz que, devido a muitos desgostos, tornou-se uma deusa cheia de ódio e ressentimento. O outro era um jovem bonito amaldiçoado pelos céus ao nascer sem desejo sexual nem a força para erguer seu pau.
"Se você fizer isso, você será amaldiçoado com ódio e ressentimento," Vexthra disse de repente.
"Eu aceitaria isso qualquer dia," Kent respondeu sem hesitar, selando os lábios dela com os seus.