(...) 10º ano de dominação
—Magda!!! Mãe!!!!—Aylla chega em casa gritando de alegria.
—O que foi menina?—indaga Helena.
—Eu passei!—ela grita e abraça a mãe.
—Foi isso mesmo que eu ouvi?—Magda a abraça—Parabéns!
—Eu ouvi direito ou minha cunhada passou no teste de iniciação?—Leonardo entra dando uma batida na porta que Aylla deixará aberta.
—É Leo, eu passei!—Ela grita—Vou contar para Eleonora!— Ela corre para a casa da sua prima e melhor amiga.
No caminho ela esbarra com um garoto.
—Você é cega garota?—ele pergunta irritado.
—Desculpa, eu não tava olhando para onde andava!—ela diz—Mas fique feliz por mim!
—E por que eu deveria?—pergunta soberbo o garoto com pouco mais da sua idade.
—Eu passei no meu primeiro teste—Aylla diz ao dar um abraço no estranho e ir em direção a casa de Eleonora correndo. O garoto fica ali parado sem entender o gesto.
—Elly!—Aylla grita na frente da casa.
—Oi garota—Eleonora aparece na janela.
—Vem aqui tenho que te contar uma coisa—ela fala.
—Espera um pouco—ela pede. Depois de alguns minutos ela abre a porta.
—Não vai me dar os parabéns?—Aylla pergunta.
—Você passou!—Eleonora grita e abraça a amiga—Aposto que já contou para todo mundo!
—Quase isso!─ela diz.
—Mãe a Aylla passou!—grita Eleonora em direção à sua casa—Me deseje sorte, amanhã é o meu teste!—elas sentam na frente da casa—Me conta como foi!─As duas ficam um bom tempo conversando, Aylla explica cada etapa e Eleonora prestava atenção em cada detalhe colocado pela amiga.
—Acho que isso é tudo!—Aylla se levanta.
—Vamos sair hoje à noite?—Eleonora pergunta.
—Onde vamos?—Aylla indaga.
—Descobri uns túneis embaixo daquele prédio—ela aponta para o arranha-céu fora do distrito.
—De que horas?—Aylla pergunta.
—Eu passo lá e te pego—Eleonora fala.
—Então tá!—elas se despedem.
(...)
Aylla espera por Eleonora sentada na frente de casa, quando Casimir não estava em casa as garotas tinha mais liberdade, Helena dificilmente interferia em alguma coisa, preferia que as filhas fizessem suas próprias escolhas, mas sempre deixava bem claro que as responsabilidades por suas ações eram unicamente de cada uma. Sentada ela tem a impressão de estar sendo observada, ela olha de um lado a outro e percebe uma sombra se movendo próximo a ela. Aylla levanta-se e anda em direção à sombra.
—AYLLA! ONDE VOCÊ VAI?—Eleonora grita e quem fosse que estivesse na sombra correu.
Aylla deu as costas para Eleonora e correu atrás do desconhecido, desviando de obstáculos ela estava em seu encalço e Eleonora os seguia logo atrás, ele dá a volta em uma das casas e fica de frente com Eleonora que caí por cima dele o segurando. Aylla se aproxima e tira o capuz do desconhecido.
—Oi!—ela sorri simpática.
—Você o conhece?—Eleonora pergunta.
—Esbarrei nele hoje de tarde quando estive na sua casa!─ela explica—Sai de cima dele Elly— Aylla pede—O que você tava fazendo me espionando?─O garoto não responde.—Meu nome é Aylla—ela estende a mão ele agarra e se levanta do chão com ajuda dela—Essa é a Eleonora.
—Oi!—Eleonora sorri—Como se chama?
—Randel!—o garoto responde e as garotas se entreolharam.
—Vamos fazer um passeio, quer ir com a gente?—Eleonora pergunta. Ele fica desconfiado.
—Não se preocupe, não vamos te dedurar por estar fora do seu distrito a essa hora…—Aylla comenta—... Além do mais vamos sair do nosso também—ela e Eleonora sorriem.
—Vem com a gente!—Eleonora e Aylla o seguram pelo braço e o arrastam. Ele dá de ombros e as segue calado. Eles chegam até a entrada subterrânea do prédio que Eleonora apontará pela tarde.
—Você trouxe sua lanterna Elly?—Aylla pergunta.
—Droga esqueci!—ela exclama.
Randel entra no túnel e as chama e elas o seguem.
—Não to vendo nada!—Eleonora comentou. De repente uma luz incandescente começa a brilhar em Randel.
—O que é isso?—Aylla pergunta apontando para o colar de Randel.
—É um colar protetor!—Eleonora exclama.
—Como você sabe?—Randel pergunta espantado.
—Todos os filhos dos alienígenas tem um!—Aylla explica.
─Se fala shinsen!─Randel a corrige bravo.
—Você é meio-humano?—Eleonora pergunta.
—Não seja indelicada Elly!—Aylla pede.
—Sou sim!—ele responde abaixa a cabeça e pergunta—Vocês têm medo de mim?
—Eu não!—Aylla responde—Eu gostei de você!
—Eu também—Eleonora responde. Randel sorri, Ele tinha duas novas amigas que não pareciam se importar por ele ser diferente. Eles passaram algum tempo explorando os túneis e as garotas eram cheias de perguntas.
─Por que está fora de casa?─Eleonora indaga.
─Não quero participar de competições!─ele explica.
─São bastante violentas!─Aylla comenta.
─Vocês já viram?─Randel indaga curioso.
─Sempre que fugimos de alguma aula passamos para assistir a luta!─Eleonora descreve o processo─Eu gosto de rir das fantasias que usam!
─Realmente algumas são ridículas!─Randel concorda.
─É verdade que sua mãe era uma princesa?─Aylla indagou curiosa.
─Eu não sei─Randel dá de ombros─Meu pai não fala muito dela!
─Estamos aqui há vinte minutos!─Aylla cronometra─Temos que nos deslocar se não quisermos que te encontrem!─diz para Randel que sorri.
─Que tal o centro de competições!─Eleonora sugere.
─Mas eu fugi de lá!─Randel diz a Eleonora.
─E se voltar pra lá eles vão achar que você nunca saiu do galpão!─Eleonora explica o raciocínio.
─Se não der certo, ao menos passamos mais tempo fora de casa!─Aylla dá de ombros.
─Então vamos!─Randel regressava de onde começaram. Próximos à entrada, o colar de Randel brilhou mais intensamente e ouviram barulhos grotescos e truculentos vindos da porta.─Eles vinheram atrás de mim─ Randel sussurra─ Vocês tem que se esconder─ ele coloca as duas dentro de um caixote com a tampa entreaberta.
─ELE ESTÁ AQUI EMBAIXO─ o tom de voz inconfundível de um sentinela foi ouvido.
─É aquele rato perseguidor!─Eleonora diz revoltada.
─A gente ainda pode se ver?─Aylla perguntou para ele que apenas acenou negativamente com a cabeça. Randel se distancia e senta perto de uma mesa velha e de dentro do caixote as duas meninas observavam ele.
─OLHA ELE AQUI!─diz a voz grave do sentinela─SEU PAI ESTÁ TE PROCURANDO!
─Desculpa!─Randel diz.
─LEVANTA DAÍ!─o sentinela ordena. Randel é levado nos braços do sentinela para fora dos túneis. Aylla e Eleonora deixam um espaço de tempo para que eles se afastem e elas possam sair em segurança. No fundo elas sabiam que não veriam o garoto novamente.