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Chapter 2 - começo do jogo

 

 capítulo 1

Ever estava em casa, deitado na cama, lendo Uzumaki. Ele realmente gostava desses mangás japoneses. 

Foi quando sentiu algo estranho. Um arrepio percorreu sua espinha, fazendo-o suar frio. Um incômodo crescente tomou conta de seu corpo, um alerta silencioso que não conseguia ignorar. Ele se levantou devagar, fechando o mangá e deixando-o sobre a cômoda ao lado de sua xícara de café.

O silêncio da casa era absoluto, exceto pelo tic-tac do relógio na parede. Ele olhou ao redor, tentando entender o motivo da inquietação. Então, ouviu.

Um estrondo.

Ever prendeu a respiração. Não era um barulho qualquer, mas também não sabia dizer de onde vinha. Seu primeiro instinto foi ir até a porta e trancá-la. Com um clique sutil, a fechadura girou, e ele voltou para a cama. Pegou o livro novamente, tentando se concentrar, mas a sensação de que algo estava errado não desaparecia.

Deu um gole no café já morno. O relógio marcava 3h35 da manhã. Ele deveria estar dormindo, mas o sono parecia uma ideia distante. Sua mãe estava de plantão no hospital, o que significava que ele ficaria sozinho até o amanhecer. Decidiu se manter acordado.

Virou outra página de Uzumaki, mas seus olhos insistiam em se desviar para a porta. Foi então que percebeu.

O som.

Algo... arranhava do lado de fora.

Devagar, ele colocou o livro de lado. O ar parecia mais pesado. O tic-tac do relógio se tornou ensurdecedor.

Então, o arranhão parou. 

E bateram na porta.

 

Ele sentiu seu coração disparar. A sensação de pânico o envolve de imediato. Se virou rapidamente para a cômoda ao lado da cama, abriu uma das gavetas, e procurou algo que pudesse ajudá-lo a entender o que estava acontecendo. Encontrou apenas cartas e uma revista, até que, no fundo da gaveta, seus dedos tocaram algo duro.

Era uma lanterna, a lanterna de seu pai. Ever apertou o objeto contra o peito, sentindo um peso no coração. Uma onda de medo percorreu seu corpo. Pensou consigo mesmo:

— Estou sozinho. Então, o que foi aquele arranhão? No meu bairro, ninguém fica acordado a essa hora... E o arranhão... está dentro de casa.

O medo cresceu, mas ele sabia que precisava descobrir o que estava acontecendo. Com a lanterna na mão, ele destrancou a porta do quarto e saiu. A casa estava silenciosa, a única companhia era o som de seus próprios passos.

Sua casa não era grande, mas tinha um porão. Normalmente, ele usava esse espaço para jogar seus RPGs com seus amigos. Era o único lugar que ainda dava um certo conforto, um local onde a imaginação podia correr solta. Ele desceu as escadas para o porão, com a lanterna iluminando a escuridão.

Verificou cada canto, mas não encontrou nada. Nada além de algumas caixas empilhadas e livros espalhados pelo chão. Sentiu uma ponta de alívio, mas o estranho pressentimento não desapareceu.

Ele subiu novamente, decidido a verificar o restante da casa. No primeiro andar, não havia nada. O silêncio era absoluto, mas algo lhe dizia que não podia confiar nisso.

Subiu até o segundo andar, o último andar da casa. Novamente, ele vasculhou todos os quartos, as portas, os corredores. Não havia nada. O medo começou a dar lugar à frustração.

Com a lanterna ainda na mão, Ever se encostou na parede, sentindo o vazio da casa ao seu redor. Mas algo ainda não estava certo. Ele não conseguia escapar daquela sensação desconfortável de que estava sendo observado, ou pior... de que algo estava prestes a acontecer.

— Talvez não tenha nada... mas que sensação é essa? — pensou Ever, tentando se convencer de que tudo não passava de um pesadelo.

Ele se sentou ao lado de uma janela da casa, o olhar perdido no vazio da noite. O silêncio continuava, mas algo ainda o incomodava. Foi então que algo estranho começou a acontecer.

A janela à sua frente começou a se iluminar. Primeiramente, com um brilho fraco, mas logo se intensificou, revelando cores vibrantes e, ao mesmo tempo, escuras. Era algo radiante, mas assustador, uma mistura de luzes que dançavam no céu como se fossem cometas. Cometas vermelhos e coloridos, um espetáculo visual que jamais poderia ser descrito como natural.

Ever ficou maravilhado, hipnotizado pela visão, mas algo dentro dele sabia que aquilo não era normal. A sensação de não estar sozinho cresceu ainda mais, como se a própria atmosfera estivesse carregada de uma presença sombria.

Antes que pudesse reagir, seu nariz começou a sangrar. uma pressão pesada começou a se formar em sua cabeça, como se o ar ao seu redor estivesse ficando mais denso. Sua visão se turvou.

O medo tomou conta de seu corpo, mas ele não conseguiu reagir. Os cometas continuavam a brilhar do lado de fora, mas ele já não podia mais se concentrar.

Em um último esforço para se manter acordado, ele sentiu seu corpo ceder, a pressão na cabeça aumentando até que finalmente desmaiou, caindo no chão com um baque abafado. 

Um dia depois, Ever acorda em sua cama. Sua mãe vê que ele acordou e, preocupada, o abraça.

— O que aconteceu? — pergunta ela.

Ever não sabia. Ele tinha esquecido de tudo. Passou o resto do dia na cama, sem saber o que fazer.

No dia seguinte, uma garota toca a campainha da casa. A mãe de Ever atende e, ao abrir a porta, vê uma garota com uma capa de chuva amarela. Ela tinha olhos de peixe morto, pele pálida, cabelo ruivo bagunçado, além de ser de baixa estatura e usar galochas grandes e amarelas.

— Oi, senhora. Eu sou Olivia. O Ever está aqui? — perguntou a garota.

A mãe de Ever a observa por um momento, pensando:

— Nossa, ela parece meio calada...

Ela então responde:

— Sim, ele está aqui. Ele está no quarto. Pode entrar. Está chovendo muito, é perigoso ficar aí fora. E ouvi falar que há um palhaço por aí, raptando crianças. Fique à vontade.

Olivia entrou e caminhou pela casa até o quarto de Ever. Quando chegou à porta do quarto, olhou para dentro e disse:

— Oi, Ever-

— Oi, Olivia — respondeu Ever, ainda deitado na cama, sem saber o que mais dizer.

Olivia parecia esquisita. Queria dizer algo, mas não sabia como.

— Ever... você tá com cabelos brancos — disse ela, desconfortável. Era algo novo, estranho.

Ever não entendeu de imediato e pensou:

"Nossa, todo esse desconforto pra isso?"

Ele apenas olhou para o teto, sem reação.

— Ever, eu estou triste — disse Olivia, como se lembrasse de que precisava falar aquilo.

— Por quê? — perguntou Ever, finalmente olhando para ela.

Olivia baixou um pouco a cabeça, sua expressão sem vida ficando ainda mais apagada.

— Vou me mudar — disse, com sua habitual cara de peixe morto, prolongando um pouco a fala, como se o peso daquelas palavras fosse difícil de carregar.

Ever ficou em silêncio por um momento. Não sabia o que dizer. Ainda estava tentando entender tudo — seu cabelo, sua falta de memória e, agora, a notícia de que Olivia estava indo embora.

— Quando? — ele perguntou, tentando soar normal, mas havia algo estranho em sua própria voz.

— Amanhã — respondeu Olivia, olhando para as próprias mãos. — Minha mãe decidiu de última hora. Ela disse que esse lugar não é seguro.

Ever não respondeu. Apenas encarou o teto mais uma vez.

No dia seguinte...

A chuva continuava a cair lá fora, o barulho das gotas contra a janela criando uma trilha sonora monótona para aquele dia estranho. Ever passou a manhã sem fazer nada, sua mente confusa demais para processar qualquer coisa. Sua mãe tentou conversar com ele, mas ele apenas acenava ou murmurava respostas vagas.

Por volta da tarde, a campainha tocou de novo.

Ever já sabia quem era antes mesmo de sua mãe abrir a porta.

Olivia entrou, vestindo a mesma capa de chuva amarela e suas grandes galochas. Dessa vez, ela carregava uma mochila. Seu olhar era o mesmo de sempre, mas algo nela parecia diferente. Talvez fosse a forma como ela andava mais devagar, como se não quisesse que aquele momento chegasse.

Ela parou na frente de Ever.

— Vim me despedir.

Ever engoliu em seco.

— Você vai voltar?

Olivia hesitou, depois respondeu com a voz baixa:

— Não sei.

Aquela resposta ficou pairando no ar entre os dois.

Ever queria dizer algo, mas sua mente parecia vazia. No fim, ele apenas assentiu lentamente.

Olivia suspirou e, sem aviso, enfiou a mão no bolso da capa de chuva. Pegou um pequeno objeto e o colocou na mão de Ever.

— É uma pedra. Você gosta de pedras, né?

Ele olhou para a pedra lisa e azulada na palma de sua mão. Não sabia o que responder, então apenas fechou os dedos em volta dela.

Olivia se virou para ir embora.

— Tchau, Ever.

Ele não disse nada. Apenas ficou ali, segurando a pedra, ouvindo o som da chuva enquanto Olivia desaparecia pela porta. 

Ultimamente, o bairro estava muito perigoso. Na noite anterior, um homem teve a cabeça estourada—era possível ver seu cérebro espalhado pelo chão, ao lado do corpo. Talvez fosse por isso que Olivia estava se mudando, né?

Ever segurou uma pedra, pensativo. Olivia gostava de pedras... sempre achou isso estranho. Ela tinha uma fascinação incomum por elas, mas ele nunca questionou.

De repente, a voz da mãe ecoou pela casa:

— Ever, vai pra escola!

O grito repentino o fez se assustar. Resmungando, ele se arrumou às pressas, pegou sua bicicleta e saiu pedalando. No caminho, sua mente ainda estava em Olivia. Ele não conseguia parar de pensar nela.

Então, um barulho seco cortou o ar.

Tiros.

Em questão de segundos, um corpo caiu bem na frente dele.

Ever congelou. O homem estava cravado de balas no peito, as tripas expostas em meio a uma poça de sangue. Era brutal demais para ter sido obra de um simples criminoso. Isso... isso era coisa de um psicopata.

Um arrepio gelado percorreu sua espinha. Seu corpo estava travado, os dedos tremendo no guidão da bicicleta. Se ficasse ali, poderia ser o próximo.

Com o coração disparado, Ever forçou suas pernas a se moverem e saiu pedalando com toda força. O vento cortava seu rosto, mas ele não parava. Precisava sair dali.

Quando finalmente chegou à escola, arfava de tanto cansaço. Assim que avistou Arlo, seu amigo, correu até ele.

— Arlo... Meu Deus... — Ever tentava recuperar o fôlego. — Eu vi um cara sendo morto bem na minha frente! Ele foi pipocado, eu vi as tripas dele pra fora! Isso tá uma loucura...

Arlo arregalou os olhos, chocado. Antes que pudesse responder, outra voz surgiu ao lado deles.Era Clara, que observava a cena com um sorriso malicioso.

— Bem-vindo ao inferno que é Arkhan! — disse Clara, rindo. — Isso tá parecendo uma imitação de "Cidade de Deus", só falta achar o Zé Pequeno! Hahahaha!

Ever e Arlo se entreolharam. O humor dela talvez não fosse muito normal.

— Isso foi desnecessário — murmurou Ever.

Clara revirou os olhos, parecendo decepcionada por ninguém rir. Antes que pudesse responder, o sinal tocou e os três seguiram para a sala 3D.

Assim que se sentaram, passaram-se alguns minutos e, então, o professor chegou. Mas, uma hora depois, a polícia começou a invadir a escola. De repente, um homem entrou na sala segurando uma faca e avançou no professor, gritando que ele iria pagar.

Antes que pudesse atacar, Arlo empurrou sua mesa contra o homem, que caiu no chão. A polícia entrou na sala rapidamente, mas, antes de ser detido, o homem pegou a faca e, chorando com um sorriso enlouquecido, esfaqueou a própria garganta.

O sangue jorrou pelo chão, deixando a sala inteira em silêncio absoluto.

A aula foi cancelada para os alunos. Ever pegou sua bicicleta e seguiu para casa, mas no caminho parou no local onde, poucas horas antes, um homem havia sido morto bem na sua frente. Os policiais ainda estavam ali, tentando estabilizar a situação. Ele passou pelo local rapidamente, tentando não pensar muito sobre o ocorrido, e continuou seu trajeto até sua casa.

Assim que entrou, sua mãe, surpresa, perguntou:

— Por que você chegou tão cedo?

— Um homem entrou na escola e se esfaqueou na minha turma.

A expressão dela ficou pálida instantaneamente. Os olhos se arregalaram e a voz dela saiu trêmula:

— Essa cidade está uma total loucura... Tome mais cuidado, filho.

Ever não respondeu. Apenas acenou levemente com a cabeça e seguiu para o quarto. Atirou a mochila em um canto aleatório, pegou uma xícara de café e se jogou na cama com o mangá "Uzumaki" em mãos. Tentava distrair sua mente, mas a cena na escola ainda estava muito vívida em sua memória.

Cerca de uma hora depois, a campainha tocou. Ele se levantou preguiçosamente e foi até a porta. Ao abri-la, viu Clara e Arlo parados ali.

— Oi de novo. Bora jogar um RPG? — disse Arlo, com um rosto aparentemente normal, mas levemente suando.

— Vamos, Ever, vai ser bom pra descontrair depois daquele horror — disse Clara, tentando parecer animada.

Ever hesitou por um momento. Ainda estava abalado depois do que aconteceu com sua amiga indo embora tão de repente... e das duas mortes que presenciou. Mas suspirou e concordou:

— Vamos.

O grupo desceu para o porão. Ever preparou a mesa de RPG e começaram a jogar. O tempo passou mais rápido do que esperavam, e logo todos estavam com fome. Subiram até a cozinha, onde encontraram a mãe de Ever preparando algo.

— Mãe, podemos pedir algo pra comer? — perguntou Ever.

Ela olhou para eles e, sem hesitar, decidiu:

— Vou pedir pizza.

Algumas horas depois, a pizza chegou. Eles comeram enquanto conversavam e riam, tentando afastar o peso do dia. Mas a tranquilidade durou pouco.

De repente, um terremoto sacudiu a casa. O chão tremeu violentamente, derrubando alguns objetos das prateleiras. Todos ficaram atordoados e se olharam, assustados.

— O que foi isso?! — perguntou Clara, com a voz trêmula.

Eles correram para fora, para a rua em frente à casa de Ever. Foi então que os viram.

Um grupo de pessoas encapuzadas estava ali, pelo menos dez delas. Seguravam velas e murmuravam palavras em um idioma estranho, misturado com frases conhecidas. No meio daquela confusão de vozes, uma frase se destacou:

— Ele está vindo... Shifunigura…—

O coração de Ever acelerou. Algo estava errado. Muito errado.

— Galera, o que caralhos é isso? — disse Clara, tentando entender o que estava acontecendo.

Apesar do barulho que Clara fazia, os encapuzados não perceberam a presença deles.

— Vamos segui-los? — sussurrou Ever, olhando para os amigos.

Eles começaram a se afastar e, aos poucos, o grupo desapareceu de vista. Então, com cautela, começaram a segui-los discretamente.

A madrugada começava a chegar, e os encapuzados se dirigiam para o meio da floresta. Entre as árvores, eles desapareceram. Depois de algum tempo, os amigos também chegaram a uma entrada secreta, escondida entre as pedras e a vegetação densa.

Os encapuzados entraram em uma caverna. Eles os seguiram, cautelosos. De repente, se viram em um local úmido, frio e escuro, envolto por uma neblina densa. Uma aura ameaçadora preenchia o ar, e os murmúrios dos cultistas se tornavam mais nítidos. Eles gritavam repetidamente:

Shifunigura

As crianças se perguntavam o que seria aquele nome, até que decidiram investigar mais de perto. Subiram em uma plataforma elevada que dava vista para o fundo da caverna. Abaixo deles, um enorme abismo se estendia, profundo e assustador. Ao redor do abismo, os encapuzados estavam posicionados, cultuando o nome de Shifunigura com uma fervorosa devoção.

De cima, eles podiam ver tudo os cultistas, o abismo e a energia pesada que preenchia aquele lugar macabro. Eles estavam muito próximos, e o perigo parecia iminente.

O abismo começa a brilhar em um céu com incontáveis estrelas brilhantes, e em meio às incontáveis estrelas um gigantesco olhos com cerca de 3 metros se abriu em meios as estrelas.

As crianças pasmas com aquilo se paralisam e soam frio. em meio aquele céu vários cometas passam pelo céu ever arregala os olhos se lembrando do dia que viu os cometas e desmaiou. em meio a poluição do céu que podia ser descrito como belo mas ao mesmo tempo caótico. 

O o enorme olho do abismo tem a pupila dilatada e um enorme extrondo acontece fazendo os cultistas fazerem uma fila, e um cultistas que parecia ter cerca de 2 metros de altura ele

levanta os braços e grita alimente ele os vários cultistas em fila começam a se jogar no abismo imensurável, até que a pupila do olho se dilata de novo e o extrondo e emitido de novo fazendo eles pararem.As crianças pasma com toda aquela loucura começa a andar pra fora daquele lugar macabro mas acidentalmente arlo esbarra em uma pedra caindo fazendo um enorme barulho,os cultista em uma reação se virão até a direção do barulho vendo o grupo. o enorme olho no abismo se vira pra direção dele. a pupila do olho se dilata criando um enorme extrondo, ever começa a correr como nunca ele não liga pra nada apenas correr, ele corre pelos corredores da caverna arlo está o acompanhando ele diretamente correndo junto dele quase correndo a cloe estava logo atrás deles soluçando chorando em puro pânico 

Enquanto isso os cutistas gritavam.

-Introsos! intrusos!-

um cutista grita 

-parem!-um cutista fala 

Eles chegam na parte de fora da caverna, e vão direto pra casa do ever, cloe e arlo ligam para suas casas dizendo que estavam na casa de ever e que iriam dormir ali 

continua