O salão de treinamento real estava lotado. Os nobres, cavaleiros e até mesmo o próprio Rei Aldrich observavam atentamente. O teste decisivo havia começado.
Lucas segurava sua espada com firmeza, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros.
Diante dele, Sir Darius, um dos cavaleiros de elite do reino, se preparava para o combate.
— Mostre-me sua força, jovem comandante. — Darius disse, assumindo uma postura de batalha.
Lucas avançou com rapidez, sua espada cortando o ar como um raio. Darius, no entanto, desviava com maestria, analisando cada movimento do jovem guerreiro.
A luta se intensificou, golpes sendo trocados com uma precisão impressionante. Matheus, Beatriz e Alexandre observavam atentos, prontos para aprender com cada detalhe do duelo.
Então, algo inesperado aconteceu.
Darius baixou a guarda por um instante, expondo completamente seu flanco.
Foi um erro? Ou um teste?
Lucas percebeu na hora.
"Ele quer ver se eu sou um assassino ou um líder."
Seu instinto o alertou. O Rei não queria apenas medir sua força. Ele queria saber se Lucas e seu grupo matariam por glória, riqueza ou simples prazer em lutar.
A lâmina de Lucas parou a centímetros do pescoço do cavaleiro.
O salão ficou em silêncio absoluto.
Lucas baixou sua espada e deu um passo para trás.
— Eu poderia vencer essa luta agora. Mas não preciso.
Os olhos do Rei brilharam com interesse.
— Explique.
Lucas inspirou fundo e respondeu:
— Esse cavaleiro tem família, amigos e pessoas que o esperam em casa. A única razão para tirar uma vida deveria ser proteger algo maior, não ganância ou desejo de provar minha força. Lutar é necessário, mas matar sem motivo é cruel.
Ele olhou diretamente para o Rei e finalizou:
— A única exceção seria se meu inimigo fosse alguém movido pelo mal ou pela ganância desenfreada.
Darius sorriu e guardou sua espada.
— Um líder digno não é aquele que apenas vence batalhas, mas aquele que sabe quando lutar e quando recuar.
O Rei se levantou, impressionado.
— Muito bem. Vocês passaram no teste.
Os nobres murmuravam entre si, surpresos com a maturidade do jovem comandante.
Mas o Rei não havia terminado.
— Agora, como recompensa por sua vitória, concederei a cada um de vocês um desejo.
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Os Pedidos do Grupo
Lucas foi o primeiro a falar.
— Não preciso de muito. Apenas um lugar para morar.
Beatriz sorriu e acrescentou:
— Eu só queria comida! Nunca recuso uma boa refeição.
Matheus, sempre focado no aprendizado, pediu:
— Gostaria de livros para estudar. Quanto mais conhecimento, melhor.
Alexandre, por fim, disse:
— Apenas um pouco de dinheiro para viver na capital até transferir minha licença da guilda para cá.
O salão ficou em silêncio novamente.
Os nobres ficaram boquiabertos.
Eles podiam pedir qualquer coisa. Riquezas, terras, tesouros. Mas pediram apenas o necessário para viver.
O Rei sorriu.
— Esse foi outro teste. O teste de humildade e confiança. E vocês passaram com louvor.
Então, ele fez algo inesperado.
— Sejam bem-vindos ao palácio real. A partir de hoje, terão moradia, comida de primeira, um local de treinamento e acesso à minha biblioteca pessoal.
O grupo ficou surpreso.
— S-Sério? — Beatriz perguntou, animada.
— Considerem isso uma recompensa extra. Quero que aproveitem essa cidade e continuem crescendo.
Os guardas os conduziram para conhecer seus novos aposentos no castelo real.
O grupo se curvou em gratidão.
— Obrigado, Vossa Majestade.
E assim, eles deram um passo ainda maior rumo ao destino que os aguardava.