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Chapter 6 - Ganhos e Perdas

Roland sempre foi fã de filmes de terror e mistério. Ele também fantasiava muito sobre o que faria se encontrasse monstros ou fantasmas.

Em sua fantasia, ele era corajoso e determinado. Mesmo gravemente ferido, conseguia se esforçar para escapar.

No entanto, quando confrontado com um monstro real, Roland percebeu que a fantasia era apenas um devaneio infundado que poderia facilmente ser destruído pelo martelo chamado realidade.

Além disso, o que ele enfrentava não era exatamente o martelo da realidade. Era apenas um jogo.

A aranha não viu Roland. Se Roland fugisse, ele deveria conseguir escapar, mas ao ver as três crianças que choravam e tremiam de medo, ele achou impossível virar as costas e correr.

Pode-se encontrar dez mil desculpas para ser fraco, mas é necessário apenas um motivo para ser corajoso.

Roland agachou-se e encontrou uma pedra e um galho quebrado. Ele torceu a ponta do galho para torná-la pontiaguda.

"Sou um jogador. Isto é um jogo. Não preciso ter medo."

Roland murmurou para si mesmo. Nesse momento, a aranha bateu na árvore novamente. Mesmo estando a uma dúzia de metros de distância, ele viu a casca da árvore rachar e sentiu a terra tremer.

As três crianças na árvore quase foram jogadas para fora, o que as deixou ainda mais assustadas. Elas gritaram e gritaram, lágrimas e ranho por todo o rosto. Elas não poderiam ter parecido mais miseráveis.

Ele não podia esperar mais.

Roland agarrou a pedra e lançou-a. Ele rugiu, "Monstro, olha isso!"

Embora Roland não tivesse uma grande mira, a aranha era grande demais para ele errar. A pedra atingiu seu corpo, causando um barulho metálico estranho, antes de ser desviada para outro lugar.

Sentindo o ataque por trás, a aranha gigante se moveu com suas oito pernas e virou-se rapidamente.

Roland arfou com a aparência abominável da aranha. Ela tinha mais de cem olhos complexos vermelhos na cabeça. Pacientes com tripanofobia teriam perdido a coragem de lutar contra ela.

Ainda mais horrivelmente, ela tinha um par de foices pretas que se estendiam dos dois lados de sua boca. Eram longas e pontiagudas, com espinhos nas extremidades. Não era difícil imaginar que ferimentos terríveis as foices poderiam causar.

Era um predador clássico.

Roland estava inclinado a usar magia. Lembrou-se de que, além da Proficiência Linguística, ele tinha dois feitiços de nível um, a saber, "Bola de Fogo Inferior" e "Mão da Magia", que ele aprendeu quando criou o personagem.

No entanto, como sua cabeça poderia explodir se falhasse ao lançar o feitiço, Roland desistiu da ideia. Se o herói morresse primeiro, não haveria esperança para as três crianças.

A aranha gigante encarou Roland por um tempo. Depois, voltou e bateu na árvore novamente. Imediatamente, as três crianças gritaram.

Roland não conseguiu se conter mais. Ele respirou fundo e avançou em direção à aranha, que não mostrou reação quando ele se aproximou. Encantado, Roland ergueu seu bastão e bateu na junta da perna mais à direita da aranha.

Roland aprendeu que o corpo da aranha era duro desde sua primeira tentativa de lançar uma pedra. Então, desta vez, Roland tentou atacar a junta da aranha. Com base em seu entendimento fundamental da biologia, as juntas da maioria das criaturas eram vulneráveis.

O bastão atingiu pesadamente a junta da aranha. Então, Roland descobriu, para sua surpresa, que ele parecia ser mais forte do que pensava. Mas como um conjurador de magias, ele tinha apenas cinco pontos de força. Quão fortes seriam os Guerreiros se tivessem dez pontos de força desde o início?

Fluido corporal verde espirrou quando a perna da aranha gigante foi atingida. Então, o monstro gritou em choque e fúria. Virou-se rapidamente, e as foices pretas em sua boca avançaram sobre o inimigo.

Embora Roland estivesse preparado e pulasse para trás no momento em que a aranha virou, seu pulo não foi muito longo, pois ele não era um Guerreiro nem uma classe ágil. As duas foices pretas perfuraram suas pernas e o pregaram no chão.

Era doloroso... mas ainda suportável. Afinal, ele só conseguia sentir um décimo da dor.

A imensa aranha derrubou Roland e o arrastou para trás, deixando um longo rastro de sangue no chão atrás dele.

Vendo que havia conseguido sua presa, a aranha gigante abriu lentamente sua boca.

Naquela hora, Roland enfiou a ponta afiada do seu bastão na boca da aranha brutalmente e gritou para o topo da árvore, "Desçam e corram!"

Foi tudo o que ele conseguiu dizer, porque a aranha o levantou e o esmagou duas vezes, causando uma dor excruciante. Ele estava tonto demais para dizer mais alguma coisa.

As três crianças deslizaram para baixo da árvore após um breve choque. Os dois meninos choraram e correram, mas a garotinha magra pegou um bastão, tremendo mas tentando ajudar.

Roland gritou com raiva quando a viu, "Idiota, corra!"

A menina ficou atordoada quando Roland gritou com ela. Então, ela largou o bastão e correu embora, chorando. Roland se sentiu um pouco consolado ao vê-la desaparecer. Como jogador, não era nada para ele morrer uma vez, mas se a menina morresse, seria para sempre.

Ele se lembrou que, de acordo com a promoção do jogo, todos os NPCs eram únicos. Eles teriam suas próprias vidas. Eles cresceriam e envelheceriam. Eles teriam sucesso e fracasso. Uma vez mortos, nunca renasceriam.

Eu acabei de salvar uma vida? Roland estava sorrindo quando a aranha enorme o levantou e o esmagou novamente. Após cinco vezes, a consciência de Roland foi ejectada de seu corpo.

Como um terceiro observador, ele viu a aranha rasgar seu corpo, sangue por todo o chão. No entanto, Roland não estava irritado, pois sabia muito bem que a aranha não viveria muito. Afinal, a aranha não poderia comer até se livrar do bastão pontiagudo em sua boca.

A morte estava à espera da aranha.

Naquele momento, uma opção apareceu diante de seus olhos: Você está muito longe do ponto de ressurreição mais próximo. Você deseja saltar para o ponto de ressurreição mais próximo?

Roland escolheu sim.