Argus era um jovem que desde criança era fascinado por diversas mitologias, desde criança ele as estudava, se maravilhando com os mitos que continham nelas, na maioria das vezes se imaginando dentro desses mitos. Após sua adolescência, por algum motivo ele deixou essa paixão de lado por motivos desconhecidos.
Na vida adulta, Argus descobre que ele tinha uma doença crônica, era uma doença sem cura e completamente desconhecisa na visão dos médico, ele passou seus últimos anos de vida dentro de uma cama no hospital, imaginando e desejando a sua própria morte. A sua morte era algo que ele desejava mais que tudo, ele não aguentava mais ficar deitado naquela cama o dia todo, sem poder fazer o que os adultos faziam.
Em um dia, seu médico, havia dito que ele não tinha mais muito tempo de vida, o médico esperava uma reação triste dele, mas recebeu o completo oposto, Argus estava feliz, esboçando um sorriso no rosto, depois de todo aquele sofrimento, ele finalmente iria ter sua paz. Ele deitou na cama, dormindo, sentindo uma paz imensa antes de dormir, já que sabia que iria morrer.
Argus morre. Ele sempre ouviu falar que quando você morre, ele veria flashbacks dos acontecimentos importantes em sua vida e com ele não foi diferente. Ele viu seu nascimento, o momento em que descobriu os Deuses e até mesmo quando descobriu a sua doença sem cura.
Ele sentia uma luz radiante em seus olhos, o incomodando um pouco, ele esperava que depois da morte, ele ficasse em um vazio sem fim e não em uma luz irritante, lutando pra abrir os olhos, ele consegue.
Ao seu redor, havia flores e plantas, era muito lindo, como o paraíso.
"Você acha que aqui é o paraíso?"
Argus pula, assustado, todo o conforto e paz que estava sentindo havia sido completamente dissipado.
"Quem diabos é você? Aonde estamos exatamente? Eu deveria estar morto."
A figura desconhecida apenas olhava pra Argus, tinha uma aparência humana, mas uma aura completamente diferente, quase divina. O homem tinha cabelos pretos, era um homem esbelto e vestia vestes gregas.
"Quem sou eu? Você deveria saber, considerando que nos estudou por tanto tempo. Meu nome é Hermes, o mensageiro dos deuses. Aonde estamos? Como eu posso te explicar isso... É como se fosse um lugar entre a vida e a morte, você morreu, mas após sua morte, os deuses vão decidir se você é bom o suficiente pra satisfazé-los ou não."
Argus ouvia o que o suposto Hermes dizia, ele não era totalmente descrente do que Hermes dizia, principalmente porquê era praticamente impossível ele ainda estar vivo depois de ter certeza que estaria morto.
"E se eu não conseguir satisfazé-los?"
Hermes sorri, um sorriso diabólico, claramente não seria algo bom, ele não precisou de palavras pra Argus imaginar o que os deuses fariam.
"É.... Tudo bem, eu entendi. Mas como exatamente eu vou satisfazer os Deuses?"
Hermes apenas ri, olhando no fundo dos olhos de Argus.
"Não é tão simples, humano, eu não poderia facilitar tanto pra você. Mas eu vou te dar uma dica"
Argus arqueia as sobrancelhas, confuso com o que Hermes estava querendo dizer.
"Dica?"
"Exatamente, esse mundo em que você está agora é totalmente diferente do seu mundo, ele não é regido por regras mundanas, como seu era. Aqui é onde os deuses como eu vivem, mas vivemos em um plano ainda mais elevado do que essa terra"
Argus ainda estava confuso, é claro que era estranho o fato dele ainda estar vivo mesmo depois de ter morrido, então ele pergunta: "Não me entenda mal, eu não sou totalmente descrente que você é um Deus, mas por que exatamente eu acreditaria em você?"
Hermes sorri com a desconfiança do homem.
"Eu não te culpo por não acreditar em mim, que tal uma pequena demonstração?"
Argus não falou nada, deixando o silêncio pairar sob o ar. Logo hermes em alta velocidade dá leves tapas em diversas partes do corpo de Argus, quando os tapas cessam, Hermes vê uma reação de choque no rosto de Argus, sorrindo com a reação do homem.
"Tudo bem, eu acredito em você agora"
Hermes diz, vendo que convenceu o homem: "Bom!"
"Eu tenho uma perg-"
Em um piscar de olhos, Hermes sai, sem deixar com que Argus fizesse sua pergunta.
"Droga. Voltei pra estaca zero de novo."