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Chapter 5 - Capítulo 5: Lições que Maldições Não Ensinam

No dia seguinte, Keyon começou sua primeira aula formal como professor na Escola de Jujutsu. Após avaliar a força bruta e as técnicas de combate dos alunos no treinamento anterior, ele decidiu focar em um aspecto negligenciado: como pensar como uma maldição e como derrotá-las com estratégia.

A sala estava repleta de energia amaldiçoada pulsante. Os veteranos, Maki, Panda e Inumaki, sentaram-se ao lado do grupo de Keyon, curiosos para ver como ele conduziria sua primeira aula teórica.

Keyon se posicionou à frente da classe, vestindo suas tradicionais luvas pretas. Ele começou calmamente:

"A força por si só não vence maldições de alto nível. Vocês precisam entender a psicologia delas. Por que uma maldição ataca? O que ela deseja? E, mais importante, como ela pensa?"

Os estudantes estavam atentos, especialmente Maki e Yumi, que viam utilidade imediata nesse tipo de abordagem.

"Alguém pode me dizer qual é o maior erro que um feiticeiro de Jujutsu pode cometer em uma luta?"

Riku levantou a mão, hesitante. "Subestimar a maldição?"

Keyon assentiu. "Isso é verdade, mas incompleto. O maior erro é presumir que a maldição segue o mesmo raciocínio que um humano. Maldições são emoções puras. Ódio, medo, dor, vingança. Para derrotá-las, vocês precisam entrar na mente delas, prever os movimentos e explorar suas fraquezas."

Ele então apontou para o quadro negro e começou a desenhar um esquema detalhado de uma maldição que havia enfrentado recentemente, destacando suas características, padrões de ataque e vulnerabilidades.

Keyon decidiu aplicar uma atividade prática. Ele dividiu os estudantes em dois grupos:

Veteranos: Maki, Panda e Inumaki.

Novatos: Yumi, Riku, Akira, Mina e Hiroto.

Ele apresentou um cenário hipotético: uma maldição de nível 1 estava escondida em um hospital abandonado, atraindo vítimas para alimentar sua energia.

"O grupo veterano assumirá o papel da maldição, enquanto o grupo novato será o time de feiticeiros enviado para exorcizá-la. Quero ver como vocês aplicam o que discutimos."

A atividade começou com os veteranos armando armadilhas e simulando ataques da maldição, enquanto os novatos precisavam formular estratégias para encontrá-los e neutralizá-los.

Yumi liderou o grupo novato com planos precisos, mas Maki, interpretando a maldição, conseguiu despistá-los várias vezes.

Riku e Hiroto, impacientes, atacaram cedo demais, caindo em uma "armadilha" de Panda e Inumaki.

Akira e Mina, mais cautelosos, conseguiram identificar um ponto fraco na defesa da maldição, mas demoraram a agir.

Keyon observou tudo com atenção, tomando notas.

"Vocês fizeram progressos, mas isso não é suficiente para derrotar uma maldição real," ele disse ao final da simulação. "A próxima aula será focada em trabalho em equipe e coordenação de técnicas."

Após a aula, Keyon foi convidado para um treinamento conjunto com os outros professores. Satoru Gojo e Kento Nanami estavam presentes, prontos para avaliar ainda mais as habilidades de Keyon.

Nanami, sempre direto, perguntou: "Com o seu nível de energia amaldiçoada e suas técnicas únicas, você é quase imparável. Mas como planeja ensinar isso aos alunos? Nem todos possuem seu talento inato."

Keyon respondeu sem hesitar: "Não é sobre ensinar o que eu posso fazer, mas o que eles podem. Cada um tem potencial para ser excepcional à sua própria maneira. Minha função aqui é mostrar como encontrar e explorar esse potencial, seja estratégico, técnico ou instintivo."

Gojo, com seu habitual ar descontraído, sorriu. "Gostei dessa. Mas você sabe que vou querer ver você em ação. Vamos marcar um duelo amigável. Só para... inspirar os estudantes."

Keyon apenas sorriu, sabendo que Gojo não estava brincando.

Mais tarde naquele dia, Keyon teve a oportunidade de conhecer Megumi Fushiguro, que acabara de se matricular na escola.

"Então você é o famoso Keyon Arks," Megumi disse, com seu tom calmo e reservado. "Ouvi falar de você. Um feiticeiro de classe especial que caça maldições enquanto gerencia uma empresa bilionária."

Keyon deu uma risada. "E você é o protegido de Gojo. Já ouvi muito sobre você também. Aparentemente, temos muito em comum."

Megumi ergueu uma sobrancelha. "Não tenho certeza disso."

Keyon colocou a mão no ombro de Megumi. "Você é mais especial do que pensa. Espero que esteja pronto para aprender, porque estou aqui para ensinar o que ninguém mais pode."

Com o passar dos dias, Keyon começou a ajustar o ritmo das aulas, equilibrando teoria, prática e momentos de reflexão. Ele sabia que estava construindo algo maior do que apenas um grupo de feiticeiros: estava formando uma nova geração capaz de mudar o mundo do Jujutsu para sempre.

Enquanto isso, o duelo com Gojo estava marcado para breve, prometendo ser um espetáculo para os estudantes e uma lição que ninguém esqueceria.