Violeta havia fechado os olhos por vários minutos, mas mesmo que Asher não a machucasse, a tensão na sala havia se tornado insuportável.
Seus sentidos estavam aguçados, sua consciência de cada movimento dele amplificada por sua incapacidade de ver. O ar parecia elétrico, carregado com o peso de sua presença.
"Você não precisa fazer isso, Violeta," Asher murmurou, suas mãos encontrando o cabelo dela mais uma vez, massageando seu couro cabeludo com ternura. Os deuses sabiam como isso era bom, um movimento deliberado para desarmá-la.
Ela quase caiu nessa.
"Eu nunca iria te machucar," ele sussurrou, seu braço deslizando ao redor da cintura dela e puxando-a contra o calor de seu corpo.
"Mesmo?" Violeta retrucou friamente. "Você nunca me machucaria? Você quer dizer da mesma forma que você me deixou ser intimidada mais cedo hoje?" Sua voz gotejava veneno enquanto ela se referia à humilhante cerimônia de cheiramento.
Ela nunca esqueceria aquele incidente. Não num futuro próximo.