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Masters of Apocalypse

Daoistdr3l1V
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Synopsis
Em um mundo devastado por um apocalipse zumbi, dois jovens amigos, Yun-Seok e Ji-Hoon, são forçados a enfrentar um futuro incerto e aterrador. Eles cresceram juntos em um orfanato, onde construíram uma amizade inquebrável e se prepararam secretamente para o pior, criando um bunker na floresta. Enquanto Yun-Seok busca manter a esperança e a humanidade, Ji-Hoon, com sua visão pragmática e sobrevivencialista, está sempre um passo à frente, preparando-se para uma luta pela sobrevivência. Quando o caos toma conta das ruas de Seul, com zumbis invadindo a cidade e destruindo tudo à sua volta, a dupla precisa usar suas habilidades para enfrentar a crescente ameaça. Entre o horror e o desespero, eles se tornam símbolos de resistência, guiados pela promessa de um refúgio seguro no bunker. Contudo, mesmo em meio ao apocalipse, os momentos de amizade, amor e sacrifício são os faróis que os mantêm firmes. A cada desafio, Yun-Seok e Ji-Hoon irão descobrir que a luta pela sobrevivência não é apenas contra as criaturas mortas-vivas, mas contra seus próprios medos e incertezas sobre o futuro. Em um cenário onde a humanidade luta para não se perder, o sol e a lua serão as únicas certezas que restam para iluminar a escuridão.
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Chapter 1 - Capítulo 1: A Tempestade silênciosa.

Os gritos ecoavam pelas ruas de Seul, um coro desesperado de vozes tentando sobreviver em meio ao caos. Chamas subiam pelo céu noturno, iluminando a escuridão que engolia a cidade. O som de vidro se estilhaçando, seguido pelo ruído pesado de corpos caindo ao chão, misturava-se com o zumbido constante das sirenes que cortavam o ar. As sombras das criaturas se moviam rápidas, como pesadelos que se recusavam a dissipar com o despertar.

Entre os escombros e a fumaça, uma figura solitária corria, ofegante, com o rosto coberto de suor e sujeira. Seus olhos, arregalados em puro terror, varriam os arredores em busca de uma rota de fuga. Mas não havia saída. As ruas, antes cheias de vida, agora eram campos de batalha, onde a humanidade travava uma guerra perdida.

O jovem, cujo nome já não importava mais, viu uma brecha entre dois carros virados. Era sua única chance. Ele correu, o coração batendo freneticamente, sentindo o cheiro de sangue e morte no ar. Mas, antes que pudesse alcançar a salvação, uma mão fria agarrou seu tornozelo, puxando-o para o chão. Ele gritou, mas sua voz se perdeu no pandemônio ao redor. E então, tudo ficou em silêncio.

Um dia antes...

O sol nascia sobre Seul, na Coreia do Sul, espalhando sua luz dourada sobre os telhados das casas e iluminando o dia que prometia ser como qualquer outro. O céu era de um azul profundo, sem uma única nuvem à vista, e o ar estava fresco, com uma leve brisa que balançava suavemente as folhas das árvores.

Yun-Seok um garoto com 185 cm ,

loiro de porte atlético que parecia um jogador de rugby,descia a ladeira correndo, o som de seus tênis batendo contra o asfalto ecoando na rua ainda deserta. Seu cabelo loiro brilhava sob a luz do sol matinal, e um sorriso largo estava estampado em seu rosto. Ele adorava aquela sensação de liberdade que só a corrida podia lhe proporcionar, o vento batendo em seu rosto, o corpo em movimento, o mundo passando como um borrão ao seu redor.

Enquanto corria, Yun-Seok cumprimentava os trabalhadores que começavam seu dia. "Bom dia, senhor Park!", gritou ele para o açougueiro que já estava abrindo as portas de sua loja. O homem, com seus músculos robustos e rosto severo, acenou de volta, uma expressão gentil suavizando suas feições.

"Bom dia, garoto!", respondeu o mecânico da esquina, limpando as mãos sujas de graxa em um pano já imundo. Yun-Seok acenou para ele também, sem diminuir o ritmo. Ele conhecia todos ali, e todos o conheciam.

Yun-Seok estava indo para a escola, mas para ele, aquele era apenas mais um treino matinal. Ele era o capitão do time de atletismo e levava sua posição a sério. Treinava todos os dias, mesmo que isso significasse acordar mais cedo. A escola não ficava muito longe, mas ele gostava de tomar um caminho mais longo, passando pelas áreas rurais antes de voltar para a cidade. As ruas calmas e o som distante dos pássaros eram um alívio para sua mente sempre ativa.

Enquanto corria, seus pensamentos se voltavam para seu melhor amigo,

Ji-Hoon,era um garoto de 182cm com cabelos pretos é um corpo de um corredor,que apertava ser magro mais com músculos ,ele não o acompanhou à escola naquele dia.

Pois Ji-Hoon havia dormido na casa de um amigo, Sung-Woo, que morava perto da escola , a escola localizavase na parte sul de suwon na Coreia do sul, ji-hoon era o oposto de Yun-Seok em muitos aspectos. Enquanto Yun-Seok era extrovertido e animado, Ji-Hoon era introspectivo e cauteloso.

Seu cabelo preto, sempre um pouco bagunçado, refletia sua personalidade mais reservada. Mas, apesar de sua natureza mais quieta, Ji-Hoon tinha uma mente afiada e era extremamente observador. Seu interesse por sobrevivência, armas e desastres naturais, que parecia estranho para muitos, fazia dele um companheiro valioso em qualquer situação.

tanto ji-hoon quanto Yu-Seok morava em um orfanato localizado bem próximo com a divisa de Hwaseong-si,Os dois amigos se conheceram no orfanato quando tinham apenas cinco anos. Ji-Hoon foi levado para lá após a morte trágica de seus pais, e Yun-Seok, que já estava no orfanato, foi o primeiro a estender a mão para o garoto novo e tímido.

Desde então, eles eram inseparáveis, quase como irmãos.

Quando completaram quinze anos, os dois decidiram que precisavam de um plano para o futuro.

A ideia de construir um bunker na floresta nasceu de Ji-Hoon, que queria manter o orfanato e seus moradores seguros.

Eles passaram o último ano economizando cada centavo que ganhavam com trabalhos de verão e nos finais de semana para construir o que chamavam de "santuário". Era mais do que um projeto; era um símbolo da amizade deles e da preparação para um mundo que, para Ji-Hoon, poderia desmoronar a qualquer momento.

Naquele dia, tudo parecia normal. As pessoas seguiam com suas vidas, alheias ao que estava por vir. Yun-Seok chegou à escola pouco depois, cruzando os portões enquanto cumprimentava os colegas de classe. A escola era grande, com três andares, pintada em um tom neutro de bege, com telhados de telha vermelha que se destacavam contra o céu azul. O pátio estava começando a se encher com estudantes que conversavam animadamente ou verificavam seus celulares.

Yun-Seok e Ji-Hoon estavam na mesma classe, no segundo ano do ensino médio. A sala de aula deles ficava no segundo andar, com grandes janelas que permitiam a entrada de luz natural. As carteiras estavam organizadas em filas, cada uma delas com um compartimento para livros e materiais escolares. As paredes eram decoradas com pôsteres educativos e projetos dos alunos, dando ao ambiente uma atmosfera acolhedora.

Assim que Yun-Seok entrou na sala, ele avistou Ji-Hoon sentado no fundo, do lado oposto à porta, com uma visão panorâmica da sala e da escola. O garoto estava imerso em um livro sobre táticas de botânica e tipos de plantas, mas ergueu os olhos ao ver o amigo se aproximando.

"Bom dia, Ji-Hoon!", exclamou Yun-Seok, sentando-se ao lado dele.

"Como foi na casa do Sung-Woo?" perguntou Yun-Seok.

"Foi ok, fizemos o trabalho todo e fomos dormir cedo", respondeu Ji-Hoon com sua voz suave e calma. Apesar de sua seriedade, havia um vínculo profundo entre os dois, e Yun-Seok era um dos poucos que conseguia arrancar uma risada de Ji-Hoon. Esse vínculo era algo que ia além das palavras.

O dia na escola seguiu seu curso habitual. As aulas eram uma mistura de temas acadêmicos e atividades físicas, nas quais Yun-Seok se destacava. Durante os intervalos, os dois amigos conversavam sobre seus planos para o bunker e sobre as últimas novidades que Ji-Hoon havia descoberto em seus livros. O sobrevivencialista era uma enciclopédia ambulante quando se tratava de técnicas de sobrevivência, e Yun-Seok sempre se impressionava com o quanto o amigo sabia.

A cidade ao redor da escola estava em pleno funcionamento. Os mercados estavam cheios, as ruas movimentadas com o fluxo constante de pessoas indo e vindo. Para todos os efeitos, era para ser mais um dia comum.

Após a escola...

Yun-Seok e Ji-Hoon começaram sua rotina de ir de local em local, procurando trabalhos que pudessem fazer para juntar algum dinheiro e ajudar o orfanato onde viviam. Eles eram conhecidos por sua disposição e habilidades versáteis, sempre prontos para assumir tarefas pesadas, como carregar mercadorias, ou mais técnicas, como contabilidade, atendimento ao cliente e até pequenos consertos de veículos.

Os dois amigos tinham uma lista de lugares que visitavam regularmente: a oficina mecânica local, onde ajudavam a organizar peças e fazer reparos; o açougue, onde embalavam carnes e auxiliavam nas encomendas; a loja de materiais de construção, onde frequentemente carregavam tijolos e cimento; o pequeno mercado, onde organizavam prateleiras e faziam entregas; e até a marcenaria, onde Yun-Seok, com sua força física, ajudava no transporte de móveis pesados, enquanto Ji-Hoon, com sua mente analítica, auxiliava na administração dos pedidos.

No entanto, naquele dia, apenas o Sr. Lee, um engenheiro elétrico, precisou da ajuda dos garotos. Ele estava instalando placas solares em um galpão nos arredores da cidade e sabia que poderia contar com a eficiência e a dedicação deles.

"Vocês vieram na hora certa", disse o Sr. Lee, cumprimentando-os com um sorriso. "Tenho bastante trabalho hoje, e vocês são os ajudantes perfeitos."

Yun-Seok e Ji-Hoon se dividiram como sempre faziam. Yun-Seok, com sua força e habilidade em escaladas, ficou responsável por posicionar as placas solares no telhado do galpão. Ele subiu com agilidade, equilibrando as placas com cuidado e verificando se cada uma estava bem fixada. Mesmo em alturas consideráveis, movia-se com confiança, ajustando cada peça com precisão. O trabalho era cansativo, mas Yun-Seok estava acostumado com tarefas que exigiam força física. Sua determinação o fazia parecer incansável.

Enquanto isso, Ji-Hoon focava na parte técnica, ajudando o Sr. Lee a conectar os cabos e configurar os equipamentos. Ele seguia cada instrução meticulosamente, conferindo as conexões elétricas e garantindo que tudo estivesse funcionando perfeitamente. A complexidade do trabalho não o intimidava; pelo contrário, ele aproveitava cada oportunidade para aprender mais. Era minucioso e rápido, sempre atento aos detalhes.

O Sr. Lee, enquanto ajustava algumas partes do sistema, observava os garotos com um sorriso satisfeito. "Vocês dois são impressionantes", comentou. "É raro encontrar jovens tão dedicados. Vocês trabalham como profissionais."

Yun-Seok, que acabava de descer do telhado para pegar mais ferramentas, deu uma risada. "Trabalhar duro é o que fazemos de melhor, senhor Lee. Ji-Hoon é quem tem o cérebro; eu só levanto as coisas."

Ji-Hoon, ocupado conectando os últimos cabos, olhou de relance para Yun-Seok e respondeu com um sorriso contido. "E você tem mais força do que qualquer um que conheço. Só fico com o trabalho fácil."

Os três riram, e o engenheiro continuou: "Com a atitude de vocês, o futuro é promissor. Não importa o que decidirem fazer, tenho certeza de que vão longe."

O dia foi se estendendo, e as tarefas se acumulavam. Yun-Seok subia e descia o telhado com facilidade, enquanto Ji-Hoon verificava cada detalhe técnico com paciência. O trabalho era exaustivo, mas os dois amigos mantinham o ritmo. Ao final da tarde, a instalação estava concluída. O sistema solar estava funcional e impecável.

O Sr. Lee fez uma última verificação antes de virar-se para os garotos. "Vocês fizeram um trabalho incrível. Mais uma vez, provaram por que sempre confio em vocês."

Os dois agradeceram, satisfeitos com o reconhecimento. Mas o Sr. Lee ainda tinha uma surpresa. Ele chamou os garotos para a garagem do galpão e abriu a porta com um sorriso enigmático. Dentro, eles viram um PlayStation 4, acompanhado por uma pilha de jogos.

"Meus filhos não usam mais isso", explicou o engenheiro. "Achei que vocês poderiam aproveitar mais do que eu. Considere um presente pelo excelente trabalho que fizeram."

Yun-Seok ficou boquiaberto. "Sério, senhor Lee? Isso é demais! Muito obrigado!"

Ji-Hoon, sempre mais discreto, apertou a mão do engenheiro e respondeu: "Obrigado . Vamos cuidar muito bem dele."

O caminho de volta ao orfanato foi preenchido por risadas e planos de como usariam o presente. Depois de um dia exaustivo, a recompensa inesperada era mais do que bem-vinda. Apesar das dificuldades, momentos como aquele os faziam acreditar que estavam construindo algo maior para o futuro.

De volta ao orfanato...

Com o PS4 nas mãos, os garotos correram de volta para o orfanato. Já era quase noite, cerca de 18 horas, e o orfanato onde viviam desde que se lembravam ficava a cerca de 200 300 metros da cidade, aninhado em uma clareira na floresta. A estrada até lá era sinuosa e pouco usada, mas oferecia uma vista panorâmica da cidade, especialmente ao pôr do sol, quando as luzes começavam a se acender, e a cidade parecia um oceano de estrelas.

O orfanato era um edifício antigo, de três andares, com paredes de tijolos vermelhos agora desgastados pelo tempo. O telhado de ardósia, embora ainda resistente, mostrava sinais de desgaste, com algumas telhas quebradas que os garotos já haviam substituído. Ao redor do orfanato, havia um muro de pedra de cerca de 2,5 metros de altura. Este muro, outrora em ruínas, fora uma das primeiras grandes reformas que Yun-Seok e Ji-Hoon realizaram quando tinham cerca de 13 anos. Eles trabalharam duro para reconstruí-lo, tijolo por tijolo, transformando-o em uma barreira sólida que cercava o terreno de 1,5 hectares.

Dentro desse espaço, as crianças brincavam livremente, sem preocupação. O orfanato abrigava cerca de 20 meninos e meninas, todos com menos de 10 anos, sendo Yun-Seok e Ji-Hoon os mais velhos. Desde pequenos, os dois garotos tomaram a responsabilidade de cuidar do lugar, fazendo reparos e melhorias sempre que podiam. Eles haviam consertado o encanamento, reforçado as portas, e até mesmo construído um pequeno galpão nos fundos, onde armazenavam os materiais de construção que compravam com o dinheiro dos trabalhos que faziam na cidade.

O jardim, que antes era um emaranhado de ervas daninhas, agora tinha canteiros de flores e uma pequena horta que as crianças ajudavam a manter. O velho playground, que estava caindo aos pedaços, agora tinha balanços novos, um escorregador reformado, e uma caixa de areia cheia de brinquedos.

Quando chegaram ao orfanato naquela noite, a Senhorita Cho, a responsável pelas crianças e pelos dois garotos, uma senhora na casa dos 60 anos, com um rosto amigável e uma voz calma, perguntou por que chegaram tão tarde.

"O dia foi cheio hoje", respondeu Yun-Seok com um sorriso.

As crianças correram até eles, curiosas sobre o que estavam carregando. "O que é isso, Yun-Seok?", perguntou uma das meninas mais novas, puxando a barra da camisa dele.

"É um presente especial", respondeu Yun-Seok, sorrindo enquanto levantava a caixa do PS4 para que todos pudessem ver. "Nós vamos jogar juntos mais tarde, depois do jantar."

A Senhorita Cho preparou e serviu o jantar para todos em uma mesa grande, onde todos se sentavam juntos para comer. Ela sempre se sentava no meio da mesa, cercada pelas crianças menores, enquanto Yun-Seok e Ji-Hoon ocupavam as extremidades opostas.

Após terminarem e ajudarem a Senhora Cho a arrumar e limpar a mesa, Yun-Seok e Ji-Hoon levaram o PS4 para o pequeno salão de convivência no primeiro andar. O salão tinha alguns sofás antigos e uma televisão, que havia sido outra das doações que conseguiram ao longo dos anos.

Enquanto montavam o PS4, as crianças se reuniram em torno da televisão, seus rostos iluminados tanto pela excitação quanto pela luz azulada da tela. Foi uma noite especial para todos eles, um momento de alegria em meio a uma vida cheia de desafios.

Mas enquanto todos sorriam e se divertiam, Ji-Hoon, como sempre, pensava adiante. O presente inesperado do Sr. Lee, embora maravilhoso, era também um lembrete de que o tempo estava passando. O bunker ainda não estava concluído, e ele sabia que o mundo, por mais tranquilo que parecesse agora, poderia mudar de uma hora para outra. Ele não sabia exatamente o que viria, mas uma voz interior o alertava de que deveria estar preparado para o pior. Ainda assim, por instinto, decidiu aproveitar o momento jogando com as crianças e compartilhando um pouco da felicidade momentânea.

Yun-Seok, por outro lado, estava mais focado no presente. Ele via o trabalho no bunker como um projeto divertido e útil, mas sua mente estava mais voltada para o agora — para as risadas das crianças, para os desafios do próximo campeonato de atletismo, e para os momentos simples de felicidade que a vida ainda lhe proporcionava.

Os dois amigos se complementavam perfeitamente. Um era o equilíbrio do outro, e juntos, formavam uma equipe inquebrável.

O céu fora do orfanato estava limpo, e as estrelas brilhavam intensamente. Mas, ao longe, na linha do horizonte, uma tempestade silenciosa começava a se formar ao cair da noite.