Depois de mais um dia agitado, como prometido fiquei na escola para ajudar o Cris com a decoração, fizemos uma reunião para entendermos como seria, o tema seria meio noite, clichê eu sei, fiquei responsável por colocar as estrelas no tento.
Assumo que a consciência pesou quando imaginei que o Pedro iria ficar me esperando, até pensei em falar com ele, felizmente não fui, Cris quando foi pegar umas coisas que ficou no carro dele, voltou cochichando que viu ele conversando com uma garota, fiquei decepcionada mesmo sabendo que não tinha o direito, ele foi sempre galanteador e eu sempre o afastei, não acredito que ele seja o tipo de pessoa que fica com uma só, e não é isso que quero.
Estava subindo a escada e mesmo na ponta dos pés quase não alcançava a estrutura que dava para amarrar as estrelas, Cris estava com Labirintite então não poderia subir, era algo bem simples de fazer mas comecei a me sentir tonta parei de olhar para cima e comecei a descer as escadas, não deu tempo de chegar no chão pois senti meu corpo amolecer e perdi minhas forças.
Mesmo perdendo as forças o pavor do impacto de bater no chão veio, já estava preparada para sentir a dor da batida nas minhas costas, mas ela não veio, invés disso, senti um abraço quente e aconchegante, como um coxão duro e macio e quente, mesmo fraca conseguir sentir todo o meu corpo relaxando e se aconchegando era uma sensação muito prazerosa.
_ minha companheira _ escutei um sussurro esquentar minha pele entre meu olho e ouvido, meu corpo se arrepiou.
_ ó céus, Suh você está bem _ escutei o desespero de Cris perto de mim.
_eu..._ com muito esforço tentei falar e levantar, mas sou impedida.
_ shii... vá com calma _ uma voz gostoso falou outra vez, mais a vergonha veio, eu conheço aquela voz.
_ desculpe eu _ me afasto do peito que estou escorada quando abro os olhos e vejo Pedro com uma cara séria.
_ Suh o que aconteceu, meu Deus você me matou de susto _ Cris fala tentando se acalmar.
_ Você está sentindo alguma coisa?_ Pedro pergunta sem emoção na voz
_ só tontura _ digo envergonhada, tento sair do colo do Pedro que tinha se agachando no chão, acredito que para me ver melhor.
_ está doente? Está dormindo bem? _ Pedro pergunta com preocupação, e noto olheiras em seus lindos olhos da cor de mel.
_ si.. sim _ gaguejei tentando encontrar uma causa para a minha fraqueza.
_ Suh você está comendo direito desta vez certo?_ Cris pergunta, mas eu não tenho resposta.
_ desta vez?! Não posso nem acreditar _ Pedro diz fechando a cara.
De repente sinto os braços do Pedro me segurar e ele fica em pé, eu grito de susto e ele começa a andar.
_ me solta _ digo o empurrando, mais não surge efeito.
_ você vai comer e descansar um pouco mocinha e é agora _ ele diz indiferente.
_ primeiro que você não manda em mim e segundo que estão todos nos olhando _ digo envergonhada.
_ Que olhem, agora querida é melhor você se acalmar que não vou te soltar _ diz sorrindo.
_ Onde você está me levando? _ Pergunto já desistindo, não sei se é por fraqueza, mais não consigo evitar de segurar seu pescoço e apoiar minha cabeça em seu peito, era tão prazeroso, tão reconfortante que até fecho os olhos.
_ tudo o'que eu queria era ficar assim com você princesa, mais preciso te levar para comer _ ele diz gentil.
_ wou _ digo corando ao perceber que estava em frente a o banco do passageiro com a porta aberta
_ alguma coisa que não come _ ele pergunta tranquilo, depois de me ter colocado no carro e entrado.
_ Já falei que estou bem _ digo saindo da hipnose, ele rir.
_ Acho que agora eu acredito estressadinha, mais você vai comer de qualquer jeito _ ele diz brincalhão, ignorando minha fala.
_ Preciso ajudar o Cris_ protesto.
_ vamos combinar assim, peço o Felipe e o Gustavo para ajudá-lo, você come e depois a gente volta para ajudá-lo, afinal já tinham outros seis alunos com ele _
_ se você prometer está tudo bem _ digo já sentindo o sono chegando.
_ prometo, tudo o'que quiser princesa, agora descanse _ diz gentil e eu quase não consigo escutar o'que ele terminou de falar.
Acordo sentindo carinho no meu rosto, era muito gostoso, começou a esfregar minha bochecha em sua mão, percebo que estou segurando um tecido abro os olhos e vejo Pedro com a mão na minha bochecha e minha mão segurava a barra de seu blusa, coro cobrindo o rosto me afastando rápido.
_ "Deus" desculpe não sei oq estava fazendo, eu estava dormindo _ tento justificar ainda cobrindo o rosto.
_ também quero ficar perto de você princesa, mas chegamos _ ele disse sorrindo de lado
_ onde estamos?_ pergunto perdida
_ Na minha casa, vamos vou fazer um lanche saudável para você _ ele fala tranquilo.
_ não sei se é uma boa ideia _ digo aflita
_ eu posso te levar se não quiser andar, será um prazer, não vou te morder, não hoje _ ele diz piscando
Percebi que não adiantava protestar então apenas o segui em silêncio, ele mora em um prédio antigo, dava para perceber pela estrutura, mais era bem cuidado, lindo com muitos detalhes em madeira e verde escuro, sua casa parecia mais moderna mas também era em tons escuro de azul, a sala era espaçosa e tinha banqueta no balcão da cozinha onde sentei.
_ vou fazer um sanduíche de rap10 por ser leve e saudável pode ser?_ ele pergunta já colocando as coisas no balcão.
_ ok eu não estava esperando nada mesmo _ digi simpática.
_ agora me conte porque não está se alimentando bem _ ele pergunta, pegando suco na geladeira.
_ bem, minha vida anda muito corrida, acabo não levando como prioridade sabe, tô sem tempo _ respondi sem jeito
_ porque não come na escola, não te vejo comendo lá?_
_ bom, no momento não tenho condições para isso, não é minha prioridade _ digo mais ele rosna "estranho".
_ tudo bem princesa eu vou resolver isso para você _ ele diz, depois de suspirar muito
_ não é sua obrigação _ digo já perdendo a paciência.
_ é sim princesa, você é minha _ ele fala como se essas palavras não fossem nada, distraído terminando o lanche.
_ Não sou sua Pedro, nunca serei, acho que nem amigos realmente somos _ digo ríspida, mas me arrependo estantanhamente.
O Pedro fez uma careta de como se estivesse sentindo algo amargo, coloca uma mão no peito e a outra se apoia na bancada, geme parecendo que está sentindo dor.
_ "PEDRO" o'que você tem?_ eu pergunto, um gosto amargo sobe na minha garganta, desespero faz meu corpo estremecer.
_ estou bem princesa_ ele conseguem dizer se aproximando e me abraçar.
_ espera vou ligar para o médico _ digo angustiada tentando me afastar para olhar seu rosto.
_ princesa por favor, nunca mais diga isso, você está me manchando _ ele diz triste, meu coração aperta.
_ porque você tá assim _ digo nervosa.
_ eu preciso _ ele sussurrou, aproximando sua cabeça da minha devagar, me dando tempo para me afastar se quisesse, mas eu não consegui.
Acabo esquecendo a aflição que sinto por seu sofrimento, e começo a aproveitar o calor que vem só do seu corpo, como poderia gostar tanto do contato físico com uma pessoa que não tenho intimidade?! Ele encosta seus lábios no meu devagarinho e faz carinho na minha bochecha com sua mão, uma sensação de alívio e prazer amolecer meu corpo, me sinto derretendo em seus braços, levo minhas mãos a seu cabelo e ele aperta minha cintura com sua mão, gemo gostando das sensações que estou sentindo, mais ele dá um grunhido e se afasta, "frustração" era a palavra perfeita para descrever o'que estou sentindo.
_ você precisa comer _ ele diz ronco saindo da cozinha.