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não sei ainda

🇧🇷_Netuno_
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Synopsis

Chapter 1 - Capítulo 00 (Nascimento)

No corredor da mansão, diante da porta do quarto, de onde gritos agonizantes ecoavam, havia dois homens posicionados de maneira contrastante. Um deles estava em pé, apoiado contra a parede, com os braços cruzados, sua postura aparentemente relaxada, mas seus olhos revelando uma tensão sutil. Ele observava o corredor com um ar distraído, como se estivesse tentando se manter em controle.

O outro homem, mais à frente, estava no chão, sentado com as mãos apoiadas nos joelhos. Sua expressão estava ligada ao nervosismo, aos ombros contraídos e aos dedos entrelaçados, como se a ansiedade estivesse preste a mata-lo. Suor escorreu pela sua testa, e ele não conseguiu ficar parado, de forma inquieta ele balançava sua perna direita.

O homem em pé, tentando aliviar a tensão do ar, com um sorriso e com ironia olha para o outro que está sentado no corredor.

"Que bela noite né" 

"Você é um tão engraçado quanto o palhaço do festival das flores" o homem sentado abre um breve sorriso enquanto direciona o seu olhar para o que está em pé. 

A expressão do homem apoiado na parede logo se fecha, ele o olha de forma seria, era possível ver as veias na testa "Sério, tu está me comparando com aquele idiota?" sem esperar pela resposta, o homem se desencosta da parede e dá alguns passos em direção ao que estava sentado no chão e um silêncio toma conta do ambiente. Ele se coloca ao lado do homem que estava sentado e de forma lenta se agacha, sentando no chão encostando as suas costas na parede ele solta um suspiro.

"Ae Chris, eu nunca tive filho, então não sei como está se sentindo, mas, você precisa se acalmar"

"Eu sei, é que o meu filho está nascendo e estou aqui sem poder fazer nada"

"Claro que pode, confie na sua esposa, a Iris é a mulher mais forte que já conheci e ela também está com aquela velha chata, apesar de odia-la eu tenho que admitir que ela é a melhor parteira"

"Obrigado Joey, você é o melhor irmão que eu poderia ter"

Enquanto os dois conversavam, o ambiente ao redor deles parecia congelar por um instante. Os gritos cessaram de repente, dessa vez deixando um silêncio profundo que toma conta da mansão. O silêncio se estendeu por mais tempo que das outras vezes. O som da chuva que batia nas janelas lá fora foi o único a preencher o espaço.

O choro, inicialmente baixo, foi crescendo, mais forte e intenso. Era o choro de um bebê, quebrando o silêncio, a sensação de intervalo se manteve pelo ambiente, e, sem dizer uma palavra, os dois homens olharam-se com uma mistura de surpresa e felicidade.

"É meu filho, ele nasceu!" A exclamação de Chris ecoou pela sala, cheia de euforia. Joey, que estava no chão, se falou rapidamente, mas antes que pudesse entender o que estava acontecendo, foi falado por Chris. Ele o agarrou pelos ombros com força, sacudiu-o freneticamente enquanto repetia: "O MEU FILHO NASCEU, JOEY! ELE NASCEU!"

Joey, tentando manter o equilíbrio, bastante: "E eu vou acabar morrendo se você não parar de me sacudir!"

O que parecia ser uma explosão de alegria tomou outro rumo, quando a porta do quarto foi aberta de forma violenta. Uma voz idosa, cheia de impaciência e autoritária, relacionada: "Que gritaria é essa?" Antes que qualquer um pudesse responder, ambos foram atingidos por murros no rosto com tamanha força que quase caiu novamente no chão. "Será que vocês não terão respeito por quem acabou de ter uma criança?", disse a voz, sem mostrar nenhuma compaixão.

Ambos, atordoados, caíram para trás, olhando para a figura que estava agora de pé diante deles. Era uma senhora de cabelos grisalhos e expressão feroz, claramente irritada com o barulho.

Chris, ainda respirando pesadamente pela empolgação, foi o primeiro a se recompor. "Me desculpe, eu estava animado demais", disse, tentando se desculpar sem ser muito convincente.

Joey, massageando o rosto dolorido e ainda atordoado, resmungou baixinho: "E eu apanhei sem ter feito nada..." Olhou para a senhora e, em um murmúrio, contínuo, "Velha ignorante". No mesmo instante, como se tivesse esperado por esse tipo de comentário, ela deu uma sequência rápida de socos em Joey, que mal teve tempo de reagir.

Enquanto isso, o som da porta se fechava indicando que a confusão estava indo para outro lugar. "Chris, pode entrar para ver o seu filho", a voz da parteira foi ouvida, e Chris, finalmente aliviado, correu em direção à cama. Lá, sua esposa estava reclinada, sorrindo suavemente, enquanto bebê, envolta em panos brancos, descansava em seus braços.

Ele parou por um momento, sentindo uma onda de emoção, e disse, com a voz embargada: "Esse é o nosso filho?"

"Sim", respondeu a esposa, seus olhos brilhando de felicidade.

Nesse momento, Joey entrou novamente na sala, acompanhado pela parteira, ainda com uma expressão de dor no rosto devido aos golpes recebidos. Ele se mudou de Chris, sussurrando de forma abafada: "Aquela velha quase que não me larga... Eu não sei como vocês conseguem suportar."

Chris, ainda sorrindo pela chegada do filho, não poderia deixar de rir. "Você me chamou de isso?"

Joey tentou disfarçar, corando suavemente, mas não conseguiu evitar uma piada: "Eu falei alto demais... Eu estava comentando sobre o bebê, sabe? Ele nasceu com os cabelos brancos, então eu disse que ele já nasceu velho." Ele olhou para o bebê em questão, com os olhos curiosos e o tom provocador: "O seu filho nasceu com cabelo branco mesmo, Chris?"

Chris olhou para o bebê com uma expressão curiosa também, como se fosse a primeira vez que estava realmente prestando atenção naquele detalhe. "Eu não faço ideia", ele disse, rindo suavemente. "É... parece que sim. É... um pouco estranho, né?"

A parteira, que observava a cena com um sorriso discreto, não poderia evitar comentar: "Alguns bebês nascem com características inusitadas. Isso pode ser um sinal de algo especial. O cabelo branco não é necessariamente algo ruim."

Joey, ainda com um sorriso malicioso, olhou para o bebê e, com um tom brincalhão, disse: "Especial, né? Espero que ele tenha mais sorte com o cabelo do que com o temperamento de todo mundo aqui."

Chris deu uma leve risada nervosa, tentando rir da situação. "Vamos, pessoal, vamos deixar o bebê descansar agora. Ele tem todo o tempo do mundo para aprender a lidar com o que vier."

O clima, finalmente, se acalmou. Todos estavam ali, admirando o pequeno bebê, enquanto a velha parteira, aparentemente já acostumada com o caos, se retirava silenciosamente, deixando a família a sós.

"