Chereads / A Saga de Lunizs - Livro 1: O Alvorecer / Chapter 31 - Capítulo 30 - A Destruição

Chapter 31 - Capítulo 30 - A Destruição

Um belo dia ressurgiu nos primeiros raios de sol daquele fim de ano, que se aproximava cada vez mais com o passar dos meses. Uma nova manhã mais clara e deslumbrante, com a imensa luz do sol, que brilhava intensamente nos rostos da realeza.

Esse seria um dia marcado por eras e ficaria registrado por gerações, desde as mais próximas até as longínquas. Um tempo de pouca alegria e de muita dor ao mesmo tempo, um momento de esperança, desaparecendo no ar como uma rajada de vento forte, sendo levada por correntes de forças da natureza.

Momentos que estariam guardados pelos povos por séculos na memória, um atrás do outro, e que jamais esqueceriam esse tão grande dia, que deixou uma marca nos olhos de quem podia enxergar o que estava acontecendo.

Provavelmente, esse seria o dia menos esperado em toda a criação já feita e o dia mais aguardado por outros que almejam tanto… talvez… um dia de prosperidade para uns e de destruição para outros.

— Jovem guerreiro, precisamos retornar para as terras dos seis reinos. Finalmente, todos os seis espíritos estão despertados! Temos que agora fazer uma grande reunião com todos da realeza — diz o espírito do vento para Durmog.

— Persephone? Temos que ir, surgiu um imprevisto urgente, vamos! — Durmog fala, saindo com passos apressados para montar em seu cavalo.

— Grande mãe, tenho que ir agora. Obrigada pelas histórias do seu povo. Não se preocupe, as guardarei comigo muito bem — Persephone diz alegremente.

— Não quero ser incômoda, minha filha, mas eu e minha filha poderíamos acompanhá-la até o seu reino?

— Mas é claro, seria um enorme prazer mostrá-las às senhoritas!

E assim todos voltaram nós bélicos, com um semblante alegre em seus rostos e um sentimento de felicidade em seus corações.

Aquelas novas terras seriam conhecidas a partir de hoje e ficariam na história como o tão admirável povo das valquírias. Um povo forte, bruto às vezes, mas simples e do bem. Era bom ter mais aliados para a causa contra os poderes das trevas, mas seria suficiente…

Aquela manhã estava no fim, e a tarde chegava logo em seguida, com o mormaço menos quente, e a suavidade das temperaturas agradava o ambiente. Uma ótima hora para se iniciar uma reunião tão urgente como seria essa; talvez fosse a reunião mais urgente em toda aquela era.

Todos estavam presentes no Reino do Vento: Kolizeu, Durmog, Persephone, Yuki, Konnix, Raygor, Twoguns, até a sua irmã Harley estava ao seu lado, juntamente com sua consultora Mary.

Além de: Redbad, Raina e sua melhor amiga Elmyra, Tok ao lado de seu primo Thunder e mãe dele Hilda, Kira, Erita e seu companheiro Ryuki, Don, Hélia, Jadita, Unises, Nino, Ociban, Cristelme, Egobett, Dalton, Fall, Billy, Slawen, Caladlon, comandante do exército de Hélia, Eldarion e sua esposa Elara com seu filho Elrian, além de Golem e Balton, com Násvita, Vataipa e Ginifu. Também estava Soygor com sua esposa Samy e todos os comandantes dos exércitos, e todo o conselho de Soygor presente no grande salão. E, por último, as duas rainhas de duas grandes nações, vindas do noroeste e sudoeste, chamadas Landysen e sua irmã Alayanor, com seus comandantes e conselheiros.

— Podemos começar? — Redbad pergunta, muito nervoso com a quantidade de pessoas reunidas, e todos fazem silêncio para ouvi-lo — muito bem, agradeço a todos que aqui estão presentes e se dispuseram a estar aqui.

— Eu que agradeço poder falar em nome do meu povo, senhor Redbad — Eldarion conta feliz.

— Foi a pedido de todos os seis espíritos que fizemos essa tão grande reunião, e eles nos disseram que querem falar com todos vocês aqui juntos. Por favor, todos prestem atenção em suas palavras — Redbad pede com gentileza.

— Saudações, destemidos guerreiros da paz! Eu sou o espírito da planta… — fala o espírito através da espada. Como todos os seis espíritos já estavam despertados, eles conseguiram a capacidade de se comunicar com todos, por estarem todos os seis reunidos no mesmo lugar — nós, espíritos elementais, podemos agora nos comunicar entre si e conversamos bastante a respeito do destino do mundo e sobre o espírito das trevas!

Assim, passaram minutos com o espírito da planta contando toda a história desde a criação de todos os espíritos e tudo o que aconteceu no início do mundo. Logo, todos estavam sabendo de todas as coisas importantes que precisavam saber.

— Agora que sabem tudo, podemos falar a respeito do espírito das trevas. Como contei, a essa altura, o escolhido por ele deve estar pronto para colocar em prática todos os planos maléficos que o espírito das trevas planejou desde o seu aprisionamento. E saibam que isso é muito sério, pois eles tiveram meses para se preparar para isso e até agora não fizeram nenhum ataque, muito menos demonstraram seu grande poder!

— Verdade, gente, isso é muito estranho. Estava conversando com o Rei Eldarion e os outros, e chegamos à conclusão de que algo muito grande vai acontecer a qualquer momento nas terras dos seis reinos! — Redbad conta aflito.

— Saibam que o meu exército e o da minha irmã estão às suas disposições para ajudá-los no que for preciso! — Alayanor diz com autoridade.

— Desculpe-me, mas quem é você mesmo? — Redbad pergunta confuso.

— Me chamo Alayanor, sou a rainha da grande nação Yghot's, que fica no sudoeste daqui. E esta é a minha irmã Landysen, rainha da grande nação Wihork's, que fica no noroeste daqui também. Conhecemos a princesa Kira quando ela foi vendida pelo líder dos vikings por um alto preço a nós, mas depois que conversamos com ela, ela nos contou sua história e nos pediu para entregá-la aos vikings sem pedir nada em troca, com o objetivo de descobrir o local onde os vikings haviam guardado todas as riquezas dos seis reinos.

— Exatamente, Redbad, eu realmente fiz isso, e agora sei onde todas as nossas riquezas estão guardadas! — Kira diz contente.

— Admito a sua coragem, Kira, é admirável isso vindo de você, como esperado da filha do Rei Egobett. Bem, espírito da planta, pode continuar seu discurso — Redbad fala, sentando-se na cadeira.

— Quero pedir a todas as realezas que reúnam todos os seus exércitos aqui nas terras dos seis reinos, para lutar a maior guerra que jamais existiu no mundo inteiro e decidir de uma vez por todas o destino do mundo: as forças do bem contra as forças do mal. Saibam que é inevitável que essa guerra aconteça; se não for agora, logo será. Vocês devem estar prontos a arriscar tudo em uma única batalha sangrenta, todos lutando pelo destino da vida!

— Hélia? Levante-se… você foi a escolhida pelo espírito da luz para liderar o enorme exército dos grandes reinos! Saiba que a sua coragem determinará o destino do mundo, que está em suas mãos — diz o espírito do vento.

— Gente, eu estou muito nervosa, sério — ela sorri de nervosismo — mas agradeço por todos aqui lutarem ao meu lado contra as forças do mal, muito obrigada!

— Que barulho é esse do lado de fora? — Unises pergunta agitado.

Quando o comandante Billy foi se aproximar dos grandes portões da entrada, um estrondo aconteceu no mesmo instante e uma enorme poeira subiu, enchendo todo o salão de fumaça.

Todos começam a tossir forte e passar mal, com os olhos cheios de areia e a forte poeira no ar tomando conta de todo o local.

Quando a poeira começou a diminuir, alguns começaram a perceber um homem na entrada do salão, em pé, segurando uma espada com um cristal negro no centro do cabo e conectado com a lâmina.

Ele sorria um sorriso maligno em seus lábios carnudos, e seu semblante era assustador; uma aura de energia escura o rodeava dos pés à cabeça, e apenas a sua presença deixava a maioria apavorada e com muito medo. Outros ficaram logo arrepiados e alguns se tremiam por sentir a maldade emanando dos seus olhos.

Alguns que tinham caído no chão por ficarem cegos por alguns segundos se levantam rapidamente e assustados, pois ao redor do homem assustador estavam seus discípulos mais fiéis e poderosos.

— Quem é você? — Hélia pergunta com muito medo.

— EU SOU O MESTRE DAS TREVAS! — Dando gargalhadas altas e sombrias, ele levanta sua espada para cima e, em seguida, a soca no chão com muita força. Logo, uma gigantesca explosão acontece e, de imediato, todos são lançados contra o chão e a parede, batendo as costas, barrigas e cabeças contra as colunas do grande salão. Outros voaram e bateram no teto, caindo de uma altura mediana e desmaiando no processo de tanta dor.

Apenas Hélia conseguia ficar mais ou menos de pé, e, olhando fixamente para o homem, ela pergunta:

— Por que está fazendo isso? Quem é você?!

— EU SOU COLDBREATH! — Dizendo isso, e segurando a espada ainda cravada no chão, ele começa a liberar uma onda de energia que emana do cristal, saindo várias faíscas roxas e negras ao mesmo tempo e cobrindo todo o lugar onde eles estão presentes.

A bomba de poder foi tão monstruosa que um raio de luz imensurável foi visto em todo o planeta de Lunizs, e todas as pessoas do mundo inteiro conseguiram ver o evento inesperado e tão aguardado.

— A MINHA GLÓRIA COMEÇOU… — diz o espírito das trevas.